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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 01, 2011

Justiça condena Veja por associar islâmicos com terrorismo

A juíza Cláudia Maria Pereira Ravacci, da 35ª Vara Cível de São Paulo, condenou a revista Veja e a Editora Abril, pela reportagem “A rede do terror no Brasil”, publicada no dia 6 de abril deste ano. A ação, movida pela União Nacional das Entidades Islâmicas, pediu direito de resposta. A decisão é desta quinta-feira (30/6).
A revista afirma na reportagem ter tido acesso a documentos da CIA (agência de inteligência norte-americana), FBI (polícia federal norte-americana), Interpol (polícia internacional) e Polícia Federal que mostravam supostos extremistas islâmicos no Brasil. A publicação diz ainda, que essas pessoas citadas usavam o país como base de operações e aliciavam militantes.
A autora da ação, representada pelo advogado Adib Abdouni Passos, congrega 16 entidades islâmicas. O advogado , afirma na petição inicial que o conteúdo da reportagem era ofensivo e tendencioso. “De acordo com a Polícia Federal, sete organizações terroristas islâmicos operam no Brasil”, dizia o trecho extraído da revista. Para a entidade, a reportagem fere o sentimento religioso islâmico.
ReproduçãoDe acordo com a petição, houve uma audiência reservada na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na Câmara dos deputados na qual o ministro da Justiça afirmou que as informações publicadas eram falsas. A União alega que no Brasil a Constituição Federal assegura a liberdade de crença e religião.
A entidade pediu que a revista fosse condenada a publicar o direito de resposta. O conteúdo, segundo a petição, deverá ocupar o mesmo espaço que a reportagem e deverá esclarecer a cultura islâmica. Segundo a entidade, o objetivo é “desvincular a ideia de terrorismo junto à fé professada pelos mulçumanos”.
“As ofensas contidas no texto impugnado causam lesão a direitos da coletividade mulçumana, dando ensejo, ao direito de resposta reivindicado”, diz Adib Abdouni Passos.
Mariana Ghirello
*com textolivre

Não se animem trogloditas da direita raivosa, Chavez está sob os cuidados da referencial medicina cubana.
 

VEJA: FASCISMO E ENGANAÇÃO

Você que está lendo este blog, diga a verdade. Conhece alguma publicação mais fascista e mais demente do que a Veja?
O ódio dela contra tudo o que é diferente dela chega a dar medo. Imagine por exemplo, alguns de seus colunistas no poder? Cassariam o mandato do congressistas progressitas. Instituiriam o racismo como matéria corrente nas escolas dos brancos de olhos azuis, e acabariam com o Bolsa Família mas instituiriam no lugar, o bolsa Louis Vuitton, para as dondocas do Higienópolis.
O Brasil deixaria de ter escolas públicas e o SUS que já não é grande coisa, seria extinto. Privatizariam cadeias onde o adminstrador ganha por preso (o que aumentaria o número de pobres que "sumiriam" da noite para o dia) e entregariam a Petrobrás para os amigos da Exxon em troca de tapinhas nas costas e de convites para jantar na casa dos manda-chuvas.
FHC teria um busto em Brasília e cartazes espalhados pelo país tal qual a China de Mao Tsé e a União Soviética de Stalin. O Brasil, que conseguiu nos últimos anos sair da décima quinta posição na economia mundial, indo para a sétima, cairia novamente, mas desta vez, para a vigésima, já que todos os ativos do país seriam repassados aos coleguinhas de pilantragem. Estrangeiros, claro.
O Brasil viraria finalmente, uma filial de Miami, onde as madames desfilam suas grifes sem o menor pudor de serem consideradas cafonas e os homens apostariam no cassino do prostíbulo nacional, feito nos morros acima das favelas, onde desfilariam meninas pobres, famintas e sem chance na vida.
Dito isso, leio na manchete insossa do folhetim da Abril que o "ditador" Hugo Chávez, isso, que o "ditador" Hugo Chávez, aquilo.
E até onde me lembro, Chávez cumpre mandatos constitucionais, eleitos pelo povo em eleições limpas atestadas inclusive pelo ex-Presidente americano Jimmy Cartes, com seu instituto, que circunda o planeta em busca de democracias.
Tento entender o que seria para a Veja, um ditador, já que uma pessoa que é eleita pelo povo merece esse título. Ora, podemos nós gostar ou não de Chávez, mas dizer que ele é ditador é muita canalhice. Um homem que instituiu o referendo a cada dois anos com o poder de mandar embora qualquer mandatário, inclusive ele, não pode ser assim, achincalhado.
Mas pela lógica da Veja, pode.  Até porque Veja chamou Lula de ditador. E eu tô tentando saber até o hoje em quais calos da Editora Abril o Lula pisou, pra merecer essa honraria.
Veja é burra e tem má intenção. É um desserviço para a democracia no mundo porque desinforma. Enquanto tanta gente tenta transformar o planeta num lugar melhor pra se viver, a Editora Abril tenta de todas as formas virar tudo no baixo meretrício para que os amigos do rei (só eles) se refestelem de ganhar dinheiro.
O papel aceita tudo. É nisso que se fia gente como os editores de Veja. Mas pensam que todo mundo ainda é imbecil ao ponto de não questionar nada do que está escrito em suas horrendas publicações.

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