Candidatura de Aécio está ferida de morte
Está evidente que o senador Aécio Neves (MG) ainda não é o candidato
presidencial do PSDB paulista, nem de José Serra e nem do governador
Geraldo Alckmin. Portanto, é uma candidatura natimorta, ferida de morte,
sem capacidade própria e partidária para se impor ao país.
Basta ver o que Alckmin disse ontem: “Serra deve ser candidato em 2014”.
É claro que ele não disse a que cargo. Mas ficou óbvia que isso foi uma
restrição ao nome de Aécio. Isso fica ainda mais evidente quando
Alckmin afirma que anda é cedo para o PSDB lançar seu candidato a
presidente.
Tudo isso é dito mesmo depois de o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso lançar e relançar Aécio para 2014. As disputas internas do PSDB
estão cada vez mais abertas. Alckmin e Serra ainda não engolem o fato de
Aécio ter trabalhando contra eles nas últimas três eleições
presidenciais.
Com essa dificuldade de Aécio se estabelecer candidato, fica aberto um
espaço extraordinário para outras candidaturas que também sofrem para
nascer. Marina Silva, pelas dificuldades que tem para criar seu partido,
a REDE.
E Eduardo Campos (PSB), pela oposição que encontra em seu próprio
partido – por mais que, na tradição da velha forma de fazer política,
busque bodes expiatórios nos outros – e pelo discurso de repetir à
exaustão que a forma de fazer política no país é mofada, carcomida,
patrimonialista e fisiológica, ao mesmo tempo em que se opõe à reforma
política, como faz sua legenda na Câmara. Isso é um sinal claro da
fragilidade de seu discurso.
*Ajusticeiradeesquerda
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