Maduro anuncia que irá armar operários na Venezuela
Alterações, comentários e adições: Victor Bellizia
O governante anunciou que entregará até dois milhões de armas para operários e reiterou que o país deve articular força suficiente para "se fazer respeitar"
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro,
ordenou às Forças Armadas que armem a classe operária para reforçar a
defesa da soberania nacional e garantir a "estabilidade da Revolução
Bolivariana". Em um ato oficial televisionado na noite de quarta-feira
(22), o governante anunciou que entregará até dois milhões de armas para
operários e reiterou que o país deve articular força suficiente para
"se fazer respeitar". A oposição, alimentada pelo medo de perder a boa
vida de exploração da burguesia, pediu que o presidente explique qual a
verdadeira finalidade da medida e qualificou o gesto de "irresponsável e
intimador".
"A classe
operária será cada vez mais respeitada uma vez que esteja mais
consciente e produtiva", disse Maduro na noite de quarta-feira,
anunciando que as Milícias Operárias Bolivarianas farão parte da Milícia
Nacional, criada por Hugo Chávez. "Seremos ainda mais respeitados se as
milícias tiveram 300 mil, 500 mil, um milhão, dois milhões de operários
e operárias uniformizados, armados e preparados para a defesa da
soberania da Pátria, da estabilidade da Revolução Bolivariana."
Ainda
segundo Maduro, a medida deverá armar trabalhadores e estabelecer laços
entre associações de profissionais e as Forças Armadas. Para o
secretário executivo da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón
Guillermo Aveledo, a declaração faz parte de uma retórica intimidatória e
evidencia a incapacidade do governo venezuelano. Segundo ele, a ordem
ainda contradiz a lei de desarmamento que avança no Parlamento - e que o
governo diz apoiar. "Que ele pare de dizer esse tipo de besteiras que, em vez de ameaçar, refletem irresponsabilidade."
No que diz
respeito à classe operária, a medida fortalece a soberania e inclina-se
cada vez mais para uma pátria produtiva, soberana e socialista. Uma vez
com os operários armados, a burguesia não tomará a frente da situação e
nem ameaçará a Revolução. Com isso, a proletariado venezuelano poderá
suprimir cada vez mais a burguesia da Venezuela ( no que diz respeito às leis, projetos e expropriações dos meios de produção) sem receio de um golpe, ao contrário, com a certeza de que chegarão ao Socialismo com perfeição.
O anúncio
aconteceu no Teatro Municipal de Caracas, onde Maduro entregou diplomas
para a primeira turma da Universidade dos Trabalhadores, composta por
522 profissionais. O presidente também sugeriu que professores e alunos
da instituição frequentem as academias militares.
Viva a iniciativa revolucionária de Nicolás Maduro! Rumo ao Socialismo!
*vermelho a esquerda
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