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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, agosto 19, 2012
Mensalão: Fascistas da Folha confundem o Brasil com chiqueiro que habitam
do Conversa Afiada
A Folha desenha o Brasil numa pocilga. Seus impasses e seus políticos parecem porcas prenhas.
O INCRÍVEL MENSALÃO
Publica neste domingo uma história em quadrinhos para contar o mensalão.
É a redução do problema a uma historieta infantil, para qualquer idiota entender.
Mas, não é assim tão infantil, inocente, à la Hans Christian Andersen.
É uma sujeira.
Exala mau cheiro.
Uma espécie de “Al Capone para Crianças”, editado pela Abril Educação.
O preto, os rostos deformados e satanizados.
A omissão do contexto.
Simplificar para deformar.
A vilanização do Lula, do Dirceu e do PT.
A glorificação do herói da Renata Lo Prete (quando ela vai devolver o Prêmio ?), o Thomas Jefferson.
O bandido e o mocinho.
A Folha desenha o Brasil numa pocilga.
Seus impasses e seus políticos parecem porcas prenhas.
Como se o Brasil fosse a Folha.
Uma porcaria.
Assim, literalmente: porca-ria.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Exala mau cheiro.
Uma espécie de “Al Capone para Crianças”, editado pela Abril Educação.
O preto, os rostos deformados e satanizados.
A omissão do contexto.
Simplificar para deformar.
A vilanização do Lula, do Dirceu e do PT.
A glorificação do herói da Renata Lo Prete (quando ela vai devolver o Prêmio ?), o Thomas Jefferson.
O bandido e o mocinho.
A Folha desenha o Brasil numa pocilga.
Seus impasses e seus políticos parecem porcas prenhas.
Como se o Brasil fosse a Folha.
Uma porcaria.
Assim, literalmente: porca-ria.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
*MilitânciaViva
FALTA SALVARMOS BRADLEY MANNING, O ÚLTIMO HERÓI ESTADUNIDENSE
Os EUA sinalizam um acordo diplomático com a
Grã-Bretanha para permitir que Julian Assange, o fundador do Wikileaks,
seja exilado no Equador. No entanto, há o drama de Brad Manning, o jovem soldado que, envolvido
na violação de sigilo de diversos documentos políticos nos EUA, não teve
direito a julgamento e ainda é preso em condições humilhantes, além de
sofrer torturas, num vergonhoso exemplo de desrespeito aos direitos
humanos na dita "maior democracia do planeta".
FALTA SALVARMOS BRADLEY MANNING, O ÚLTIMO HERÓI ESTADUNIDENSE
Por Celso Lungaretti - Blogue Náufrago da Utopia
É alvissareiro e reconfortante que a tramóia contra Julian Assange esteja dando com os burros n'água. Outro Cesare Battiti foi arrancado das garras dos inquisidores. Devemos nos orgulhar --e muito!-- destas vitórias improváveis que estamos conseguindo obter, contra as piores forças políticas do planeta e a incessante lavagem cerebral efetuada pela grande imprensa.
Mas, no Caso Wikileaks, falta ainda a tarefa principal: salvarmos Bradley Manning da destruição psicológica a que o estão submetendo. Não podemos descansar enquanto ele estiver em prisões militares que mais parecem masmorras medievais.
Para reavivar a memória dos companheiros, eis o artigo que escrevi sobre ele há 15 meses, O heróico Bradley Manning está sofrendo terríveis retaliações. Nada mudou. Continuamos devendo-lhe esforços mais incisivos, proporcionais ao extraordinário serviço que ele prestou à causa do resgate da verdade, com depreendimento, arrojo e coragem.
Os filmecos de tribunal com que Hollywood fetichiza a justiça estadunidense são uma comprovação da frase de Joseph Goebbels, de que, de tanto se martelar uma mentira, ela acaba passando por verdade.
É claro que, em meio a centenas (quiçá milhares, incluindo os seriados de TV) de fitas medíocres e enganadoras, podemos pinçar alguns clássicos, a cumprirem o papel de exceções que só servem para confirmar a regra.
De pronto, lembrei-me de 12 homens e uma sentença (1957) e O Veredicto (1982), do grande Sidney Lumet; O sol é para todos (1962), de Robert Mulligan; Testemunha de Acusação (1957), de Billy Wilder; Anatomia de um crime (1959), de Otto Preminger; Julgamento em Nuremberg (1961), de Stanley Kramer; e Justiça para todos (1979), de Norman Jewison.
Acrescentados os que não me tenham ocorrido, os salvos do incêndio deverão totalizar uma dezena, no máximo duas. O resto não passa de tralha cinematográfica mesmerizante.
Eu era muito jovem quando, lendo A tragédia de Sacco e Vanzetti (1953), de Howard Fast, cai na real: o grotesco linchamento com tinturas legais dos dois anarquistas italianos era a realidade; e a infabilidade das sentenças estadunidenses, na qual seriados como Perry Mason tanto nos queriam fazer crer, não passava de piada de mau gosto.
Depois, ao longo da minha vida adulta, fui tomando conhecimento de muitos outros exemplos, com destaque para as aberrações jurídicas do macartismo e para o premeditado assassinato de dois pobres laranjas (o casal Rosenberg) como bodes expiatórios de um delito cujos principais responsáveis só poderiam ser cientistas.
A partir do atentado contra o WTC, multiplicaram-se as arbitrariedades contra os acusados que os EUA despejaram no centro de torturas de Guantánamo, para tratá-los como animais longe das vistas de seus respeitáveis cidadãos.
Graças ao heróico soldado Bradley Manning, que forneceu ao Wikileaks as provas dos podres, o mundo ficou sabendo, p. ex., que cerca de 150 pessoas inocentes ficaram presas durante períodos variáveis (até por vários anos) em Guantánamo, sem julgamento nem nada, apenas por terem a ascendência errada ou haverem sido encontradas perto do lugar errado e na hora errada, sem nenhum motivo concreto respaldando as suspeitas de envolvimento com ações terroristas.
É a razão de estado falando mais alto do que a justiça e os direitos humanos -- exatamente a acusação que os EUA sempre fizeram aos países do chamado socialismo real. Nada como um dia depois do outro.
O CALVÁRIO DE MANNING
E, por haver escancarado a nudez do rei, o próprio Manning está sofrendo terríveis retaliações -- como, aliás, sempre aconteceu nas ditaduras apoiadas pelos EUA no mundo inteiro. O serviço sujo volta a ser feito também em casa.
É esta a face que o império mostra para os que ousam confrontá-lo ou atingir seus interesses; o dr. Jekyll não precisa de poção nenhuma para virar mr. Hyde.
Sim, passada a eleição, ele pode...
dar uma banana p/ direitos humanos
Porque, na verdade, é monstruoso em sua essência e benigno apenas na aparência forjada e impingida pela indústria cultural.
Estes trechos de uma notícia deste domingo (1º), que Andrea Murta enviou de Washington, dão uma boa idéia da malignidade do monstro:
"Durante o tempo encarcerado, Manning, 23, foi submetido ao que seus defensores classificam como punição extrema pré-julgamento.
O soldado ainda não teve sua primeira audiência, agendada para ocorrer em junho e ficou confinado em solitárias, sem exposição à interação humana, a exercícios e à luz do sol.
Na semana passada, ele finalmente foi transferido para uma prisão no Kansas, onde poderá conviver com outras pessoas.
...segundo o 'Free Bradley Manning', uma rede de apoio que paga a defesa do soldado, há várias razões para maus-tratos.
A primeira seria que os militares sabem que o caso contra Bradley não é tão forte quanto anunciam e, caso ele seja inocentado, querem garantir alguma punição que sirva de alerta a outros no futuro', disse (...) Jeff Paterson, porta-voz do grupo.
O ex-porta-voz do Departamento de Estado PJ Crowley (...) disse que o tratamento dado a Manning é 'ridículo, contraproducente e estúpido'. Ele renunciou pouco depois.
O presidente [Obama] também sofreu o constrangimento de ver um ex-professor assinar um manifesto de juristas criticando as condições da detenção. Um representante da ONU foi outro a protestar.
Paterson diz que o soldado já não é o mesmo. 'Quando recebe visitas, leva um tempo até que a parte do cérebro ligada à interação social volte ao normal e ele se lembre de como conversar. Isso não faz mais parte de sua rotina.'"
O martírio do último herói estadunidense está prestes a completar um ano. Para quem quiser saber o que ele sofreu durante os (felizmente findos!) 11 meses de detenção no DOI-Codi... quer dizer, numa base dos fuzileiros navais na Virgínia, recomendo a leitura de A prisão infernal de Bradley Manning.
É alvissareiro e reconfortante que a tramóia contra Julian Assange esteja dando com os burros n'água. Outro Cesare Battiti foi arrancado das garras dos inquisidores. Devemos nos orgulhar --e muito!-- destas vitórias improváveis que estamos conseguindo obter, contra as piores forças políticas do planeta e a incessante lavagem cerebral efetuada pela grande imprensa.
Mas, no Caso Wikileaks, falta ainda a tarefa principal: salvarmos Bradley Manning da destruição psicológica a que o estão submetendo. Não podemos descansar enquanto ele estiver em prisões militares que mais parecem masmorras medievais.
Para reavivar a memória dos companheiros, eis o artigo que escrevi sobre ele há 15 meses, O heróico Bradley Manning está sofrendo terríveis retaliações. Nada mudou. Continuamos devendo-lhe esforços mais incisivos, proporcionais ao extraordinário serviço que ele prestou à causa do resgate da verdade, com depreendimento, arrojo e coragem.
Os filmecos de tribunal com que Hollywood fetichiza a justiça estadunidense são uma comprovação da frase de Joseph Goebbels, de que, de tanto se martelar uma mentira, ela acaba passando por verdade.
É claro que, em meio a centenas (quiçá milhares, incluindo os seriados de TV) de fitas medíocres e enganadoras, podemos pinçar alguns clássicos, a cumprirem o papel de exceções que só servem para confirmar a regra.
De pronto, lembrei-me de 12 homens e uma sentença (1957) e O Veredicto (1982), do grande Sidney Lumet; O sol é para todos (1962), de Robert Mulligan; Testemunha de Acusação (1957), de Billy Wilder; Anatomia de um crime (1959), de Otto Preminger; Julgamento em Nuremberg (1961), de Stanley Kramer; e Justiça para todos (1979), de Norman Jewison.
Acrescentados os que não me tenham ocorrido, os salvos do incêndio deverão totalizar uma dezena, no máximo duas. O resto não passa de tralha cinematográfica mesmerizante.
Eu era muito jovem quando, lendo A tragédia de Sacco e Vanzetti (1953), de Howard Fast, cai na real: o grotesco linchamento com tinturas legais dos dois anarquistas italianos era a realidade; e a infabilidade das sentenças estadunidenses, na qual seriados como Perry Mason tanto nos queriam fazer crer, não passava de piada de mau gosto.
Depois, ao longo da minha vida adulta, fui tomando conhecimento de muitos outros exemplos, com destaque para as aberrações jurídicas do macartismo e para o premeditado assassinato de dois pobres laranjas (o casal Rosenberg) como bodes expiatórios de um delito cujos principais responsáveis só poderiam ser cientistas.
A partir do atentado contra o WTC, multiplicaram-se as arbitrariedades contra os acusados que os EUA despejaram no centro de torturas de Guantánamo, para tratá-los como animais longe das vistas de seus respeitáveis cidadãos.
Graças ao heróico soldado Bradley Manning, que forneceu ao Wikileaks as provas dos podres, o mundo ficou sabendo, p. ex., que cerca de 150 pessoas inocentes ficaram presas durante períodos variáveis (até por vários anos) em Guantánamo, sem julgamento nem nada, apenas por terem a ascendência errada ou haverem sido encontradas perto do lugar errado e na hora errada, sem nenhum motivo concreto respaldando as suspeitas de envolvimento com ações terroristas.
É a razão de estado falando mais alto do que a justiça e os direitos humanos -- exatamente a acusação que os EUA sempre fizeram aos países do chamado socialismo real. Nada como um dia depois do outro.
O CALVÁRIO DE MANNING
E, por haver escancarado a nudez do rei, o próprio Manning está sofrendo terríveis retaliações -- como, aliás, sempre aconteceu nas ditaduras apoiadas pelos EUA no mundo inteiro. O serviço sujo volta a ser feito também em casa.
É esta a face que o império mostra para os que ousam confrontá-lo ou atingir seus interesses; o dr. Jekyll não precisa de poção nenhuma para virar mr. Hyde.
Sim, passada a eleição, ele pode...
dar uma banana p/ direitos humanos
Porque, na verdade, é monstruoso em sua essência e benigno apenas na aparência forjada e impingida pela indústria cultural.
Estes trechos de uma notícia deste domingo (1º), que Andrea Murta enviou de Washington, dão uma boa idéia da malignidade do monstro:
"Durante o tempo encarcerado, Manning, 23, foi submetido ao que seus defensores classificam como punição extrema pré-julgamento.
O soldado ainda não teve sua primeira audiência, agendada para ocorrer em junho e ficou confinado em solitárias, sem exposição à interação humana, a exercícios e à luz do sol.
Na semana passada, ele finalmente foi transferido para uma prisão no Kansas, onde poderá conviver com outras pessoas.
...segundo o 'Free Bradley Manning', uma rede de apoio que paga a defesa do soldado, há várias razões para maus-tratos.
A primeira seria que os militares sabem que o caso contra Bradley não é tão forte quanto anunciam e, caso ele seja inocentado, querem garantir alguma punição que sirva de alerta a outros no futuro', disse (...) Jeff Paterson, porta-voz do grupo.
O ex-porta-voz do Departamento de Estado PJ Crowley (...) disse que o tratamento dado a Manning é 'ridículo, contraproducente e estúpido'. Ele renunciou pouco depois.
O presidente [Obama] também sofreu o constrangimento de ver um ex-professor assinar um manifesto de juristas criticando as condições da detenção. Um representante da ONU foi outro a protestar.
Paterson diz que o soldado já não é o mesmo. 'Quando recebe visitas, leva um tempo até que a parte do cérebro ligada à interação social volte ao normal e ele se lembre de como conversar. Isso não faz mais parte de sua rotina.'"
O martírio do último herói estadunidense está prestes a completar um ano. Para quem quiser saber o que ele sofreu durante os (felizmente findos!) 11 meses de detenção no DOI-Codi... quer dizer, numa base dos fuzileiros navais na Virgínia, recomendo a leitura de A prisão infernal de Bradley Manning.
*MilitânciaViva
A diplomacia brasileira brilhou na crise entre o Equador e a Inglaterra
PAULO NOGUEIRA
Diário do Centro do Mundo
Clap, clap, clap para a diplomacia brasileira. De pé.
Diário do Centro do Mundo
Com sede em Washington, a Organização dos Estados Americanos, a OEA,
essencialmente não serve para nada. É uma opinião da qual dificilmente
discordaria qualquer um dos mais de 30 países que a integram.
Pois, em sua consistente e comprovada inutilidade, a OEA acaba de ter um
momento luminoso nesta semana. Por maioria esmagadora, a OEA decidiu
apoiar o Equador no embate diplomático que o país trava com a Inglaterra
por causa de Julian Assange.
Uma reunião foi convocada para a semana que vem, mas desde já a OEA
registrou sua rejeição à ameaça britânica de quebrar a inviolabilidade
da embaixada do Equador em Londres para retirar dela, na marra, Assange e
depois extraditá-lo para a Suécia.
Os Estados Unidos foram contra, previsivelmente. A importância histórica
da decisão da irrelevante OEA está em registrar que existe um mundo
novo que não acha, necessariamente, que o que é bom para os Estados
Unidos é bom para todos.
O Brasil, também previsivelmente, se pôs ao lado do Equador, pela voz do
chanceler Antônio Patriota. A independência brasileira em relação aos
americanos na política exterior é um sinal de maturidade do país.
Clap, clap, clap para a diplomacia brasileira. De pé.
*MilitânciaViva
EUA precisam parar de perseguir aqueles que expõem crimes secretos, diz Assange
Jornalista classificou decisão do presidente Rafael Correa como "corajosa"
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, pediu neste domingo (19/08)
aos Estados Unidos que parem de perseguir jornalistas por “lançar luz
sobre os crimes secretos dos poderosos”. “A guerra do governo dos
Estados Unidos contra denunciantes precisa chegar a um fim”, afirmou o
jornalista em discurso na sacada da embaixada do Equador em Londres,
onde está refugiado há dois meses.
Assange pediu a libertação de Bradley Manning, militar norte-americano
preso desde 2010 por repassar informações confidenciais ao Wikileaks.
Manning foi o responsável por vazar mais de 250 mil documentos de 271
embaixadas em 180 países. “Na quarta-feira, Bradley passou seu 815o. dia
preso sem julgamento. O máximo é 120 dias”, disse. "Se ele fez isso é
um herói e precisa ser libertado".
RobertoAlmeida/OperaMundi
Leia mais
Essa foi a primeira aparição pública de Assange desde março, quando
ainda batalhava na Justiça para não ser extraditado para a Suécia sob
acusação informal de estupro. O fundador do Wikileaks buscou abrigo na
embaixada equatoriana dia 19 de junho. Hoje detém status de asilado
político, concedido pelo presidente do Equador, Rafael Correa, na última
quinta-feira (16).
“Estou aqui hoje porque não posso estar aí com vocês”, disse Assange,
saudado por um público de ativistas e curiosos de pelo menos 200
pessoas. Outros 200 policiais faziam o cerco à embaixada enquanto o
jornalista discursava. “As ameaças ao Wikileaks são ameaças à liberdade
de expressão”, afirmou.
Assange lembrou da enorme tensão da madrugada de quarta para
quinta-feira, acompanhada pelo Opera Mundi. Assim que o chanceler
equatoriano informou sobre a ameaça britânica de invadir a embaixada
para capturá-lo, com base em uma lei britânica de 1987, dezenas de
policiais entraram no edifício onde está a representação diplomática.
Ativistas correram para o local com câmeras ligadas à internet para
testemunhar o caso.
“Na quarta-feira à noite”, lembrou Assange, “depois que uma ameaça foi
enviada a esta embaixada e a polícia apareceu neste prédio, vocês vieram
no meio da noite para testemunhar e vocês trouxeram os olhos do mundo.
Dentro da embaixada, depois que a noite caiu, eu ouvi tropas policiais
entrando pela escada de incêndio. Mas eu sabia que haveria testemunhas, e
isso só foi possível por causa de vocês.”
O fundador do Wikileaks fez diversos agradecimentos. Ele sublinhou a
“corajosa” atitude do governo equatoriano, que lhe concedeu asilo
político, e à família e filhos, com quem espera estar junto “em breve”.
Enumerou, ainda, os países latinoamericanos que rechaçaram a
interpretação britânica da lei internacional - entre eles está o Brasil.
Defesa em andamento
O defensor de Julian Assange e do Wikileaks, Baltasar Garzón, disse
hoje, em frente à embaixada, que irá à Corte Internacional de Justiça
caso o Reino Unido não conceda salvo-conduto para que o jornalista deixe
a representação equatoriana rumo à América do Sul. “Claro que não vou
contar minha estratégia, mas primeiramente é preciso pensar no salvo
conduto e lutar pelos direitos fundamentais de Julian”, disse.
O espanhol Garzón, com ampla experiência em casos de direitos humanos,
foi o responsável por emitir ordem de prisão contra o general Augusto
Pinochet em 2001, entre outras atuações impactantes que o deram o título
de “super juiz”. Ele assumiu o caso Assange em junho, assim que o
jornalista se abrigou na embaixada equatoriana em Londres.
De acordo com Garzón, as autoridades britânicas ainda não responderam
oficialmente sobre o pedido de salvo-conduto, mas o ministro de Relações
Exteriores do Reino Unido, William Hague, já deixou claro que não
aceita o asilo político e que não ofertará passagem ao jornalista para
que deixe Londres.
O magistrado disse que Assange está sempre em contato com as
autoridades suecas para responder sobre o suposto caso de estupro, mas
que não ouviu garantias sobre seus direitos fundamentais de defesa e
sobre uma eventual extradição para os Estados Unidos.
Apoios
Assange ganhou no início da tarde deste domingo o apoio público do
ex-embaixador do Reino Unido, Craig Murray, e do escritor paquistanês
Tariq Ali, que discursaram em frente à embaixada do Equador em Londres.
Ambos acusaram o governo britânico de subverter a agenda internacional
de direitos humanos para prender o jornalista.
Murray disse que “nenhum país concorda com a interpretação britânica da
lei” que não reconhece o asilo político dado ao fundador do Wikileaks.
Ali teceu elogios à diplomacia de países da América do Sul, como
Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e Brasil, que reconheceram o direito
de Assange de receber o status de asilado. “Hoje esses países consideram
mais o social do que Reino Unido e Estados Unidos”, afirmou.
*ÓperaMundi
Assange livre significa internet independente também livre
Por que a caça a
Julian Assange, à blogosfera e a defesa corporativa, por meio da
indiferença editorial, dos desvios éticos e morais da velha imprensa?
Assange e a blogosfera, a
internet livre e independente em geral, permitem ao leitor/espectador
perceber, com nitidez e em tempo quase real, os movimentos golpistas
que a grande mídia, nacional e internacional, costumavam empreender em
silêncio, em associação a governos conservadores, para fazer valer
interesses políticos e econômicos de pequenos grupos em detrimento da
grande maioria.
O advento do Wikileaks e o fortalecimento da internet independente é hoje um obstáculo para o modo operante da velha imprensa permanecer bem sucedida nestes aspectos, perturba governos blindados pela imprensa.
Hoje é possível, graças a estes agentes, que não são controlados corporativamente, alertar os golpes em ação e levá-los ao grande público, apertando governos e mídia, desmascarando editorias disfarçadas de democráticas, mas contaminadas de autoritarismo e manipulação.
Os exemplos não param de crescer de como a imprensa age para desinformar e tornar a realidade dos fatos confusas para o leitor/audiência. O cabo de guerra travado entre Carta Capital e internet progressista de um lado, contra Veja e velha imprensa de outro, nos mostram o quanto estes representantes de si mesmos e de favores mesquinhos se sentem incomodados com a pressão pela versão dos fatos que chega ao brasileiro no dia a dia, pela mãos da blogosfera.
Se por um lado denunciam-se esquemas mirabolantes que envolvem jornalistas de grandes veículos de comunicação, ministro do Supremo e políticos proeminentes da oposição, por outro lado percebe-se o silêncio estarrecedor, a tal defesa corporativa pela indiferença, da grande imprensa.
Este é um movimento desmascarado, bem articulado, que faz com que, estes que se autoproclamam defensores da democracia e da liberdade de expressão, se revelem os golpistas que costumam ser, escondidos atrás de pretensas coberturas jornalísticas imparciais.
O Datafolha em sua última pesquisa captou que o povo, em sua maioria, percebe manipulação e parcialidade escancarada, por exemplo, na cobertura da imprensa no julgamento do mensalão.
O advento do Wikileaks e o fortalecimento da internet independente é hoje um obstáculo para o modo operante da velha imprensa permanecer bem sucedida nestes aspectos, perturba governos blindados pela imprensa.
Hoje é possível, graças a estes agentes, que não são controlados corporativamente, alertar os golpes em ação e levá-los ao grande público, apertando governos e mídia, desmascarando editorias disfarçadas de democráticas, mas contaminadas de autoritarismo e manipulação.
Os exemplos não param de crescer de como a imprensa age para desinformar e tornar a realidade dos fatos confusas para o leitor/audiência. O cabo de guerra travado entre Carta Capital e internet progressista de um lado, contra Veja e velha imprensa de outro, nos mostram o quanto estes representantes de si mesmos e de favores mesquinhos se sentem incomodados com a pressão pela versão dos fatos que chega ao brasileiro no dia a dia, pela mãos da blogosfera.
Se por um lado denunciam-se esquemas mirabolantes que envolvem jornalistas de grandes veículos de comunicação, ministro do Supremo e políticos proeminentes da oposição, por outro lado percebe-se o silêncio estarrecedor, a tal defesa corporativa pela indiferença, da grande imprensa.
Este é um movimento desmascarado, bem articulado, que faz com que, estes que se autoproclamam defensores da democracia e da liberdade de expressão, se revelem os golpistas que costumam ser, escondidos atrás de pretensas coberturas jornalísticas imparciais.
O Datafolha em sua última pesquisa captou que o povo, em sua maioria, percebe manipulação e parcialidade escancarada, por exemplo, na cobertura da imprensa no julgamento do mensalão.
A
internet independente usa da liberdade a que todos tem direito para se
expressar e isto não cai bem para aqueles que intentam em manter o
"monopólio da verdade" para uso difuso.
Liberdade de Assange é a liberdade de expressão
Liberdade de Assange é a liberdade de expressão
Assange
e a internet independente se associaram, por afinidade ideológica, de
imediato e a divulgação em massa por meio de blogues e redes sociais
dos documentos comprometedores dos agentes conservadores espalhados
pelo mundo, inclusive aqui no Brasil, causam arrepios na imprensa
corporativa e nos seus aliados conservadores.
Um
episódio clássico mostrou a busca de interesses comuns do governo
americano e da grande imprensa brasileira sobre as eleições 2010.
William Waack e Fernando Rodrigues foram flagrados por documentos publicados pelo Wikileaks em que passavam informações sobre as eleições, de maneira distorcida e parcial, para favorecer Serra e prejudicar a real percepção da imagem de Dilma Roussef, para a embaixada norte americana.
Disso depois, nada foi falado nos grandes veículos de comunicação do país, silêncio absoluto.
William Waack e Fernando Rodrigues foram flagrados por documentos publicados pelo Wikileaks em que passavam informações sobre as eleições, de maneira distorcida e parcial, para favorecer Serra e prejudicar a real percepção da imagem de Dilma Roussef, para a embaixada norte americana.
Disso depois, nada foi falado nos grandes veículos de comunicação do país, silêncio absoluto.
Ambos,
Waack e Rodrigues permanecem ocupando seus espaços e com destaque,
talvez, pelo trabalho desenvolvido tenham sido agraciados de prestígio e
respeito por seus patrões...
Assange tem demonstrado que tanto a diplomacia dos países mais ricos, liderados pelos Estados Unidos, age para desestabilizar democracias nos países que resolvem não seguir a cartilha de Washington e saem a busca de quislings para atingir tais objetivos. O que de fato, desconstruiria a imagem nada compatível que a imprensa mundial criou e dissemina pelo planeta inteiro sobre os autoprocalamados defensores da liberdade e da democracia.
Assange atinge em cheio esta ilustração forjada do país mais poderoso do mundo.
Assange tem demonstrado que tanto a diplomacia dos países mais ricos, liderados pelos Estados Unidos, age para desestabilizar democracias nos países que resolvem não seguir a cartilha de Washington e saem a busca de quislings para atingir tais objetivos. O que de fato, desconstruiria a imagem nada compatível que a imprensa mundial criou e dissemina pelo planeta inteiro sobre os autoprocalamados defensores da liberdade e da democracia.
Assange atinge em cheio esta ilustração forjada do país mais poderoso do mundo.
A
internet livre desmascara a divulgação desta estampa que a grande
imprensa mundial tenta fazer crer ao habitantes do planeta como algo
genuíno e verdadeiro.
Defender
a liberdade de Assange, é defender a sobrevivência da liberdade de
expressão na rede mundial, como estamos conhecendo nos dias atuais, sem
a interferência corporativa ou de governos autoritários ou
conservadores.
A
solidariedade para com o criador do Wikileaks, é a solidariedade para
si mesmos, daqueles que atuam na internet independente, livre e
progressista.
Mas,
é acima de tudo, um ato de dignidade humana e desaprovação inconteste
contra o que representam aqueles que cercam Assange e daqueles que
tentam censurar a internet, para monopolizarem a "verdade", impedindo
que as versões se multipliquem e a audiência possa chegar a sua
verdade, de acordo com suas crenças, subsidiados por informações livres
e sem rótulos fabricados.
O momento é de ataque conservador cerrado, sem dúvida alguma, é a verdade a vítima de toda esta hostilidade reacionária.
Lula, em pronunciamento, colocou o dedo na ferida da grande imprensa e dos líderes mundiais:
“É engraçado, não tem nada contra [o cerceamento à] liberdade de expressão...eu não vi um voto de protesto”, colocando-se como o primeiro estadista mundial a protestar contra a prisão de Julian Assange.
*Turquinho
O CASO ASSANGE
Liberdades seletivas
Por Paulo Moreira Leite
Pois é, meus amigos. Coube ao governo de Rafael Correa, apontado como inimigo da liberdade de imprensa, acusado de ser um candidato a ditador latino-americano, boliviariano de carteirinha, a primeira e até agora única iniciativa para defender os direitos de Julian Assange, o patrono do Wikileaks, responsável pelas mais importantes revelações sobre a diplomacia norte-americana desde a liberação dos papéis do Pentágono, durante a Guerra do Vietnã.
Você sabe a história. Com auxílio de fontes militares, Assange divulgou pelos principais jornais do planeta um pacote de documentos internos do Departamento de Estado. Mostrou políticos locais bajulando embaixadores. Desmascarou demagogos e revelou pilantras sempre a postos a prestar favores a Washington, contrariando os interesses de seus países.
Graças a Assange, fomos informados de que a embaixada dos EUA em Tegucigalpa sempre soube que a queda de Manoel Zelaya, em 2009, foi um golpe de Estado – e não uma ação em defesa da democracia, como Washington passou a acreditar quando se constatou que seus aliados de sempre haviam se livrado de um adversário bolivariano para governar o país com os métodos reacionários de sempre.
Não é qualquer coisa, quando se sabe que, três anos mais tarde, outro elo fraco da democracia no continente – o Paraguai – seria derrubado num golpe instantâneo, desta vez com apoio de Washington desde o primeiro minuto.
As informações divulgadas por Assange não têm aquela função de entretenimento cotidiano, que alimenta a indústria de comunicação com sua carga regular de fofocas, escândalos e, vez por outra, grandes reportagens – relevantes ou não.
Ele também não é uma Yaoni Sanchez, a dissidente cubana que faz oposição ao regime de Fidel Castro. Yaoni deveria ter todo o direito de trabalhar em paz, ninguém discute.
Num período de Murdoch na Inglaterra e jornalismo cachoeira no Brasil, Assange atua em outra esfera e assumiu relevância mundial.
Veicula informações de interesse público, confiáveis e fidedignas, que nos ajudam a entender como o mundo funciona nos bastidores da vida real e não nos coquetéis promovidos por empresas de relações públicas. Seu trabalho contribui, efetivamente, para elevar a consciência de nossa época. E é por isso que incomoda tanto. Pressionadas, até corporações financeiras gigantescas, como Visa e Master Cards, deixaram de receber as contribuições que sustentavam o Wikileaks.
Num mundo em que tantos pilantras e delinquentes se enrolam na bandeira da liberdade de expressão para aplicar golpes e divulgar mentiras, Assange recoloca em termos atuais o debate sobre sigilo da fonte. Defender o sigilo da fonte, muitas vezes, é apenas uma obrigação em nome de um direito maior, que envolve uma proteção universal.
A defesa da liberdade de imprensa, muitas vezes, é feita apesar da imprensa. APESAR de seus erros, apesar de seus desvios, não se pode aceitar a censura e por isso defendemos o direito da imprensa errar. É essa situação que leva muitas pessoas a defender – com indignação risível – profissionais e veículos que cometem grandes barbaridades e veiculam delinquências em letras de forma só porque tem certeza da própria impunidade.
Julian Assange provocou escândalos porque não precisava ser tolerado nem defendido. Jamais publicou uma informação errada. Jamais pode ser acusado de falsificar um único dado. E, em nova ironia da história, o soldado que é apontado como sua fonte permanece preso, incomunicável, há quase 3 anos, num quartel dos Estados Unidos.
Com tais antecedentes, você não teria receio de ser raptado e levado sem julgamento para uma prisão nos EUA?
Estamos assim. Libera-se a fonte dos picaretas e malandros. Prende-se a fonte do Wikileaks. Murdoch e seus empregados que espionavam famílias e cidadãos inocentes, corrompendo policiais para conseguir segredinhos e ganhar dinheiro, tem direito a constituir advogado, comparecem a julgamento, se defendem. Já o Wikileaks é tratado na força bruta.
Há outra ironia, porém. Abrigado na representação do Equador em Londres, Assange precisa de um salvo conduto para deixar o país. O governo Cameron se recusa a fornecer o documento. Conforme notícia dos jornais, até ameaça invadir a embaixada, o que seria, vamos combinar, um escândalo dentro de outro. Assim, o governo que protegeu e alimentou tantos empregados de Rupert Murdoch e sua fábrica de mentiras resolve jogar duro contra uma organização que até agora só publicou verdades indesmentíveis.
Tempos estranhos, não? (Fonte: AQUI).
Atividades lembram oito anos do Massacre da Sé
Local da chacina, a Praça da Sé, no centro de São Paulo, receberá no domingo (19) um acampamento formado por militantes de diversos movimentos sociais
Patrícia Benvenuti - Brasil de Fato
Entre 19
e 22 de agosto de 2004, sete moradores de rua foram assassinados com
golpes na cabeça enquanto dormiam na Praça da Sé, no centro de São
Paulo. Os ataques também deixaram oito pessoas feridas.
Para
lembrar os oito anos do “Massacre da Sé”, organizações e movimentos
sociais realizam diversas atividades para cobrar punição aos
responsáveis e denunciar as atuais violações contra a população em
situação de rua.
No
domingo (19), Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, as
açõesiniciarão às 19h no Vale do Anhangabaú, de onde sairá uma caminhada
rumo à Praça da Sé. Ali, serão realizadas atividades culturais e será
montado o Acampamento da Cidadania, onde os participantes passarão a
noite.
Na segunda-feira
(20), os manifestantes se reunião na Quadra do Sindicato dos Bancários
e, de lá, seguirão até a Faculdade de Direito da USP, onde se reunirão
com os candidatos à Prefeitura de São Paulo. No encontro, será
apresentada uma carta-compromisso, que cobra políticas públicas
articuladas entre diversas pastas para garantir a estruturação de uma
rede de proteção às pessoas em situação de rua.
“Essa
população não está na rua porque quer, é porque existe muita omissão do
Estado. Por isso cobramos políticas de saúde e moradia”, explica o
integrante do Movimento Nacional da População de Rua Anderson Lopes
Miranda.
Além de
São Paulo, haverá atividades em Belo Horizonte, Salvador, Curitiba,
Distrito Federal, Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis e Vitória.
Impunidade
Segundo
investigações policiais, os crimes estariam relacionados a um esquema de
proteção clandestina e tráfico de drogas, comandado pelos autores da
chacina. As mortes teriam ocorrido para silenciar os moradores de rua,
que sabiam do envolvimento de policiais militares. De acordo com o
Ministério Público, algumas agressões teriam sido feitas para encobrir o
verdadeiro motivo dos ataques.
Foram
denunciados seis PMs e um segurança particular. Três soldados chegaram
ser presos, mas foram soltos ainda em 2004 por falta de provas.
Em março
deste ano, a ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), negou recurso do Ministério Público que tentava levar a
julgamento quatro policiais militares acusados de envolvimento no
massacre.
Dados do
Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação
de Rua e Catadores (CNDDH) revelam que, a cada dois dias, um morador em
situação de rua é assassinado no Brasil. De fevereiro de 2011 a maio de
2012, foram registrados 195 casos de homicídios contra moradores de rua
em todo o país.
“Todo dia tem população de rua apanhando, levando pedrada, tomando tiro, não podemos aceitar isso”, diz Miranda.
*Mariadapenhaneles
Brasil está entre os maiores doadores de alimentos do mundo
Ao doar apenas até agosto deste ano,
US$ 75 milhões em comida para os países que enfrentam situações de crise, o
Brasil passa a ser considerado um dos maiores colaboradores do Programa Mundial
de Alimentos (PMA) da comunidade internacional. Em 2011, o governo brasileiro
doou mais de 300 mil toneladas de comida para 35 países. Paralelamente, o Brasil
é apontado como uma das nações que mais se destacam no apoio à ajuda
humanitária.
Em comunicado, o PMA ressaltou a atuação do Brasil tanto na doação de alimentos como na assistência humanitária internacional, por meio de parcerias. O governo brasileiro comunicou que manterá as doações de alimentos não só até dezembro como também em 2014.
A ideia é distribuir até o fim do ano 90 mil toneladas de arroz para a Bolívia e Honduras, na América Latina, e Burundi, Congo, Etiópia, Gâmbia, Uganda, Moçambique, Níger, Senegal e Zimbábue, na África.
O Brasil colabora com missões de paz no Haiti, país cujo governo atua para buscar a estabilidade política, econômica e social, e na Síria, que há 17 meses enfrenta confrontos internos devido às divergências entre o presidente, Bashar Al Assad, e a oposição.
O Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil mantém uma série de parcerias com vários países para estimular a produtividade agrícola e o desenvolvimento rural, na tentativa de buscar a segurança alimentar.
"As experiências em programas de alimentação escolar, em que os alimentos são comprados a partir de pequenos agricultores locais podem enriquecer o debate entre o Brasil e os governos africanos em torno da promoção do direito à alimentação", disse o diretor do Centro de Excelência do Programa Mundial de Alimentos para a África, Daniel Balaban, que atua em parceria com o Brasil.
Só no Haiti, o país mais pobre das Américas, mais de 24 mil toneladas de arroz e feijão brasileiros foram distribuídas para os moradores que sofreram com o terremoto de janeiro de 2010. Os custos de distribuição foram cobertos pela Espanha. Na África, mais de 65 mil toneladas de milho e feijão brasileiros foram doados para países, como a Somália.
Em comunicado, o PMA ressaltou a atuação do Brasil tanto na doação de alimentos como na assistência humanitária internacional, por meio de parcerias. O governo brasileiro comunicou que manterá as doações de alimentos não só até dezembro como também em 2014.
A ideia é distribuir até o fim do ano 90 mil toneladas de arroz para a Bolívia e Honduras, na América Latina, e Burundi, Congo, Etiópia, Gâmbia, Uganda, Moçambique, Níger, Senegal e Zimbábue, na África.
O Brasil colabora com missões de paz no Haiti, país cujo governo atua para buscar a estabilidade política, econômica e social, e na Síria, que há 17 meses enfrenta confrontos internos devido às divergências entre o presidente, Bashar Al Assad, e a oposição.
O Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil mantém uma série de parcerias com vários países para estimular a produtividade agrícola e o desenvolvimento rural, na tentativa de buscar a segurança alimentar.
"As experiências em programas de alimentação escolar, em que os alimentos são comprados a partir de pequenos agricultores locais podem enriquecer o debate entre o Brasil e os governos africanos em torno da promoção do direito à alimentação", disse o diretor do Centro de Excelência do Programa Mundial de Alimentos para a África, Daniel Balaban, que atua em parceria com o Brasil.
Só no Haiti, o país mais pobre das Américas, mais de 24 mil toneladas de arroz e feijão brasileiros foram distribuídas para os moradores que sofreram com o terremoto de janeiro de 2010. Os custos de distribuição foram cobertos pela Espanha. Na África, mais de 65 mil toneladas de milho e feijão brasileiros foram doados para países, como a Somália.
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