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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, março 11, 2012

a estranha gramática do psor çerra

Desafia o nosso peito

Livro mostra crimes de tortura praticados durante a ditadura civil-militar no Brasil 
Diário Gauche

A partir de extensa pesquisa bibliográfica realizada ao longo de cinco anos, o psicanalista e escritor sul-rio-grandense Adail Ivan de Lemos traz a público o mecanismo de repressão do regime militar brasileiro que durou 21 anos no país (1964-1985).
“Desafia o nosso peito — resistência, tortura e morte durante o regime militar brasileiro” é todo baseado em artigos que comprovam como agia o sistema repressivo montado pelo regime militar. Em uma espécie de inventário sobre a tortura, a obra mostra como eram presos os suspeitos de atividades políticas contrárias ao governo civil-militar.
A ideia do autor é de que o livro seja fonte para advogados, jornalistas, historiadores e pesquisadores, além de servir como subsídio de investigação para a Comissão da Verdade — grupo criado, por lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff, para apurar os crimes políticos cometidos durante a ditadura militar. Tarso Genro assina o prefácio da obra.

*esquerdopata

Jornalista líbia Halla El Mesrati foi libertada



 “a imprensa ocidental é cúmplice nesta guerra de ocupação. A mídia ocidental jogou um papel decisivo, manipulando e mentindo o tempo todo, para tentar justificar esta guerra de ocupação que teve dois objetivos principais: assassinar o líder Muamar Kadafi e roubar petróleo do povo líbio”.
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A famosa jornalista líbia Halla El Mesrati foi libertada e concedeu entrevista de um local seguro, possivelmente em outro país. A entrevista foi publicada por jornais italianos e franceses. Até a semana passada ela era tida como morta.

Halla El Mesrati ficou famosa internacionalmente quando se recusou a deixar a TV estatal líbia durante o avanço dos mercenários a serviço da Otan. Ela sacou um revólver durante o programa e disse que resistiria ao avanço dos traidores da Líbia.

Após os covardes e terroristas bombardeios da Otan e da ONU na Líbia, destituindo um governo legítimo e martirizando um líder mundial, Muamar Kadafi, a jornalista líbia pagou caro por sua coragem e patriotismo. Segundo o vídeo filmado em 30 de dezembro de 2011, ela aparecia muito cansada, traumatizada e grávida, após sofrer torturas e ter sido estuprada 17 vezes, passando por 20 prisões diferentes.

Na entrevista reproduzida por Amnotyours ela falou sobre sua tragédia pessoal e a ocupação da Líbia por tropas estrangeiras, apoiadas por traidores.

 “Na verdade, a Líbia foi vencida, por enquanto, por traidores da Jamahirya Líbia (poder popular). A ONU e Otan forneceram os instrumentos, armas e dinheiro, mas foram os traidores líbios que destruíram o país com sua traição e covardia”.

Sobre a atualidade, ela conta que a Líbia está se transformando em um país racista:

“Para agradar aos imperialistas e sionistas, que financiaram grande parte da guerra de agressão à Líbia, o novo governo está incentivando o racismo, porque os negros são na totalidade apoiadores do mártir Muamar Kadafi. Uma elite de líbios brancos, provenientes de Benghazi, está promovendo uma guerra étnica sob o silêncio criminoso das Nações Unidas. Diversas prisões estão lotadas com negros, que são presos, espancados e torturados apenas pelo fato de serem negros”.

Tragédia humanitária – Ela contou que diversas cidades líbias estão sem água.

“No passado as cidades recebiam água do Grande Rio Verde, que transporta água dos lençóis subterrâneos do rio Nilo por toda a Líbia, mas as estações de bombeamento foram destruídas pelos ataques da Otan, e não se fala em reconstrução. Diversas cidades não tem mais energia elétrica.”

Ela disse que teve diversas oportunidades para fugir do país durante a guerra, mas se recusou porque desejava lutar e defender o seu povo. Para ela,

 “a imprensa ocidental é cúmplice nesta guerra de ocupação. A mídia ocidental jogou um papel decisivo, manipulando e mentindo o tempo todo, para tentar justificar esta guerra de ocupação que teve dois objetivos principais: assassinar o líder Muamar Kadafi e roubar petróleo do povo líbio”.

Analisando o desenrolar da guerra, Hala Misrati afirmou que grande parte do exército líbio não combateu para defender as cidades diante do avanço dos rebeldes.

“A traição era moeda corrente e estava em todas as partes porque o poder financeiro dos inimigos é muito grande. Muitos são traidores da Pátria e empurraram os rebeldes para entrar em guerra com a falsa ameaça de que caso contrário, o exército líbio poderia massacrá-los. Atualmente, em Tripoli, há mais de 100 batalhões de rebeldes armados enquanto o exército da Jamahiriya tinha apenas 23 batalhões! A ONU e a Otan despejaram armas no país de forma irresponsável e criminosa.”

Finalizando sua entrevista, Hala Misrati pergunta:

 “Isto é liberdade? Para isso os traidores e mercenários apoiaram a ocupação estrangeira da Jamahiriya Líbia? Este é o resultado do poder de Barack Obama, Sarkozy e outros presidentes ocidentais e monarcas árabes fantoches do sionismo? Liberdade é poder pichar muros? Liberdade é divulgar pela imprensa mentiras e insultos o tempo todo? Liberdade é espalhar a discórdia entre irmãos enquanto as riquezas naturais do país foram entregues a estrangeiros? Isso não é liberdade. Isto é dominação. O povo líbio deixou de ser livre, passou a ser escravo do atraso religioso e das potências ocidentais. Isto é retrocesso. Vamos levar 50 anos para nos libertar dos imperialistas e sionistas que passaram a nos dominar. Mas faremos isso porque o legado de resistir, lutar e vencer, foi a melhor herança que poderia nos deixar o mártir Muamar Kadafi”.

http://am-not-yours.blogspot.com/2012/03/halla-el-mesrati-e-finalmente-libera.html
 
*SOABRASIL

Deleite John Lennon AINDA , EM HOMENAGEM AO DIA DAS NOSSAS MUSAS CRIADORAS...




Homofobia avança com disfarces


O fenômeno representado pela homofobia aumenta pelo planeta
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e mostra as ambiguidades ético-morais presentes em estados laicos cujas constituições democráticas proclamam a igualdade e repudiam a discriminação derivada de orientação sexual. Chamo a atenção para dois recentes episódios discriminatórios, ambos disfarçados com tinta de matiz farisaica.
Dalla e Alemanno


Dalla e Alemanno
Um silêncio vergonhoso. A Igreja quase conseguiu sepultar o conhecimento de que Lucio Dalla, 69 anos, era homossexual e mantinha um relacionamento amoroso de mais de dez anos com o talentoso autor, ator, diretor teatral e fotógrafo pugliese Marco Alemanno, de 32 anos. Dalla nasceu e vivia em Bolonha 

(Wálter Fanganiello Maierovitch)
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Bolonha,Espanha
Uma das incivilidades ocorreu em Bolonha, por ocasião dos funerais na gótica Basílica de São Petrônio, do aclamado Lucio Dalla, cantor, compositor, poeta e arranjador musical. Numa Bolonha de arquitetura deslumbrante, com cem torres e 35 quilômetros de pórticos. 
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Onde foi fundada, em 1088, a primeira universidade do Ocidente e que rejeita, nas urnas, os candidatos de perfil filo-fascista. Dalla nasceu nessa cidade, como o cineasta Passolini e, no século XIV, o papa matemático Gregório XIII (1572-1585), autor do nosso calendário bissexto.
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Papa Gregório XIII
A outra ocorrência foi protagonizada pelo conselho representativo do centenário Club Athlético Paulistano (CAP) e vitimou um casal de médicos homossexuais, Ricardo Tapajós e Mário Warde Filho. 
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Ricardo Tapajós e Mário Warde Filho
Ao dar prevalência ao estatuto social, o CAP derrogou a Constituição republicana de 1988 e fez tábula rasa à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que, legitimamente, é o guardião da nossa Lei Maior.

Essa decisão surpreende. O clube conta no seu quadro associativo com destacados defensores do Estado de Direito e já teve, num passado recente, vultos que lutaram heroicamente pela prevalência constitucional. 
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Refiro-me à Revolução Constitucionalista de 1932, o maior movimento cívico da história desse estado bandeirante. 
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Esses antigos associados, acusados à época de separatistas pelos chamados “aliancistas” e membros do então partido Democrático de São Paulo, devem estar a afundar de vergonha nas suas covas em face da recente decisão de afronta à nossa Lei Magna.
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Com efeito. Lucio Dalla faleceu em 1º de março de 2011, durante uma turnê em Montreux (Suíça). Não deixou testamento, mas preparava a documentação para dar vida a uma fundação que seria um “laboratório para, pela música e pela arte, descobrir, preparar e lançar novos talentos”. Dalla, todos sabiam, mantinha uma relação afetiva de mais de dez anos com o talentoso artista Marco Alemanno, de 32 anos. 
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Lucio Dalla
Ele tinha fé cristã, vivia, como gostava de dizer, “in mezzo alla gente”. Era visto nos bares, restaurantes e até em igrejas a orar. Era devoto do popular Padre Pio, 
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Padre Pio, o  herdeiro espiritual de São Francisco de Assis
Nota do Blog
  Em 23 de setembro, a Igreja celebra a Memória de São Pio de Pietrelcina, frade capuchinho e sacerdote, que faleceu no ano de 1968.
É conhecido como o único sacerdote a portar os estigmas visíveis (que antes foram invisíveis), já que o Servo de Deus Pe. João Baptista Reus, jesuíta, também recebeu os invisíveis.
Esses dois santos têm muito em comum, tanto nos estigmas quanto na Missa. E viveram praticamente no mesmo período, sendo que o alemão feito brasileiro ( Pe. Reus), morreu na década de 40, 21 anos antes do Padre Pio.


considerado como falso taumaturgo pelo papa João XXIII, mas já conduzido à glória dos altares como santo da Igreja.
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Padre Pio
Por evidente, interessava à Igreja velar o corpo de Dalla: 30 mil pessoas passaram pela basílica para o último adeus. 
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Enterro de Lucio Dalla
E interessava a ponto de abrir exceção diante das rígidas proibições do tempo da Quaresma, onde santos são cobertos e celebrações suspensas. Diante da exceção aberta, exigências eclesiásticas restaram impostas, em especial o silêncio sobre a união estável Dalla-Alemanno. 
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Também não se pode tocar as músicas de Dalla: num dos seus sucessos, Caro Amico Ti Scrivo, consta que “cada um fará amor com quem quiser”. 
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Alemanno, declama a poesia em homenagem a Dalla
Outra exigência foi Alemanno passar como amigo de família. Assim, teve permissão para ler a poesia Le Rondine (As Andorinhas), do falecido convivente Dalla.
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Lucia Annunziata
A hipocrisia acabou desmontada pela jornalista Lucia Annunziata, que já presidiu a RAI, televisão estatal. Disse ela que os funerais estavam a representar um dos exemplos fortes do que significa ser gay, numa referência à Itália sob influência vinda do outro lado do Tevere, ou seja, da Santa Sé: “Enterra-se com rito católico desde que não se propale o fato de o falecido ter sido gay”. 
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Ratzinger
O papa Ratzinger já deixou patente a intolerância da Igreja, embora tivesse tentado consertar a colocação de considerar o homossexualismo uma doença. Esse caminho obscurantista ainda é trilhado no Brasil pelos evangélicos, que acabaram de receber o Ministério da Pesca para refrear o fanatismo, embora continuem a querer do governo postos psiquiátricos para reversão da orientação sexual considerada pecaminosa.
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Ministro Marcelo Crivella, da pesca
No caso do médico Tapajós, que não obteve sucesso na tentativa junto ao CAP de colocar como seus dependentes o companheiro e a filha deste, o juiz Zarvos Varellis, ao decidir a lide processual instaurada, lembrou que o STF reconhece como entidade familiar, à luz dos direitos fundamentais da Constituição, a união estável entre pessoas do mesmo sexo. 
Para o CAP, onde se quer que o estatuto prevaleça à Constituição, união estável só entre homem e mulher. Certamente, terão os conselheiros as bênçãos de Ratzinger e da bancada evangélica do nosso Parlamento. 
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A propósito, convém recordar o observado pelo desembargador Francisco de Paula Sena Rebouças, na sua recém-lançada obra Uma República Provincial (Ed. Manole), “somos herdeiros de uma cultura autocrática que, a partir do absolutismo monárquico, passou pelo mandonismo do senhor das terras e dos escravos, pela prepotência das botas e seus maquiavélicos tacões”.


Wálter Fanganiello Maierovitch
*MilitânciaViva

Coca-Metilimidazol e Pepsi-4-MEI



A Coca-Cola e a Pepsi vão alterar a receita dos seus refrigerantes para não terem de pôr avisos contra o cancro nos rótulos.

Cancro? Como assim? É um refrigerante, não uma central nuclear.
O problema é que as bebidas contêm um corante, aquele que dá o bonito tom caramelo, que é potencialmente cancerígeno.

Explica a porta-voz da Coca-Colca, Diana Garza Ciarlante:
Apesar de considerarmos que não há qualquer risco para a saúde pública que justifique esta alteração, pedimos aos nossos fornecedores de caramelo para alterarem a quantidade do corante 4-metilimidazol para que as nossas bebidas não tenham que exibir um aviso no rótulo que não tem qualquer fundamento.
É uma justificação interessante: a Coca-Cola e a Pepsi consideram que não haja riscos para a saúde e que um aviso nos rótulos não teria fundamento. No entanto, mudam a receita.

A verdade é um pouco diferente: o "corante caramelo" não é um inofensivo produto "natural" à base de açúcar caramelizado, mas sim um composto químico conhecido como 4-MEI ou 4-MI (4-methylimidazole) potencialmente cancerígeno, tal como denunciado pelo Center for Science in the Public Interest (CSPI), o organismo público de defesa do consumidor nos EUA com sede em Washington.

Diário Expresso:
O 4-MEI é um corante orgânico sintético idêntico ao natural, obtido pelo processo de sulfito de amónia, utilizado para dar a coloração escura aos refrigerantes. Experiências em animais demonstraram que pode provocar cancro.

Um comunicado à imprensa divulgado pelo CSPI refere que análises químicas em amostras de Coca-Cola e Pepsi revelaram níveis muito elevados do corante cancerígeno nos refrigerantes. Entre 145 a 153 microgramas (de 4-MEI) em latas de Pepsi; 142 a 146 microgramas em latas de Cola; e 103 e 113 microgramas em latas de Diet Coke.
O CSPI estima que o corante caramelo encontrado nas amostras de Coca-Cola e Pepsi é responsável por cerca de 15.000 casos de cancro na população norte-americana.O CSPI alerta também pelo facto de que os mais jovens, com menos de 20 anos, são os mais vulneráveis, por consumirem grandes quantidades de refrigerantes, além de serem mais susceptíveis ao cancro do que as pessoas mais velhas.

Coca-Cola e Pepsi sob acusa? Mas o que é isso?
Eis portanto a Food and Drugs Administration que entra no terreno para defender os interesses das corporações: 4-methylimidazole cancerígeno? Mas onde?
A FDA afirma que seria preciso uma pessoa beber, diariamente, 1.000 latas de Coca ou Pepsi para contrair o cancro. Aliás, a dúvida deveria ser: porque as pessoas ainda não bebem diariamente 1.000 latas de Coca e Pepsi?

O CSPI discorda da FDA. Michael Jacobson, do centro de pesquisa, afirma que os corantes cancerígenos não podem, pura e simplesmente, fazer parte da cadeia dos alimentos, tanto mais que são apenas cosméticos:
A Coca-Cola e a Pepsi, com a aquiescência da FDA, estão desnecessariamente expondo milhões de norte-americanos a um químico que provoca cancro. A coloração é apenas cosmética, não acrescenta sabor. A FDA precisa proteger os consumidores proibindo esse corante.
Não sei, eu em princípio apoio esta última ideia. Porquê a Coca e a Pepsi não utilizam o raio de caramelo natural? É só queimar um pouco de açúcar na água, não deve ser tão caro.

Mas não, mais barato sem dúvida o metilcomosechama. Que talvez em doses baixas nem é cancerígeno. Mas uma criança não vive apenas de Coca ou Pepsi, ingere diariamente outros alimentos: será que estes outros alimentos também contêm o metilcoiso? Pode haver acumulação com outras substâncias perigosas? Quando é atingida a quantidade que pode ser definida como "claramente cancerígena"? Pode haver reacções com estas outras substâncias?

São apenas dúvidas de quem nada percebe acerca do assunto. E pergunta a razão pela qual um produto potencialmente perigoso deve ser utilizado em preparados vendidos ao público.


Ipse dixit.
*InformaçãoIncorreta

VatiLeaks: Quem são os lobos da Igreja?

Bertone: o secretário de Estado do
Vaticano está no epicentro
das intrigas

A revelação de documentos secretos do Vaticano reavivou o escândalo do VatiLeaks, como foi batizado o inédito vazamento de informações sigilosas que desde janeiro causa alvoroço na Santa Sé. O jornal italiano Il Fatto Quotidiano voltou a publicar cartas assinadas por cardeais, a desnudar uma insidiosa disputa pelo controle do Instituto Giuseppe Toniolo.

A instituição controla a Universidade Católica do Sagrado Coração, maior rede privada de ensino da Europa, e a famosa Policlínica Gemelli, onde o papa João Paulo 2º esteve internado diversas vezes.

A crise começou quando uma tevê divulgou, no início do ano, cartas do arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-vice-governador da cidade do Vaticano e atual núncio apostólico nos EUA. Destinadas ao secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, e ao próprio papa Bento 16, as cartas revelam que Viganò foi afastado após denunciar uma suposta rede de corrupção na Igreja.

Outros vazamentos dizem respeito ao Banco do Vaticano, que prometeu dar transparência às suas ações para se adequar às regras da União Europeia, mas estaria, na prática, apagando os rastros de seu passado de escândalos, como o que resultou na quebra do Banco Ambrosiano há 30 anos.

O incômodo é tamanho que o jornal oficial do Vaticano, num texto sobre o 30º aniversário da chegada a Roma do cardeal Joseph Ratzinger, atual papa Bento 16, denunciou o “comportamento irresponsável e indigno” contra o pontífice, que “não será parado por lobos”. Só não ficou claro se o editorial do L’Osservatore Romano se referia aos autores do vazamento ou aos cardeais que travam a intestina disputa de poder no Vaticano.

Lavagem de dinheiro: As mazelas do banco do Papa

Que a condição do Vaticano como rota internacional para lavagem de dinheiro é “preocupante” não é novidade para ninguém. Mas o status duvidoso da chamada Santa Sé agora é oficial, de acordo com a nova lista de 67 países potencialmente suscetíveis à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas, publicada pelo Departamento de Estado americano. Sob a mesma rubrica “Estados preocupantes”, à qual o Estado papal agora faz parte, estão Albânia e Iêmen.

A condição ainda é melhor que a do Brasil, que figura entre os chamados “Estados de alto risco”, com Afeganistão e Ilhas Cayman. Mas já preocupa o papa Ratzinger, disposto a tentar impedir a lavagem de dinheiro no Banco do Vaticano (IOR).

Bento 16 quer forçar o Estado a adotar as regras internacionais recomendadas pela ONU e aplicadas pela União Europeia. No fim de 2010, criou até o posto de “Autoridade para Informações Financeiras”. A julgar pelas últimas denúncias de reciclagem de dinheiro sujo a envolver o IOR, a autoridade do sumo pontífice parece não surtir o efeito desejado.

Relator da ONU critica Lei da Anistia brasileira


Em um dos ataques mais duros da ONU ao modelo de transição política no Brasil, o relator da entidade contra a tortura, Juan Mendez, acusa a Lei da Anistia brasileira de ter tido seu objetivo original “travestido” e de ter sido usada como “desculpa para proteger militares e policiais.”

A declaração do relator apela ainda para que a sociedade “não se deixe chantagear” pelo argumento de setores que insistem na ideia de que não seria conveniente reabrir o passado.

Em entrevista coletiva na sede da ONU, Mendez foi questionado pela imprensa estrangeira sobre o fato de o Brasil ainda ser um dos poucos países na América do Sul a não investigar seu passado. “No Brasil, na transição, houve um movimento para se ter uma lei de anistia, porque políticos perseguidos precisavam voltar e participar da vida política do País. Houve um movimento para se ter uma anistia. Era uma forma de abertura para a democracia. Mas, lamentavelmente, a lei foi aplicada para proteger os militares e a polícia de processos”, declarou Mendez.

Para ele, o objetivo original da anistia foi “travestido”. Segundo ele, isso significa que a lei foi criada com um propósito, mas foi aplicada em outro sentido. “Houve uma mudança de rumo na justiça, justamente no sentido contrário ao que ela originalmente estabelecia”, disse Mendez. “A lei foi estabelecida para tentar criar um espaço político, mas foi usada como argumento para impunidade.”
Essa distorção da lei também ocorreu em outros países sul-americanos, mas, de acordo com o relator, esses países latino-americanos já conseguiram superar os limites de suas leis de anistia. “Mas, lamentavelmente, o Brasil manteve a anistia para militares e policiais responsáveis por crimes sérios.”

Limitações
Para o relator, a Comissão da Verdade não irá superar, sozinha, as limitações da Lei da Anistia brasileira. “No entanto, se a comissão for conduzida de forma séria, abrirá possibilidades para processos em um segundo estágio”, declarou. “Se isso vai ocorrer eu não sei. Mas o direito internacional aponta nessa direção”, insistiu.

O relator elogiou o governo da presidente Dilma Rousseff na tentativa de reconduzir o assunto no Brasil. “Há, pelo menos, uma chance de olhar o passado. O governo mostra que está pronto para rever o passado, pelo menos dizendo a verdade agora.”

Na avaliação do relator, cabe também à sociedade tomar a decisão de olhar para o passado. “A experiência latino-americana mostra que não se pode deixar chantagear por aqueles aliados civis dos militares que dizem que é melhor não tocar no passado por conta das repercussões que isso pode ter. Essa chantagem não pode ser aceita”, concluiu Mendez.

Todo apoio à luta pela liberdade na internet

No dia 18 de janeiro foi realizado o maior protesto online da história da internet. Sites no mundo inteiro fizeram um blackout contra os projetos de lei Stop Online Piracy Act (Sopa) e Protect Intelectual Property Act (Pipa), em tramitação na Câmara e no Senado estadunidenses. Os dois projetos previam o bloqueio de sites acusados de violar as leis americanas de direitos autorais. Para isso, davam poder de polícia aos provedores e estabeleciam a possibilidade de censura do conteúdo dos sites. Depois do protesto, ambas as propostas foram retiradas de tramitação no Congresso dos EUA.

Isto lá. Aqui no Brasil, esta semana, o deputado Walter Feldman (PSDB/SP) apresentou na Câmara um projeto de lei para bloquear sites que supostamente violem direitos autorais. Uma espécie de reedição do Sopa. Assim, o PSDB segue a linha do ex-senador, agora deputado federal, Eduardo Azeredo (PSDB/MG), indicado recentemente para a presidência da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados. Azeredo é autor da lei conhecida como AI-5 Digital. Sua proposta oficial é coibir crimes cibernéticos. Mas estudiosos do assunto alertam que, se aprovada, a lei poderá violar os direitos civis dos usuários.
De acordo com o PL apresentado por Feldman, o NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, órgão responsável pelo registro dos sites no Brasil) teria o poder de, em até cinco dias, bloquear o endereço de IP ou suspender o funcionamento de páginas que supostamente violassem os direitos autorais.
Mais:
*Ajusticeiradeesquerda