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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 03, 2010

Mercadante para São Paulo Decente






O Delegado Protógenes Queiroz (6588) esteve no Encontro Regional de Lideranças em Apoio a Dilma Presidente, na noite desta quinta-feira 02, no Mendes Convention Center em Santos, e teve espontânea e expressiva receptividade de uma multidão empolgada. O evento foi marcado pela presença dos candidatos Aloísio Mercadante (13), Marta Suplicy (133), Netinho de Paula (650) e Michel Temer(vice de Dilma), também aplaudidos de pé por todos.

Com Marta e Mercadante, na mesa que presidiu o ato de apoio a Dilma.

*Protógenes




Mercadante recebe apoio de lideranças em Santos

O candidato ao governo de São Paulo pelo PT Aloizio Mercadante visitou nesta quinta feira (02/09) a cidade de Santos para mais um encontro regional com lideranças políticas do PMDB.
Acompanhado de Michel Temer (PMDB) e dos candidatos ao senado Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB) Mercadante ressaltou a importância do apoio do PMDB e de uma estrutura aeroportuária na Baixada Santista.

*Fonte: Portal Mercadante 13


Desesperados, Alckmin e Serra atacam Mercadante


São Paulo aguenta mais quatro anos com essa turma?


Blog do Mercadante


Serra, que aparelhou a Prefeitura de São Paulo nomeando como administradores ex-Prefeitos do PSDB que mal conheciam as regiões da cidade, desesperado com o crescimento de Mercadante, disse que o Senador havia ordenado montar um dossiê contra ele.

Alckmin, que privatizou diversas estatais paulistas sem reduzir a dívida do Estado, também acusou Mercadante de montar o tal dossiê em um programa na TV Gazeta.

Serra e Alckmin, prevendo o enorme crescimento de Mercadante em São Paulo, estão dando o conhecido “abraço de afogado”. Um afunda cada vez mais o outro. Na verdade, as acusações do tal dossiê visam esconder os motivos pelos quais Alckmin, quando governador, nunca procurou saber nada sobre a empresa Alston que estava sendo investigada na Europa.

Alckmin assinou contratos milionários com a Alston que é acusada de pagar propina no Brasil para políticos do PSDB. Tal fato, independe de dossiê. É público. Estava nos jornais. Por que Alckmin nunca sabe de nada?

Por que Alckmin, quando questionado sobre seu imobilismo na área de segurança, ataca e destrata a imprensa. Por que não assume que na sua gestão foi montado o PCC em São Paulo. Por que Alckmin nunca reconhece um erro? Será por que é do PSDB?

O COLAPSO POLÍTICO DO PROJETO DO PSDB NO BRASIL

Sem programa, sem agenda e sem candidato com cara definida, o PSDB arrasta-se pela campanha à espera de um milagre e com um objetivo central: não perder o controle de São Paulo, onde sua blindagem também começa a fazer água.

O crescimento do candidato do PT, Aloisio Mercadante, já detectado por pesquisas, acendeu a luz vermelha no quartel general tucano. Mudando de identidade e de estratégia a cada semana, campanha de Serra dá sinais de desespero e tenta se agarrar em velhas denúncias requentadas. Desorientação tucana é expressão do colapso da agenda política do PSDB para o país.

Por que, na contramão da maré nacional, os tucanos ainda são fortes em São Paulo? A pergunta, feita pelo sociólogo Emir Sader em seu blog nesta página, expressa a percepção cada vez mais forte de que o PSDB ingressou em uma fase de acentuado declínio. Se esse declínio é de longo, médio ou curto alcance só o tempo dirá.

Mas há fatos que apontam para o fim de um ciclo político ou, ao menos, o fim de uma agenda política e econômica que, no Brasil, foi abraçada principalmente pelo PSDB. Um deles é o fato de o candidato tucano à presidência da República, José Serra, ter sido ultrapassado pela candidata Dilma Rousseff (PT) em São Paulo, o reduto mais forte do PSDB e maior colégio eleitoral do país com cerca de 30 milhões de eleitores.

Segundo o Instituto Datafolha, Dilma tem 41% das intenções de voto em São Paulo, contra 36% de Serra. Na pesquisa anterior do mesmo instituto, Dilma tinha 34% e Serra, 41%. A candidata do PT também ultrapassou Serra no Rio Grande do Sul e no Paraná. No Estado governado pela tucana Yeda Crusius, Dilma passou de 35% para 43%, enquanto Serra caiu de 43% para 39%. De modo similar, no Paraná, a candidata do PT saltou de 34% para 43% e Serra caiu de 41% para 34%.

Dilma Rousseff também está na frente dos dois maiores colégios eleitorais depois de São Paulo. Em Minas, passou de 41% para 48% (Serra caiu de 34% para 29%) e no Rio de 41% para 46% (Serra caiu de 25% para 23%). No plano nacional, ainda segundo o Datafolha (último instituto a apontar a ultrapassagem de Dilma sobre Serra), a candidata petista tem 49% das intenções de voto, contra 29% de Serra. Esses números correspondem à pesquisa divulgada pelo Datafolha dia 26 de agosto.

Curitiba é hoje a única das grandes capitais do país onde Serra tem vantagem (40% x 31%), mas mesmo aí a diferença vem caindo. Repetindo indicadores e tendências que vêm sendo apontadas por outros institutos (como Vox Populi, Sensus e Ibope), Dilma cresce em quase todos os segmentos do eleitorado.

O início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, que era considerado um trunfo pela campanha de Serra, só fez a vantagem de Dilma aumentar. Na pesquisa realizada pelo Datafolha, 54% dos entrevistados disseram que o programa de Dilma é melhor e que ela tem um melhor desempenho na TV. Serra ficou com apenas 26% de apoio neste quesito. Além disso, a percepção de vitória da candidata governista só aumenta: ainda segundo o Datafolha, 63% dos eleitores acreditam que Dilma vencerá a eleição presidencial.

O fim da Terceira Via

A queda de Serra, para além dos problemas que sua candidatura enfrenta na campanha eleitoral, expressa o declínio da agenda política do PSDB no Brasil. O fato de Serra esconder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e utilizar a figura do presidente Lula em seu programa é a confissão de derrota de um programa. Uma derrota que não se limita ao caso brasileiro.

O cientista político José Luís Fiori associa esse declínio ao fracasso da agenda da chamada Terceira Via em todo o mundo (ler artigo nesta página):

O que mais chama a atenção não é a derrota em si mesma, é a anorexia ideológica dos dois últimos herdeiros da “terceira via”. Não se trata de incompetência pessoal, nem de um problema de imagem, trata-se do colapso final de um projeto político-ideológico eclético e anódino que acabou de maneira inglória: o projeto do neoliberalismo social-democrata.

Campanha sem identidade

Essa é a chave para compreender a desorientação da campanha de Serra, que muda de cara todas as semanas. Já tivemos o Serra bonzinho, o malvado, o seguidor de Lula, o destruidor do Mercosul. A cada pesquisa e a cada ampliação da vantagem de Dilma muda a estratégia da campanha tucana. A mais recente é tentar ressuscitar o caso fraudulento de um suposto dossiê que teria sido elaborado por pessoas ligadas ao PT.

Nos últimos dias, a denúncia foi requentada e voltou para as páginas dos jornais e para o programa de Serra. No contexto atual, é um tiro no pé, visto que evidencia o clima de desespero que vai tomando conta do PSDB.

Desespero acentuado pela situação do partido em nível nacional, onde seus candidatos escondem Serra de suas propagandas na TV, no rádio e mesmo em panfletos. Um dos casos mais patéticos ocorre no Rio Grande do Sul, onde a governadora tucana Yeda Crusius omite o nome de Serra de suas falas no rádio e na TV. Serra, por sua vez, não faz questão de aparecer ao lado de Yeda, que ostenta quase 50% de rejeição do eleitorado nas pesquisas que vêm sendo divulgadas.

Sem programa, sem agenda e sem candidato com cara definida, o PSDB arrasta-se pela campanha à espera de um milagre e com um objetivo central: não perder o controle de São Paulo, onde sua blindagem também começa a fazer água. O crescimento do candidato do PT, Aloisio Mercadante, já detectado por pesquisas, acendeu a luz vermelha no quartel general tucano.

*História Vermelha


Mercadante anda de trem e promete dobrar capacidade da CPTM


O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, andou, nesta sexta-feira (03/09), nos trens da Linha 7 - Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Seguidos por dezenas de militantes, Mercadante e a candidata ao Senado Marta Suplicy (PT) embarcaram no município de Francisco Morato e foram até Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo. O candidato destacou que a frota da companhia está saturada e muito antiga e precisa de uma reestruturação urgente. “Nós temos que dar [à CPTM] qualidade de Metrô, aumentar a velocidade porque, especialmente no horário de pico pela manhã e no final da tarde, é muito desconforto, muita dificuldade”, disse Mercadante, citando a estação Francisco Morato, que tem 50 mil passageiros por dia. Segundo ele, o atual governo repete promessas a cada eleição, mas não cumpre os compromissos que assume com a população.


De acordo com Mercadante, transporte público de qualidade será prioridade em seu governo. “Vamos fazer isso em até dois anos: dobrar a capacidade da CPTM com trens modernos, reformulando as estações e dando qualidade de Metrô”, afirmou. Mercadante destacou também que seu objetivo é construir 30 km de linhas de Metrô, uma meta ambiciosa, mas que será cumprida.

*Fonte: Portal Mercadante 13

Mercadante recebe apoio de lideranças em Santos

O candidato ao governo de São Paulo pelo PT Aloizio Mercadante visitou nesta quinta feira (02/09) a cidade de Santos para mais um encontro regional com lideranças políticas do PMDB.
Acompanhado de Michel Temer (PMDB) e dos candidatos ao senado Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB) Mercadante ressaltou a importância do apoio do PMDB e de uma estrutura aeroportuária na Baixada Santista.

*Fonte: Portal Mercadante 13

Dunga diz que Dilma lutou pela democracia e “outros correram”







Ironizado por tucano, Dunga afaga Lula e Dilma

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PSDB cita exemplo de treinador para criticar falta de experiência de petista

Usado como exemplo pela campanha de José Serra no rádio para criticar a falta de experiência da candidata do PT Dilma Rousseff, o ex-treinador da seleção brasileira Dunga respondeu bem ao seu estilo. Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, Dunga rebateu a comparação feita pela campanha de Serra entre ele e Dilma. “O Serra tem experiência. É um craque para governar o Brasil. A Dilma não. É que nem o Dunga. Nunca foi técnico de nenhum time, foi para a seleção e deu no que deu”, diz uma pessoa não identificada.

Veja o que diz o ex-técnico da seleção:

Comparação
É só ver os meus resultados e comparar. Quando eu fui campeão da Copa América e da Copa das Confederações, ele me elogiou. Agora crítica. Talvez ele esteja desesperado.

Defeitos
Eu acho que ele deveria assumir os seus defeitos para depois achar defeito nos outros.

Problemas
São Paulo não tem problema? Alaga mais que Veneza, ônibus são incendiados todos os dias. Só o fato de São Paulo ter decidido na última hora o estádio da Copa já diz tudo. Por que ele está preocupado comigo?

Lula
O Lula também não tinha experiência e tem 80% de popularidade. Ele está fazendo o que os outros não fizeram em cem anos.

Dilma
Dilma é uma mulher e pode ser a primeira mulher presidente do Brasil.

Democracia
Quando o Brasil precisou da Dilma ela não fugiu, lutou aqui pela democracia. Alguns correram.

Política
Para mim isso é natural (ser citado na propaganda). Se eles falassem o que deixaram de fazer seria melhor para o eleitor escolher.

*Viomundo

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Nem no palanque de Serra conhecem o vice

O vice do Serra é tão importante para a campanha e tão conhecido nacionalmente que foi barrado anteontem no palanque do encontro de prefeitos com Serra, no Credicard Hall, em São Paulo.

A história está na coluna Direto da Fonte, do Estadão. Da Costa chegou lá, todo engomadinho, e foi contido pelo segurança, que deve ter dito “alto lá, menor não entra!” Parece que havia no tal encontro um daqueles medidores de altura que existem na porta dos zoológicos, e o vice não passou por falta de estatura moral.

O consolo de Da Costa é que o ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima também foi barrado. Cunha Lima teve sua candidatura ao Senado indeferida pelo TRE da Paraíba com base na lei Ficha Limpa, que o vice do Serra mente ao dizer que é de sua autoria.

O segurança que barrou a dupla argumentou: “Não sou obrigado a saber quem é todo mundo”. Estava coberto de razão. Fora dos redutos de mauricinhos ninguém sabe quem é Da Costa.

*Tijolaço

Economia brasileira descolou de vez da dos Estados unidos






Economia brasileira descolou de vez da dos Estados Unidos


IBGE: alta de 8,9% no PIB semestral é a maior da série

ALESSANDRA SARAIVA, IRANY TEREZA E SABRINA VALLE

RIO – A alta de 8,9% Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro semestre deste ano ante igual semestre do ano passado foi a mais forte elevação para todos os semestres da série histórica das Contas Nacionais, iniciada em 1996. A informação foi confirmada hoje pela gerente da Coordenação das Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis.

Segundo ela, a expansão recorde teve como destaque a indústria, que mostrou bom desempenho no período, com alta de 14,2% no PIB do primeiro semestre ante o primeiro semestre de 2009. No entanto, ela fez uma ressalva. “É importante destacar que estamos comparando este período com o recorde negativo do PIB semestral” disse, lembrando que, no primeiro semestre de 2009, o PIB caiu 1,9% ante igual período em 2008. Ou seja: o resultado está sendo influenciado por uma base de comparação mais fraca.

Investimentos

A taxa recorde de 26,5% de investimentos – ou Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – registrada no segundo trimestre de 2010 ante o mesmo período de 2009 foi afetada pela baixa base de comparação, segundo afirmou Rebeca. No segundo trimestre do ano passado, a FBCF havia registrado queda de 16,0% – recorde de baixa no índice, iniciado em 1996.

“A base de comparação é muito baixa, mas (o índice) cresceu mais agora do que havia caído”, afirmou. Segundo Rebeca, os investimentos já superaram o patamar do terceiro trimestre de 2008, quando se iniciou a crise financeira mundial. Naquele trimestre, o número índice ficou em 162,6 na série encadeada que se inicia em 1996, com o ano de 1995 como base. O índice ficou em 166,9 no segundo trimestre de 2010, depois de ter recuado para 131,8 no segundo trimestre de 2009.

Consumo

A economia interna continua aquecida e contribuindo para o crescimento do PIB em relação ao trimestre anterior. “Em todos os setores de demanda, as taxas continuam positivas”, disse Rebeca. Mas, enquanto o crescimento do consumo das famílias desacelerou, saindo de uma alta de 1,4% no primeiro trimestre de 2010 para 0,8% no segundo, o consumo da administração pública aumentou, passando de 0,8% para 2,1% no mesmo período. “A aceleração no consumo da administração pública é explicada pela época de eleições nas esferas federal e estadual”, afirmou.

Importações

A alta de 38,8% registrada nas importações de bens e serviços no segundo trimestre de 2010 em relação ao mesmo período de 2009 foi influenciada por uma alta dos investimentos, segundo Rebeca. Ela explicou que foram destaques na pauta de importação no período itens que podem ser considerados, em parte, investimento, como automóveis, caminhões, equipamentos elétricos e material elétrico.

A taxa de crescimento das importações (38,8%) foi mais de cinco vezes superior à das exportações (alta de 7,3%, na mesma comparação). Segundo Rebeca, o resultado foi influenciado pela variação da taxa de câmbio no período. No segundo trimestre de 2010, o câmbio estava em R$ 1,79, na média trimestral das taxas de compra e venda. Já no segundo trimestre de 2009, a taxa estava em R$ 2,07.

Agropecuária

A agropecuária mostra uma trajetória de recuperação este ano, em comparação com o cenário observado no ano passado, na avaliação de Rebeca. “Tivemos um ano (passado) muito ruim para a agropecuária, em todos os setores, praticamente. Mas agora, este ano está bem diferente”, disse Rebeca. Ela fez a observação ao destacar a alta de 11,4% no PIB da agropecuária no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado.

*Viomundo

O vínculo de negócios entre a filha de Serra e a irmã de Daniel Dantas






Serra: "Minha filha te mandou um beijo"

O sigilo fiscal de Verônica Serra foi quebrado em setembro de 2009, auge da disputa Serra e Aécio. O jornal Estado de Minas estaria, neste período, preparando material jornalístico contra o então governador de São Paulo.
Amaury Ribeiro Jr. trabalhou no Estado de Minas e tem anunciado que vai lançar um livro sobre os porões da privatização que atingiria Serra e pessoas do seu grupo político. Serra teria sido avisado disso.
No começo de novembro a história de que Aécio teria agredido a namorada sai na coluna de Joyce Pascowich, sem que ela desse nome aos bois. Depois no blogue de Juca Kfouri, com nomes e sobrenomes.
O episódio teria acontecido no Copacabana Palace.Aécio desiste da disputa presidencial em 18 de dezembro. Esta poderia ser uma linha de apuração para a quebra de sigilo da filha de Serra em setembro de 2009, auge da disputa entre Serra e Aécio.
E a mocinha, a filha de Serra? É Verônica Allende Serra. Era sócia de Verônica Dantas Rodemburg, irmã de Daniel Dantas – ele mesmo, o banqueiro chamado de “brilhante” por FHC e “gênio” por ACM, o grande beneficiário das privatizações da era FHC. A sociedade era em uma empresa em Miami, a “Decidir.com, Inc”.
O vínculo de negócios entre a filha de Serra e a irmã de Daniel Dantas, que trabalha com Daniel Dantas – o banqueiro beneficiário de dois habeas corpus, em 48 horas, no STF. A empresa da qual a filha de Serra foi sócia trazia em sua página eletrônica a propaganda: “a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado”.
Muito interessante, em se tratando da empresa da filha de um governador de Estado. Mais interessante ainda porque se deu em sociedade com a irmã do banqueiro Daniel Dantas.
*CelsoJardim

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quinta-feira, setembro 02, 2010

Os Porões da Privataria






A CRONOLOGIA DA BALA DE PRATA


Preliminarmente, cabe aqui uma consideração. Para se entender a lógica desse episódio da violação do sigilo fiscal de Verônica Serra, a gênese de tudo e as entranhas da que seja, talvez, a mais bem-urdida trama de espionagem político-eleitoral jamais tentada, há que se raciocinar como um deles; há que pensar como um, digamos, operador das profundezas do subterrâneo malcheiroso em que se transformaram o entorno e o núcleo da entourage próxima a José Serra. Feita a ressalva, vamos à cronologia do bestialógico:

2005 - Passado o ápice do mensalão, Serra avaliava que Lula seria reeleito em 2006. A partir daí, seguiu-se o roteiro de empurrar Alckmin para a derrota anunciada. Decidira-se desde aí, que a chance de Serra seria em 2010, quando Lula já não poderia ser candidato. Mas o núcleo da inteligência serrista, coordenado por Marcelo Itajiba, sugeriu um laboratório do que seria aplicado em 2010: o escândalo dos aloprados, em 2006, por pouco não derrota Lula. Mas o objetivo era esse mesmo: um teste, para ver se o método aplicado com sucesso em 2002 com o caso Lunus, implodindo a candidatura Roseana, poderia ser reeditado. A armação com o delegado Edmilson Bruno, levando a eleição presidencial para o segundo turno, mostrara a viabilidade do método.

2008 - Com a articulação de Aécio Neves para o ser o candidato do partido em 2010, o staff de Itajiba começa a fazer um trabalhinho miúdo sobre o mineiro; coisa de pequena monta, que não inviabilizasse o apoio deste a Serra, no futuro, mas o suficiente para afastá-lo da disputa. Quando os esbirros de Serra na mídia lançaram a senha: Pó pará, governador! Aécio entendera que a turma era da pesada e não estava para brincadeiras. Nasceu aí o contra-ataque Aecista: Amauri Ribeiro Júnior, então em um periódico mineiro, encabeçaria o projeto do contra-ataque e municiaria a artilharia mineira. Essa batalha subterrânea duraria até o final de 2009, quando Aécio recuaria.

2009 – Durante a batalha entre os dois grupos tucanos, Serra fica sabendo da farta e explosiva munição recolhida por Ribeiro Jr. O núcleo de sua equipe de inteligência, coordenado por Itajiba e que o acompanha desde os tempos do Ministério da Saúde, o adverte então: o material era nitroglicerina pura. Urgia providenciar um fogo de barragem, que pudesse ao menos minimizar o estrago quando o material viesse a público. Nasceu então, aí, nesse espaço-tempo, o hoje famoso dossiê “quebra de sigilo de Verônica Serra”! Notem que os personagens envolvidos na 'quebra de sigilo' são os mesmos do livro do Amauri: José Serra, Ricardo Sérgio de Oliveira, Gregório Marin Preciado, Mendonça de Barros e Verônica Serra (aí leia-se também Verônica Dantas e seu irmão, o querubim Daniel). Eduardo Jorge foi inserido aí como seguro. Próximo a FHC, mas não de Serra, EJ era o seguro contra qualquer atitude intempestiva de FHC, sabidamente não confiável, para que se mantivesse quieto quando a artilharia pesada viesse à tona.

2009 – Tomada a decisão, parte-se para o fogo de barragem. A parte mais fácil foi a montagem da 'quebra' de sigilo fiscal das vítimas. A incógnita, até agora, é que tipo de envolvimento tem o laranja Antônio Carlos Atella com a operação. Se é apenas mais um cavalo, o clássico operador barato, facilmente descartável, com acesso a algumas informações úteis e suficientes e lançador da isca fundamental: “Não me lembro quem foi... com certeza é alguém que quer prejudicar o Serra”. Ou se é alguém orgânico, um insider dos intestinos Itajibistas!

2010 – Com a desistência de Aécio, o grupo fica com a arma na mão, à espera da publicação do livro. É aí que se opera a clivagem para o quadro definitivo que vemos hoje: não é suficiente esperar o ataque do Aécio, que pode não vir, já que o mineiro recolheu suas baterias para o front de Minas Gerais. É preciso partir para o ataque. Além de neutralizar o grupo de Aécio, jogar pensando na frente, em fubecar a campanha de Dilma Roussef. Reeditar o mesmo estratagema de 2006. Ganhar a eleição na mão grande. O delegado Onésimo (outro que acompanha o grupo desde os tempos do bureau de inteligência do Ministério da Saúde) seria despachado para contactar o inimigo. Pausa. Agora recortem os informes dos integrantes do ex-comitê de inteligência de Dilma: tanto Lanzetta quanto Amauri reportam que Onésimo sugeriu insistentemente ao comitê, a realização de ações de contra-inteligência contra Serra. O azar deles é que Amauri, jornalista macaco velho e com conhecimento da comunidade de informações, sentiu logo o cheiro de queimado e cortou, de pronto, as ofertas de Onésimo. Não houvesse a negativa de Amauri, o passo seguinte de Onésimo seria a oferta do dossiê (já pronto) com a quebra de sigilo fiscal dos 05 tucanos. Estaria pronta e armada a reedição do escândalo dos aloprados em sua segunda versão. A campanha de Dilma não resistiria. A versão dos aloprados de 2006, perto desta, seria pinto. Era o modo mais seguro de Serra se eleger presidente. Esse é o modus operandi de Serra.

Com a recusa do ex-comitê de Dilma em morder a isca, tiveram que refazer o plano. O PT aprendera com os aloprados de 2006. Dilma, nesse ponto, muito mais impositiva que Lula, decepa no nascedouro o comitê de inteligência. O projeto original se complicara. Com o dossiê pronto desde 2009, a solução era vazá-lo, aos poucos, para a mídia parceira. Primeiro, vaza-se o EJ. Cria-se uma comoção (se bem que EJ, como vítima, não ajuda muito). Depois, a conta gotas, vem o restante: Ricardo Sérgio, Marin Preciado e Mendonça de Barros. E por fim, a cereja do bolo: Verônica Serra. Observem que o momentum foi escolhido a dedo por Serra: a entrevista em um grande telejornal! De novo, a semelhança: em 2006, os pacotes de dinheiro do delegado Bruno saíram no Jornal Nacional, da Globo; agora, o momento 'pai ultrajado' de Serra, foi encenado no Jornal da Globo! A intelligentsia serrista já foi mais original.

Diante desse quadro, o leitor inquieto deve estar se perguntando: o que deve fazer o PT e a campanha de Dilma? Assistir, inertes, a mais uma escalada golpista, como foi a de 2006? Tentar fazer o contraponto em uma mídia claramente parcial, golpista e oposicionista, conforme confessou dona Judith Brito, diretora da ANJ? O que fazer? O governo sabe onde está o antídoto ao veneno golpista da oposição! Não sei até que ponto o jornalista Amauri Ribeiro Júnior está integrado à campanha de Dilma Roussef. Também não sei até que ponto vai o empenho dele em livrar o país do ajuntamento político mais nefasto que o infesta, desde a redemocratização. O fato é que o seu livro, Os Porões da Privataria, é esse antídoto! Esse livro, verdadeira bateria anti-aérea que pode abater o núcleo duro do tucanato ligado à Serra, e o próprio Serra, de uma só vez, pode ajudar o Brasil a virar uma das páginas mais negras de seu curto período democrático!

Alberto Bilac de Freitas

PT: mais três ações judiciais contra Serra e PSDB

O desespero dos tucanos

*comtextolivre

Querem impedir a manifestação popular

O PT repudiou de forma enfática as ilações golpistas do candidato tucano, que derrotado na preferência do povo recorre à mais vil das práticas políticas, e ingressou na Justiça com ação por calúnia, injúria e difamação contra o sr. José Serra.

A pronta resposta do PT é importante para denunciar o caráter da manobra em curso e desmoralizar seus autores. Como afirmou o presidente do partido, José Eduardo Dutra, no vídeo reproduzido acima, esse é mais um processo contra Serra, cujas inverdades têm sido recorrentes.

Dutra foi ao cerne da questão e denunciou o episódio dos sigilos ficais como armação para impedir que o povo se manifeste de forma soberana e democrática no dia 3 de outubro.

O recurso judicial é legítimo e necessário no Estado de Direito. Mas não é suficiente. Temos que estar atentos e mobilizados em nossas trincheiras. A soberba, a baixeza, a mentira, não podem passar sem combate. Mais virá pela frente, e temos que estar preparados.



TSE fura a bolha do Golpe do Serra.
Serra não tem mais bala na agulha


Depósito de papel velho - esse é o destino do Golpe do Serra

Saiu no G1:

Corregedor do TSE arquiva pedido de cassação de registro de Dilma

Ação havia sido protocolada pela coligação do PSDB nesta quarta. Partido alegava ligação de Dilma com violação de sigilo fiscal de tucanos.

Débora Santos Do G1, em Brasília


O corregedor eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Aldir Passarinho Junior, arquivou nesta quinta-feira (2) a ação em que a coligação liderada pelo PSDB à disputa presidencial pedia a cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência.

O pedido de cassação do registro havia sido feito pela coligação encabeçada pelo PSDB devido à violação dos sigilos fiscais de pessoas ligadas ao partido, entre elas o vice-presidente da legenda, Eduardo Jorge, e a filha de José Serra, Veronica.

Segundo o corregedor, as provas apresentadas pela defesa do candidato tucano na ação não demonstram de forma concreta que a quebra de sigilos fiscais de tucanos tenha beneficiado a candidatura de Dilma Rousseff. Além disso, o ministro avaliou que também não existem evidências de que o caso tenha provocado danos ao equilíbrio da disputa eleitoral.

Em sua decisão, o ministro entendeu que o caso trata-se de uma questão de cunho penal comum, que deve ser apurada por vias próprias, o que, segundo ele, está sendo feito inclusive com a participação do Ministério Público Federal.


O enlameado, melancólico fim de José Serra

Pois é, valente Deputado Brizola Neto, o lacerdismo vive. Para os mais jovens, aí vai a frase de Carlos Lacerda que emblematiza o golpismo tupiniquim: O senhor Getúlio Vargas não deve ser candidato à presidência; candidato, não deve ser eleito; eleito, não deve tomar posse; empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar.
Não há momento da história do Brasil em que, ameaçada pelas urnas, a direita não tenha recorrido a alguma variação do espírito dessa frase. Em vez de utilizar a campanha eleitoral para discutir o que interessa - saúde, educação, reforma agrária, política externa, política tributária, papel do Estado na economia -, nos vemos mais uma vez numa grotesca paródia de telenovela mexicana, rastreando um carimbo de cartório de setembro de 2009, indo atrás de contadores e advogados que assinaram ou deixaram de assinar um pedaço de papel, repetindo ad infinitum esse tedioso disse-me-disse dos factoides. A entrevista com o contador que levou à Receita Federal a solicitação de cópias das declarações de Imposto de Renda de Verônica Serra é um festival de chacotas. Quem diria, a sério, algo assim sobre qualquer candidato?: Tenho nojo de política. Mas eu voto no Serra viu? Sou eleitor dele desde que ele nasceu.
Mais uma vez, o futebol nos oferece a metáfora perfeita: a quem interessa a confusão e a bagunça extra-campo? Qual é o time que quer tumulto? Qual é a equipe que deseja levar o jogo para o tapetão? Certamente não são aqueles que estão jogando na bola e ganhando a partida. Serra parece disposto a lançar ao lixo o que lhe resta de biografia honrada. Tudo indica que sairá deste processo passando vergonha: apelando para a pancada, reclamando com o juiz, escondendo a bola, como é de seu feitio (vejam, nesse link do insuspeito Estadão, a referência a Tasso Jereissati).
Aqui, cabe uma palavra acerca do papel da mídia. Nada disso teria tomado a campanha eleitoral de assalto se não fosse pelo exército de manipuladores amestrados dos conglomerados máfio-midiáticos do país. Tento não subestimar nem superestimar o poder desses conglomerados. No ambiente volátil da internet, muitas vezes oscilamos entre os dois extremos, o da euforia (“depois da internet, morreu o poder da mídia!”) ou da conspiração maligna (“a mídia elegeu tal candidato, ela é responsável por esse ou aquele resultado eleitoral”). Acredito que a análise deve ser feita caso a caso. Creio, por exemplo, que no Sul a RBS tem um poder de distorção e manipulação que os Diários Associados não possuem em Minas Gerais. Também acho inegável que hoje já não há espaço para golpes como os perpetrados pela Globo em 1989.
Mas também acredito que não estaríamos discutindo isso se não fosse pela disposição da mídia brasileira de funcionar como porta-voz do golpismo. O Sr. Ricardo Noblat, depois de traficar mentiras sobre assassinatos, ontem entrou no ramo da manipulação de vídeo, editando e cortando uma entrevista de Dilma Rousseff, com grotesca distorção sonora ao fundo. Ele continua tendo a cara de pau de chamar isso de jornalismo.
Acabam de entrar, nada mais, nada menos, com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral pedindo a impugnação da candidatura de Dilma Rousseff, por uma violação de sigilo fiscal da filha de Serra, ocorrida em setembro de 2009, sobre cujas relações com Dilma eles não possuem um fiapo, um miligrama, uma tutaméia de provas. Já tentaram isso antes. E o povo deu a resposta nas urnas, oferecendo ao pobre Alckmin menos votos no segundo turno que ele havia tido no primeiro, façanha inédita na história das eleições presidenciais brasileiras.
Pelo jeito, passaremos alguns dias nessa realidade paralela. Mas concordo com o leitor de Luis Nassif, que lembra que o relator dessa palhaçada será o Ministro Aldir Passarinho Jr., um legalista que honra a toga. O TSE é presidido pelo Ministro Ricardo Lewandowski, constitucionalista e brasileiro honrado, de quatro costados. É evidente que é preciso estar atento, mas tudo indica que o saldo do episódio será mais uma desmoralização para José Serra.
O que sua coalizão e a corja de jornalistas amestrados não parecem entender é que, num país com a história do nosso, essa é uma brincadeira muito perigosa.
PS: Band, iG e Vox Populi iniciaram ontem a divulgação do tracking diário da eleição presidencial. É um modelo que nós, aqui nos EUA, conhecemos bem. Costuma aferir bem a tendência do eleitorado. Foi o estudo do tracking que nos permitiu, aqui no Biscoito, discutir com antecedência a possibilidade de vitória de Obama no republicaníssimo estado da Carolina do Norte, enquanto Miriam Leitão dizia que a escolha de Sarah Palin havia sido um "golpe de mestre" de John McCain - afirmativa pela qual até hoje ela não se retratou. O tracking da Vox entrevista 500 pessoas por dia e divulga, diariamente, a média das últimas 96 horas. A cada dia, saem da ponderação os números auferidos quatro dias antes. Não surpreende o desespero de José Serra. No primeiro tracking, divulgado ontem, os resultados foram: Dilma, 51%; Serra, 25%, Marina, 9%. Antes da divulgação pelos portais, os números apareceram, em primeira mão,
*comtextolivre


Lula inaugura grafite gigante em prol da criança na fronteira


Presidente Lula durante visita ao viaduto de acesso ao Paraguai   . Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil

Lula posa em frente a painel estilizado de Jesus Cristo
Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou na quarta-feira a Foz do Iguaçu, inaugurou nesta quinta o Marco de Proteção de Crianças e Adolescentes da Tríplice Fronteira, um grande paredão onde o grafite é usado como arte nas divisas entre Brasil, Uruguai e Argentina. O marco está localizado no principal acesso de Foz do Iguaçu à Ponte da Amizade, na fronteira brasileira com a paraguaia.

A Hidrelétrica de Itaipu tem vários projetos nessa área e foi da empresa a ideia de grafitar o viaduto com o tema proteção a crianças e adolescentes. Segundo a coordenadora de Projetos Sociais de Itaipu, Rosângela da Silva, o local será utilizado para discussões do tema, com a participação das três nações.

Artistas plásticos dos países estão há semanas trabalhando com as crianças da região para mostrar, por meio da arte, a indignação com a violência infantil e trabalhar a autoestima de menores atendidos pelos projetos sociais apoiados pela hidrelétrica.

A expectativa, de acordo com a coordenadora, é de que o local seja o maior espaço em quilômetros grafitados, com chances de constar no Guinness Book (livro dos recordes). A tela gigante tem 3,5 km de extensão. Ao visitar o local, Lula deixou uma imagem grafitada.

*portalterra



O fortalecimento da família para o desenvolvimento de criança

Presidente Lula grafita Marco de Proteção de Crianças e Adolescentes da Tríplice Fronteira, em Foz do Iguaçu, durante inauguração do monumento. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante cerimônia de abertura do seminário Latino-Americano da Rede de Acolhimento Familiar (Relaf), nesta quinta-feira (2/9), num hotel em Foz do Iguaçu (PR), o presidente Lula destacou a importância de se fortalecer a família para assegurar o desenvolvimento das crianças. Segundo ele, famílias desestruturadas comprometem o futuro dos filhos. No discurso, o presidente lamentou o fato de muitos pais abandonarem os filhos, quando o mais correto seria dedicar tempo para uma conversa que resultasse na compreensão dos problemas enfrentados pelos menores. Lula lembrou também que o governo vem agindo no combate ao crack:

Buscamos uma forma de a gente combater o crack e não permitir que caia nas mãos de crianças mais vulneráveis. Acho que esse é o compromisso a ser tirado deste encontro. Uma campanha para acabar com o crack.

Lula informou que o governo federal destinou R$ 410 milhões para programa de combate à droga. Ele pediu que os governadores e os prefeitos sejam aliados nessa cruzada. O presidente iniciou o discurso com destaque ao “compromisso do governo brasileiro de garantir a proteção integral a essa parcela mais vulnerável da população, que são as crianças e os adolescentes”.

Todos aqui sabemos que a família é o ambiente mais favorável ao desenvolvimento completo de uma criança. E não há dúvida de que ela exerce influência decisiva na formação dos indivíduos. É por isso que temos defendido a necessidade de dar apoio cada vez maior às famílias, conforme preconizado no Estatuto da Criança e do Adolescente, que completou 20 anos de existência em julho. A convivência familiar e comunitária deve ser articulada com outros direitos sociais, como saúde, educação, esporte, cultura, lazer, profissionalização, entre outros.

Ouça a íntegra do discurso do presidente:

O presidente contou sua experiência familiar para ilustrar a importância do fortalecimento da família. Ele contou que dona Lindu, sua mãe, sempre procurou cuidar dos oito filhos. Ele disse que foi o único dos irmãos a ter uma formação profissional e, deste modo, teve a primeira geladeira, o primeiro aparelho de TV e casa própria.

Quando os direitos de meninos e meninas são violados – seja por agressão física ou psicológica, seja pela negação de suas necessidades básicas – o nosso próprio futuro fica comprometido. É necessário o empenho de toda a sociedade – governos, empresas, igrejas, sindicatos, movimentos sociais, organizações não-governamentais – para defender com o máximo rigor os direitos das nossas crianças e adolescentes.

Modelo precisa mudar






"Nosso modelo de desenvolvimento está falido", diz Jeffrey Sachs



Incrível! Não sei se é uma conversão completa, mas é um grande passo. E corajoso.

Hugo


"Nosso modelo de desenvolvimento está falido", diz Jeffrey Sachs

Para o economista e conselheiro da ONU, o PIB é hoje um indicador muito fraco para medir o crescimento de um país, pois não leva em conta a sustentabilidade

*Elisa Campos, de Nova Lima


Jeffrey Sachs: economista está preocupado com a sustentabilidade


Jeffrey Sachs mudou de idéia. Taxado de ultraliberal por seu trabalho nas décadas de 80 e 90 na América do Sul e no Leste Europeu, o economista americano não acredita mais na mão invisível do mercado. “A economia de livre mercado é insustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental”, afirmou o professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e conselheiro da ONU, em conferência internacional promovida pela Fundação Dom Cabral, em Nova Lima, Minas Gerais.


As grandes catástrofes naturais vistas recentemente, como as enchentes no Paquistão e as queimadas na Rússia, seriam, para Sachs, sinais de que nosso modelo de desenvolvimento está falido. “Hoje, medimos o sucesso de um país pelo crescimento de seu PIB. Este é um indicador fraco, que dá conta de uma parte muito pequena do bem-estar da população”. O parâmetro exclusivamente financeiro mostra que a preocupação com a sustentabilidade ainda não está em primeiro plano. “O mundo não está crescendo de maneira sustentável”, diz o economista.


Sachs é especialmente rigoroso em sua análise da sociedade americana, que acusa de ser uma das grandes culpadas pela degradação ambiental e pelo caos financeiro dos últimos tempos. “Há um colapso de valores nos Estados Unidos. Criamos uma das maiores crises já vistas na história, por uma total incompreensão do mundo e pelo consumismo extremo. Não existe discussão inteligente sobre sustentabilidade nos Estados Unidos. Os americanos passam atualmente cerca de quatro horas por dia em frente à TV, assistindo a uma infinidade de propagandas, que não mostram problemas como o aquecimento global, mas que instigam a compra de mais e mais produtos”, afirma Sachs.


Uma sociedade de consumo, alienada, dominada pelas grandes corporações e que não aprendeu nada com a última crise. Essa é a visão do economista sobre seu país natal e a maior economia do mundo. “Aprendemos a vender tudo, inclusive alguém como George Bush. Não somos mais capazes de distinguir entre realidade e fantasia. E, mesmo depois da crise, nada mudou. O candidato da mudança [o atual presidente americano, Barack Obama] também teve sua campanha financiada pelo Goldman Sachs. Os americanos continuam sem poupar e o governo continua a estimular a compra de casas, mesmo para aqueles sem condições financeiras de comprá-las”, diz o conselheiro da ONU.


As conseqüências do consumo excessivo e da desigualdade de distribuição de renda em nível global trazem, segundo Sachs, impactos gravíssimos. “Dizem que o terrorismo cresce no Oriente Médio e no Iêmen por causa de grupos mulçumanos fanáticos. É mentira. Ele se desenvolve, porque esses são locais secos, cada vez mais secos, e pobres, onde as pessoas passam fome. Países fáceis para os terroristas recrutarem. Enviar mísseis como vêm fazendo os Estados Unidos, não vai resolver nada. Só matar pessoas. O que há é uma escassez de recursos”.


Apesar de todo o pessimismo, o americano ressalta um aspecto importante em relação à sustentabilidade: os problemas ambientais do mundo têm solução e elas são conhecidas. O que é necessário é iniciar as mudanças. “O que as pessoas precisam se lembrar é que não se trata apenas de negócios, trata-se do mundo”. Jeffrey Sachs mudou. O mundo irá acompanhá-lo na mudança?