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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 17, 2010

No estado de São Paulo, o partido do bandido, PSC, apóia o PSDB

O chefe da facção


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O tucano Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista que o Presidente Lula é 'chefe de facção'. No entanto, fotos no site de um líder da facção criminosa, o PCC, com o título, lideranças e parcerias, mostra o candidato ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) de braços dados com o bandido

A biografia do candidato a deputado federal em São Paulo que apóia o tucano...

Adulteração de combustível, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Essas são as acusações feitas pela Polícia Civil contra o candidato do Partido Social Cristão (PSC) a deputado federal, Claudinei Alves dos Santos, de 29 anos, o Ney Santos, que apoia Alckim e o PSDB


.No estado de São Paulo, o partido do bandido, PSC, apóia o PSDB e os tucanos, Geraldo Alckmin governador e José Serra candidato á presidência.(imagem acima do site do candidato)

Na foto, publicada na página do líder do PCC, Nei Santos aparece abraçado com o cadidato ao governo paulista, Geraldo Alckmin

Nei também é investigado por envolvimento com o tráfico de drogas e com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Porém, tem como escolta um policial civil.Comandada pelo PSDB paulista

Preso sob a acusação de roubo em 2003, Ney Santos saiu da prisão em 2006 e, nos últimos quatro anos, acumulou, segundo a polícia, um patrimônio de R$ 50 milhões. Ele passou a ser investigado há 90 dias justamente por causa do rápido enriquecimento.

Nessa semana, a Justiça bloqueou os bens, mas negou o pedido de prisão temporária de cinco dias de Ney Santos, formalizado pela Delegacia Seccional de Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

Na lista de bens bloqueados estão uma Ferrari (foto) avaliada em R$ 1,4 milhão, duas casas em Alphaville, cada uma no valor de R$ 2 milhões, 15 postos de combustíveis, escritórios, apartamentos, casas e outros carros de luxo.Informações extras oficiais, dizem que o dinheiro do PCC irrigava campanha política do candidato

Nesta quarta-feira, a Polícia Civil cumpriu 13 mandados de busca nos imóveis e empresas do candidato e apreendeu veículos, computadores e documentos contábeis.

R$ 5 milhões de origem suspeita do PCC na campanha. Tucano Aloysio Nunes Ferreira é beneficiado.

O candidato a deputado federal em São Paulo Ney Santos (PSC), em mais uma foto da campanha deste ano ao lado de Geraldo Alckmin, suspeito de lavar dinheiro para a organização criminosa PCC, já gastou em sua campanha cerca de R$ 5 milhões, segundo afirmou o delegado da Polícia Civil Raul Godoy ao portal R7.

Santos integra a coligação de Geraldo Alckmin (PSDB), e faz campanha conjunta com candidatos do PSDB.

Em seu site de campanha, imprime uma "cola" para o eleitor, com seu nome, e não abre mão de incluir o número do candidato ao senado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), braço direito de José Serra (PSDB) no governo paulista.


Os moradores de Taboão da Serra informa que Ney Santos também está fazendo campanha junto com Analice Fernandes (PSDB) para deputada estadual. Trata-se da esposa de Fernando Fernandes (PSDB), ex-prefeito da cidade.

Quando José Serra (PSDB) assumiu a prefeitura de São Paulo, em 2005, nomeou Fernando Fernandes (PSDB) para sub-prefeito da Cidade Ademar.

Família Alckmin mantém relações estreitas com a Daslú

Por Altamiro Borges

Talvez por sua formação puritana no Opus Dei, o candidato Geraldo Alckmin gosta de se fingir de casto e imaculado. No debate da TV Bandeirantes, ele fez questão de se mostrar “indignado” com a corrupção e criticou o fato de o presidente Lula repetir que “não sabia” dos desvios de conduta no seu governo. “É só perguntar aos seus amigos de 30 anos”, alfinetou o falso moralista num momento de cólera bem ensaiado.
Mas, para ser conseqüente e manter as aparências, Alckmin deveria ter se desculpado em público por ter cortado a fita de inauguração da Daslu, templo de consumo dos ricaços, hoje processada por contrabando, sonegação fiscal e outras crimes. “Eu não sabia”, deveria ter tido. Também poderia pedir desculpas por sua filha, Sophia Alckmin, ter sido gerente de compras nesta loja de contrabandistas. “Eu não sabia”. E ainda deveria explicar porque os diretores da Daslu, sempre acompanhados de sua filha, reuniram-se com o secretário da Fazenda do seu governo, Eduardo Guardia. “Eu não sabia”. Entre uma pregação do Opus Dei e sua agenda de governador, talvez não tenha tido tempo para acompanhar os negócios de sua filha!

Alckmin chegou de helicóptero
A nova loja da Daslu, um prédio de quatro andares e 20 mil metros quadrados, situada num bairro nobre da capital, foi inaugurada em junho de 2005. A colunista Mônica Bérgamo, do jornal Folha de S.Paulo, descreveu a festança dos ricaços com ares de ironia. “E soam os violinos da Daslu Orchestra, formada por 50 músicos. São 12 horas de sábado. Alckmin, que chegou ao prédio de helicóptero, desfaz a fita. ‘A Daslu é o traço de união entre o bom gosto e muitas oportunidades de trabalho’, diz. Só para a família Alckmin são duas: trabalham lá a filha [diretora de novos negócios da butique] e a cunhada dele, Vera”.
Ainda segundo a picante crônica de Mônica Bérgamo, “Sophia puxa o pai pelo braço: começa o tour pela Daslu. Primeiro piso, importados femininos. Alckmin entra na Chanel, onde um smoking de veludo preto é vendido a R$ 22.600, uma sandália de cetim, gurgurão e pérolas sai por R$ 2.900 e uma bolsa multipocket, por R$ 14.000. As vendedoras informam que há mais de 50 pessoas na fila em São Paulo para comprar o mimo, até baratinho se comparado à bolsa Dior de couro de crocodilo, de R$ 39.980, e à mais cara Louis Vuitton, com pele de mink: R$ 23 mil”.

“Vou colocar um jeans”
“Sophia leva o pai até o segundo pavimento. Mostra um helicóptero pendurado no teto. ‘Que lindas as motos, Sô’, diz Lu Alckmin à filha ao ver, encostada perto da escada, uma moto Harley Davidson (R$ 195 mil). Alckmin entra na Ermenegildo Zegna, passa pela Ralph Lauren, onde uma camiseta pode custar R$ 2.460. ‘É tudo muito colorido aqui’, observa. Os carros chamam a atenção do governador. Estão em exibição um Volvo de R$ 365 mil, lanchas de R$ 7 milhões, TVs de plasma de R$ 300 mil”.
”O governador começa a fazer o caminho de volta. Os repórteres perguntam a Lu Alckmin: A senhora está de bolsa Chanel. E a blusa? ‘É Burberry’, responde Lu. ‘Gosto de peças clássicas’. O governador, que diz comprar só ‘umas camisas’ na Daslu, aperta o passo. Ainda vai a Carapicuíba. E Lu tem que correr para o Palácio dos Bandeirantes. Precisa se trocar, ‘colocar um jeans’, para outro compromisso: um evento na Água Branca em que caminhões de vários bairros entregarão agasalhos doados para as crianças pobres da cidade enfrentarem o inverno que se avizinha”, conclui, sarcástica, Mônica Bérgamo.

“Uma organização criminosa” Poucos meses depois do ex-governador cortar a fita inaugural da Daslu, um antigo processo judicial contra os donos da butique de luxo finalmente ganhou agilidade. No final de dezembro, a juíza Maria Isabel do Prado, da 2a Vara de Justiça Federal de Guarulhos (SP), recebeu os livros contábeis e fiscais da loja. Para ter acesso a estes documentos, a juíza chegou a ameaçar de prisão a dona da butique, Eliana Tranchesi, o seu irmão Antonio Carlos Piva e os responsáveis pela contabilidade do estabelecimento.
Tais papéis comprovaram a denúncia do Ministério Público Federal de que a Daslu atua em conluio com importadoras para substituir notas fiscais fornecidas por grifes estrangeiras por notas falsas subfaturadas. Com base nos livros fiscais e contábeis, Eliana e seu irmão foram acusados de formação de quadrilha, importação irregular e falsidade ideológica. No caso da influente proprietária, a soma de penas por estes crimes chega a 21 anos de prisão. Segundo Jefferson Dias, procurador da República, a Daslu agia como uma quadrilha. “Trata-se de uma organização criminosa pela hierarquia e a divisão de tarefas que existia”.
Devido aos seus estreitos vínculos com figurões da elite e autoridades do governo estadual, a trambiqueira de luxo sequer tomou os cuidados que outros sonegadores costumam adotar. “A sensação de impunidade fez com que eles se descuidassem e a situação ficou descontrolada”, argumenta Matheus Magnani, outro procurador envolvido na apuração. Eliana Tranchesi participava diretamente do esquema ilícito, chegando a enviar aos fornecedores estrangeiros pedido em inglês para que eles não remetessem faturas verdadeiras dos produtos. A proprietária ainda foi acusada de crime contra a ordem tributária e evasão de divisa.

ACM chorou e Bornhausen esbravejou
Diante destas graves acusações e da tentativa de ocultar provas, em 13 de junho de 2006, a Polícia Federal acionou a Operação Narciso e ocupou a Daslu com 250 agentes e 80 auditores fiscais. A inédita operação foi elogiada pela sociedade, mas os ricaços, a mídia e vários políticos da elite fizeram um baita escândalo. A asquerosa revista Veja chegou a afirmar que a ação da PF era uma jogada do governo Lula para abafar a crise política. O senador Jorge Bornhausen, presidente do PFL, criticou o “revanchismo”. Já o coronel Antônio Carlos Magalhães, assíduo freqüentador da loja, chorou ao falar ao telefone com a contraventora detida por algumas horas. E a poderosa Federação da Indústria de São Paulo convocou um ato de repúdio.
O líder do PSDB, deputado Alberto Goldman, foi quem explicitou a forma de agir da burguesia. Para ele, “essa prisão pode gerar uma crise econômica. O empresário vai dizer: para que vou investir no Brasil se posso ser preso?”. Ou seja: na concepção tucana, só quem pode ser preso no país é o ladrão de galinha! O empresário que sonega imposto, remete ilegalmente dinheiro ao exterior ou comete outros crimes não pode ser tocado e ainda conta com a ajuda de certos políticos – que depois serão recompensados nas suas campanhas. O escândalo da Daslu explicitou que a corrupção é regra no mundo dos negócios capitalistas.

Reuniões na Secretaria da Fazenda
A Operação Narciso também levantou fortes suspeitas sobre a atuação do governador Geraldo Alckmin, que havia inaugurado o mega-loja de luxo na capital paulista. Na ocasião, a mídia destacou o fato da sua filha, Sophia Alckmin, ser uma prestigiada “dasluzete”, responsável pelo setor de novos negócios da loja. No rastro da ação da PF, surgiram denúncias de que esta influente funcionária já havia se reunido com o secretário da Fazenda de São Paulo, Eduardo Guardia. O governo negou e a mídia preferiu o silêncio!
Mas, convocado para depor na Assembléia Legislativa, Guardia admitiu que a filha de Alckmin estivera na sede da secretaria junto com outros chefões da Daslu em, pelo menos, duas vezes no primeiro semestre de 2005. As visitas ocorreram exatamente no período em que loja solicitou autorização da Fazenda para instalar um sistema de vendas com caixa único, algo pouco usado no país e mais vulnerável à sonegação. O secretário negou qualquer “concessão de privilégios”, mas gaguejou ao explicar a visita da “ilustre” filha do governador. Uma auditoria especial do Tribunal de Contas foi solicitada para averiguar o caso.
Para Renato Simões, deputado estadual do PT, não resta dúvida sobre os vínculos do ex-governador com a Daslu. “Os líderes da bancada governista primeiro negaram a presença da filha do Alckmin na Fazenda. O secretário, por sua vez, confirmou a ida. Isso significa que houve uma tentativa de usar o nome da filha do governador para agilizar a tramitação do processo do caixa único”. A tucanagem paulista, que hoje tenta posar de vestal da ética e adora ostentar o luxo desta butique das trambicagens, deve uma explicação à sociedade. A mídia venal, que evita tratar do assunto com o destaque que ele merece, também! Já oGeraldo Alckmin, caso seja acuado, poderá dizer: “Eu não sabia”.

Fonte: Blog do Altamiro Borges

Advogado que pediu dados de Verônica Serra é filiado ao PSDB

A Folha de São Paulo mais uma vez omitiu informações ao noticiar sobre o caso da quebra de sigilos. Mas basta uma rápida consulta para que se descubra o que a Folha não tem coragem de falar.


Folha de S.Paulo - Atella cita mais 2 nomes para "solucionar" quebra - 15/09/2010

O advogado do contador Antonio Carlos Atella Ferreira entrega hoje à Polícia Federal de São Paulo um adendo a seu depoimento com o nome de duas pessoas que "podem ajudar a solucionar" o caso de quebra de sigilo fiscal de Veronica Serra, segundo o próprio defensor, Alexandre Trindade.
Os nomes são os do advogado Marcel Schinzari e do despachante Arão Queiroz.
Atella Ferreira foi quem apresentou a procuração falsa para obter num posto da Receita Federal em Mauá cópias da declaração de renda de Veronica de 2007 a 2009.
A grande dúvida na investigação da PF é quem pediu ao contador que quebrasse o sigilo fiscal da filha do presidenciável José Serra (PSDB). Os tucanos dizem, sem provas, que a ordem partiu da campanha da candidata Dilma Rousseff (PT).
"Seria leviano dizer que o Marcel foi o autor do pedido. Mas há um nexo entre Marcel e Ademir", diz Trindade.
Ademir Estevam Cabral, 51, é o office-boy e dono de um pequeno escritório de despachos no centro de São Paulo a quem o contador dizia estar a serviço quando assinou a procuração falsa com a qual conseguiu quebrar o sigilo de Veronica.
Em depoimento à polícia, o contador disse que foi Cabral quem entregou a ele a procuração falsa.
O advogado de Atella Ferreira diz que seu cliente conheceu Schinzari num escritório de advocacia na região da avenida Paulista.
Segundo ele, o advogado pedia serviços para o contador executar na Junta Comercial e na Receita. Já o despachante Queiroz prestava serviços para o escritório do office-boy, diz Trindade.
Queiroz disse ao "Jornal Nacional" que conhece o contador e o office-boy, mas que não trabalha mais com pedidos de documentos.

O ADVOGADO
Antes de o nome de Schinzari ter sido citado na PF, a Folha falou com o advogado no seu escritório, especializado em direito tributário.
Schinzari disse, depois de várias respostas contraditórias, conhecer o office-boy.
"Já ouvi falar do Ademir e sei que ele é um office-boy." Depois de mais de uma hora de conversa, reconheceu que tanto o office-boy como o contador prestaram serviços para o seu escritório.
Schinzari pediu para que seu nome não fosse citado, já que a menção poderia prejudicar os seus negócios. Disse que seu escritório só presta serviços legais.
Schinzari pediu para que seu nome não fosse citado, já que a menção poderia prejudicar os seus negócios. Disse que seu escritório só presta serviços legais.

...

O atento colunista Alberto Porem Junior, do Blog do Luis Nassif, depois de umas rápidas consultas, chegou às seguintes informações:

"Fui atrás deste advogado, Marcel Schinzari, na internet e descobri que ele trabalha para a Shinzari Advogados Ltda. http://www.esadvogados.com/
Consultando OAB-SP temos:

OAB: Marcel Scinzari: 252929 de 10/11/2006

Ai apareceu Jesus Lucas Schinzari - OAB: 76136 de 09/09/1990. E Jesus L. Scinrazzi é filiado ao PSDB como consta de: http://www.tucano-sp.org.br/download/RecadNome.pdf

Procurei na lista e achei - Jesus Lucas Schinzari: Zonal: Itaim Paulista - Zona 352"

O mais estranho é que todos foram atrás de Arão Queiroz, já condenado por Estelionato e falsificação ( Tudo a ver com a procuração falsa). E o advogado citado por Atella que "solucionaria a quebra", que trabalha numa firma de advocacia em que está Jesus Schizari que é filiado ao PSDB?
Ai a Folha vem com uma saída de deixar o leitor de queixo caído:
"Schinzari pediu para que seu nome não fosse citado, já que a menção poderia prejudicar os seus negócios. Disse que seu escritório só presta serviços legais." Dois pesos e duas medidas? A Folha? Imagine!


*Fonte: Blog do Luis Nassif

Monica Serra toma passa-fora de mendigo e recomenda voto nulo

Liderando a Caminhada da Virada, com mulheres de tucanos candidatos pelo bairro de classe alta, da burguesia paulistana, de Higienópolis, Monica Serra, mulher de José Serra (PSDB), foi hostilizada por muitos.

Ouviu de alguns frases do tipo; "eu amo teu marido" e "vamos tirar o PT do governo"mas também ouviu muito: "fora daqui, elite branca" e um "vou votar é na Dilma" em alto e bom som.

Ao orientar eleitores para segundo senador, recomendou que se vote nulo. "Nulo, professora?" "Nosso outro nome da chapa não está mais", justificou-se, ao se referir à renúncia de Orestes Quércia. Ponderou um segundo e recuou: "É, talvez eu tenha que repensar isso."

A caminhada preocupou assessores a seu redor. "Ela não sabe fazer direito", reclamou. Na caminhada, Monica tomou um passa-fora de um mendigo. como conta aqui o Estadão.

*amigosdoPresidenteLula

Quem é o “Roubnei”, o “consultor”herói da mídia.

Ou Rubnei Quicoli é um contumaz delinquente ou a Justiça Brasileira e o Ministério Público estão sendo esbofeteados pela imprensa. Este homem, que é colocado na condição de “herói” pelos grandes jornais e que tem suas afirmações reproduzidas em manchetes por eles e pela televisão é condenado diversas vezes na justiça, inclusive em segunda instância e os documentos estão aí, ao alcance de qualquer jornal.

Aqui, você pode ler o no Diário da Justiça o voto do relator da apelação criminal de número 0007953-14.2000.403.6105/SP, onde este homem é julgado por ter sido pego retirando um BMW roubado de uma oficina mecânica e, ainda por cima, portando sete notas falsas de R$ 50. Ele obteve uma redução de pena para “ 4 (quatro) anos de reclusão e 20 (vinte) dias-multa, determinar o regime inicial aberto e substituir a pena privativa de liberdade por 2 (duas) restritivas de direito nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado”, por decisão do Desembargador André Nekatschalow. Na sentença, é mencionado que Rubnei já tinha sido condenado pelo mesmo tipo de crime (fls. 463), mas que não foi considerado reincidente apenas pelo fato de est outra sentença ainda não ter transitado em julgado.

O documento é original, certificado eletronicamente e não foi obtido por nenhuma investigação senão um acesso ao Google, digitando “sentença rubnei quicoli”. Nada mais. O acórdão foi expedido agora, dia 26 de abril deste ano, por unanimidade de votos.

E o antecedente? É a sentença da juíza de Campinas, Dra. Carla dos Santos Fullin Gomes, obtida na internet, noTribunal de Justiça de São Paulo, cuja a imagem reproduzo aí em cima, por receptação de carga roubada e coação de testemunha. Sua leitura dispensa qualquer comentário.

Este é o herói da mídia. Este é o homem que serve para que ela tente manipular a vontade eleitoral do povo brasileiro.

Sugiro, publicamente, que os partidos políticos publiquem estes documentos como matéria paga na capa dos jornais. Se o Ministério Público não age, ajamos nós. Vamos levar a verdade ao conhecimento de todos. Essa missão deveria ser da imprensa, bem como a de noticiar a apuração de qualquer desvio de conduta de qualquer integrante do poder público.

Mas não há imprensa, há é um partido político da mídia, que coloca todas as suas fichas no golpismo e que não hesita em publicar, escandalosamente, as acusações de um comporvado delinquente de quinta categoria.

*Tijolaço


A folha corrida da nova atração do Zé Baixaria




A edição de quinta-feira do Jornal Nacional da TV Globo, fez longa matéria com o "empresário" Rubnei Quícoli, apresentado com ares de impoluto, dizendo apenas que ele "respondeu a processos por receptação de produtos roubados e por coerção a uma testemunha".

O Jornal Nacional mentiu para o telespectador ao omitir e esconder que Rubnei Quícoli foi CONDENADO e CUMPRIU PENA de PRISÃO pelos motivos:

- receptou 10 toneladas de carga roubada de um caminhão roubado;
- tentou negociar anonimamente, e com nome falso, a venda para a própria vítima, o dono da carga roubada mediante pagamento de cerca de 1/3 do valor;
- quando o dono armou flagrante para a polícia, o motorista contratado para devolver (que apenas fez o frete) denunciou Rubnei Quícoli como quem o contratou;
- Rubnei, armado, ameaçou de morte o motorista e sua família para mudar o depoimento que o incriminava;

Todos os fatos acima foram comprovados e testemunhados nos autos, o que levou à condenação.

Está tudo descrito neste processo:

Nº do Processo: 114.01.2004.068543-3
Tribunal de Justiça de São Paulo
Fórum de Campinas
3ª. Vara Criminal
Sentença Condenatória em 27/07/2007:

Resultado da sentença:

Ante o exposto e por tudo mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE a presente ação penal que a Justiça Pública move contra RUBNEI QUICOLI e o condeno, por infração ao artigo 180, caput, e ao artigo 344, combinados com o artigo 69, todos do Código Penal, ao cumprimento da pena de 02 (dois) anos de reclusão e ao pagamento do valor correspondente à 20 (vinte) dias-multa, no mínimo legal, fixado o regime inicial fechado. Com o trânsito em julgado, lance-se o nome do acusado no rol dos culpados. Campinas, 27 de julho de 2007. CARLA DOS SANTOS FULLIN GOMES Juíza de Direito

O processo pode ser consultado no site do TJ-SP, aqui, informando:
Fórum / Comarca: [ Campinas ]
Clique no botão "Réu"
Nome: [ RUBNEI QUICOLI ]

É esse Rubnei Quícoli a nova "atração" que gravou para o programa do Zé Baixaria na TV.

Principais trechos da sentença da Juíza:

RUBNEI QUICOLI, qualificado nos autos, foi denunciado e está sendo processado como incurso no artigo 180, caput, e artigo 344, combinados com o artigo 69, todos do Código Penal, porque, entre os dias 07 de maio de 2003 e 21 de maio de 2003, em um barracão localizado na rua Eugênio Valério, n. 39, Vila Bourbon, Souzas, nesta Comarca, o acusado, após receber, passou a ocultar em proveito próprio e alheio, uma carga contendo aproximadamente 10.000 kg de condimentos, entre eles 27 sacos de 30 kg cada de Aglomax presunto DG 60, 01 galão de vinte litros de flex plus rubro MVP/AM, 17 sacos de 30 kg de emulsificante Di-carne e demais produtos descritos no auto de exibição e apreensão acostado aos autos, pertencente à empresa Di Carne Indústria S/A, coisa que sabia ser produto de crime de roubo.

... Segundo consta da denúncia, conforme o apurado em 07 de maio de 2003, a vítima Adauto Luis Trematore Moraes, motorista do caminhão M. Benz, placas BXG 1734 RC/SP, que estava carregado com a carga de aproximadamente 10.000 kg de condimentos perntencente à empresa Di Carne Indústria S/A, teve tanto a referida carga quanto o mencionado caminhão roubados por indivíduos até o presente momento não identificados, conforme Boletim de Ocorrência de n. 992/03.

Narra a denúncia que, no período compreendido entre os dias 07 de maio de 2003 e 21 de maio de 2003, o réu recebeu de indivíduo até o presente momento não identificado, referida carga e, ciente da sua origem criminosa, passou a ocultá-la no barracão acima descrito.

Posteriormente, descreve a denúncia que o acusado, identificando-se como José, entrou em contato com a vítima Oswaldo Panaro Tesch, que orientado por policiais se identificou como sendo Décio, para quem passou a oferecer a carga roubada pelo valor de R$ 10.000,00, sendo que o valor real da carga na época dos fatos era de R$ 31.600,00.

Então, a vítima Oswaldo acordou com o réu a entrega da carga em um barracão da cidade de Rio Claro, ficando acertado que o acusado contrataria um motorista para levar a carga roubada até aquela cidade.

Destarte, no dia 21 de maio de 2003, o acusado contratou o motorista Ronaldo para levar a carga roubada até a cidade de Rio Claro, contudo, tendo em vista que os policiais daquela cidade já estavam avisados da chegada da carga, lograram deter Ronaldo em poder da carga roubada.

Ronaldo foi então levado até a Delegacia de Polícia, onde esclareceu os fatos aos policiais, informando que havia recebido um telefonema do acusado, contratando-o para entregar a carga de condimentos em um barracão na Avenida 15, n. 1552, em Rio Claro, para a pessoa de Décio, pagando a quantia de R$ 500,00 pelo frete, sendo que na oportunidade o réu lhe disse que não tinha nota da carga. Ronaldo ainda indicou aos policiais o barracão onde os produtos estavam guardados e foram carregados no caminhão.

Em virtude de Ronaldo ter colaborado com os policiais, sendo, portanto, testemunha nestes autos, o réu Rubnei dirigiu-se até o condomínio em que Ronaldo residia, em veículo BMW, armado e em companhia de outras pessoas, ameaçando de morte Ronaldo e seus familiares, deixando um recado com os porteiros de nome Fernando e Ednilson, dizendo-lhes: “Que Ronaldo já era e o mesmo vai morrer”. Em virtude de tais ameaças, Ronaldo teve inclusive de mudar de residência.

...Assim, o contexto probatório revela, de forma indubitável, o envolvimento do acusado no crime descrito na denúncia, pois o réu Rubnei contratou os serviços de Ronaldo para o transporte da carga roubada, a qual pretendia vender para a própria vítima em virtude das dificuldades encontradas para introduzi-la no mercado, já que se tratava de produto muito específico e de uso restrito, sendo, ademais, perecível.

... Tendo em vista a natureza dos delitos elencados na denúncia, tenho que a pena deverá ser inicialmente cumprida em REGIME FECHADO, pois o regime mais rigoroso é o único que se mostra adequado à repressão das condutas do acusado, as quais revelam periculosidade, sendo certo que o delito de receptação de carga roubada está atrelado a inúmeros outros crimes, sendo responsável por danos de grande monta às empresas e ao comércio em geral. Frise-se, ademais, que o réu coagiu testemunha no curso do processo, bem demonstrando a incompatibilidade de sua personalidade com regime prisional mais brando
.

A íntegra da sentença pode ser consutado no link acima do TJ-SP ou diretamente aqui.



quarta-feira, setembro 15, 2010

SS erra






Iniciada beatificação de José Serra

O Papa emocionou-se ao receber a delegação: "vocês são um exemplo de bondade para o mundo".


Retirei a crônica abaixo do sensacional blog Tia Carnela e Zezinho.

Bento XVI inicia beatificação do Gov. Zezinho

Do enviado espacial ao VATICANO

Quando os homens falham, a Justiça Divina encarrega-se de resolver as coisas. Depois de assistirem o Fórum Econômico Mundial de Davos premiar o usurpador do Planalto como Estadista Mundial do Ano, os inúmeros admiradores do Presidente de Nascença e Mais Preparado dos Brasileiros viram a justiça chegar diretamente das mãos do representante de Deus na Terra.

O Papa Bento XVI autorizou hoje o início do processo de beatificação do Mais Piedoso dos Brasileiros, o governador Zezinho. Com isso, o Mais Caridoso dos Brasileiros poderá receber, ao final do processo, o título de Beato. Esse título, que vem do latim beatum (“feliz”, “bem-aventurado”), significa que a pessoa, por ter levado uma vida totalmente voltada para as virtudes cristãs, se encontra em estado de beatitude, e pode interceder por aqueles que lhe recorrem em oração. A beatificação pode ser seguida pela canonização, quando a pessoa é declarada santa e torna-se objeto de veneração por toda a Igreja.

Trata-se do primeiro caso de beatificação iniciada ainda durante a vida do futuro beato. Segundo o Cardeal português José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano, o Papa Bento XVI resolveu autorizar o início do processo de beatificação por conta das inegáveis virtudes do Grande Amigo dos Pobres de São Paulo, como carinhosamente se referiu a ele na solenidade de abertura do processo.

Os promotores do caso, como são chamados aqueles que solicitam e defendem a beatificação, são liderados pelo filantropo Tasso Jereissati e pela redatora de panegíricos Eliane Cantanhêde. Eles produziram um documento de mais de 50 mil páginas, a maioria delas notícias e colunas de jornal, que foi entregue ao Vaticano há uma semana. Face à inegável beatitude do governador Zezinho, o processo já foi analisado pela Congregação para as Causas dos Santos. Normalmente, esses processos tramitam por anos ou décadas.

VENERAÇÃO

Uma vez beatificado, o governador Zezinho poderá ser objeto de veneração. Segundo o Cardeal Saraiva Martins, a veneração atualmente existente não é reconhecida pela Igreja. Ele, no entanto, foi cauteloso. “É como o caso do menino Antoninho Marmo e da Menina Izildinha: deve ser respeitada como expressão da fé de pessoas simples e devotas como Otávio Frias Filho, João Irineu Marinho, Ricardo Noblat e outros.”

Os beatos podem ser venerados em localidades diretamente relacionadas à sua vida virtuosa. No caso do Mais Bondoso dos Brasileiros, o papa deverá definir se poderá ser venerado como Beato apenas no Estado de São Paulo ou em todo o Brasil. Isto dependerá da comprovação de sua atuação piedosa como ministro da Saúde.

Os promotores do caso juntaram documentos mostrando a extrema preocupação do Melhor dos Ministros da Saúde com os doentes do Brasil, o que o levou a distribuir ambulâncias por todo o país. Na ocasião, Zezinho foi acusado de fazer parte da máfia dos sanguessugas. O processo lembra a passagem bíblica (Mateus 5:11): “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo disserem todo mal contra vós.”

O processo contém uma extensa enorme lista de outras ações do governador Zezinho, a demonstrar sua bem-aventurança na prática da Caridade cristã. Incluem desde histórias de sua infância como coroinha da Igreja São Rafael, na Móoca, até sua atuação como deputado constituinte.O vídeo abaixo mostra bem isso:





O processo contém uma extensa enorme lista de outras ações do governador Zezinho, a demonstrar sua bem-aventurança na prática da Caridade cristã. Incluem desde histórias de sua infância como coroinha da Igreja São Rafael, na Móoca, até sua atuação como deputado constituinte.

A beatificação exige pelo menos um milagre, mas uma extensa lista foi preparada pelos defensores da beatificação do governador Zezinho. O relator oficial do processo, o ex-ateu e ex-pensador Fernando Henrique Cardoso, declarou: “o maior dos milagres do Zezinho sou eu mesmo: era ateu e agora estou aqui no Vaticano!”

Entre os vários milagres listados encontram-se:
1) A multiplicação dos peixes, quando o Mais Cristão dos Brasileiros fez surgirem peixes no meio de túneis em São Paulo, para matar a fome dos desabrigados pela enchente;
2) A multiplicação de pedágios em SP;
3) A mudança de lugar de dois países inteiros, o Uruguai e o Paraguai (ver aqui);
4) A transformação de um político decadente em Conselheiro de Administração de importantes empresas estatais em um estado onde nem morava (ver aqui);
5) A não ocorrência de enchentes em SP, apesar das grandes quantidades de chuva que caíram no início de 2010;
6) A transmutação de uma secretaria de educação em secretaria de serviços gráficos.

TESTEMUNHOS

O processo reúne depoimentos de dezenas de admiradores das virtudes do Futuro Beato Zezinho. Segundo o jornalista Reinaldinho Cabeção, que conhece o governador Zezinho desde a infância, ele sempre foi um exemplo de bondade e devoção aos mais necessitados.

Em um depoimento colhido em um show da cantora Madonna no Rio de Janeiro, um rapaz mineiro comenta a grande capacidade do gov. Zezinho de trazer a concórdia por onde passa.

A conhecida especialista econômico-ambientalista, sra. Miriam Cochonne, compara o amor do governador Zezinho pela natureza ao de S. Francisco: “Ele ama todos os animais. Até os ratos e os insetos, que ele diz que são filhos de Deus, por isso não há problema se ficarem junto com as pessoas nas inundações. Não é lindo?”

PRÓXIMOS PASSOS

Com a abertura e julgamento do processo, em algumas semanas o Papa Bento XVI deverá assinar documento declarando o governador Zezinho o novo Beato brasileiro, juntando-se aos Beatos Anchieta, Mariano, Albertina, Lindalva, entre outros.

Depois disso, ocorrerá uma celebração em que o Grande Exemplo de Bondade e Respeito ao Próximo será publicamente designado Beato Zezinho. Os promotores da beatificação pretendem organizar a celebração no Palácio do Planalto, no dia 1 de janeiro de 2011, mas parece que o local já está reservado para uma festa de outra pessoa.

Comentários da tia Carmela

A tia Carmela recusou-se a comentar o fato. Ela apenas resmungou: isso já está indo longe demais. Já foi parar no Vaticano…

*CharlesBakalarczyk

Cidadânia sómente a verdade sem fins lucrativos






O Ad Hominem da Militância

Já é um clichê repetido à exaustão que a grande mídia tem sofrido um tranco duro durante esta década de disseminação do acesso à internet. Não quero aqui martelar outra vez este ponto, mas analisar, de forma breve, uma variação recente da resposta de alguns jornalistas ao processo que poderíamos chamar de “choque de transparência”.

Por Idelber Avelar

Já é um clichê repetido à exaustão que a grande mídia tem sofrido um tranco duro durante esta década de disseminação do acesso à internet. Não quero aqui martelar outra vez este ponto, mas analisar, de forma breve, uma variação recente da resposta de alguns jornalistas ao processo que poderíamos chamar de “choque de transparência”.

Trata-se do termo “militância”, sistematicamente usado por jornalistas para desqualificar as críticas recebidas pela grande mídia na internet. Em primeiro lugar, vale lembrar uma diferença entre os blogues, principais instrumentos de crítica da mídia na primeira metade da década, e o Twitter, plataforma de micro-publicações que adquire cada vez mais importância na internet brasileira. Muito pode ser dito aqui e existe gente mais qualificada que eu para falar dos aspectos técnicos da coisa. Limito-me a apontar o óbvio: por mais barulho que os blogues fizessem, era relativamente simples ignorá-los. Um blog opera em seu espaço próprio, que o jornalista da grande mídia, mesmo visitando, pode ignorar ou fingir ignorar. No Twitter, não. Cada jornalista e veículo de mídia possui seu próprio perfil, mas opera no mesmo ambiente que todos os outros tuiteiros. Uma avalanche de menções a alguém dificilmente poderá ser ignorada sem que se caia no ridículo. Por isso a ombudsman da Folha foi obrigada a dedicar a coluna inteira deste domingo ao #DilmafactsbyFolha. Teria ficado feio demais fingir desconhecimento de uma experiência tão impactante como aquela.

Posto que praticamente nenhum tuiteiro vive sem dar uma olhadinha na coluna das menções a seu nome, os jornalistas e a grande mídia começaram a ter uma ideia de como são percebidos. O autismo com que sempre se comportaram sofreu um duro golpe e a principal estratégia de desqualificação não tardou a se consolidar. Observando as últimas colunas dos Mervais, Cantanhêdes, Noblats, Leitões et caterva, dois dos substantivos mais repetidos são “militante” e “militância”. As críticas que recebem são colocadas na conta da militância enquanto eles, evidentemente, acreditam fazer “jornalismo”.

Como todas as outras observações supostamente neutras, esta também merece ser dissecada. Sabemos qual é o único grande partido brasileiro que tem “militantes”. PSDB, DEM, PMDB e congêneres não possuem “militantes”. Podem possuir funcionários, assessores, parlamentares, mas militante é coisa mais rara nessas agremiações. O mais curioso na desqualificação é que um militante é alguém que, por definição, faz política porque nela acredita. Um jornalista empregado por um grande grupo de mídia brasileiro é alguém que, por definição, e não importa quais sejam suas opiniões e integridade pessoais, está severamente limitado no que pode dizer, mesmo quando bloga ou tuíta em seu próprio nome. No entanto, uma enorme fração destes últimos se vê no direito de desqualificar fatos e argumentos apresentados por aqueles com o ad hominem “você é militante” (link via César). O argumento ad hominem, que desqualifica o interlocutor sem se ocupar do conteúdo do argumento, costuma ser o último refúgio de quem está em apuros numa discussão. Os jornalistas da grande mídia têm recorrido a ele com frequência impressionante.

Especialmente nos debates acerca do governo Lula e de seu antecessor, repete-se o mesmo paradigma com tediosa previsibilidade. Mostram-se números, dados, gráficos e fatos que ilustram o que sabe 85% da população brasileira: que o governo Lula foi muito melhor para o Brasil, e especialmente para os mais pobres, que seu antecessor tucano. Acossado pela comparação entre níveis de salário, de investimento, de relação dívida / PIB, entre o número de universidades construídas, vagas criadas para o ensino superior e empregos gerados nos dois governos, além de uma infinidade de outros etecéteras, o jornalista “isento” só consegue, num implícito reconhecimento de derrota no debate, resmungar: "eu faço jornalismo, você é militante".

Está cada vez mais bonito ver essa galera levar baile. Os “militantes”, pelo que parece, só estão começando.

*RevistaFórum

Lulismo






A oposição (PSDB, DEM, Estadão, Folha, TV Globo, Veja e outros) começam a temer a capacidade de voto que o presidente Lula parece ser capaz de agregar.

Essa mesma oposição também reclama de que há um perigo na democracia se o povo decidir votar em massa nos candidatos do presidente Lula.

Mas isso é a democracia, a decisão do povo, de um povo soberano. Essa mesma oposição nadou de braçada com o pensamento único presente nos tristes anos do neoliberalismo do governo FHC. Achavam tudo natural.

Nos dois governos de Fernando Henrique, o PT e outros partidos praticamente desapareceram do debate político. E foi nesse momento que a oposição começou a gestar o lulismo.

Ao criticar de forma acintosa o PT (Partido dos Trabalhadores), tentando desqualificá-lo no debate político como intransigente, radical, comunista, stalinista, ditadores etc, DEM/PSDB e a velha mídia iniciaram o processo de construção do Lulismo.

A revista Veja foi a expoente máxima desse jogo de desqualificação do Partidos dos Trabalhadores, basta fazer uma análise das capas e reportagens da revista nos últimos anos. A revista é a mãe do lulismo.

Ao negarem o PT, como uma instituição política e democrática, abriram espaço para a construção do personalismo do presidente Lula. É um pouco a história do voto: “odeio o PT, mas amo Lula”.

Ao perceberem a presença do governo do presidente Lula nas suas vidas, a população o elegeu como o único responsável pelas conquistas e não o resultado de toda uma história de luta de intelectuais, artistas, técnicos e trabalhadores que construíram o PT e ajudaram no sucesso do governo. (Para José Serra e para a velha mídia é o estado aparelhamento, da boquinha etc… continuam construindo o lulismo)

Lula não fez um governo de grandes mudanças, mas um governo que chegou até a população, uma população que ficou durante séculos vivendo das migalhas e das ilusões eleitorais, esperando o bolo crescer.

A oposição está irada porque o governo Lula arrumou a casa, que ficou destruída durante o governo de PSDB/FHC. Com o país pronto para crescer, administrar o próximo governo, pensa a oposição, seria sopa no mel. Era a grande chance de ficar mais 500 anos no poder.

Por isso, o problema de lulismo não é o fracasso de Dilma, caso seja eleita, mas o seu sucesso.

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*EducaçãoPolítica

Livro : Presidencia e os Jornalistas

Livro faz raio-X dos responsáveis pela ponte entre governo e imprensa

O desafio de representar o posicionamento do governo, acompanhar os passos do presidente da República, fazer a mediação com a imprensa, marcar entrevistas, administrar escândalos e crises, fazer comunicados oficiais e responder às perguntas dos jornalistas faz parte da dura rotina dos secretários de Imprensa e porta-vozes que atuam no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Estão sob pressão constante e não podem errar. Como bem definiu Alexandre Parola, que foi porta-voz do governo Fernando Henrique Cardoso, é como um goleiro: “Só erra uma vez. Se tomar um frango, vai para o banco. Você não pode errar em um briefing. O briefing é ao vivo. Então, se você diz uma grande besteira ao vivo, normalmente submete a sua demissão no mesmo dia.”

Esse e outros depoimentos estão no livro No Planalto, com a Imprensa graças ao minucioso trabalho de André Singer, Mário Hélio Gomes, Carlos Villanova e Jorge Duarte, que será lançado nesta terça-feira (14/9) no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), com a presença do presidente Lula. O livro reúne os depoimentos de secretários de Imprensa e porta-vozes da presidência da República do Brasil desde Autran Dourado, em 1958, até 2005.

O ineditismo e resgate histórico marcam o livro de 987 páginas, produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco e a editora Massangana. A publicação reúne entrevistas com 24 secretários. A pesquisa chegou a 32 pessoas que ocuparam os cargos no período, mas oito já haviam falecido e dois não aceitaram o convite para entrevistas – o general José Maria de Toledo Camargo, que chefiou o setor em parte do governo Ernesto Geisel, em 1977 e 1978, e a jornalista Ana Tavares, que exerceu o cargo no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Além dos porta-vozes e secretários, foram ouvidas outras 20 pessoas para compor um quadro do período anterior ao de Juscelino Kubitschek.

A obra nasceu com o objetivo de resgatar a memória institucional da Secretaria de Imprensa. Na edição das entrevistas, os autores optaram por preservar a fala original dos entrevistados, sem checar as versões, para não fugir da proposta original de preservação de conteúdo histórico. O resultado foi uma coletânea rica em memórias, com revelações inéditas e, em alguns casos, bombásticas, e o desabafo de homens que se incumbiram de ser a ponte entre o governo e a mídia, tendo, muitas vezes, que lidar com crises e atritos decorrentes da situação.

“Esse livro é ecumênico e mostra que apesar dos atritos que sempre existiram entre a imprensa e o governo, no papel dos secretários de Imprensa e porta-vozes houve uma tentativa de se estabelecer o melhor relacionamento possível com os jornalistas que acompanham a pauta política”, afirma Jorge Duarte, um dos autores.

Confira alguns trechos do livro:

“O secretário de Imprensa deve ter amor à profissão de jornalista, porque o amor à profissão fará com que ele tenha uma relação muito civilizada, muito correta com seus interlocutores. Estar atento àqueles projetos que formam a essência do governo, que levarão ou não o presidente para a História. De que adianta um governo que se dispõe a fazer ‘a’ e acaba fazendo ‘b’? A fixação na divulgação do projeto, que é a essência do seu propósito de governo, é o que a História vai registrar”.
Toninho Drummond, secretário de Imprensa do governo José Sarney

“A cada dia era preciso bater o recode da véspera, ser mais duro, mais independente, mais atrevido, mais radical. Era a receita para disputar a credibilidade dos leitores, ouvintes e espectadores. Ou talvez dos chefes, dos editores, quem sabe?”
Carlos Henrique Santos, secretário de Imprensa do governo José Sarney

“Porta-Voz é igual a goleiro, só erra uma vez. Se tomar um frango, vai para o banco”.
Alexandre Parola, porta-voz do governo Fernando Henrique Cardoso

“Na hora em que você assume uma função dessas, por bem ou por mal, você se identifica com o governo, com o presidente, não tem jeito. Mesmo que eu não conseguisse entender algumas alianças que foram feitas, até porque eu não sou político, tinha que defender o governo, como eu defendi”.
Ricardo Kotscho, secretário de Imprensa do governo Lula

“Foi muito difícil porque a responsabilidade é muito grande. Você não pode errar, qualquer erro sempre tem consequências, e é difícil estar preparado para responder a todas as perguntas que vão surgir, são muitas perguntas”.
André Singer, secretário de Imprensa do governo Lula

“A primeira coisa, mais básica, foi perder o medo da imprensa. Acho que todo mundo que não lida com a imprensa, no governo em geral, em qualquer governo, tem muito medo da imprensa”.
Georges Lamaziére, porta-voz do governo Fernando Henrique Cardoso

“Como eu poderia ser porta-voz ou secretário de Imprensa, se não sabia das coisas que se passavam? Tinha que realmente saber de tudo. É uma condição sine qua non, senão a pessoa fica vendida. Agora, sempre faziam uma triagem: isso eu posso falar agora, posso falar mais tarde, posso falar depois de amanhã. Aquela história: reunião secreta? Não existe reunião secreta, o assunto é que pode ser secreto; não posso desmentir um fato”.
Humberto Barreto, secretário de Imprensa do governo Geisel

Ouça aqui a íntegra do discurso do presidente:

Cuba Plano de Reorganização Laboral





Cuba, aviso aos navegantes apressadinhos

Sanguessugado do Sarrabulhada

Os despedidos de Cuba não vão ficar sem emprego - vão trabalhar de forma diferente

A saída de 500 mil funcionários dos quadros do Estado é mais um passo no sentido da abertura da economia à iniciativa privada. Não é uma mudança radical do regime vigente em Cuba, mas é uma das reformas mais abrangentes do sistema laboral e que confirma a paulatina abertura da economia à iniciativa privada. Um em cada cinco trabalhadores de Cuba vai deixar de ser pago pelo Governo nos próximos seis meses, e poderá estabelecer o seu próprio negócio, determinar um preço para os seus serviços e até contratar pessoal. Para José Raúl Perales, do Programa Latino-Americano do Woodrow Wilson Center de Washington, "é importante perceber que o plano de despedimentos anunciado pelo Governo não significa que 500 mil cubanos vão ficar sem emprego". Em entrevista telefónica ao PÚBLICO, explicou que, "na sua maioria, eles vão continuar a fazer o mesmo que faziam, só o tipo de organização em que o fazem é que vai ser diferente". A Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), estrutura sindical oficial, confirmou em comunicado que "pelo menos" 500 mil trabalhadores (ou seja, um quinto da força laboral da ilha das Caraíbas) vai perder o seu vínculo ao Estado nos próximos seis meses. O processo de despedimentos vai começar no mês de Outubro e prolongar-se até ao fim do primeiro trimestre de 2011. De acordo com a BBC Mundo, que teve acesso ao cronograma do Governo, os despedimentos vão começar no dia 4 de Outubro e afectar os ministérios do Açúcar, Saúde, Alimentação, Turismo e Agricultura. A maioria dos postos de trabalho a eliminar pertence à área administrativa (burocracia). O objectivo é que 80 por cento do quadro de cada ministério, instituto ou companhia estatal sejam compostos por pessoal do "sector produtivo". O sistema de remunerações também será revisto: um novo método em que os trabalhadores são pagos em função dos resultados alcançados vai ser posto em prática, de forma a "promover a produtividade". O comunicado da CTC antecipa nova ronda de despedimentos no futuro. Em Abril, o Governo estimara que o número de funcionários públicos "supérfluos" chegava a um milhão. "O Estado não pode nem deve continuar a manter meios de produção e companhias da área dos serviços com quadros inflacionados e prejuízos na sua actividade. É uma situação contra-produtiva que causa danos à economia, cria maus hábitos e distorce a conduta dos trabalhadores", referiu a central sindical. Cerca de 85 por cento da população activa em Cuba (5,1 milhões de pessoas) é paga pelo Estado, que domina os meios de produção e controla toda a actividade económica. Segundo os números do Gabinete Nacional de Estatísticas, só 591 mil pessoas trabalham no sector privado. O Governo apresentou o seu Plano de Reorganização Laboral como uma "oportunidade" para os funcionários públicos, que poderão estabelecer-se por conta própria. Actualmente, só existem 143 mil autorizações de trabalho para cuentapropistas - no âmbito da reforma, serão emitidas mais 460 mil licenças e abertas mais cem actividades à iniciativa privada. Os novos empresários poderão abrir contas bancárias, contrair empréstimos para os seus negócios e fornecer serviços ao Estado (por exemplo, limpezas ou refeições). E, pela primeira vez, serão autorizados a contratar trabalhadores que não sejam os membros da sua família. Depois terão de fazer descontos em nome dos seus funcionários e de pagar impostos sobre os lucros - o Governo calcula quadruplicar as receitas. Para José Raúl Perales, esta decisão não implica uma transformação profunda da matriz socialista da economia. Aliás, nota "é consistente com outras medidas do Governo", como o alargamento da gestão das cooperativas agrícolas. Mas o especialista não desvaloriza a decisão de Raúl Castro, porventura a mais importante desde que assumiu a presidência, em 2008. Num discurso perante a Assembleia Nacional, no mês passado, Raúl sublinhou que era preciso "erradicar de vez a ideia de que Cuba é o único país do mundo em que as pessoas podem viver sem trabalhar", numa referência à máxima popular famosa na ilha: "Pagam-nos para não trabalhar". Contudo, a preponderância do Estado na economia não está em causa. "É interessante que o Governo se esteja a focar no aspecto produtivo e regulatório e a tentar alocar recursos racionalmente. Mas a vida destes trabalhadores vai continuar a ser fortemente subsidiada pelo Estado, que paga a habitação, a educação, os transportes", recorda Perales. O analista acredita que a transição dos trabalhadores do sector público para o privado será "pacífica", mas duvida que seja "ordeira". "Não será o business as usual, isso é garantido. O plano introduz incerteza, mas, neste caso, essa é uma consequência positiva", considera.

Artigo da jornalista Rita Siza, no Público.

Nota: reproduzo este artigo na integra, dado que considero ser um caso raro na imprensa convencional portuguesa em que evitando os soundbytes idiotas do costume, se explica e contextualiza com seriedade as mudanças que se estão a passar em Cuba neste momento. Mudanças que quem acompanha com atenção o percurso da Revolução Cubana, sabe que são medidas preparadas e anunciadas à já algum tempo e que traduzem a evolução de um modelo que se adapta às dificuladades da crise económica mundial e evolui sem colocar em causa os seus príncípios básicos de soberania nacional e justiça social.

SS erra






Serra agride
outra mulher (jornalista)


Serra acusa Peltier de fazer pergunta petista

http://www.tijolaco.com/wp-content/uploads/2010/09/serranervos.png

Serra usa essa técnica: quando não gosta de uma pergunta atribui ao entrevistador animo petista.

Foi assim com o Heródoto, que ele defenestrou do Roda Viva (ou melhor, Morta).

Para evitar esse dissabor, os repórteres que forem entrevistar o jenio furioso devem seguir as instruções que constam nesse Manual.

O Conversa Afiada publica texto do Terra, a partir de twitter de BillGuinzani.

Acompanhe o textpo original :

Serra se irrita e ameaça deixar entrevista em programa de TV


Priscila Tieppo

Direto de São Paulo


Em gravação do programa Jogo do Poder, da CNT, o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, se irritou com perguntas sobre a quebra de sigilos de tucanos e pesquisas e ameaçou deixar a entrevista.


O candidato disse que eles “estavam perdendo tempo falando daqueles assuntos”, enquanto podiam dar ênfase aos programas de governo dele. Após a apresentadora Márcia Peltier citar que a quebra de sigilo teria acontecido em 2009, antes do anúncio das candidaturas à presidência, Serra subiu o tom:

- Que antes da candidatura, Márcia? Nós estamos gastando tempo aqui precioso, estamos repetindo os argumentos do PT, que você sabe que são fajutos, estamos perdendo tempo aqui.


Márcia tentou contemporizar, mas não conseguiu acalmá-lo. “A candidata do PT virá aqui?”, perguntou. Após a afirmativa de Márcia, ele retrucou: “então, pergunta para ela”.


“Agora nós vamos falar sobre programas”, tentou prosseguir a apresentadora. Neste momento, Serra levantou-se e ameaçou sair do estúdio. Tentando arrumar o fio do microfone, disse: “eu não vou dar essa entrevista, você me desculpa”.


Márcia insistiu dizendo que eles falariam de programa de governo, mas ele se manteve firme. “Faz de conta que eu não vim”. “Mas porquê, candidato?”, disse, ainda sentada. “Porque não tem nada a ver com pergunta, não é um troço sério. (…) Apaga aqui”. “O que o senhor quer que apague?”, perguntou Márcia. “Apague a TV pra gente conversar”.


Márcia pediu que as câmeras fossem desligadas e as luzes do estúdio apagadas, mas Serra continuou falando: “porque isso aqui está parecendo montado”. “Montado para quem? Aqui não tem isso”, defendeu a jornalista.


O candidato voltou a reclamar da pauta das perguntas – que até então, havia se fixado nos acessos fiscais e sobre as pesquisas. “Me disseram que eu ia falar de política e economia”.


Depois de conversar reservadamente com Márcia e o apresentador Alon Feuerwerker, Serra voltou ao estúdio e respondeu a questionamentos sobre economia, saúde e saneamento básico.


Ao final da gravação, Serra foi questionado pelos jornalistas que estavam no local sobre sua irritação. O candidato negou ter se irritado e afirmou que apenas estava “com estômago ruim” porque não tinha tomado café da manhã.


Segundo a assessoria de imprensa da emissora, as perguntas feitas ao candidatos sobre os assuntos que o incomodaram serão mantidas na edição que irá ao ar nesta quarta-feira (15), às 22h50.

*ConversaAfiada

Fotógrafo de Martin Luther King era informante do FBI






Fotógrafo de Martin Luther King era informante do FBI

© Foto de Ernest C. Withers. Auto-retrato feito em 1968.

Um dos melhores amigos de Martin Luther King era um traidor. Segundo o jornal “The Commercial Appeal”, de Memphis, Ernest C. Withers, o fotógrafo mais famoso do movimento pelos direitos civis era um informante do FBI. Segundo o jornal, Ernest teria fornecido informações, em troca de dinheiro, sobre os planos da organização das marchas e da vida pessoal dos ativistas pela igualdade racial. No domingo, o jornal de Memphis publicou os resultados de uma investigação de dois anos, que mostrou que Withers, que morreu em 2007 aos 85 anos, tinha colaborado estreitamente com dois agentes do FBI nos anos 60, para vigiar de perto o movimento de direitos civis. Foi uma revelação surpreendente a respeito do ex-policial, apelidado de Fotógrafo Original dos Direitos Civis, cuja fama veio inicialmente da confiança que desfrutava junto a altos líderes do movimento dos direitos civis, incluindo King. Na época de sua morte, Withers possuía o maior catálogo de um fotógrafo individual a respeito do movimento de direitos civis no Sul, disse Tony Decaneas, o proprietário da Panopticon Gallery em Boston, o agente exclusivo de Withers. Suas fotos foram reunidas em quatro livros e sua família planejava abrir um museu com seu nome. Ernest C. Withers fez a célebre fotografia de Martin Luther King fazendo a primeira viagem de um ônibus não segregado em Montgomery. No Alabama, em 1956. Veja a denuncia do jornal The Commercial Aqui
*ImagemVisão