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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
terça-feira, junho 04, 2013
Para ir na festa da ONG da Globo, governadora Rosalba, do DEM, gasta R$ 102 mil em jatinho
A viagem feita no dia 27 de maio teve como motivo apenas a participação em festejos. De manhã, a governadora bateu palmas em uma homenagem ao senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). À tarde, foi na festa da ONG dos donos da TV Globo, a Fundação Roberto Marinho, pela comemoração de 35 anos do Telecurso 2000 / 2º Grau.
Diante do escândalo da gastança, publicada no Diário Oficial, a assessoria da governadora afirmou que "as duas aeronaves reservadas para uso exclusivo da governadora estavam na revisão", que "a governadora tinha compromissos inadiáveis no dia em que precisou do avião particular", e que "voos em aviões de carreira fariam com que Rosalba perdesse seus compromissos".
Ora, se tivesse compromissos importantes e inadiáveis, aí é que não faria sentido ir em festas de entidades privadas durante o dia, em pleno horário de trabalho. Bastava enviar mensagem cumprimentando.
Para o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), trata-se de um custo muito alto – R$ 102 mil – para ir ao Rio de Janeiro e voltar.
Principalmente, quando não se tem um retorno para o Estado. “Acho um custo muito alto para apenas ir num evento sem nenhuma contrapartida para o estado do Rio Grande do Norte”, disse o parlamentar.
Ainda segundo Fernando Mineiro, trata-se de uma questão de prioridades. “Enquanto o governo realiza despesas como esta, existem diárias operacionais de policiais que trabalharam desde o carnaval, na Operação a Verão, que ainda não foram pagas. Quer dizer, isso reflete a questão da prioridade do governo na aplicação dos recursos”, afirmou.
*Osamigosdopresidentelula
Assange: EUA querem
uma confissão falsa
“A ação do jovem Manning em 2010, então com 22 anos, expôs ao mundo a forma como os EUA enxergam e se relacionam com o mundo”
Saiu na Carta Capital:
Assange: “EUA querem uma confissão falsa”
Leia trecho inédito de entrevista com o criador do WikiLeaks sobre a pressão do governo americano sobre o soldado Bradley Manning, que está sendo julgado
Por Lino Bocchini
Há dois anos tive a oportunidade de passar 3 dias com Julian Assange, na casa de campo inglesa onde ele cumpriu sua prisão domiciliar, para fazer a matéria de capa da revista Trip de maio de 2011 – fui redator-chefe da revista até janeiro passado. Nas salas espaçosas e nos quartos, a mobília de época convivia com dezenas de laptops, cabos e enormes HD externos. Na porta da geladeira da cozinha no casarão do século XVIII, um imã gritava solitário: “Free Bradley Manning”.
Nas longas conversas com o australiano criador do WikiLeaks, o nome do soldado era aparecia com frequência. Em um trecho inédito da entrevista reproduzido a seguir, Assange afirma que são duas as intenções do governo americano ao coagir o jovem militar responsável pelo vazamento de 250 mil cables, como são chamados os comunicados das embaixadas americanas à Casa Branca. A ação do jovem Manning em 2010, então com 22 anos, expôs ao mundo a forma como os EUA enxergam e se relacionam com o mundo. Manning começou a ser julgado na segunda-feira 3 de junho. Mas vale recuperar as palavras de Assange sobre o que ele acredita serem as motivações para sua detenção pelo governo americano:
“Primeiro, Manning foi preso e está mantido nestas condições sombrias, em uma solitária, para que ceda. Querem que ele faça uma confissão, que diga que deu documentos para nós e, mais, que conspiramos junto com ele para conseguir tais documentos. Dessa forma eles ganhariam um argumento para indiciar-nos por conspiração e espionagem. Querem obrigá-lo a fazer uma confissão falsa que leve a esse tipo de conexão”.
O criador do WikiLeaks continua, com sua calma habitual: “Em segundo lugar estão fazendo isso com Manning para não perderem o controle sobre os militares. Eles se preocupam com a existência de um soldado que não seguiu as ordens. Mas Bradley viu violações de direitos humanos dentro do aparato militar dos EUA e causou tremendo constrangimento para o exército americano ao entregar esse material para a imprensa. E, claro, não querem passar a ideia de que generais não conseguem manter o controle sobre os soldados. Usando-o como exemplo, outros soldados vão ficar em seus lugares e cumprir suas tarefas. Dar à imprensa material como esse iria conter as práticas abusivas do exército americano, e esse é um ponto-chave das forças armadas daquele país”.
Em tempo: o wikileaks revelou como Cerra queria vender o pré-sal a Chevron.
*PHA
Maluf e Dantas preferem
a Justiça brasileira
O vídeo saiu do ar, mas o texto está lá: “o cara tem um trânsito ferrado !”
Saiu na Folha (*)
Maluf critica Jersey e elogia ‘isenção’ da Justiça brasileira
FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO
Alvo de uma condenação da Ilha de Jersey que determina o ressarcimento de R$ 60 milhões aos cofres da cidade de São Paulo, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP) criticou a Justiça do paraíso fiscal britânico dizendo que no Brasil cumprem-se as premissas republicanas de isenção e direito à ampla defesa.
“A diferença entre a Justiça brasileira e a de outros países é que no Brasil cumpre-se a lei e a Constituição, assegurando-se a todos o amplo direito de defesa. A Justiça brasileira é isenta e não julga sob pressão de ninguém”, diz a nota de sua assessoria.
Jersey rejeita pedido de operador que cobra dívida de Maluf
Diferentemente da ilha britânica, que em menos de quatro anos proferiu a sentença do caso Maluf, a Justiça brasileira abriga há dez anos ação de improbidade sobre o mesmo assunto –e ela ainda não saiu da fase inicial.
Dentre brasileiros ilustres, Daniel Dantas também prefere a Justiça brasileira.
Clique aqui para ler “Estado Democrático do Dinheiro. Daniel Dantas na WicKepedia”Mas, para a Justiça Britânica, Dantas é um mentiroso, é um falsificador de fichas bancárias:
“Dantas manipula a Justiça no Brasil. Na Inglaterra, não”
Leia aqui a visita que o ansioso blogueiro fez ao Tribunal (inglês !!!) que condenou Dantas:
“O papel do Supremo. O mensalão e Dantas”
Vitórias de Dantas nas instâncias superiores do Brasil chegam a provocar reações na própria Justiça do Brasil:
Habeas Corpus concedido a Humberto Braz
(…)
O habeas corpus concedido por Eros Grau em 12 de agosto a Humberto Braz, acusado de ser emissário de Daniel Dantas em tentativa de suborno para livrar a ele e à sua família das investigações, provocou protestos do ministro Joaquim Barbosa,36 que chegou a interpelar o ministro Eros Grau durante o cafezinho, chamando-o de “burro” e de “velho caquético”: “Como é que você solta um cidadão que apareceu no “Jornal Nacional” oferecendo suborno?”. (…) “Isso penso eu e digo porque tenho coragem. Mas os outros ministros também pensam assim, mas não têm coragem de falar. E também é assim que pensa a imprensa”. (…) “O senhor é burro, não sabe nada. Deveria voltar aos bancos e estudar mais”. O ministro Eros Grau apenas respondeu: “O senhor deveria pensar bem no que está falando”, esclarecendo também que não havia julgado o mérito da ação penal, mas tão-somente analisado a presença ou não dos requisitos para manter a prisão preventiva de Humberto Braz.37 38 Ao que o ministro Joaquim Barbosa retrucou: “a decisão foi contra o povo brasileiro”.39 Esse quid pro quo no Judiciário brasileiro foi noticiado pela BBC News, que qualificou alguns episódios de “bizarros”:
Daniel Dantas já havia declarado à revista Veja: “Que cumpram comigo o que foi tratado. Eu não afundo só. Se eu descer, levo junto PFL, PSDB e PT” .
E não se pode menosprezar o histórico depoimento de um funcionário de Dantas que diz, segundo o jornal nacional, na cobertura da Satiagraha (jornal nacional, amigo navegante !): nas instâncias inferiores ele não está nem aí, mas lá em cima ele, Dantas, tem “um trânsito ferrado” !
(A propósito, leia “a assinatura da mulher do Gurgel é o ‘xis’do problema – até tu, Toffoli?”.)
Note, amigo navegante, que o vídeo do jornal nacional não está mais disponível.
Por algum mistério insondável, saiu do ar.
Mas, não tem importância.
Além do registro indelével da Operação Satiagraha, que, breve, será legitimada pelo presidente Barbosa, a transcrição fala por si própria:
Justiça aceita denúncia por corrupção contra Daniel Dantas
16/07/08 – 17h30 – Atualizado em 16/07/08 – 21h40O banqueiro foi acusado de tentar subornar um delegado da PF. A denúncia foi aceita pelo juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal.
A Justiça Federal aceitou nesta quarta-feira (16) denúncia do Ministério Público Federal por corrupção ativa contra o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity. Ele passa a ser réu no processo que o acusa de tentativa de suborno a um delegado da Polícia Federal para que seu nome fosse retirado das investigações da Operação Satiagraha.
A denúncia foi aceita pelo juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal, que determinou por duas vezes a prisão do banqueiro, solto nas duas ocasiões por meio de habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Também serão processados o ex-diretor da Brasil Telecom Humberto Braz e Hugo Chicaroni, que teriam oferecido propina de US$ 1 milhão ao delegado, segundo a acusação.
O juiz De Sanctis designou as datas do primeiro interrogatório dos denunciados. Hugo Chicaroni será ouvido no dia 5 de agosto, às 13h. Humberto Braz falará ao juiz no dia 6 de agosto, no mesmo horário. No dia 7, será a vez do depoimento de Dantas, também às 13h. Os depoimentos ocorreram na 6ª Vara Criminal Federal.
Hugo Chicaroni e Humberto Braz são os únicos presos em razão da operação que seguem detidos. Na casa de Chicaroni, a PF encontrou mais de R$ 1 milhão em dinheiro.
Escutas
Gravações de conversas telefônicas feitas pela PF com autorização judicial mostram a ação de Hugo Chicaroni e Humbero Braz na tentativa de livrar o banqueiro Daniel Dantas das acusações de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro.
Em uma das gravações, Hugo comentou com o delegado sobre o papel de Humberto nos negócios do banqueiro Dantas.
Hugo Chicarroni: – O Humberto, que ‘tá’ te ligando, marcou pra jantar pra amanhã. É um tremendo cara.
Delegado: – É mesmo?
Hugo Chicarroni: – E ele, assim, ele não está atuando dentro do banco. Ele fica mais fora do que dentro. Ele veio pra arrumar a casa. O patrão chegou pra ele falou [inaudível] você tem 500 mil dólares pra tratar desse assunto. E em outro trecho:
Hugo Chicaroni: – Hoje ele é o braço direito do Daniel.
Delegado: – E ele é de confiança mesmo?
Hugo Chicaroni: – Pode ficar sossegado.
Em São Paulo, Hugo Chicaroni e Humberto Braz tentaram manipular a investigação, segundo a polícia. As gravações indicam que o objetivo seria deixar de fora o banqueiro Daniel Dantas e parentes dele.
Hugo Chicaroni: – A história de só livrar três tá bom, tá ótimo.
Delegado: – Isso é importante, porque quanto menos puder… Precisa saber exatamente o que é. Não dá pra fazer milagre.
Hugo Chicaroni: – São as pessoas que trabalham com ele até onde eu sei. É o Daniel, a irmã e o filho…
Justiça Federal de SP
As interceptações mostram ainda que, segundo Chicaroni, o banqueiro estava preocupado com a Justiça Federal em São Paulo, onde corre a investigação contra ele por crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Hugo Chicaroni: – Ele se preocupa com hoje, com hoje. Lá pra cima, o que vai acontecer lá… Ele não tá nem aí. Porque ele resolve.
Delegado: – Tá tudo controlado.
Hugo Chicaroni: – Ele resolve. STJ e STF… ele resolve. O cara tem trânsito político ferrado.
Hugo Chicaroni se refere ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), as mais altas cortes do judiciário brasileiro.
As conversas também falam em propina. Hugo transmite ao delegado a oferta de suborno proposta, segundo ele, por Daniel Dantas e oferecida por Humberto Braz, assessor do banqueiro.
Hugo Chicaroni: – Ele falou: “Eu tenho 500 mil para tratar desse assunto”.
Delegado: – 500 mil?
Hugo Chicaroni: – É, 500 mil dólares.
Segundo a investigação, do dinheiro mandado por Humberto Braz, parte foi paga 20 dias antes da operação policial que levou os envolvidos para a cadeia, como mostra uma gravação feita na frente do prédio em que mora Hugo Chicaroni.
Hugo Chicaroni: – Tá na mão.
Delegado: – Então tá certo, não vamos nem conferir.
Hugo Chicaroni – Não. Eu não conferi. Esses pacotinhos ele me entregou em sacos de supermercado. Eu só pus dentro de uma outra sacola e botei aqui.
Delegado: – Quantos pacotes tem?
Hugo Chicaroni: – São cinqüenta… Dá dez pacotes.
US$ 1 milhão
Além do pagamento em parcelas, o valor do suborno dobrou de US$ 500 mil para US$ 1 milhão. É o que apontam as gravações no segundo encontro em São Paulo entre os dois homens que diziam representar o banqueiro Daniel Dantas e o delegado federal.
Foi nessa segunda conversa também que o delegado Victor Hugo Rodrigues Alves apresentou documentos sobre o o banqueiro. Fotos e fichas cadastrais de Dantas foram mostradas durante um almoço em que o assunto era propina.
As filmagens mostram o exato momento em que Humberto Braz troca de lugar com Hugo Chicaroni para analisar melhor os documentos.
Delegado:
- Pode ver com calma que eu não vou poder deixar com vocês esses documentos. Tem sonegação, tem lavagem, tem evasão de divisa, tem outros crimes contra o centro financeiro, gestão fraudulenta. São vários crimes. Uma investigação dessas sempre começa pequena e cresce.
Logo em seguida, o assunto passa a ser propina. Hugo Chicaroni fala em US$ 1 milhão.
Hugo Chicaroni:
- Já que ele já ofereceu 500 mil, pede 1 milhão de dólares. Pra ele chegar em 700, 800.
Em tempo: outro elo entre os dois ilustres brasileiros – Maluf e Dantas – é o funcionário do Maluf, Paulo Pitta, que já não está mais entre nós. Pitta e Dantas e outro grande brasileiro, Naji Nahas, compartilharam as instalações do PF Hilton.
Em tempo2: clique aqui para assistir a vídeo que entrou para a História da Magistratura Universal: o jornal nacional mostra como Daniel Dantas tenta subornar o agente federal. Este vídeo foi solenemente ignorado por Gilmar Dantas (**), que lhe concedeu – num voto monocrático, no plantão do STF – um segundo HC Canguru, num espaço de 48 horas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…
*PHA
O julgamento de Manning, o Google e Assange
Mauro Santayana
Como
o julgamento — iniciado ontem — contra o soldado Bradley Manning, é
por traição à pátria, o ex-presidente Bush é quem deveria estar sentado
no banco dos réus. Provavelmente não tenha havido, na história dos
Estados Unidos, crime maior contra a segurança nacional do que a
decisão de intensificar a guerra contra o Iraque, como resposta ao
atentado que destruiu as Torres Gêmeas. O ataque ao país começou bem
antes, em 1990, por Bush pai, e continuou durante Clinton, sem
interrupção, até que Bush filho lhe deu as dimensões infernais, com a
cumplicidade europeia.
Excluindo-se a
possibilidade, por mais fantástica pareça, de que a destruição do World
Trade Center tenha sido operação interna, de acordo com a denúncia de
várias autoridades técnicas e de fortes evidências políticas, ficou
absolutamente provado que Saddam Hussein nada tinha a ver com o assunto
nem com armas de destruição em massa.
Bush, por
sua decisão solitária, desde que a ele coube a palavra final, é o
responsável direto pela morte de todos os que pereceram em decorrência
dessa aventura criminosa — soldados e civis, norte-americanos e
estrangeiros. Entre os mortos, grande número de velhos e de crianças,
totalmente indefesos.
Manning revelou ao mundo, e a próprios compatriotas, a brutalidade da guerra
O
que fez Bradley, um quase adolescente assustado com a violência das
forças a que servia, foi revelar ao mundo, e aos seus próprios
compatriotas, a brutalidade da guerra. Às vítimas de Bush — e de sua
quadrilha reunida na Casa Branca — devem somar-se os milhares de
suicidas em decorrência do conflito. E a multiplicação dos casos de
abuso sexual nas fileiras.
Os exércitos
norte-americanos do passado, com todos os seus defeitos, eram recrutados
na sociedade inteira, e os combates uniam, na solidariedade do perigo,
os cidadãos fardados, fossem ricos ou pobres. E ainda que não com tanta
freqüência, brancos e negros costumavam criar laços de amizade sob o
perigo. Depois do Vietnã, só o alto oficialato é de carreira; a linha
de fogo é constituída de “voluntários pagos”, ou seja, de mercenários.
O
Pentágono esforça-se para criar um exército de robôs, dos quais os
drones são os precursores programados para matar. Trata-se da extensão
tecnológica dos operadores frios e protegidos, que apertam botões à
distância e encaminham suas bombas e mísseis, sem qualquer emoção.
Sexta-feira passada, o New York Times publicou artigo de Julian Assange sobre o livro The new digital age,
de Eric Schmidt e Jared Cohen. Schmidt é o diretor-executivo do
Google, e Cohen, ex-assessor de Condoleeza Rice e Hillary Clinton, é
diretor de sua Divisão de Ideias.
Ambos,
segundo Assange, criaram um novo idioma para o poder global dos Estados
Unidos no século 21. De forma clara, anunciam que a sua empresa terá uma
posição chave na consolidação do imperialismo tecnocrático
norte-americano no mundo. “O texto é conciso, o estilo, coloquial — e o
conteúdo, banal”, resume Assange.
O que preocupa
Assange é outra coisa: a íntima associação entre o Google — nascido da
ideia visionária e libertária de jovens do Vale do Silício — e o
Departamento de Estado. Como registra o criador do WikiLeaks, os maiores
elogios ao livro partiram dos falcões imperialistas, como Henry
Kissinger, Tony Blair e Michael Hayden, ex-diretor da CIA.
Assange
aponta que o livro dos dirigentes do Google repete os tabus e
interesses do Departamento de Estado. Seus autores, conforme o criador
do WikiLeaks, desdenham o avanço democrático na América Latina — obtido
com o fim das oligarquias e a queda de alguns dirigentes submissos aos
Estados Unidos — e se referem a seus líderes como “envelhecidos”.
É
curioso que dirigentes da organização que pretende administrar toda a
informação sobre o mundo sejam tão cegos diante de uma realidade em
mutação.
*Gilsonsampaio
Acordos sino-cubanos: império terrorista vai falar fino ou grosso?
Via CubaDebate
Cuba y China firman acuerdos en transporte, industria, energía y salud
José
Ramón Balaguer Cabrera (C), miembro del Secretariado del Comité Central
del Partido Comunista de Cuba, y Guo Jinlong (CI), miembro del Buró
Político del Comité Central y Secretario del Comité Municipal del
Partido Comunista Chino de Beijing, durante la ceremonia de entrega y
firma de documentos de cooperación entre Cuba y China, en Expocuba, en
La Habana, el 2 de junio de 2013
AIN FOTO/Marcelino VAZQUEZ HERNANDEZ
Cuba
y China acordaron hoy aquí cooperar en áreas como la utilización de
energía renovable, el transporte, la industria y la lucha contra el
cáncer, durante la firma de convenios entre representantes de ambas
naciones.
En la ceremonia, celebrada en el
recinto ferial Expocuba, estuvieron presentes el miembro del Buró
Político del Partido Comunista de China, Guo Jinlong, y el jefe del
departamento de Relaciones Internacionales del Comité Central del
Partido Comunista de Cuba, José Ramón Balaguer, así como amplias
delegaciones de los dos países.
Con el propósito
de reforzar los nexos bilaterales que ya acumulan más de 50 años, las
partes suscribieron los acuerdos referidos a varios asuntos como la
introducción en esta isla caribeña de nuevas tecnologías de trasporte
automotor y el desarrollo de productos para tratar el cáncer de mama y
de estómago.
Otros convenios abordan la creación
de empresas mixtas para construir aquí campos de golf, la evaluación de
las posibilidades de negocios conjuntos para producir envases de
vidrio, y la donación de China a Cuba de una estación de energía
fotovoltaica.
Minutos antes de la firma de
acuerdos, Guo Jinlong visitó el área dónde se comienza a instalar la
estación -ubicada en terrenos Expocuba-, donde verificó la marcha de la
obra implementada por personal chino y cubano, y patrocinada por la
empresa Beijing Enterprises Group Company Limited.
El
ministro de Energía y Minas de Cuba, Alfredo López, manifestó al
visitante la atención especial que la isla presta al tema de la energía
renovable, “esfera en la cual China es líder mundial”, consideró.
De
acuerdo con informaciones brindadas, esa estación fotovoltaica
permitirá ahorrar diariamente una tonelada de combustible, así como
reducir de manera notable la emisión de dióxido de carbono.
Por
otro lado, la estancia en Expocuba del también secretario del Partido
Comunista de China en Beijing incluyó la donación a este país caribeño
de dos ambulancias, así como la revelación de una tarja a propósito de
la instalación en Cuba de una oficina de Beijing Enterprises Group
Company Limited.
Asimismo, las delegaciones de
los dos países participaron en la inauguración de la exposición
fotográfica Beijing Espectacular, en cuyo inicio se realizó la ceremonia
del té, elemento tradicional del país asiático.
*GilsonSampaio
Com blocos e show, Marcha da Maconha volta às ruas neste sábado em São Paulo
Sob
o lema “A proibição mata: legalize a vida”, movimento se manifesta dia
8/6 às 14h no Masp, pela mudança de mentalidade em relação às políticas
de drogas ilícitas
Prevista para acontecer em 43 cidades
brasileiras até meados de junho, a Marcha da Maconha de São Paulo será
realizada no próximo sábado (8 de junho), a partir das 14h, com
concentração no MASP. Além de aulas públicas e performances artísticas
durante a concentração, neste ano a manifestação terá a presença de
diversos blocos de temáticas específicas e a realização de um show ao
final, na Praça da República.
Após incontestável avanço no debate
sobre o assunto nos últimos anos, a atual edição ocorre no momento em
que a pauta volta à agenda nacional por conta da aprovação na Câmara de
um Projeto de Lei (7663/2010) que piora ainda mais a lei de drogas, e
também pela iminência do STF julgar a inconstitucionalidade da
criminalização de substâncias ilícitas para consumo pessoal.
Blocos temáticos
Demandas específicas, como a defesa dos
usos religioso e medicinal da maconha, terão seus próprios blocos,
organizados de forma autônoma, e se articularão a outras alas
representantes de diversos setores sociais apoiadores da mudança na
política de drogas. Estão confirmados os blocos: antimanicomial,
religioso, medicinal, psicodélico, feminista, de esquerda, da Zona Sul,
da Zona Leste, e o chamado aberto feito pela organização pode ressoar em
outros blocos durante o evento.
Saindo do MASP, a Marcha passará
pela rua Augusta, a av. da Consolação e será recebida com um show na
Praça da República. Estão confirmadas as apresentações da cantora Andrea
Dias e da banda Soulshakers, durante a semana a programação completa
será divulgada.
Mais informações:
Evento no facebook (mais de 10 mil confirmados): https://www.facebook.com/ events/121921841332310/
*coletivodar.org
Quinta D'or demite mas não denuncia técnico por estupro
Hospital diz que funcionário foi demitido por "quebra de protocolo"
Nesta segunda-feira, o técnico em enfermagem teve a sua prisão preventiva decretada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. O primeiro pedido de prisão foi negado pelo Ministério Público, por "falta de provas".
Segundo a assessoria de imprensa da rede D'or, o Hospital só soube do crime no momento em que o advogado da vítima foi até o Quinta D'or avisar que iria à 17ª DP. O Hospital alega que Xavier foi suspenso imediatamente, e demitido por justa causa após sindicância interna realizada no dia 14 de maio. Como já havia passado o horário do expediente, a demissão foi registrada oficialmente no dia 15 de maio, pela manhã.
O motivo foi quebra de protocolo: O técnico desrespeitou a norma que atesta que os banhos nos pacientes devem ser dados por dois enfermeiros, e não apenas um.
Para evitar que um crime semelhante ocorra no futuro, o Quinta D'or, em nota, diz que "O hospital segue rigorosas normas de segurança e os protocolos do hospital exigem claramente que dois profissionais realizem o procedimento de higiene dos pacientes. O hospital conta com câmeras de segurança e as imagens estão sendo utilizadas para elucidação do caso. O hospital toma e tomará todas as providências cabíveis caso qualquer profissional não cumpra com os procedimentos e protocolos da instituição".
Um dos abusos teria ocorrido na madrugada do dia 11 de maio. Pelas imagens das câmeras, o técnico entra no quarto da vítima pelo menos 20 vezes, mesmo com aquela área não sendo de sua responsabilidade. Em depoimento na delegacia, o técnico afirmou que "um monitor estava apitando". Já a idosa de 66 anos alega ter sido abusada pelo menos duas vezes, a primeira delas em fevereiro.
*JornaldoBrasil
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