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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 22, 2011

Chineses tem interesse de investir na Amazônia

http://jornale.com.br/mirian/wp-content/uploads/2010/06/concorrencia_brasil_china.jpg

Rio Branco (AC) - Industriários chineses estão no Acre para avaliar as condições de implantação de uma indústria de montagem de motocicletas, bicicletas e relógios de pulso. O que chamou atenção dos empresários foi o avançado nível de cumprimento dos trâmites burocráticos para formalização da Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
“São conversas iniciais para construção de uma relação comercial, mas tudo será feito com a calma que o processo exige”, pondera o secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães tentando conter o entusiasmo. “A notícia do alfandegamento da ZPE do Acre vai chamar atenção. É natural”.

Os chineses já têm cartas de intenção para se instalar em zonas de processamento de exportação no Brasil para montagem de relógios e motos. O Governo do Acre deve concluir o processo de alfandegamento antes que as outras 23ZPE’s espalhadas pelo Brasil. A data mais provável para conclusão do processo é a 1ª quinzena de agosto.
http://www.petroegas.com.br/admPor/Noticias/img/135PEQ.jpgO governo quer concluir o alfandegamento com 12 projetos de instalação de indústrias. Eles devem ser enviados ao Conselho das Zonas de Processamento de Exportação que tem 30 dias para avaliar. Se aprovados, os industriários têm até 180 dias para iniciar os trabalhos de instalação das linhas de montagem.
http://blogs.estadao.com.br/jornal-do-carro/files/2008/01/green-sport_02.jpg

Taboca acreana também pode ter investimentos

Há outra frente de interesse dos industriários chineses: a taboca acreana. Ontem à tarde, eles visitaram a sede da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) onde existe um núcleo de estudos com o “bambu da Amazônia” (taboca). Os possíveis investimentos com o beneficiamento da taboca não têm relação com a ZPE.

Caso venham a concretizar os investimentos na extração da taboca, deve ser instalada uma unidade de indústria de transformação no parque do novo Distrito Industrial, às margens da BR-364.



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