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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, agosto 19, 2010

A queda do Império






O ecstasy do Império

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Quão próxima da morte está a América?

por Paul Craig Roberts [*]

Está a acabar o tempo para os Estados Unidos colocarem os seus déficits orçamental e comercial sob controle. Apesar da urgência da situação, o ano de 2010 tem sido desperdiçado em alardes acerca de uma recuperação não existente. Ainda recentemente, em 2 de Agosto, o secretário do Tesouro Timothy F. Geithner assinou uma coluna no New York Times intitulada "Bem vindo à recuperação".

Como John Williams (http://www.shadowstats.com ) deixou claro em muitas ocasiões, foi criada uma aparência de recuperação pela super-contagem do emprego e a sub-contagem da inflação. Advertências de Williams, de Gerald Celente e de mim próprio não foram ouvidas, mas as nossas advertências recentemente tiveram ecos entre Laurence Kotlikoff e David Stockman, da Universidade de Boston, que criticaram o Partido Republicano por se tornar grande gastador como os democratas.
É encorajador ver um bocado de percepção de que, desta vez, Washington não pode tirar a economia para fora da recessão. Os défices já são demasiado grandes para o dólar sobreviver como divisa de reserva e o gasto deficitário não pode por outra vez os americanos a trabalharem em empregos que foram deslocalizados para o exterior.
Contudo, as soluções apresentadas por aqueles que agora começam a reconhecer que há um problema são desencorajadoras. Kotlifoff pensa que a solução são cortes maciços na Segurança Social e no Medicare ou aumentos maciços de impostos ou hiper-inflação para destruir as dívidas maciças.
Talvez falte imaginação aos economistas, ou talvez não queiram ficar isolados da Wall Street e dos subsídios corporativos, mas a Segurança Social e o Medicare são insuficientes aos níveis actuais, especialmente considerando a erosão das pensões privadas pelas bolhas do dot.com, dos derivativos e do imobiliário. Cortes na Segurança Social e no Medicare, pelo qual as pessoas pagaram 15% dos seus rendimentos durante toda a sua vida, resultariam em fome e mortes por doenças curáveis.
Aumentos de impostos fariam ainda menos sentido. É amplamente reconhecido que a maioria das famílias não pode sobreviver com um só emprego. Mas marido e esposa trabalham e muitas vezes um dos dois tem dois empregos a fim de conseguirem sustentar-se. Elevar impostos torna mais difícil sustentarem-se - portanto mais arrestos, mais selos alimentares, mais desabrigados. Que espécie de economista ou pessoa humana pensa que isto é uma solução?
Ah, mas nós tributaremos os ricos. A idiotice habitual. Os ricos já têm bastante stock de dinheiro. Eles simplesmente cessarão de ganhar mais.
Vamos ser realistas. Eis o que é provável que o governo faça. Uma vez que os idiotas de Washington percebam que o dólar está em risco e que não podem mais financiar as suas guerras contraindo empréstimos no estrangeiro, o governo ou lançará um imposto sobre pensões privadas com a argumentação de que as pensões acumularam impostos adiados, ou o governo exigirá aos administradores de fundos de pensões que comprem dívida do Tesouro com as nossas pensões. Isto dará ao governo um pouco mais de tempo enquanto as contas de pensão são carregadas com papéis sem valor.
O último déficit orçamental de Bush (2008) estava entre os US$400 e US$500 mil milhões, o que equivale à dimensão dos excedentes comerciais chinês, japonês e da OPEP com os EUA. Tradicionalmente, estes excedentes comerciais têm sido reciclados para os EUA e financiam o déficit do orçamento federal. Em 2009 e 2010 o déficit federal saltou para US$1.400 mil milhões, um aumento total um milhão de milhões (trillion) de dólares. Não há excedentes comerciais suficientes para financiar um déficit desta magnitude. De onde vem o dinheiro?
A resposta vem de indivíduos a fugirem do mercado de acções para os "seguros" Títulos do Tesouro e também do salvamento dos banksters [1]
, não tanto com o dinheiro do TARP como a permuta do Federal Reserve de reservas bancárias por papel financeiro questionável tais como derivativos subprime. Os bancos utilizaram o seu excesso de reservas para comprar dívida do Tesouro. Estas manobras de financiamento são truques que se fazem uma só vez. Uma vez que as pessoas fugiram das ações, aquele movimento para os Títulos do Tesouro está acabado. A oposição ao salvamento dos banksters provavelmente impediu um outro. Assim, de onde virá o dinheiro da próxima vez?
O Tesouro foi capaz de descarregar um bocado de dívida graças à "crise grega", a qual os banksters de Nova York e os hedge funds multiplicaram na "euro crise". A imprensa financeira serviu como um braço financeiro do US Treasury ao criar pânico acerca da dívida europeia e do euro. Bancos centrais e indivíduos que se haviam refugiado do dólar com os euros foram levados ao pânico com os seus euros e correram outra vez para os dólares com a compra de dívida do US Treasury.
Este movimento dos euros para os dólares enfraquecer a divisa de reserva alternativa ao dólar, para o declínio do dólar e financiou o maciço défice do orçamento dos EUA um pouco mais. Possivelmente o jogo pode ser reencenado com a dívida espanhola, a dívida irlandesa e a de qualquer outro infeliz país varrido para isso pela imprudente expansão da União Europeia.
Mas quando não houver mais quaisquer países que possam ser desestabilizados pelos banksters de investimento da Wall Street e dos hedge funds, o que então financia o défice do orçamento dos EUA?
O único financiador remanescente é o Federal Reserve. Quando títulos do Tesouro trazidos a leilão não se vendem, o Federal Reserve deve comprá-los. O Federal Reserve compra os títulos criando novas exigências de depósitos, ou conferindo contas, para o Tesouro. Como o Tesouro gasta o dinheiro apurado das vendas de nova dívida, a oferta monetária dos EUA expande-se no montante da compra do Federal Reserve de dívida do Tesouro.
Será que bens e serviços se expandem na mesma proporção? As importações aumentarão quando empregos estado-unidenses foram deslocalizados e dados a estrangeiros, piorando portanto o défice comercial. Quando o Federal Reserve compra as novas emissões de dívida do Tesouro, a oferta monetária aumentará mais do que a oferta de bens e serviços produzidos internamente. Os preços provavelmente ascenderão.
Quão alto eles ascenderão? Quanto mais dinheiro for criado a fim de que o governo possa pagar as suas contas, mais provavelmente o resultado será a hiper-inflação. A economia não se recuperou. No fim do ano será óbvio que a economia em colapso significa um défice orçamental para financiar maior do que os US$1,4 milhões de milhões. Será de US$2 milhões de milhões? Será mais alto?
Seja qual for a dimensão, o resto do mundo verá que o dólar está a ser impresso em tais quantidades que não pode servir como divisa de reserva. Naquele ponto o despejo maciço de dólares virá quando bancos centrais estrangeiros tentarem descarregar uma divisa sem valor.
O colapso do dólar empurrará para cima os preços das importações e dos bens deslocalizados dos quais os americanos estão dependentes. Os compradores do Wal-Mart pensarão que entraram por engano no Neiman Marcus. [2]
Os preços internos também explodirão quando uma oferta monetária crescente expulsa a oferta de bens e serviços ainda feita na América por americanos.
O dólar como divisa de reserva não pode sobreviver à conflagração. Quando o dólar se for os EUA não poderão financiar o seu défice comercial. Portanto, as importações cairão drasticamente, acrescentando-se assim à inflação interna e, como os EUA são dependente de energia importada, haverá rupturas nos transportes que provocarão rupturas no trabalho e nas entregas aos armazéns.
O pânico estará na ordem do dia
Será que as propriedades agrícolas serão atacadas? Será que os aprisionados em cidades recorrerão a tumultos e saqueio?
Será este o provável futuro que o "nosso" governo e as "nossas patrióticas" corporações criaram para nós?
Para tomar uma frase emprestada de Lenine: "O que fazer?"
Eis o que pode ser feito. As guerras, as quais não beneficiam ninguém excepto o complexo militar-segurança e a expansão territorial de Israel, podem ser imediatamente finalizadas. Isto reduziria o défice do orçamento dos EUA em centenas de milhares de milhões de dólares por ano. Mais centenas de milhares de milhões de dólares podiam ser poupados cortando o resto do orçamento militar, o qual na sua actual dimensão excede os orçamentos somados de todas as potências militares sérias sobre a terra.
O gasto militar dos EUA reflecte o insustentável, inatingível e enlouquecido objectivo neoconservador do Império estado-unidense e da hegemonia mundial. Quem louco em Washington pensa que a China vai financiar a hegemonia dos EUA sobre a China?
O único meio de os EUA terem outra vez uma economia é trazerem de volta os empregos deslocalizados. A perda destes empregos empobreceu americanos enquanto produzia ganhos super-avantajados para a Wall Street, accionistas e executivos corporativos. Estes empregos podem ser trazidos para a casa a que pertencem tributando corporações de acordo com o lugar onde é acrescentado valor ao seu produto. Se o valor aos seus bens e serviços fosse acrescentado na China, as corporações teriam uma taxa fiscal elevada. Se o valor aos seus bens e serviços fosse acrescentado nos EUA, as corporações teriam uma taxa fiscal baixa.
Esta mudança na tributação corporativa compensaria o trabalho barato estrangeiro que tem sugado empregos para fora da América e reconstruiria as escadas da mobilidade ascendente que fizeram da América a sociedade da oportunidade.
Se as guerras não forem travadas imediatamente e os empregos trazidos de volta para a América, os EUA estão relegados ao caixote de lixo da história.
Obviamente, as corporações e a Wall Street utilizariam o seu poder financeiro e as contribuições de campanha para bloquear qualquer legislação que reduzisse rendimentos e bónus a curto prazo ao trazer empregos de volta para americanos. Os americanos não têm maiores inimigos do que a Wall Street, as corporações e os seus prostitutos no Congresso e na Casa Branca.
Os neocons aliados com Israel, os quais controlam ambos os partidos e grande parte dos media, viciados no ecstasy [3]
do Império.
Os Estados Unidos e o bem-estar dos seus 300 milhões de habitantes não podem ser restaurados a menos que os neocons, a Wall Street, as corporações e os seus escravos servis no Congresso e na Casa Branca possam ser derrotados.
Sem uma revolução, os americanos serão história.

**********************

[1] Banksters: A palavra vem de banqueiros+gangsters
[2] Wal-Mart e Neiman Marcus: cadeias de lojas para pobres e menos pobres, respectivamente.
[3] Esctasy: Estupefaciente, methylenedioxymethamphetamine (MDMA). Foi utilizado pela primeira vez em tratamentos psicoterapeuticos experimentais. Em 1985 foi tornado ilegal nos EUA.
Ver também: "O ano da dissolução da América"

[*] Foi editor do Wall Street Journal e secretário assistente do Tesouro dos EUA. O seu último livro pode ser encomendado através deste link: "How the Economy Was Lost"
O original encontra-se em http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=20650
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/
PaulCraigRoberts@yahoo.com

docronicasecríticasdaamericalatina



QUE A IGUALDADE SE FAÇA SEM ARMAS

O jogo das políticas nacionais de defesa não é para principiantes. Nos últimos meses o Irã têm sido destaque internacional por conta das pressões que diversas potências, nucleares ou não, têm feito para aprovar sanções contra o país por conta de seu polêmico programa nuclear.

Teerã afirma que seu programa é pacífico, voltado para produção de energia. E sustenta que essa afirmação é bastante para que o país não mereça sofrer qualquer tipo de punição, o que já ocorre com aprovação da ONU atualmente.

Por outro lado, o governo de Ahmadinejad dá declarações polêmicas entre as quais destacam-se as ameaças à Israel, uma das potências nucleares do Oriente Médio, país que mantêm rivalidade histórica com o Irã.

Essa combinação iraniana de um programa nuclear obscuro com declarações tanto polêmicas quanto agressivas fortalece tensões armamentistas e alimenta um clima beligerante. Um clima que a maioria das nações, pelo menos desde 1968, pretende desfazer.

Naquele ano o mundo entrou em acordo sobre a necessidade de desarmamento e foi assinado o Tratado de Não Proliferação Nuclear. O Irã de Reza Pahlevi, o Xá que conquistou o poder em um golpe patrocinado pela CIA - ler Todos os homens do Xá, de Stephen Kinzer é imprescindível - assinou o tratado, subserviente que era aos Estados Unidos. Índia, Paquistão e Israel estão entre os poucos que não assinaram.

No Oriente Médio, o desequilíbrio de forças é gritante. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica, Israel é uma potência nuclear pois tem capacidade para produzir armas ainda que o país não confirme tal produção, o que também não nega.

E a Turquia, membro da OTAN desde 1952, possui uma base militar norteamericana que poderia ser usada para os fins estratégicos do governo de Washington e também é um Estado laico: apesar da maioria islâmica, mantém acordos militares com Israel e foi o primeiro país do mundo árabe a reconhecer o Estado Nacional edificado pelos sionistas.

Parece natural, então, que o Irã sinta-se ameaçado pela força desses três aliados - Estados Unidos, Israel e Turquia - que se opõem à república islâmica. Afinal, deve-se reconhecer a inferioridade militar do Irã diante de seus inimigos e o clima igualmente beligerante criado pela existência dessas forças no Oriente Médio.

O Tratado de Não Proliferação Nuclear é injusto e hipócrita. Obriga os países que não tem armas nucleares a não produzí-las e permite que o clube atômico oficial (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) mantenha seu poder sem precisar desfazer-se de suas armas. Difícil até de entender como esse tratado arrebanhou 189 membros.

Durante quase todo o último mês de maio, representantes desses 189 países estiveram reunidos para rever o Tratado. Finalmente aprovou-se um documento em que as potências nucleares se comprometem com a redução dos seus arsenais. O Brasil foi um dos países que mais pressionaram pela inclusão dessa medida.

Quanto ao Oriente Médio, foi incluído artigo que determina a interdição total de armas de destruição em massa na região. E ficou decidida a convocação de todos os países do Oriente Médio para uma conferência internacional que estabelecerá uma zona desnuclearizada na região.

É evidente que a desnuclearização que a sociedade deseja é a do mundo inteiro. Mas falta as potências nucleares assumirem de forma consistente o compromisso para esse fim. Obama, que tanto pressiona Ahmadinejad, devia fazer cumprir os discursos que deram-lhe o precipitado Nobel e reduzir seu arsenal.

Obama devia também pressionar as outras potências a fazer o mesmo. E devia pressionar Israel a abrir seu programa nuclear para a AIEA. O Iraque, por uma suspeita, que foi refutada pela AIEA, diga-se, foi invadido pelos Estados Unidos com o apoio de outras potências.

Uma medida bem mais simples também poderia contribuir para criar um bom clima de desarmamento: todas as potências podiam abrir mão da possibilidade de ataque nuclear em primeiro lugar. Esse simples gesto diplomático, se respeitado por todos, eliminaria qualquer possibilidade de conflito nuclear e estimularia o desarmamento completo.

Mas o jogo das políticas nacionais de defesa não é para principiantes. Ninguém quer abrir mão desta possibilidade - a do ataque nuclear em primeiro lugar - por razões estratégicas. É compreensível. Só não é compreensível que esse restrito clube atômico de hipócritas queira tirar a legitimidade do desejo daqueles que querem estar em igualdade de condições.

Que a igualdade se faça sem armas.

O barbeador dêle tá no nome Cara de Pau









A Blogosfera desmascara o mentiroso Serra

O candidato tucano José Serra, acusou nesta quinta-feira o governo federal de financiar "blogs sujos" que "dão norte do patrulhamento" a jornalistas.
Durante discurso no 8º Congresso Brasileiro de Jornais, Serra afirmou que o governo faz "patrulhamentos e perseguições sistemáticas" a jornalistas.
"Boa parte desta estratégia não deixa de ser alimentada por recursos públicos, como por exemplo da TV Brasil, que não foi feita para ter audiência, mas para criar empregos na área de jornalismo e servir de instrumento de poder para um partido."
Serra defendeu que haja regulamentação do direito de resposta depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou a lei de imprensa como inconstitucional. "É uma questão que não deve ficar em aberto porque pode gerar coisa ruim em termos de censura e liberdade de imprensa."
Em seu discurso, Serra fez críticas diretas à candidata do PT, Dilma Rousseff, e ao PT por defenderem o "controle da mídia", que segundo ele, nada mais é do que censura e restrição à liberdade de expressão.
O candidato assinou ao final do pronunciamento da "Declaração de Chapultepec", documento em defesa da liberdade de expressão elaborado em reunião no México, no qual, por exemplo, está expresso que nenhum meio de comunicação ou jornalista deve ser sancionado por difundir a verdade, criticar ou fazer denúncias contra o poder público.
Após sua palestra, Serra se recusou a responder três perguntas de jornalistas sobre a suposta falta de oposição no Brasil e sobre quais são os blogs sujos a que se referia.
Ao ser questionado, respondia: "Alguma outra pergunta?" Só manifestou-se quando um repórter de TV o perguntou sobre seu empenho na defesa da liberdade de expressão.
Ele primeiro ataca a Blogosfera Progressista, depois demonstra irritação com a descoberta e divulgação pela internet de suas mentiras declaradas, entre elas o roubo de autorias e criação de programas, do FAT, dos Genéricos, e do programa de AIDS.
Aonde Serra contar uma mentira vai ter um blogueiro para contar as verdades que o seu aliado, o PIG - partido da imprensa golpista oculta, e vamos mostrar todas verdades e também as besteiras que Serra fala por aí, iludindo eleitores inocentes.
Quando Serra irá mostrar o Prêmio Internacional que recebeu? (clique e veja)

Ninguém quer sair na foto ao lado de Serra

Os programas dos candidatos a governador que começaram a ser exibido ontem pela TV na estreia da propaganda gratuita, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi deixado de lado ou fez apenas aparições discretas nos programas de rádio e TV de seus aliados nos Estados.
Já na propaganda dos candidatos da base do governo federal, o presidente Lula foi a principal estrela, e muitos também mostraram a candidata a presidente Dilma Rousseff.
Serra não teve sua imagem mostrada nem seu nome citado nas propagandas dos candidatos a governador Yeda Crusius (PSDB-RS), Joaquim Roriz (PSC-DF), Marcos Cals (PSDB-CE), Paulo Souto (DEM-BA) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN).
Em Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB) só mostrou imagens do tucano no programa da noite. Durante o dia deve estar proibida a imagm por causa das crianças.
O início da propaganda na TV coincide com o momento em que Serra aparece atrás de Dilma em todas as pesquisas, de todos os institutos. Serra contava com o apoio nos Estados para reverter a vantagem da adversária.
Em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, Dilma chegou a falar três vezes nos programas dos aliados, inclusive pedindo voto para Hélio Costa (PMDB).
Serra ficou em clara desvantagem. Nos programas dos tucanos Aécio Neves, para o Senado, e Antonio Anastasia, para o governo, Serra não fala nem é citado. Mas a imagem dele aparece.
No de Anastasia, Serra é visto de relance em quatro ocasiões. Em apenas uma Serra está em primeiro plano. Em outra está de costas. Devem pensar que é melhor assim para não ver o rosto do candidato a presidente mais rejeitado.O Dilmasia tá funcionando.
Em São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin não mostrou a imagem de Serra na TV e só citou duas vezes o nome do presidenciável. A vingança de Alckmin, Dilmin vem aí.
Na TV, Mercadante exibiu depoimento de Lula. Em sua fala, Mercadante colou sua candidatura ao governo Lula, colocando-se como participante das realizações federais.
No Paraná, um dos poucos estados que Serra está a frente nas pesquisas, o programa da tarde de Beto Richa (PSDB) só mostrou Serra em imagens de campanha. Mas, no programa da noite, exibiu depoimento do presidenciável.
No Ceará, nem o nome nem a imagem de Serra apareceram no programa de Cals e do candidato tucano ao Senado, Tasso Jereissati. A fuga a jato de Tasso da imagemde Serra.
No Rio Grande do Norte, o apoio de Serra foi usado contra a candidata ao governo Rosalba Ciarlini (DEM). O atual governador e candidato à reeleição Iberê Ferreira (PSB) usou parte de seu programa de rádio para ressaltar que a candidata do DEM é apoiada por Serra, no rádio não dá para mostrar a imagem de Serra.
Os candidatos demotucanos estão achando que Serra tira votos, e estão escondendo a sua figura, nos materiais impressos também, adesivos, outdoor, cartazes, é raro encontrar o candidato local ao lado de Serra.

* Celso Jardim

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2U_D9nVpnqbIijFA39-auEezQ4cuLhzhCClts8lIvjlGYv6bgybbX9NwKQ0LfTMWmBnQwxeayvVZ63c0qCwKndNyWBpEieKYJ8bFWCTKkBVo1Ue7G0KHzadEUh8XmUIH5-yqAfGyFfTk/s1600/QUEDA_LIVRE_01.jpg

SERRA DE TÃO "FAKE" VIROU "MICO"


SERRA TROLOLÓ LANÇA A PENÚLTIMA:
"VOCÊS FALAM MAL DE MIM PORQUE LULA E DILMA ESTÃO PAGANDO.







SERRA FALA MAL DOS BLOGS E DIZ QUE LULA E DILMA ESTÃO NOS PAGANDO.COITADO , BATEU O DESESPERO !


Serra quer “limpeza étnica” na web

O conceito de liberdade de imprensa de Serra é muito curioso. Enquanto espalha e paga brucutus para invadirem a rede divulgando mensagens inverídicas sobre seus adversários e apresenta na TV favelas falsas e imitações, acusa o governo de financiar “blogs sujos”, que “perseguem” jornalistas, como conta a insuspeita Folha de S.Paulo.

Onde foi isso Serra ? Claro, no Congresso Brasileiro de Jornais, evento dos donos dos meios de comunicação. Depois de ouvirem o candidato tucano fazer sua acusações genéricas, similares a “todo mundo sabe da ligação do PT com as Farc”, jornalistas lhe dirigiram a singela pergunta sobre a quais “blogs sujos” ele se referia. “Alguma outra pergunta”, disse Serra por três vezes, recusando-se a responder aos “sujos” jornalistas, até que alguém veio em seu socorro lhe perguntando sobre seu empenho na defesa da liberdade de expressão.

Pensando bem, não deve ter sido ajuda a Serra, Na verdade, a pergunta revela bem o que Serra entende por liberdade de expressão. Aquela que ele controla e que não o incomoda. Os jornalões, estes podem receber publicidade das empresas estatais, mesmo vendendo cada vez menos exemplares. Na web, só para os portais, como aqueles da Veja que abrigam os blogs “limpinhos” como o de Reinaldo Azevedo.

Será que Serra quer fazer uma “limpeza étnica” na internet? Quem discorda dele e o combate não pode ter propaganda? A grande imprensa é cândida e delicada com ele, aceita até que ele distribua patadas em seus funcionários. Ou seria sujo quem publica textos como o que vou reproduzir abaixo?

Não se pode nem dizer da candidata Dilma que ela bate como homem, mas quer ser tratada como mulher nos debates políticos, já que sua verdadeira personalidade está maquiada pelo marketing político que a transformou de executiva fria e quase rude, que já fez muito homem chorar, em uma doce senhora.
E essa doce senhora sentiu-se ofendida ontem com a pergunta de um jornalista do UOL sobre sua saúde. Ora, em que mundo vivemos? Um candidato à Presidência da República deveria ser obrigado a prestar contas sobre sua saúde à população e não pode considerar esse um assunto “privado”.

O estilo “equino” é do Lord Merval Pereira, em O Globo de hoje, reproduzida pelo Noblat. Vamos ver se, nestes espaços “limpinhos” haverá algum protesto contra as acusações de Serra a “blogs sujos” sem que se nomine quem é sujo e silencie diante de perguntas de jornalistas que sequer envolvem questões pessoais.

E, além do mais, receber propaganda, quando se tem audiência, não é favor, é negócio. Falo com a autoridade de quem faz um blog com mais de meio milhão de acessos/mês e não recebe um tostão de publicidade pública ou privada. E se passar a receber, um dia, não terei nenhuma restrição a dar opinião.

dotijolaço



Cara de pau de Serra não tem limites

Serra, na cara dura, exibe Lula no programa eleitoral

Matérias e comentaristas da grande imprensa usaram seus espaços para criticar o que seria um “excesso” da presença de Lula na campanha de Dilma. Mas este excesso é fundamental para afastar a má intenção desses jornalistas, que só querem desvinculá-la de Lula, e, principalmente, para impedir que Serra cometa a trapaça de se apropriar da imagem de Lula, como se não fosse da oposição.

A sem-vergonhice de Serra chegou ao extremo no seu programa eleitoral de hoje à noite, quando explorou a imagem de Lula, aproveitando um vídeo em que os dois aparecem se cumprimentando. Ao fundo, a narração de que “Serra e Lula são homens de história”, seguida pouco depois da afirmação de que Serra tem a “vivência que Dilma não tem.”

É o máximo da cara dura Serra querer se associar a Lula. Ele passou oito anos em ferrenha oposição e vive criticando o governo, embora não tenha a decência de nomear quem está à frente deste governo que ele condena, chama de República Sindicalista e diz que está aparelhado.

Ora, Serra, tome vergonha. Não use a imagem de Lula como se fosse um aliado dele. Assuma que é um adversário e oposicionista. Fica feio. Embora o povo brasileiro já o esteja vendo como um mentiroso, que inventa e falsifica tudo, é desonesto tentar enganar os mais ingênuos com uma suposta proximidade a Lula.

Lula é Dilma e Dilma é Lula. O campo de Serra é outro. Tentar ludibriar as pessoas se apresentando como o que não é numa hora tão importante para o país como a de uma eleição presidencial é de um mau caratismo sem par. Serra não merece governar nem a farmácia da esquina.

dotijolaço

Mercadante para São Paulo soltar suas amarras


Mercadante diz que tucanos não governam para a maioria e aposta no prestígio de Lula para chegar ao 2o- turno


Aloizio Mercadante (PT) em sabatina no jornal O Globo. Foto: Michel Filho

Em sabatina do jornal o globo, Aloízio Mercadante acusa o psdb de ter privatizado educação em SP

SÃO PAULO. Em sua segunda tentativa consecutiva de se eleger governador de São Paulo, o petista Aloizio Mercadante, de 56 anos, quer fazer como a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff: pegar carona na popularidade do presidente Lula para acabar com os 16 anos de domínio do PSDB no estado.

Segundo a última pesquisa Datafolha, o senador tem 16% das intenções de voto. Mas Mercadante diz acreditar que num segundo turno com a intensificação dos debates. Ontem, em sabatina realizada pelo GLOBO, distribuiu ataques ao PSDB, do adversário Geraldo Alckmin.

Criticou as privatizações feitas pelos tucanos e disse que eles “fazem bem o que é para poucos” e“foram lentos” na execução de obras de infraestrutura.

Leia os principais trechos da entrevista:


O GLOBO: O senhor tem dito que os tucanos estão há 16 anos no governo e é preciso mudar.

Mas o governo Lula já está há oito anos e vocês defendem sua continuidade, com Dilma. Por que mudar aqui e continuar lá?

ALOIZIO MERCADANTE: Porque o governo Lula é o mais bem avaliado da história. Somos o segundo país que mais exporta alimentos no mundo, e éramos o quinto. Somos a oitavo economia no mundo. E somos um país que criou um mercado interno de massa. Fizemos políticas sociais muito criativas, com o ProUni, o Bolsa Família, crédito consignado, o Minha Casa, Minha Vida. Essas políticas permitiram inclusão social e distribuição de renda. Agora, em São Paulo, a segurança pública vai muito mal. Todos os indicadores de violência cresceram no ano passado. A verdade é que no governo do PSDB o crime organizado tomou conta dos presídios.

Se olhar a educação, eles privatizaram a qualidade do ensino em São Paulo. Onde está o ensino público de qualidade? Nas universidades. Mesmo no ensino técnico, você tem boas escolas. Eles fazem bem o que é para poucos. Lula mostrou que é possível fazer melhor para todos.

Eles não investiram em metrô.

Há espaço para mudança.

O GLOBO: Se o PSDB fez tão pouco como o senhor diz, como consegue permanecer tanto tempo no poder?

MERCADANTE: O sentimento geral do país é de satisfação, e acho que isso se deve fundamentalmente ao governo Lula.

Temos mais chance hoje (de ganhar o governo de São Paulo) porque temos o governo Lula. Não posso comparar o governo do PT em São Paulo com o governo do PSDB. Mas posso comparar o governo Lula com o governo do PSDB do Fernando Henrique Cardoso.

O GLOBO: Por que não consegue ter a mesma transferência de votos que a Dilma?

MERCADANTE: Até agora, com raras exceções, nos veículos de comunicação prevaleceu profundo silêncio sobre a eleição em São Paulo. Sempre crescemos na reta final.


O GLOBO: O senhor tem um patamar de votos menor do que o da eleição de 2006. Até que ponto os episódios dos “aloprados” em 2006, e do recuo na decisão de deixar a liderança do governo no Senado em 2009 prejudicam a sua intenção de voto?

MERCADANTE: Naquela campanha (de 2006) prejudicou. Nesta, acho que não terá nenhum impacto, porque, depois que o Ministério Público investigou, o procurador-geral da República já disse que eu não tinha nenhum envolvimento. O Supremo aprovou por unanimidade que não havia nenhum indício da minha participação; estou pronto para debater esse e qualquer outro fato.

Em relação à minha saída da liderança, não saí porque o presidente Lula me chamou e disse: “se você deixar a liderança, não vai resolver a crise do Senado e vai prejudicar o governo”. O que estava em jogo era o projeto de uma nação. Agora, a campanha que está mobilizando o Brasil é a campanha presidencial. Agora, com o horário gratuito, a gente tem condições de reverter. E, no segundo turno, são só dois candidatos, e aí dá para fazer um belo debate.

O GLOBO: O senhor pretende capitalizar o popularidade do governo Lula?

MERCADANTE: Mesmo porque não tem como me dissociar dele. Estou com o Lula há mais de 30 anos. Minha vida está ligada a esse projeto. Essa é a força da minha candidatura, até porque eu não tive nenhuma experiência executiva e não pude ter. Gostaria de ter tido.

O GLOBO: Foi o presidente Lula quem pediu para o senhor ser candidato? Houve negociação para que ele estivesse bastante presente na campanha?

MERCADANTE: Muita gente pediu. Tínhamos seis pré-candidatos, eu era o único nome que unificava o PT e agregava.

Agora, é evidente que a opinião dele conta muito, sempre contou a minha vida toda.

Agora, eu não coloquei isso (a participação de Lula na campanha) como condição.


O GLOBO: Mas o senhor tinha uma reeleição para o Senado que seria mais fácil.

MERCADANTE: Era mais fácil, mas eu não entrei no Senado para ter cargo. Eu me sinto hoje, com essa escola política que foi o governo Lula, preparado para governar São Paulo. Preparado para mudar a educação de São Paulo, que começa pelos professores.

Temos 13 estados no Brasil que pagam melhor que São Paulo para o professor. Não tem diálogo com os professores, tem borrachada. Não teve diálogo nem com a polícia. Eles assistiram as polícias Civil e Militar se confrontarem na rua. Eles têm dificuldade de dialogar e negociar. Acho que é uma visão autoritária da relação com os servidores. Tem que ter avaliação (dos alunos). Não existe educação de qualidade se a pessoa passa sem saber.

O GLOBO: Mas se acabar com a progressão continuada não haverá um aumento da evasão escolar? MERCADANTE: Temos que ter recuperação, reforço escolar.

Mas tem que ter avaliação.

Como você pode aceitar que no estado mais rico do Brasil, a primeira escola pública fique na 2.583aposição no Enem? Que país vamos construir com essa política de educação? Eles adoram privatização, o PSDB.

Privatizaram quase todo o setor de energia, o Banespa e venderam a Nossa Caixa. E privatizaram a qualidade do ensino.

Então, a classe média que paga impostos é sufocada de um lado pela escola dos alunos e pelo plano de saúde. Dá para ter escola de qualidade. No Uruguai, um país muito mais pobre que o Brasil, todos os professores têm laptop, todos os alunos da primeira, da segunda e da terceira série do ensino primário já têm laptop.


O GLOBO: Mas não dá para comparar o Uruguai com o Brasil.

MERCADANTE: Mas dá para comparar com São Paulo. Nós temos cinco milhões de alunos em São Paulo. Vamos colocar laptop para cada um milhão de alunos por ano. O orçamento da educação é R$ 30 bilhões.

Com 1% ou 1,5%, posso dar laptop a cada ano para uma fração significativa dos alunos. Em cinco anos, todos os alunos teriam acesso a laptop.

O GLOBO: Mas São Paulo tem mais aluno do que o Uruguai tem de população.

MERCADANTE: E tem muito mais orçamento. Se fosse um país, seria o segundo país da região.

Nós somos mais ricos que a Argentina. O orçamento de São Paulo é R$ 125 bilhões. Acabou a era de um país estagnado, com crise fiscal, com hiperinflação.

Eu comecei dizendo das perspectivas do Brasil do futuro e essa é uma diferença fundamental entre nós e eles. Eles não veem o Brasil que aconteceu. Há uma incapacidade de entender que esse país rompeu os limites que impunham um crescimento medíocre. Então, quando a gente fala em um trem-bala CampinasSão Paulo-Rio, e eu vejo objeção, é inacreditável.

O GLOBO: Mesmo que tenha que colocar dinheiro público?

MERCADANTE: Financiamento público porque as pessoas vão pagar e esse dinheiro vai voltar. Isso vai ser feito em parceria com a iniciativa privada.

Lógico que tem que ter financiamento do investimento. Nós temos a Copa e Olimpíada.

O GLOBO: A tarifa do trem-bala que está sendo discutida é de R$ 200.

MERCADANTE: As licitações do PSDB são sempre onerosas.

Eles embutem o imposto, como fizeram com o pedágio. Quem paga o maior imposto para o governo, com a maior tarifa, leva a concessão, como fizeram com o pedágio, e por isso são abusivos em São Paulo. O modelo do governo federal é que dá a menor tarifa. (No trem-bala) são cinco consórcios e quem der a menor tarifa vai levar. É inacreditável a gente não entender que o país é a oitava maior economia do mundo, e nós discutindo se devemos ou não fazer projeto estruturante que o mundo inteiro já percebeu que dá certo.

O GLOBO: O senhor colocaria dinheiro no Estádio do Morumbi para receber a Copa do Mundo?

MERCADANTE: Você pode fazer parcerias com empresas, o que falta é vontade política.

Eu acho que São Paulo não pode ficar fora da abertura da Copa. Por que todos os estados do Brasil conseguiram fazer parcerias e o estado mais rico do Brasil não consegue?

O GLOBO: Tem uma pesquisa dizendo que o povo não quer dinheiro público investido ali.

MERCADANTE: Não sei se precisa botar dinheiro público no estádio. Eu sei que foi feito um acordo que o governo federal assumiu e está fazendo a sua parte e o governo do estado, desde 3 de janeiro, não tomou uma medida para viabilizar a Copa. O que acho é que São Paulo não pode ficar fora da Copa. Tóquio ficou fora da Copa do Japão e foi um erro. Por isso, há uma disputa para ser a sede da Copa.

Ou você acha que Obama estava lá (na escolha da sede da Olimpíada) por Chicago porque ele quis? Nós sabíamos o que nós queríamos nas Olimpíadas e na Copa, mas, infelizmente, o governo do PSDB está em cima do muro. É uma característica.


O GLOBO: Mas o que se poderia fazer?

MERCADANTE: O que é mais impressionante é que eles falam que pode ser o Pacaembu, o Piritubão, aí volta para o Morumbi, parece aquele time que fica tocando a bola, mas é incapaz de fazer gol. Quem não faz, leva. O povo quer a Copa.

O GLOBO: O PT disse que o rodoanel foi superfaturado. Se o senhor vencer as eleições, pretende fazer uma revisão de contratos ou auditoria?

MERCADANTE: Quem fez foi o Serra, né? O Serra assumiu, colocou sob suspeição todos os contratos, especialmente na área de transporte. O fundamental é que 16 anos para fazer metade do rodoanel é muito tempo. Precisamos acelerar. E precisamos fazer o ferroanel.

O GLOBO: O senhor prometeu reduzir os preços dos pedágios em seis meses, mas isso não seria ilusão, já que existem contratos regulamentando as parcerias? Vai quebrar contrato?

MERCADANTE: Existe uma cláusula de equilíbrio econômicofinanceiro. Aumentou o fluxo de veículos nas estradas, o crescimento do país, a renda da população. Os parâmetros que foram adotados nas licitações antigas é taxa interna de retorno de 20% a 27%. Então está na cláusula contratual e há espaço para negociar. Se necessário, prorrogar esses contratos para reduzir as tarifas.

E a médio prazo, pagar pelo quilômetro rodado.

O GLOBO: O PSDB fez algo de bom no governo de São Paulo?

MERCADANTE: É lógico e o que fez de bom vai continuar.

Eles sabem fazer coisa boa para poucos. O que eles nunca fizeram é fazer melhor para a maioria.

O GLOBO: O que fez de bom, estão?

MERCADANTE: Por exemplo, a USP, Unicamp, Unesp, que já eram boas e continuam sendo. São as melhores universidades do Brasil, já eram e eles continuaram.

Etec e Fatec são boas escolas públicas, só que são em torno de 10% os alunos de ensino médio.

O GLOBO: Os homicídios em São Paulo, em 2001, tiveram uma queda muito acentuada. O padrão ainda é alto, mas, perto do que estava em 2000 ou 2001, é bem mais baixo.

MERCADANTE: No país inteiro, o número de homicídios é bem mais baixo. Primeiro, porque o Brasil voltou a crescer.

Ajuda. Segundo, porque a Lei do Desarmamento contribuiu de forma muito relevante para a redução dos homicídios.

No ano passado, cresceu 16% o número de homicídios no interior de São Paulo.

O que é que está acontecendo no interior? Espalharam presídios.

Junto com os presídios veio o crime organizado.

Hoje, tem 59 mil presos além da capacidade do sistema.

Por isso que eu insisto na pena alternativa, para os pequenos delitos, e não colocar um chefe do tráfico com preso que cometeu pequeno delito.

O GLOBO: Nenhum prefeito quer presídio
.

MERCADANTE: Por quê? Por que não teve nenhuma compensação para os municípios.

Você coloca um presídio num município, aumenta a demanda de saúde, aumenta o risco da segurança pública. A compensação tem que ser financeira, tem que ter um repasse maior dos recursos no FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

doLuis Favre

Brasil ultrapassa Espanha e Canadá e já é 8ª maior economia

A economia brasileira ultrapassou durante o período de crise o Canadá e a Espanha e passou a ser a oitava maior economia mundial, relegando a Espanha para nona maior economia, diz hoje o jornal espanhol Expansión.
De acordo com o jornal espanhol, comparando o crescimento das dez maiores economias nos períodos entre segundo trimestre de 2006 ao primeiro de 2007 e do segundo trimestre de 2009 ao primeiro de 2010, a Espanha perde a oitava posição para o Brasil e passa a nona maior economia do mundo (comparando apenas o seu Produto Interno Bruto nestes períodos).
A economia brasileira ultrapassa ainda a canadiana, que passa a ser a décima maior economia (apesar de integrar oficialmente o G7).
Destaque ainda para a China, que passa a ocupar o segundo lugar no Top Ten das 10 maiores economias, relegando o Japão para terceiro lugar. No conjunto das dez maiores economias, apenas duas registam um PIB inferior em 2010 ao que haviam registado no final do primeiro trimestre de 2007, sendo a maior queda a do Reino Unido, seguindo-se então a economia italiana.
Em primeiro lugar continuam os Estados Unidos, com um PIB que é mais de o dobro registado pela China (segundo) e do Japão (terceiro), sendo inclusivamente maior que estas duas juntas.
Segue-se Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Brasil, Espanha e Canadá.
Dez maiores economias (PIB em biliões de dólares):
EUA.....................14,217
China.....................5,220
Japão....................5,118
Alemanha...............3,415
França...................2,666
Itália.......................2,089
Reino Unido...........2,066
Brasil......................1,797
Espanha..................1,464
Canadá....................1,347.
docomtextolivre

quarta-feira, agosto 18, 2010

A integração oceânica Brasil-Chile-Bolívia

Brasil, Chile e Bolívia vão inaugurar ligação entre oceanos em novembro
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Sebastián Piñera, do Chile, e Evo Morales, da Bolívia, têm encontro marcado na primeira semana de novembro, para uma cerimônia repleta de simbolismo: a inauguração do Corredor Bioceânico Central, que deverá ligar o porto de Santos ao de Iquique, no Chile, passando pelo departamento (Estado) boliviano de Tarija, que faz fronteira com Argentina e Paraguai. "É um corredor de 3,8 mil quilômetros, com implicações importantes para a integração da região", disse ao Valor o ministro das Relações Exteriores do Chile, Alfredo Moreno.
"Vamos passar, agora, à segunda etapa, que é como administrar esse corredor de maneira que esteja sempre disponível, com normas aduaneiras, sanitárias e de trânsito homogêneas", disse o ministro, após reunir-se com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em Brasília. Chile, Bolívia e Brasil devem se reunir em breve para discutir o tema. Moreno reconhece que, no corredor, ainda há cerca de 200 quilômetros de estrada na Bolívia sem pavimentação, mas diz ter recebido do ministro de Obras Públicas da Bolívia, Walter Delgadillo, com quem se encontrou em Santiago, a informação de que em "muito poucos meses" as obras estarão concluídas. "Será um acesso importante para os mercados asiáticos, os que mais crescem no mundo, com os quais temos acordos de livre comércio", disse o ministro chileno.
Os dois ministros realizaram em Brasília a primeira reunião da Comissão Bilateral Brasil-Chile, criada no ano passado. O Chile, que aderiu ao padrão de TV Digital desenvolvido pelo Japão com colaboração brasileira, e tem, desde 2008, acordo de livre comércio de serviços com o Mercosul, está muito interessado nas possibilidades de produção de conteúdo local para venda entre os dois países. Amorim e Moreno decidiram, também, iniciar na próxima semana negociações para um acordo de investimentos entre os dois países. "Estamos dispostos fazer o acordo dentro das restrições e do espírito que haja aqui, não vemos problema", disse Moreno, ao comentar o que, no Itamaraty, se descreve como "diferenças conceituais" entre Chile e Brasil sobre os acordos de investimento. Os chilenos preferem acordos clássicos, com regras abrangentes e a possibilidade de as empresas acionarem diretamente os governos caso se sintam prejudicadas. Os brasileiros veem barreiras constitucionais a esses acordos e defendem tratados de promoção e acesso a mercados nas áreas de investimento. As declarações do ministro chileno e de assessores de Amorim indicam que os dois países devem tentar um meio termo entre os dois modelos.
O acordo de investimento deve estimular o ingresso de capitais chilenos que, hoje, oficialmente, chegam a aproximadamente US$ 8 bilhões no Brasil (o ministro chileno fala em "mais de US$ 10 bilhões") e hoje têm, como destino preferencial na vizinhança os mercados de língua espanhola Argentina e Peru. "O governo brasileiro se mostrou muito interessado em avançar", comentou, satisfeito, o ministro chileno.
Os entendimentos entre os dois governos incluem até a associação em um prodígio científico, a construção do que será o maior telescópio do mundo, com um espelho de 42 metros de diâmetro, e capacidade de visualização até 15 vezes maior que os atuais supertelescópios em órbita da Terra. Construído por iniciativa da Organização Europeia para a Investigação Astronômica no Hemisfério Sul (ESO, na sigla em inglês), será instalado no Chile após intenso lobby do governo chileno (a Espanha disputava a localização) com apoio de Lula.
"O Brasil tomou a decisão de ser sócio, o primeiro não europeu", anunciou Moreno. O tamanho do aporte, ainda em negociação, deve ficar em torno de 10% de projeto, que, calcula o ministro, pode ficar em cerca de € 1 bilhão. "Isso significará maior acesso dos cientistas brasileiros ao projeto mas, também, há intenção de que as empresas brasileiras e chilenas participem da construção", adianta Moreno. Por envolver tecnologia avançada, a participação deve gerar não só contratos, como melhorias tecnológicas para essas empresas, argumenta.
Na visita ao Chile, em novembro, Lula deverá passar uma noite no vizinho telescópio de Paranal, também operado pela ESO, que resistiu ao terremoto que abalou o país no ano passado. O Chile vem se recuperando da catástrofe, que danificou severamente a infraestrutura do país. Impulsionada pelo otimismo dos consumidores e investidores, pelos programas de reconstrução do governo e pela persistente alta das commodities exportadas pelo país, como o cobre, a economia chilena cresceu 7% no mês passado a taxas anualizadas e deve crescer em média 5% a 5,5% neste ano, conta o ministro, dizendo-se entusiasmado com o surpreendente ritmo da recuperação.
Do Valor
Sergio Leo, de Brasília
By: Luis Nassif Online










Dilma quer olhar o passado: FHC.
O Serra não pode


A Dilma pendurou o FHC no pescoço do Serra




Dilma contesta Serra e diz que é preciso olhar para o passado


Dilma respondeu à acusação de Serra de que a candidata ‘olha apenas pelo retrovisor’

SÃO PAULO – A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira, 18, que é preciso olhar para o passado para valorizar as conquistas do presente e planejar o futuro. Em entrevista coletiva concedida após participar do debate entre os candidatos à Presidência promovido nesta manhã, Dilma respondeu à acusação de Serra de que a candidata “olha apenas pelo retrovisor”.

“Essa história de que não dá para olhar para o retrovisor é um perigo enorme para um País que tem a história que nós temos”, disse Dilma. “Temos uma história de ditadura e temos de olhar para ela para valorizar a democracia. Temos uma história de baixo crescimento e, por isso, valorizamos o alto crescimento. Temos uma história de desigualdade de renda vergonhosa. Por isso, temos de perseguir a erradicação da pobreza. Quem não tem história e passado, não tem presente nem futuro. Temos de aprender com o que fizemos”, acrescentou.

Na entrevista, Dilma ironizou o jingle de campanha de José Serra, exibido no programa do horário eleitoral de TV ontem, que diz “depois de Lula quero o Serra lá (na presidência)”. “Eu acho interessante o pessoal que fala mal do governo Lula e coloca, na primeira estrofe do seu jingle, o nome do presidente Lula”, disse.

doconversaafiada/tijolaço

Venezuela






VENEZUELA – A PEQUENA VENEZA


Laerte Braga

Américo Vespúcio em 24 de agosto de 1499, sete anos após Cristóvão Colombo chegar a terras americanas, chegou ao lago Maracaibo e encontrou nativos que construiam suas casas sobre estacas de madeira fixadas no lago. Vespúcio achou aquelas construções semelhantes às de Veneza, na Itália e por esse motivo deu o nome de Venezuela – pequena Veneza – ao que vem a ser hoje a República Bolivariana da Venezuela.

Como quase todos os países latino-americanos até sua independência a Venezuela foi governada por caudilhos, via de regra militares, e ligados às grandes famílias latifundiárias, ditaduras cruéis, com exceção do período em que Simon Bolivar, chamado o Libertador, presidia a chamada Confederação da Grande Colômbia, que incluía além da Venezuela, a própria Colômbia, o Equador e o que, hoje, é o Panamá.

Foi a partir da derrubada da ditadura do general Marcos Perez Jimenez que o país começou a viver um processo relativo de democracia, mas ainda assim controlado por latifundiários, banqueiros e a poderosa companhia estatal de petróleo, a serviço das elites políticas e econômicas.

No período que se seguiu a queda de Perez Jimenez, Rómulo Betancourt fundou o que os historiadores chamam de “a moderna democracia venezuelana” e, curiosamente, enquanto os outros países da América do Sul sucumbiam a ditaduras militares, até o governo de Carlos Andrés Perez Rodrigues, seu segundo mandato – não consecutivo – o processo desfechado por Betancourt na prática desintegrou a estrutura política e econômica, o aparelho estatal, tomados pela corrupção e pelas crescentes desigualdades sociais. Ou seja, uma democracia de fachada, o que talvez explique porque aquele país não tenha sofrido um golpe militar como ocorreu com Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e os outros.

Em meio a uma crise e a perspectiva de salvar os dedos dando os anéis, as elites convocaram Rafael Caldera Rodriguez, que já havia presidido o país, para tentar evitar o caos e manter o controle dos grandes grupos econômicos nacionais e internacionais submissos a orientação dos governos norte-americanos.

Hugo Rafael Chávez Frias, um tenente coronel do exército venezuelano surge na história do país em 1992 ao liderar, à frente de um efetivo de 300 homens, uma tentativa de derrubada do presidente Carlos Andrés Pérez Rodriguez, imerso em denúncias de corrupção e que acabou afastado do governo. Rafael Caldera Rodriguez é eleito presidente e anistia os insurretos (Chávez passou dois anos preso).

Hugo Chávez sai da prisão com dimensões de líder nacional e é eleito presidente da república em 1998 com 56% dos votos no comando do Movimento pela Quinta República, inspirado nos ideais bolivarianos, que chama de “socialismo do século XXI.”

Inicia-se nova fase na história do país, levando-o à esquerda e usando a riqueza oriunda do petróleo para desenvolver programas populares de reforma agrária, saúde, educação, habitação, etc.

Pela via de sucessivos referendos consegue apoio para uma nova constituição, em vigor a partir de 1999 e enfrenta uma tentativa de Golpe de Estado em abril de 2002.

O Golpe fora armado pela CIA, com cumplicidade de empresários e latifundiários venezuelanos além do apoio da mídia – chamado de “primeiro golpe midiático da História” - pois desfechado a partir de notícias falsas veiculadas pelas redes privadas de tevê, jornais, revistas e rádios.

Chávez retorna ao poder três dias depois debaixo de grande clamor popular e em agosto do mesmo ano, sob severa observação de entidades internacionais de direitos humanos, inclusive com a presença do ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, vence um referendo que dá aprovação majoritária ao seu governo, permitindo-lhe a conclusão do primeiro mandato e sua reeleição.

Um dos referendos convocados por Chávez abre a perspectivas de novas reeleições.

Em setembro próximo os venezuelanos vão às urnas para eleger governadores de departamentos, prefeitos e um novo congresso. Ao contrário do que aconteceu na última eleição há cinco anos, a oposição decidiu concorrer através de seus principais partidos a vagas no legislativo. Não há representatividade dessas forças no congresso atual, exatamente pela decisão anterior de não disputar as eleições e dessa forma tentar negar legitimidade ao governo Chávez.

As pesquisas de opinião pública indicam que Chávez deve manter a maioria absoluta do congresso, mas evidente, disputando as eleições, os partidos de oposição devem conquistar algumas cadeiras.

Há cerca de trinta dias empresários europeus anunciaram que cerca de 50 milhões de dólares foram doados a essas forças contrárias a Chávez, numa tentativa de alcançar o maior número de parlamentares possíveis, tentando inviabilizar uma nova reeleição de Cháve em 2013.

As sucessivas crises com a Colômbia, principal base dos EUA na América do Sul, decorrem da sistemática ação golpista dos governos norte-americanos contra Chávez.

Chávez deu a partida, de fato, em tentativas políticas de integração latino-americana. Aliou-se a governos como o de Rafael Corrêa (Equador), Daniel Ortega (Nicarágua), Evo Morales (Bolívia) e Raul Castro (Cuba), além de contar com a simpatia dos governos do Brasil e da Argentina.

Foi decisivo, assim como Lula no Brasil (a maior extensão territorial da América Latina e a maior economia da região), para que a ALCA – Aliança de Livre Comércio das Américas – não se viabilizasse a despeito dos acordos firmados, principalmente, entre o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton, denunciando que, na prática, a aliança significaria uma recolonização dos países latino-americanos.

Chávez defende a integração latino-americana através de um processo gradual que inclui uma moeda única para os países dessa parte do mundo, tal como o Euro para a União Européia.

Erradicou o analfabetismo em seu país, melhorou acentuadamente as condições de saúde, as políticas de habitações populares já suprem boa parte das necessidades dos excluídos na Venezuela e isso acabou por transformar a maior central sindical do país em grande adversária do governo. Seus dirigentes apoiaram o golpe fracassado de 2002, pois eram grandes beneficiários da corrupção na empresa estatal de petróleo em benefício de grupos nacionais e internacionais. O sindicalismo pelego. Associado ao capital.

Um dos filhos de Robert Kennedy, quando do furacão Katrina que devastou a cidade histórica de New Orleans, fez declarações públicas em seu pais que o presidente da Venezuela deveria ser homenageado pelo governo dos EUA por sua ação ao rebaixar o preço da gasolina na área devastada pelo furacão e permitir que milhares de famílias saíssem sem maiores prejuízos ou riscos da própria vida. O fato foi ignorado pela mídia em todo o mundo e nenhuma companhia norte-americana ou de de outro país, naquele momento, adotou prática semelhante.

Chávez enfrenta a mídia privada, toda ela controlada por grandes grupos empresariais, ligada aos EUA e por essa razão, levando em conta a participação de um desses grupos no golpe de 2002, não renovou sua concessão (os canais de tevê são concessão de serviços públicos).

Ao não permitir a RBS manter sua rede, passou a enfrentar também a acusação de cercear a liberdade de imprensa.

Vital para os interesses norte-americanos em toda a América Latina, o petróleo venezuelano, o governo de Chávez tem sido vítima de constantes ações golpistas a partir da Colômbia, denúncias infundadas de desrespeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão e principalmente por suas políticas de integração latino-americana.

O ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi deposto em seguida a acordos comerciais com a Venezuela e declarações explícitas do ex-presidente hondurenho de alinhamento com as políticas bolivarianas de Hugo Chávez.

No Brasil, por exemplo, a principal rede de TV, a Rede Globo, controlada por capital estrangeiro e pela família Marinho, teve participação direta na tentativa de golpe em 2002. Uma enviada especial, a jornalista Míriam Leitão, duas semanas antes do golpe, produziu uma série de reportagens, dentro do esquema ser desfechado , denunciando o “caráter ditatorial” do governo Chávez e preparando a opinião pública brasileira para o golpe.

Quando da prisão de Chávez em uma quinta-feira do mês de abril daquele ano de 2002, o noticiário da rede brasileira falava em “fim de uma ditadura” e “revolução democrática por vontade popular”. Na volta de Chávez, três dias depois, a rede omitiu detalhes sobre o grande levante popular que reconduziu o presidente ao palácio do governo.

As eleições de setembro próximo não vão alterar o curso da revolução bolivariana, embora Chávez vá ter no congresso representantes da oposição. Vai manter a maioria legislativa e dos departamentos, a despeito de crise em alguns setores no abastecimento de gêneros básicos, do apagão decorrente de um grande período de seca e de índices ameaçadores de inflação. Resultam das pressões econômicas sobre o país, a queda do preço do petróleo, mas não anulam as melhorias na educação, na saúde, na moradia, as conquistas populares de um modo geral.

Uma das apostas dos EUA para derrubar Chávez é a eleição (cada vez mais difícil) de José Serra, candidato de extrema-direita, à sucessão de Lula no Brasil, país chave para o controle da América do Sul.

Toda a história do fracassado golpe de 2002 pode ser vista no documentário “A Revolução Não Será Televisionada” , de cineastas irlandeses que, à época filmavam a história do próprio Chávez. As cenas são reais, as gravações feitas ao vivo e milhões de venezuelanos são mostrados nas ruas de Caracas, principalmente em frente ao palácio do governo, exigindo a volta do presidente constitucional, no caso Hugo Chávez.

O documentário não foi exibido no Brasil, por exemplo, por nenhuma rede privada. Seria como desmentir todo o noticiário que desenvolveram à época e continuam a vender ao público.

A revolução bolivariana de Hugo Chávez é hoje uma realidade que transcende a Venezuela e deita ramas por todos os países latino-americanos através de muitas organizações do movimento social.

A integração latino-americana é uma perspectiva de sobrevivência dos países desse canto do mundo como nações soberanas, livres, ou como diz o próprio Chávez, a demonstração que “existe alternativa ao neolibealismo, é real e possível”.

Com a proximidade das eleições na Venezuela deve aumentar o tom terrorista da mídia privada contra o governo Chávez. A última ação de Álvaro Uribe como presidente da Colômbia foi exatamente tentar provocar uma crise nessa direção.

Uma dos principais conquistas de Chávez e dos países latino-americanos foi a UNASUL – União das Nações do Sul – que já começa a se contrapor à OEA – Organização dos Estados Americanos - pois livre da influência dos EUA.

É um dos primeiros passos para a integração efetiva e dela fazem parte países como o Brasil e a Argentina, os maiores da América Latina.

Outro aspecto em Chávez que desagrada aos norte-americanos, contraria seus interesses políticos e econômicos, é sua proximidade com governos independentes de outras partes do mundo, caso do governo do Irã.

Para Chávez o terrorismo é a realidade praticada a partir dos EUA e Israel.

Arte

MERCADANTE para São Paulo mostrar que se renova












Alckmin e a batalha de São Paulo

Por Altamiro Borges

As últimas pesquisas, inclusive as do Datafraude e do Globope, confirmam que Dilma Rousseff caminha para vencer a eleição presidencial já no primeiro turno. Um dos obstáculos que pode, mais uma vez, adiar este resultado é São Paulo. Neste estado, que concentra 22,3% do eleitorado brasileiro, diminuiu a diferença entre os dois principais concorrentes, mas José Serra ainda tem folgada vantagem. Em certo sentido, a batalha presidencial será definida em São Paulo.

Reduto do eleitorado conservador

Maior centro industrial e financeiro do país, com volumosa “classe média”, o estado é dominado pelo PSDB há quase 16 anos e tornou-se o principal reduto do eleitorado conservador. Apesar da chamada “locomotiva” ter emperrado nas últimas décadas, com índices pífios de crescimento e explosão da miséria social, a hegemonia tucana ainda é inconteste e pode garantir a vitória, já no primeiro turno, para Geraldo Alckmin, expressão mais tosca do conservadorismo político.

Para evitar mais uma gestão desastrosa da direita em São Paulo e reforçar a campanha de Dilma Rousseff no estado será preciso desmascarar Geraldo Alckmin, que já foi apelidado de “picolé de chuchu”. A mídia demotucano, que adora desfigurar o passado de seus adversários, não cumprirá este papel investigativo. Com este objetivo, apresento uma breve história do candidato tucano ao governo da principal unidade da federação, que comprova seu conservadorismo e autoritarismo.

Breve história de um direitista

Natural de Pindamonhangaba, no interior paulista, Geraldo Alckmin sempre conviveu com políticos reacionários, alguns deles envolvidos na conspiração que resultou no golpe militar de 1964, e com simpatizantes do Opus Dei, seita religiosa que cresceu sob as bênçãos do ditador espanhol Augusto Franco. Seu pai militou na União Democrática Nacional (UDN), principal partido golpista deste período; um tio foi prefeito de Guaratinguetá pelo mesmo grupo; outro foi professor do Mackenzie, que na época havia sido convertido num dos centros da direita fascista.

Alckmin ingressou na política em 1972, convidado pelo antigo MDB para disputar uma vaga de vereador. Na ocasião, diante do convite formulado por seu colega do curso de medicina, José Bettoni, ele respondeu: “Mas meu pai é da UDN”, talvez temeroso dos seus laços familiares com a ditadura. Até hoje, Alckmin se gaba de ter sido um dos vereadores mais jovens do país, com 19 anos, e de ter tido uma votação histórica neste pleito – 1.147 votos (cerca de 10% do total).

Um bajulador da ditadura militar

Mas, segundo o depoimento de Paulo de Andrade, presidente do MDB local nesta época, outros fatores interferiram na sua eleição. O tio de Alckmin, José Geraldo Rodrigues, tinha acabado de ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal pela ditadura. “Ele transferiu prestígio para o sobrinho”, diz Rodrigues. A outra razão era histórica. Geraldo é sobrinho-neto do folclórico político mineiro José Maria Alckmin, que foi o vice-presidente civil do general golpista Castelo Branco. “Ter um Alckmin no MDB era um trunfo [para o regime militar]’, diz Andrade”.

Tanto que o jovem vereador se tornou um bajulador da ditadura. Caio Junqueira, em um artigo no jornal Valor (03/04/06), desenterrou uma carta em que ele faz elogios ao general Garrastazu Médici. Segundo o jornalista, Alckmin sempre se manteve “afastado de qualquer movimento de resistência ao regime militar... O tom afável do documento encaminhado a Médici, sob cujo governo o Brasil viveu o período de maior repressão, revela a postura de não enfrentamento da ditadura, fato corroborado por relatos de colegas de faculdade e políticos que com ele atuaram”.

Seguidor da seita Opus Dei

Em 1976, Alckmin foi eleito prefeito da sua cidade natal por uma diferença de apenas 67 votos e logo de cara nomeou seu pai como chefe de gabinete, sendo acusado de nepotismo. Ainda como prefeito, tomou outra iniciativa definidora do seu perfil, que na época não despertou suspeitas: no cinqüentenário do Opus Dei, em 1978, ele batizou uma rua da cidade com o nome de Josemaría Escrivá de Balaguer, o fundador desta seita fascista.

Na seqüência, ele foi eleito deputado estadual (1982) e federal (1986). Na Constituinte, em 1998, teve uma ação apagada e recebeu nota sete do Diap; em 1991, tornou-se presidente da seção paulista do PSDB ao derrotar o grupo histórico do partido, encabeçado por Sérgio Motta. Em 1994, Mário Covas o escolheu como vice na eleição para o governo estadual. Já famoso por sua truculência, coube-lhe presidir o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização.

Centralizador e a “turma de Pinda”

As privatizações das lucrativas estatais foram feitas sem qualquer transparência ou diálogo com a sociedade, gerando muitas suspeitas de negócios ilícitos. Nas eleições para a prefeitura da capital paulista, em 2000, obteve 17,2% dos votos, ficando em terceiro lugar. Com a morte de Covas, em março de 2001, assumiu o governo e mudou toda a sua equipe, causando desconforto até em setores do PSDB. Em 2002, ele foi reeleito governador no segundo turno, com 58,6% dos votos.

Numa prova de sua vocação autoritária, um de seus primeiros atos no governo foi nomear, para o estratégico comando do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, o delegado Aparecido Laerte Calandra – também conhecido pela alcunha de “capitão Ubirajara”, que ficou famoso como um dos mais bárbaros torturadores dos tempos da ditadura. Com a mesma determinação, o governador não vacilou em excluir os históricos do PSDB do Palácio dos Bandeirantes, cercando-se apenas de pessoas de sua estrita confiança e lealdade – a chamada “turma de Pinda”.

Criminalização dos movimentos sociais

Como governador de São Paulo, Alckmin nunca escondeu sua postura autoritária. Ele se gabava das ações “enérgicas” de criminalização dos movimentos sociais e de satanização dos grevistas. Não é para menos que declarou apoio à prisão dos líderes do MST no Pontal do Paranapanema; aplaudiu a violenta desocupação de assentados no pátio vazio da Volks no ABC paulista; elogiou a prisão do dirigente da Central dos Movimentos Populares (CMP), Gegê; e nunca fez nada para investigar e punir as milícias privadas dos latifundiários no interior do estado.

Durante seu governo, o sindicalismo não teve vez e nem voz. Ele se recusou a negociar acordos coletivos, perseguiu grevistas e fez pouco caso dos sindicalistas. Que o digam os docentes das universidades, que realizaram um das mais longas greves da história e sequer foram recebidos; ou os professores das escolas técnicas, que pararam por mais de dois meses, não foram ouvidos e ainda foram retalhados com 12 mil demissões.

A linguagem da violência

Os avanços democráticos no país não tiveram ressonância no estado. Alckmin sabotou os fóruns de participação da sociedade criados no governo Lula, como o Conselho das Cidades. Avesso ao diálogo, a única linguagem do ex-governador foi a da repressão dura e crua. Isto explica a sua política de segurança pública, marcada pelo total desrespeito aos direitos humanos e que transformou o estado num grande presídio – em 2006, eram 124 mil detentos para 95 mil vagas.

Segundo relatório oficial, o ex-governante demitiu 1.751 funcionários da Febem, deixando 6.500 menores em condições subumanas, sofrendo maus-tratos. Nos seus quatro anos de governo, 23 adolescentes foram assassinados nestas escolas do crime, o que rendeu a Alckmin a condenação formal da Corte Internacional da OEA.

A submissão dos poderes

Contando com forte blindagem da mídia, Alckmin conseguiu submeter quase que totalmente o Poder Judiciário, infestando-o de tucanos, e garantiu uma maioria servil no Poder Legislativo. Através de um artifício legal do período da ditadura militar, ele abortou 69 pedidos de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) na Assembléia Legislativa – destas, 37 tinham sido solicitadas para investigar irregularidades, fraudes e casos de corrupção da sua administração.

Como sintetiza o sociólogo Rodrigo Carvalho, no livrete “O retrocesso de São Paulo no governo tucano”, Geraldo Alckmin marcou sua gestão pela forma autoritária como lidou com a sociedade organizada e pelo rígido controle que exerceu sobre os poderes instituídos e a mídia. “Alckmin trata os movimentos sociais como organizações criminosas, não tem capacidade de dialogar e identificar as demandas da sociedade... Além disso, ele utilizou sua força política para impedir qualquer ação de controle e questionamento das ações do governo”.



São Paulo precisa se renovar, o Mercadante quase não tem espaço, e o PIG não para de encher a bola dêste político demotucano da pior espécie, sujeito que tem inumeros cpi´s abafadas, de Daslu a privatizações esbúrias. Esta Opus Dei organização bilionária que muito ele contribui é a prova de que religião nada têm haver com Deus e Jesus Cristo, e que só têm ganância pelo poder da forma mais anti cristã que possa existir com tôda a complacência do vaticano.Também outra organização dentro da organização anti-bíblicos que é o catolicismo.
Que Deus queira livrar a cidade São Paulo, de mais tempo nas mãos dêstes seres do mal. E possamos enfim ter um governador para ser lembrado pelas causas urgentes resolvidas da população ou seja humanidade : Mercadante nêles.
do Chebola