Marcha contra o veneno da Monsanto
Neste sábado (25) milhares de ativistas de várias partes do mundo se
reunirão na Marcha contra a Monsanto para protestar contra a
transnacional estadunidense de biotecnologia e seus organismos
geneticamente modificados (OGMs) que afetam agricultores, natureza e a
saúde dos consumidores.
O objetivo da marcha transnacional é rechaçar os cultivos e alimentos
transgênicos, ao mesmo tempo em que alerta as populações para os perigos
destes tipos de produtos, que, segundo pesquisas científicas, podem
desencadear problemas de saúde como cânceres, infertilidade e defeitos
congênitos.
Os/as ativistas organizados/as também rechaçam a Lei H.R.933, chamada
‘Lei de Proteção da Monsanto’ (Monsanto Protection Act), aprovada pelo
Congresso dos Estados Unidos e pelo presidente norte-americano Barack
Obama, cuja finalidade é impedir a justiça de deter a plantação e a
comercialização de colheitas transgênicas sob a alegação de que
representariam um risco para a saúde dos consumidores.
Além disso, reclamam da falta de informações e pesquisas governamentais
que esclareçam sobre os efeitos que os produtos transgênicos causam a
longo prazo na vida e na natureza. Também não passou despercebido o fato
de a Agência de Alimentos e Medicamentos e o Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos serem administrados por ex-empregados da
Monsanto.
Para os/as ativistas, a "gigante da biotecnologia” se beneficia de
favoritismo político, e por isso agricultores orgânicos e pequenos
agricultores acabam sendo prejudicados com as patentes exclusivas sobre
sementes e composições genéticas, e com o monopólio de fornecimento
mundial de alimentos da Monsanto.
"Os produtos da Monsanto são prejudiciais para o meio ambiente, por
exemplo, os cientistas determinaram que as plantações OGMs e seus
pesticidas provocaram a morte massiva de abelhas ao redor do mundo”,
exemplificam.
Como solução para estes problemas, os/as ativistas pedem que
consumidores boicotem os produtos transgênicos e comprem apenas produtos
orgânicos, e chamam a atenção sobre a necessidade de haver mais
pesquisas científicas e informações sobre os efeitos dos OGMs na saúde
da população.
Também exigem a anulação das disposições pertinentes da Lei de Proteção
da Monsanto e defendem que os executivos da Monsanto e seus apoiadores
sejam responsabilizados pelos efeitos negativos que a empresa causa com
suas atividades mundiais.
A iniciativa partiu da ativista Tami Monroe Canal que insatisfeita com a
falta de acesso a produtos agrícolas e frescos resolveu se mobilizar e
organizar um protesto. De caráter pacífico, os organizadores alertam aos
participantes a possibilidade de haver infiltração de pessoas
"contratadas para desacreditar a atividade e os ativistas”.
Para mais informações, acesse: http://www.march-against-monsanto.com/
Acompanhe a mobilização também pelo facebook:
https://www.facebook.com/MarchAgainstMonstanto
*Turquinho