CHEbola: HADDAD Essa pessoa que era renegada agora vai frequentar uma universidade,

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.

É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.

É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.

Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.

Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 22, 2016

HADDAD Essa pessoa que era renegada agora vai frequentar uma universidade,

Stella Tobar compartilhou a foto de Prefeitura de São Paulo.

Agora mesmo

Palmas!!!!

Prefeitura de São Paulo

10 h

O ‪#‎Transcidadania‬, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, completou um ano de existência e em cerimônia de entrega dos certificados de conclusão, o prefeito Fernando Haddad anunciou que o programa dobrará o número de beneficiários(as) e que a bolsa-auxílio será reajustada.

"Fizemos, enquanto poder público, uma aliança com uma das populações mais vulneráveis, sinalizando assim para toda a sociedade que ninguém vai ficar para trás. (...) Essa pessoa que era renegada agora vai frequentar uma universidade, assumindo sua identidade e lutando pelo próprio destino. Isso acaba beneficiando toda a sociedade, porque não tem ninguém mais infeliz no mundo que a pessoa preconceituosa, a pessoa intolerante; afinal de contas, nossa espécie se define pela diversidade. O preconceito nega a própria essência humana. A vida pode ser muito mais bonita pra quem vê a diversidade como uma riqueza do que somos. Então, o que nós estamos fazendo com o Transcidadania não é apenas dar educação formal para vocês [travestis e transexuais], mas também educar a sociedade para a diversidade. (...) Nosso objetivo é que não precise mais existir o Transcidadania no futuro. Que as pessoas possam assumir suas identidades normalmente. Mas enquanto existir preconceito e intolerância, ele será necessário", afirmou o prefeito.‪#‎SãoPauloDeTodasAsCores‬ ‪#‎SP462‬

Saiba mais: http://bit.ly/Transcidadania