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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 02, 2011

Aumento dos pedágios do PSDB faz viagem de São Paulo a Santos custar o mesmo que ir a BH

 

A partir desta sexta-feira (1º), a maior parte dos pedágios de São Paulo passa a cobrar novas tarifas nas rodovias concessionadas do Estado. Com o reajuste, o preço do pedágio do Sistema Anchieta-Imigrantes que é o mais caro do estado vai passar de R$18,50 para R$ 20,10. A concessionária Ecovias, que administra o sistema de estradas que levam ao litoral sul, informou que a receita líquida da empresa em 2010 atingiu aproximadamente R$ 687 milhões(Veja o vídeo). E os custos operacionais foram de R$ 280 milhões. Ainda de acordo com a nota, a variação dos custos de 2009 para 2010 subiu 0,31%. Enquanto que o reajuste do ano passado foi de 5,21%. Veja a reportagem de Marcela Rahal Leia a matéria completa aqui
*osamigosdopresidentelula

Elitismo revestido de “meritocracia”

Obrigado a ficar andando de carro, hoje de manhã, ouvi a pancadaria que recebeu a UFRJ na rádio CBN por ter aderido ao ENEM como forma de seleção exclusiva para o ingresso na mais antigas e uma das mais prestigiosas universidades brasileiras.
Lucia Hippólito e o comentarista Sérgio Besserman Viana – ex-presidente do IBGE no Governo FHC, dirigente nacional do PSDB – disseram que isso era um “nivelamento por baixo”, algo como a destruição do mérito e da qualidade acadêmica, porque não se faria uma seleção “específica” para o nível e as pretensões de uma instituição do padrão da UFRJ.
Não, não é. E Sergio Bessermann é, pessoalmente, prova de que isso não é verdade, a não ser que não considere a si mesmo como exemplo de aluno que não merecia ter sido aprovado. Ele passou no vestibular da UFRJ no mesmo ano em que eu. Ambos sabemos que fomos selecionados num exame igualmente geral – o então Cesgranrio – que servia de porta de entrada  a quase todas as universidades e faculdades do Rio de Janeiro. Exatamente como é o Enem.
O único problema de Besserman com a UFRJ foi vocacional, não de qualidade intelectual, tanto que a deixou para fazer História e, depois, Economia na PUC.
O Cesgranrio tinha deficiências graves. Mas, no geral, passar para um “federal” não era então e não é hoje coisa que aconteça com quem está despreparado. Os pais de adolescentes – e eles, mais do que ninguém – sabem disso, perfeitamente.
Não é o caso de discutir se, do ponto de vista acadêmico, uma universidade pode ou deve ter seleções específicas. Esta é uma longa e profunda discussão. Mas, mesmo que considere assim, igualmente deve usar o Enem como pré-seleção, porque o gigantismo dos vestibulares das universidades públicas tornou-se um processo monstruoso de distorção, em vários aspectos.
Primeiro, das funções da Universidade. Preparar e realizar exames simultâneos para cem mil ou mais vestibulandos, com os requisitos de qualidade e segurança que isso impõe, na aplicação das provas e em sua correção acabou se tornando uma das principais preocupações da academia. E é caríssimo.
Daí, vem o segundo problema. O aluno que faz prova para a UFRJ, faz outra prova para a UFF (em Niterói), outra para a UERJ (estadual) e,  em certos cursos, também para a Unirio (federal) e a Universidade Federal Rural, em Seropédica.  Em outros casos, havia mais  um – o da Universidade Estadual Darcy Ribeiro, em Campos, que hoje também adota apenas o Enem. Para cada uma, uma taxa de inscrição. Em 2008, a inscrição da UFRJ custava R$ 95. Imagine o custo, para uma família de classe média baixa ou para um jovem trabalhador de fazer cinco inscrições para cinco vestibulares?Ou seis, em alguns casos?
Afora isso, o fato de realizar dois ou até três dias de provas para cada um dos cinco vestibulares públicos criava um período em absoluta indisponibilidade e stress para estes jovens. Se, por acaso, tivessem um emprego, era virtualmente impossível fazerem todas estas provas.
É evidente que a elevação do nível de nossas grandes universidades depende, e muito, da qualidade do ensino básico e do médio. Embora a política de cotas seja um correto remédio emergencial para as desigualdades, ela não resolve sozinha estes problemas e nem se deseja que seja eterna, pois que não se deseja a eternidade da desigualdade.
Mas nada justifica que, sob este argumento, seja mantido um sistema de seleção que é  caro, torturante e  elitista.Tanto que das universidades fluminenses – por decisão de seus conselhos acad~emicos e não do Governo – só a UFF não aderiu ainda à seleção apenas pelo Enem.
É uma atitude estranha que isso seja proposto, em nome da “excelência da UFRJ”, por alguém que chegou a ela por um exame geral como era o do Cesgranrio, como Sérgio Besserman.
Com vestibular específico ou com Enem, passar para a UFRJ continuará sendo uma façanha digna de aplauso, pela capacidade e pelo esforço, para qualquer jovem. Como o foi, naquele vestibular de 1977, para o então jovem e então esquerdista Sérgio BessermanViana.
*tijolaço

sexta-feira, julho 01, 2011

Audiência da Globo em junho foi a pior de todos os tempos



A Globo viu seu ibope em junho crescer 0,4 ponto na Grande São Paulo em relação a maio: de 16,6 para 17 pontos. Mesmo assim a emissora teve o menor ibope já registrado nesse mês, desde que a audiência das TVs passou a ser medida, em 1970. O resultado vale para a chamada faixa comercial, das 7h à 0h.

Até então, junho de 2008 fora o pior de todos, com média de 17,1 pontos. Historicamente, junho é um dos meses em que as TVs estão mais ligadas, e quando há mais pessoas diante dos aparelhos. A equação frio + mês de provas + poupar dinheiro para as férias iminentes faz com que, na média, 43% das TVs estejam ligadas --um dos índices mais altos em situação de normalidade (quando não há grandes catástrofes ou competições).

Para efeito de comparação, em junho do ano passado a Globo marcou 18,5 pontos, mas então havia a Copa da África-- que, curiosamente, também não elevou o ibope da emissora em relação ao junho anterior (2009), quando também havia marcado 18,5 pontos.

*esquerdopata

BRASIL SERÁ NOTIFICADO EM JULHO POR MAIS 2 CRIMES DA DITADURA

DO PORTAL CARTA MAIOR
Por André Barrocal
BRASÍLIA – O Brasil deve ser notificado em julho, pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, como réu em mais dois casos de crimes praticados na ditadura militar que não foram investigados no país e que parentes das vítimas levaram até o tribunal para tentar esclarecer e punir os culpados.
Os processos referem-se às mortes de Luiz José da Cunha, o Crioulo, militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN), e do jornalista Vladimir Herzog, o Vlado. A notificação marca, na prática, o início do julgamento, pois abre espaço para o acusado exercer o direito de se defender.

“Acredito numa decisão em no máximo um ano após a notificação”, disse a diretora do Centro pela Justiça e o Direito Internacional (Cejil) no Brasil, Beatriz Estela de Azevedo Affonso.


Cejil é uma organização latino-americana defensora dos direitos humanos que representa uma série de parentes de vítimas da ditadura perante a Corte Interamericana, ao lado de duas instituições brasileiras: a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos de São Paulo e o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro.


A trinca foi responsável por acusar o Brasil na Corte pelo assassinato de militantes comunistas da Guerrilha do Araguaia. O país foi condenado no fim de 2010, depois de quase dois anos de julgamento. Beatriz acredita que os processos de Vlado e Crioulo serão bem mais rápidos, porque agora a Corte já está mais familizarizada com o contexto histórico brasileiro em que as mortes aconteceram.


Alguns pontos da sentença pelos assassinatos na Guerrilha do Araguaia vem sendo cumpridos, mas aquele que os familiares mais desejam, a revogação da Lei de Anistia e a punição a torturadores e criminosos da ditadura, não.


O cumprimento da sentença foi debatido em audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (30/06).


Segundo Beatriz, a sentença favorável aos familiares no caso do Araguaia serve de estímulo para que outros processos sejam levados à Corte Interamericana. O objetivo, disse, é criar um volume grande de condencações ao Brasil para tentar constranger o Supremo Tribunal Federal (STF) a revogar a Lei de Anistia.


“Novos casos vão chegar à Corte Interamericana, vão se acumular lá, esse problema para o Brasil vai durar muito tempo ainda”, afirmou Beatriz.


Lei de Anistia

Também no fim do ano passado, o Supremo julgou que o estado brasileiro não estava obrigado a cumprir sentenças da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Primeiro, porque não teria ratificado internamente, com aprovação do Congresso e a assinatura presidencial, convenções da Corte.

Segundo, porque os fatos julgados na Corte teriam sido cobertos pela Lei de Anistia.

Um dos elementos levados em conta no julgamento do STF foi um parecer da Advocacia Geral da União (AGU), que defende o governo na suprema corte brasileira. O parecer também sustentava que o Brasil estava desobrigado de seguir a sentença.


Presente à audiência pública no Congresso, o jurista Fabio Konder Comparato, que tem defendido com insistência a revogação da Lei de Anistia, criticou mais uma vez a posição do estado brasileiro (governo, Congresso e Justiça). “Continuarei lutando pelo cumprimento integral da sentença. O Estado brasileiro será apontado como responsável pelo eventual não cumprimento”, disse.


No debate, Comparato expôs raciocício que culpa a Presidência da República pela não revisão da Lei de Anistia. Comparato destacou que a lei orgânica da AGU diz que o advogado-geral da União é “submetido à direta, pessoal e imediata supervisão do Presidente da República”. Ou seja, quando a AGU deu um parecer ao STF contrário ao cumprimento da sentença da Corte Interamericana, teria sido o próprio presidente da República o responsável último pela “ruptura com a ordem jurídica internacional”.


Ao apontar o dedo para o presidente, o raciocíonio de Comparato tenta constranger a presidenta Dilma Rousseff, que foi militante política e perseguida pela ditadura. Embora o parecer da AGU seja do tempo do ex-presidente Lula, a preservação dele hoje seria responsabilidade de Dilma. Ainda que o advogado-geral da União também seja o mesmo, Luiz Inácio Adams.


Cumprimento Parcial

Na audiência pública, representantes dos ministérios dos Direitos Humanos, da Justiça e das Relações Exteriores disseram que, ao menos na parte que cabe ao poder Executivo, a sentença da OEA estaria sendo cumprida.


Segundo Nadine Borges, representante da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, as buscas por restos mortais de guerrilheiros do Araguaia, por exemplo, continua, como determinou a Corte Interamericana. E estaria em
andamento “com o que o Brasil tem de melhor em termos de peritos”.

Além disso, houve uma revisão, em maio, de uma portaria que define quem faz parte, e com quais poderes, do grupo de autoridades responsável por procurar e identificar restos dos guerrilheiros. A nova portaria, disse Nadine, bota os Direitos Humanos e o ministério da Justiça, em pé de igualdade com o ministério da Defesa.


Ela afirmou ainda que os familiares das vítimas vão acompanhar todas as buscas, embora isso não esteja escrito na portaria. E que será prestada toda asssistência psiquiátrica e psicológica a elas, como mandou a Corte Interamericana. “O estado está realmente empenhado em cumprir a sentença”, declarou.

A sentença também fez determinações aos outros dois poderes, Judiciário e Legislativo. No primeiro caso, o mais importante seria a revisão da Lei de Anistia para punir os criminosos da ditadura. Ao segundo, foi determinado, por exemplo, que aprove uma lei que tipifique o delito de desaparecimento forçado de pessoas. “Todo o continente tem essa lei, menos o Brasil”, disse Beatriz, da Cejil.

No início do ano que vem, haverá uma reunião da Corte Interamericana com autoridades brasileiras para avaliar o andamento do cumpimento da sentença.

Por que Israel teme a Flotilha da Paz?

Por Georges Bourdoukan, em seu blog:

Por uma simples razão.

A Flotilha da Paz carrega duas armas poderosas.

Poderosíssimas e podem causar danos jamais imaginados pelos dirigentes sionistas.

E que armas são essas?

Amor ao próximo e solidariedade.

Isso mesmo.

Amor ao próximo e solidariedade, as armas mais temidas pelos governantes de Israel.

CUBA ORGANIZARÁ CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE O MEIO AMBIENTE

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Havana
Havana, 30 jun (Prensa Latina) A VIII Convenção Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento a ser realizar em Cuba de 4 a 8 de julho próximo com especialistas da Venezuela, Brasil, Colômbia, México, Uruguai, Argentina, Espanha, Noruega, Estados Unidos e Equador.
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No Palácio de Convenções da Havana, os especialistas cubanos mostrarão os resultados de projetos e investigações realizadas, e trocarão com especialistas de outras nacionalidades suas experiências, pontos de vista e ideias.

A Convenção inclui os congressos de áreas protegidas, mudança climática, ecossistemas e biodiversidade, educação e gerenciamento ambiental, informaram membros do Comitê Organizador.

Explicaram que se incluem três colóquios sobre, direito ambiental, ordenamento ambiental, e perigo, vulnerabilidade e riscos, além de uma feira expositiva na que instituições e organismos apresentarão tecnologias, projetos e experiências.

http://www.iisd.ca/biodiv/cop8/enbots/images/28mar/ahmed_islands_8144.jpg
Ahmed Djoghlaf
Personalidades como o Secretário Executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica, Ahmed Djoghlaf, e o Secretário Executivo do Convênio das Nações Unidas de luta contra a desertificação, Luc Gnacadja, darão sendas conferências magistrais na jornada inaugural, indicaram.

Também está confirmada a assistência de um numerosos grupos de vice-ministros, diretores de ministérios de meio-ambiente, faculdades universitárias e centros de investigação de vários países, bem como investigadores e professores.

NO BRASIL

China percebe importância da Rio+20, afirma o senador brasileiro Cristovam Buarque



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse no dia 13 de maio deste ano,em Plenário, que a China está percebendo a importância da Rio+20, conferência mundial sobre meio ambiente prevista para junho de 2012 e que se realizará 20 anos depois da Rio-92. O país foi acusado de obstruir a última conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, a COP 15, realizada em dezembro de 2009, em Copenhague.
Cristovam apresentou ao Plenário uma delegação chinesa em visita ao Brasil e disse ter percebido que eles dão muita importância à "conferência que será liderada pela presidente Dilma Rousseff" no próximo ano.
Na ocasião a  delegação chinesa estava representada por Lu Fengding, ex-embaixador da China na Suécia; Guan Chengyuan, ex-embaixador da missão permanente da China na União Europeia; Pan Jiahua, diretor-geral do Instituto de Estudos Urbanos e Ambientais da Academia de Ciências Sociais da China; Li Junfeng, chefe de divisão do Departamento de Planejamento de Políticas do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China; Gao Wei, 1º secretário do Departamento de Planejamento de Políticas do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China; e Wang Haoyang, o intérprete. 

Lembramos que a Conferência Mundial sobre meio Ambiente esta prevista para acontecer em junho de 2012.

Justiça condena Veja por associar islâmicos com terrorismo

A juíza Cláudia Maria Pereira Ravacci, da 35ª Vara Cível de São Paulo, condenou a revista Veja e a Editora Abril, pela reportagem “A rede do terror no Brasil”, publicada no dia 6 de abril deste ano. A ação, movida pela União Nacional das Entidades Islâmicas, pediu direito de resposta. A decisão é desta quinta-feira (30/6).
A revista afirma na reportagem ter tido acesso a documentos da CIA (agência de inteligência norte-americana), FBI (polícia federal norte-americana), Interpol (polícia internacional) e Polícia Federal que mostravam supostos extremistas islâmicos no Brasil. A publicação diz ainda, que essas pessoas citadas usavam o país como base de operações e aliciavam militantes.
A autora da ação, representada pelo advogado Adib Abdouni Passos, congrega 16 entidades islâmicas. O advogado , afirma na petição inicial que o conteúdo da reportagem era ofensivo e tendencioso. “De acordo com a Polícia Federal, sete organizações terroristas islâmicos operam no Brasil”, dizia o trecho extraído da revista. Para a entidade, a reportagem fere o sentimento religioso islâmico.
ReproduçãoDe acordo com a petição, houve uma audiência reservada na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na Câmara dos deputados na qual o ministro da Justiça afirmou que as informações publicadas eram falsas. A União alega que no Brasil a Constituição Federal assegura a liberdade de crença e religião.
A entidade pediu que a revista fosse condenada a publicar o direito de resposta. O conteúdo, segundo a petição, deverá ocupar o mesmo espaço que a reportagem e deverá esclarecer a cultura islâmica. Segundo a entidade, o objetivo é “desvincular a ideia de terrorismo junto à fé professada pelos mulçumanos”.
“As ofensas contidas no texto impugnado causam lesão a direitos da coletividade mulçumana, dando ensejo, ao direito de resposta reivindicado”, diz Adib Abdouni Passos.
Mariana Ghirello
*com textolivre

Não se animem trogloditas da direita raivosa, Chavez está sob os cuidados da referencial medicina cubana.
 

VEJA: FASCISMO E ENGANAÇÃO

Você que está lendo este blog, diga a verdade. Conhece alguma publicação mais fascista e mais demente do que a Veja?
O ódio dela contra tudo o que é diferente dela chega a dar medo. Imagine por exemplo, alguns de seus colunistas no poder? Cassariam o mandato do congressistas progressitas. Instituiriam o racismo como matéria corrente nas escolas dos brancos de olhos azuis, e acabariam com o Bolsa Família mas instituiriam no lugar, o bolsa Louis Vuitton, para as dondocas do Higienópolis.
O Brasil deixaria de ter escolas públicas e o SUS que já não é grande coisa, seria extinto. Privatizariam cadeias onde o adminstrador ganha por preso (o que aumentaria o número de pobres que "sumiriam" da noite para o dia) e entregariam a Petrobrás para os amigos da Exxon em troca de tapinhas nas costas e de convites para jantar na casa dos manda-chuvas.
FHC teria um busto em Brasília e cartazes espalhados pelo país tal qual a China de Mao Tsé e a União Soviética de Stalin. O Brasil, que conseguiu nos últimos anos sair da décima quinta posição na economia mundial, indo para a sétima, cairia novamente, mas desta vez, para a vigésima, já que todos os ativos do país seriam repassados aos coleguinhas de pilantragem. Estrangeiros, claro.
O Brasil viraria finalmente, uma filial de Miami, onde as madames desfilam suas grifes sem o menor pudor de serem consideradas cafonas e os homens apostariam no cassino do prostíbulo nacional, feito nos morros acima das favelas, onde desfilariam meninas pobres, famintas e sem chance na vida.
Dito isso, leio na manchete insossa do folhetim da Abril que o "ditador" Hugo Chávez, isso, que o "ditador" Hugo Chávez, aquilo.
E até onde me lembro, Chávez cumpre mandatos constitucionais, eleitos pelo povo em eleições limpas atestadas inclusive pelo ex-Presidente americano Jimmy Cartes, com seu instituto, que circunda o planeta em busca de democracias.
Tento entender o que seria para a Veja, um ditador, já que uma pessoa que é eleita pelo povo merece esse título. Ora, podemos nós gostar ou não de Chávez, mas dizer que ele é ditador é muita canalhice. Um homem que instituiu o referendo a cada dois anos com o poder de mandar embora qualquer mandatário, inclusive ele, não pode ser assim, achincalhado.
Mas pela lógica da Veja, pode.  Até porque Veja chamou Lula de ditador. E eu tô tentando saber até o hoje em quais calos da Editora Abril o Lula pisou, pra merecer essa honraria.
Veja é burra e tem má intenção. É um desserviço para a democracia no mundo porque desinforma. Enquanto tanta gente tenta transformar o planeta num lugar melhor pra se viver, a Editora Abril tenta de todas as formas virar tudo no baixo meretrício para que os amigos do rei (só eles) se refestelem de ganhar dinheiro.
O papel aceita tudo. É nisso que se fia gente como os editores de Veja. Mas pensam que todo mundo ainda é imbecil ao ponto de não questionar nada do que está escrito em suas horrendas publicações.

Os refúgios fiscais como ameaça à democracia

Deveria ser refúgio ou santuário fiscal, não “paraíso”, definição que surgiu da confusão entre haven e heaven.
Seja como for, os esconderijos de dinheiro sujo não são a exceção, mas a regra do capitalismo em que vivemos.
Diz o excelente Treasure Islands, Tax Havens and the Men that Stole de World, de Nicholas Shaxson.
Do autor eu já tinha lido Poisoned Wells: The Dirty Politics of African Oil, livro obrigatório para quem quer entender a África.
Quais são os maiores refúgios fiscais do mundo?
Caimã? Liechtenstein? Jersey?
Não. Pela ordem, Estados Unidos, Reino Unido e Suiça.
Um único escritório em Wilmington, capital do estado de Delaware, é sede de 217 mil empresas.
O Reino Unido exerce controle indireto sobre uma teia de refúgios fiscais que garantem às grandes corporações sonegação de impostos em todo o mundo.
E os países pobres pagam o preço mais caro, com o encolhimento da base fiscal: “Hoje o 1% no topo dos países em desevolvimento controla de 70 a 90% de toda a riqueza financeira e imobiliária. O Boston Consulting Group avaliou em 2003 que mais da metade de toda a riqueza controlada pelos mais ricos está offshore. ‘O problema não é que esses países não tem bens’, uma autoridade do Banco Central dos Estados Unidos afirmou. ‘O problema é que está tudo em Miami’”.
Outro trecho: “As duas maiores fontes de investimento na China em 2007 não foram o Japão, os Estados Unidos ou a Coreia do Sul, mas Hong Kong e as ilhas Virgens Britânicas. Da mesma forma, a maior fonte de investimento estrangeiro na Índia, acima dos 43%, não foram os Estados Unidos, Reino Unido ou China, mas o refúgio das ilhas Maurício, uma estrela em ascensão do sistema offshore”.
Shaxson argumenta convincentemente que os refúgios fiscais, como espaço político capturado por banqueiros, advogados e contadores, servem de ferramenta para que o mundo das finanças solape instituições democráticas e submeta o interesse público ao dos banqueiros. Como, aliás, temos visto didaticamente nos últimos dias, na Grécia.
Luiz Carlos Azenha
*Viomundo

Depois da Grácia com o próximo a ser privatizado? Façam suas apostas.

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*GilsonSampaio