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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, abril 16, 2016

Violência contra Mulher Gentili e Band são condenados a pagar R$ 200 mil a doadora de leite

Gentili e Band são condenados a pagar R$ 200 mil a doadora de leite







 Violência contra Mulher

Danilo Gentili, Marcelo Mansfield e a Bandeirantes foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco a pagar R$ 200 mil em indenização moral à técnica de enfermagem Michele Rafaela Maximino, que chegou a ser a maior doadora de leite do Brasil. Ela foi comparada pelos humoristas ao ator pornô Kid Bengala no “Agora É Tarde”, em 2013. “Em termos de doação de leite, ela está quase alcançando o Kid Bengala”, disse Gentili na ocasião.
Do UOL
A sentença foi proferida pela juíza Regina Célia de Albuquerque Maranhão, da Segunda Vara Cível da Comarca de Olinda, na última quarta-feira (13). A magistrada considerou o pedido de Michele procedente em parte, e levou em consideração o fato de que ela não havia permitido a divulgação das piadas.
Segundo a juíza, o prejuízo para Michele foi “gravíssimo”, uma vez que “causou na autora lesão grave tendo sua imagem sido utilizada de forma humilhante e degradante, causando consequências devastadoras para a autora e sua família”.
Ao UOL, a Band informou que irá recorrer da decisão. Gentili também foi procurado pela reportagem, mas ainda não se pronunciou.
Inicialmente, Michele Maximino havia pedido uma indenização de R$ 1 milhão no processo, aberto em 2013. Em outubro daquele ano, uma liminar exigiu que a Band removesse de seu site os vídeos com a piada, sob pena de levar uma multa de R$ 5 mil diários, de acordo com a “Folha de S. Paulo”.


Leia a matéria completa em: Gentili e Band são condenados a pagar R$ 200 mil a doadora de leite - Geledés http://www.geledes.org.br/gentili-e-band-sao-condenados-pagar-r-200-mil-doadora-de-leite/#ixzz45xIRRCAx 
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