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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 01, 2011

CUBA ORGANIZARÁ CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE O MEIO AMBIENTE

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Havana
Havana, 30 jun (Prensa Latina) A VIII Convenção Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento a ser realizar em Cuba de 4 a 8 de julho próximo com especialistas da Venezuela, Brasil, Colômbia, México, Uruguai, Argentina, Espanha, Noruega, Estados Unidos e Equador.
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No Palácio de Convenções da Havana, os especialistas cubanos mostrarão os resultados de projetos e investigações realizadas, e trocarão com especialistas de outras nacionalidades suas experiências, pontos de vista e ideias.

A Convenção inclui os congressos de áreas protegidas, mudança climática, ecossistemas e biodiversidade, educação e gerenciamento ambiental, informaram membros do Comitê Organizador.

Explicaram que se incluem três colóquios sobre, direito ambiental, ordenamento ambiental, e perigo, vulnerabilidade e riscos, além de uma feira expositiva na que instituições e organismos apresentarão tecnologias, projetos e experiências.

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Ahmed Djoghlaf
Personalidades como o Secretário Executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica, Ahmed Djoghlaf, e o Secretário Executivo do Convênio das Nações Unidas de luta contra a desertificação, Luc Gnacadja, darão sendas conferências magistrais na jornada inaugural, indicaram.

Também está confirmada a assistência de um numerosos grupos de vice-ministros, diretores de ministérios de meio-ambiente, faculdades universitárias e centros de investigação de vários países, bem como investigadores e professores.

NO BRASIL

China percebe importância da Rio+20, afirma o senador brasileiro Cristovam Buarque



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse no dia 13 de maio deste ano,em Plenário, que a China está percebendo a importância da Rio+20, conferência mundial sobre meio ambiente prevista para junho de 2012 e que se realizará 20 anos depois da Rio-92. O país foi acusado de obstruir a última conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, a COP 15, realizada em dezembro de 2009, em Copenhague.
Cristovam apresentou ao Plenário uma delegação chinesa em visita ao Brasil e disse ter percebido que eles dão muita importância à "conferência que será liderada pela presidente Dilma Rousseff" no próximo ano.
Na ocasião a  delegação chinesa estava representada por Lu Fengding, ex-embaixador da China na Suécia; Guan Chengyuan, ex-embaixador da missão permanente da China na União Europeia; Pan Jiahua, diretor-geral do Instituto de Estudos Urbanos e Ambientais da Academia de Ciências Sociais da China; Li Junfeng, chefe de divisão do Departamento de Planejamento de Políticas do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China; Gao Wei, 1º secretário do Departamento de Planejamento de Políticas do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China; e Wang Haoyang, o intérprete. 

Lembramos que a Conferência Mundial sobre meio Ambiente esta prevista para acontecer em junho de 2012.

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