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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 03, 2010

Dunga diz que Dilma lutou pela democracia e “outros correram”







Ironizado por tucano, Dunga afaga Lula e Dilma

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PSDB cita exemplo de treinador para criticar falta de experiência de petista

Usado como exemplo pela campanha de José Serra no rádio para criticar a falta de experiência da candidata do PT Dilma Rousseff, o ex-treinador da seleção brasileira Dunga respondeu bem ao seu estilo. Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, Dunga rebateu a comparação feita pela campanha de Serra entre ele e Dilma. “O Serra tem experiência. É um craque para governar o Brasil. A Dilma não. É que nem o Dunga. Nunca foi técnico de nenhum time, foi para a seleção e deu no que deu”, diz uma pessoa não identificada.

Veja o que diz o ex-técnico da seleção:

Comparação
É só ver os meus resultados e comparar. Quando eu fui campeão da Copa América e da Copa das Confederações, ele me elogiou. Agora crítica. Talvez ele esteja desesperado.

Defeitos
Eu acho que ele deveria assumir os seus defeitos para depois achar defeito nos outros.

Problemas
São Paulo não tem problema? Alaga mais que Veneza, ônibus são incendiados todos os dias. Só o fato de São Paulo ter decidido na última hora o estádio da Copa já diz tudo. Por que ele está preocupado comigo?

Lula
O Lula também não tinha experiência e tem 80% de popularidade. Ele está fazendo o que os outros não fizeram em cem anos.

Dilma
Dilma é uma mulher e pode ser a primeira mulher presidente do Brasil.

Democracia
Quando o Brasil precisou da Dilma ela não fugiu, lutou aqui pela democracia. Alguns correram.

Política
Para mim isso é natural (ser citado na propaganda). Se eles falassem o que deixaram de fazer seria melhor para o eleitor escolher.

*Viomundo

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Nem no palanque de Serra conhecem o vice

O vice do Serra é tão importante para a campanha e tão conhecido nacionalmente que foi barrado anteontem no palanque do encontro de prefeitos com Serra, no Credicard Hall, em São Paulo.

A história está na coluna Direto da Fonte, do Estadão. Da Costa chegou lá, todo engomadinho, e foi contido pelo segurança, que deve ter dito “alto lá, menor não entra!” Parece que havia no tal encontro um daqueles medidores de altura que existem na porta dos zoológicos, e o vice não passou por falta de estatura moral.

O consolo de Da Costa é que o ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima também foi barrado. Cunha Lima teve sua candidatura ao Senado indeferida pelo TRE da Paraíba com base na lei Ficha Limpa, que o vice do Serra mente ao dizer que é de sua autoria.

O segurança que barrou a dupla argumentou: “Não sou obrigado a saber quem é todo mundo”. Estava coberto de razão. Fora dos redutos de mauricinhos ninguém sabe quem é Da Costa.

*Tijolaço

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