O presidente da França, François Hollande, lançou hoje (18) um plano emergencial de dois bilhões de euros contra o desemprego no país. A medida vem após o mandatário prometer que não se candidatará ao Palácio do Eliseu em 2017 se não conseguir conter a crise de empregos no país. Hollande também decretou estado de emergência econômico e social.
Plano contra o desemprego anunciado por François Hollande prevê qualificação de 500 mil desempregados Agência Lusa/EPA/Stephane de Sakutin/Direitos Reservados
“Diante de uma desordem mundial, de uma conjuntura econômica incerta e um desemprego persistente, vive-se também um estado de emergência econômico e social que precisa ser proclamado”, disse Hollande, no Conselho Econômico e Social de Paris (Cese).
O presidente também ressaltou que, “além da segurança dos franceses, o emprego é a única questão que importa”. O plano apresentado hoje prevê a qualificação profissional de 500 mil desempregados. O foco são profissionais das áreas digitais e de energias limpas.
Os candidatos inscritos nos novos cursos de formação profissional não entrarão no índice de desemprego no país. “Não há nenhuma manobra estatística nesta operação”, disse Hollande.
“O que conta é fazer as reformas profundamente, além dos prazos eleitorais”. O plano prevê incentivos fiscais para pequenas e médias empresas que contratem desempregados por pelo menos seis meses.
A França enfrenta uma situação trágica no mercado de trabalho, com um recorde no número de desempregados – 10,5% da população – e poucos sinais de recuperação econômica. Depois de mais de três anos e meio de mandato, Hollande decidiu fazer deste programa de emprego sua última cartada política. A proposta do presidente, porém, não convenceu a oposição, que o acusou de mentir.
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