Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 09, 2010

Em casa que falta pão todo mundo grita e ninguém tem razão

A intolerância é a marca dos sionistas?

-A - +A

democracia israel






Vídeo mostra o que é o fascismo da sociedade israelense, espelhado até em seu parlamento.

Visitando o blog da MariaFrô, que faz uma das melhores coberturas sobre a questão palestina, me deparei com este vídeo que mostra uma deputada palestina discursando no “parlamento” de Israel. Não deixe de ler também o relato de uma judia sobrevivente do Holocausto que diz: “Se você critica Israel, te chamam de anti-semita”

“Examinem-na! Vejam se ela não está portanto uma faca!”

Se deputados agridem verbal e quase fisicamente uma deputada palestina, imagine o que os militares israelenses não fazem aos civis palestinos que vivem nos guetos impostos pelos sionistas.

TRADUÇÃO:
Contexto: Deputada sobrevivente do barco sequestrado por Israel em águas internacionais discursa no Knesset, o parlamento.

Parlamentar palestina: “O embargo, o bloqueio, não é democrático, nem humano e cada parlamentar tem o direito de manifestar a sua opinião…” (Interrompida)

O Presidente da Assembléia pede silêncio e calma por inúmeras vezes, pede para que a parlamentar palestina não seja interrompida, para que todos que aceitam ou não a opinião da parlamentar permitam que ela se pronuncie.

Parlamentar palestina tenta continuar sua fala: “O ataque pirata militar foi um ataque criminoso contrário aos direitos internacionais…”(Interrompida)

O presidente da assembléia pede para que ela encerre sua fala em um minuto e trinta segundos.

Parlamentar palestina: “Eu tenho direito a cinco minutos de fala”. (Interrompida)

Parlamentar palestina: É preciso ter uma comissão internacional para verificar os fatos ocorridos sobre os barcos naquele dia…”(Interrompida)

Parlamentar palestina: “Por que o governo de Israel não aceita que sejam feitas as investigações necessárias para o caso?” (Interrompida)

Parlamentar palestina: “Por que Israel não permitiu que a imprensa internacional acompanhasse o fato ocorrido?” (Interrompida)

Parlamentar palestina: “Por que só foi mostradas fotos de soldados sendo atacados e não foram mostrados os civis e ativistas sendo mortos e atacados por soldados?” (Interrompida)

Parlamentar palestina: “Por que vocês tomaram as câmeras e filmes dos repórteres e jornalistas a bordo dos navios, dezenas de pessoas forma mortas e outras dezenas feridas, mostrem as fotos delas, onde estão estas imagens?” (Interrompida diversas vezes)

Parlamentar palestina: “Vocês me acusam de que fui eu quem feriu os soldados e fui eu quem cometeu esse crime…” (Interrompida) por uma das parlamentares que diz: “Sim, sim, claro!” Outro diz: “Examine-na, vejam se ela não está, agora mesmo portanto uma faca”

Parlamentar palestina: “Eu estou aqui para mostrar quem de fato cometeu esse crime e vocês estão tentando interferir e perturbar a sessão, porque não querem ouvir a verdade…” (Interrompida) “Vocês estão com medo do que eu possa falar, o Knesset israelense tem medo de ouvir o que tenho para falar” . É pela enézima vez interrompida, desta vez uma das parlamentares a chama de ‘terrorista‘ e diz: Que vergonha de você ser uma terrorista!

NOTA DESTE BLOG: no Brasil enquanto o Estado patrocinava o terrorismo militar e policial, com apoio de empresários, quem lutava contra o regime era chamado pela imprensa aliada do regime de “terrorista”. Agora os israelenses fazem o mesmo: praticam terrorismo de estado enquanto chamam uma deputada palestina de “terrorista”. A conclusão é de que geralmente quem grita primeiro “terrorista!” é justamente quem está praticando terrorismo, mas quer desviar o foco.

Por fim quando a deputada palestina tenta retornar ao seu assento é agredida com mais xingamentos e um dos parlamentar tenta agredi-la fisicamente. O Presidente do Parlamento avisa: “Vocês estão agredindo uma parlamentar e isso contrarias as leis da Casa, isso não pode ocorrer! Peço calma a todos.’

Talvez a distância entre o sionismo e o judaísmo seja a mesma que a distância da Inquisição para o cristianismo: completa. Valham-me estes judeus ortodoxos aqui.

http://daniel.kupervaser.com/blog/wp-content/uploads/2009/10/neturei_karta2ds.jpg


do anti tucano

Nenhum comentário:

Postar um comentário