Impunidade nojenta!
Por: Eliseu
Parece que as belezas desse belo País tropical - terra do futebol, samba, das mais belas mulheres do mundo - o cérebro dos cidadãos se congelou. Quando falo cidadão, é porque a responsabilidade do que acontece por esse País afora é nossa. Os políticos só roubam descaradamente e nada fazem pelo povo, porque esse povo que os colocou no poder não os fiscaliza, não os retiram de lá quando não prestam. E a grande maioria nada vale.
São tantos escândalos que pipocam a toda hora que fica difícil enumerá-los: É merenda escolar superfaturada e desviada, medicamentos idem, estradas que matam porque nunca são consertadas nem sinalizadas, crimes comuns que não são punidos, e por aí vai.
As nossas jurássicas leis que precisavam ser endurecidas com urgência, teve o caminho inverso, facilitando ainda mais a vida dos bandidos e aprendizes de bandidos, estimulando a violência.
No interior de São Paulo, onde pai e filho foram agredidos por um grupo de sete pessoas(?) que os confundiram com um casal homossexual, - como se isso justificasse a agressão – a Polícia Civil já identificou dois integrantes do grupo que espancou pai e filho, tendo um deles a orelha decepada. Até agora, porém, eles continuam em liberdade.
Em depoimento na terça (19), um homem de 25 anos confessou ter participado da agressão, mas negou que o motivo tenha sido discriminação sexual. O delegado titular do 1º Distrito Policial, Fernando Zucarelli, pediu a prisão preventiva do agressor, que foi negada pela Justiça.
Isso faz lembrar o recente caso em Formosa-GO, que teve uma postagem nesse blog com o título "Dono da casa faz armadilha, e ladrão leva a pior!", em que a vítima já não mais tolerava ser assaltada sem que providências fossem tomadas, que resolveu ele mesmo a situação, matando o ladrão. Aí a lei se manifesta com todo o seu rigor. Mas para com a vítima.
Parece esse o caminho que o Brasil está seguindo, onde teremos que resolver nossas pendengas na base do tiro, como no velho oeste americano, já que a justiça não quer, ou não pode se manifestar.
E a população, também os bem remunerados e corruptos políticos continuam dormindo em berço esplêndido!
*ocarcará
Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
Nenhum comentário:
Postar um comentário