Manobras golpistas na Venezuela
Via O Diário.info
Ventos golpistas sopram na Venezuela.
As
forças derrotadas nas eleições de 14 de Abril não se conformam com a
vitória de Nicolás Maduro. Insistem em manobras golpistas não obstante o
Conselho Nacional Eleitoral ter procedido a uma recontagem dos votos
que confirmou o resultado da eleição cuja democraticidade foi garantida
por observadores internacionais, entre os quais Jimmy Carter,
ex-presidente dos Estados Unidos.
Logo apos a
proclamação de Maduro, o líder da oposição, Capriles Radonski, lançou um
apelo à contestação nas ruas que desencadeou uma onda de violência. Nos
distúrbios então provocados na capital e em diferentes departamentos
foram assassinadas 11 pessoas.
O malogro da
provocação que visava a criar uma situação caótica levou a direita a
mudar de tactica. O chamado Movimento de Unidade Democrática -MUD
iniciou uma campanha internacional com o objetivo de obter da OEA e de
alguns governos latino-americanos uma declaração de ilegitimidade da
eleição de Maduro. Dirigentes seus estiveram especialmente activos no
Peru, no Panamá e no Paraguai. Mas a iniciativa também fracassou. O
governo venezuelano contou aliás com o apoio da ALBA, da CELAC e da
UNASUR na denúncia dessas manobras conspirativas.
Simultaneamente,
Capriles, com o apoio de Washington, desenvolve uma ofensiva na frente
económica tendente a desgastar o governo. Para atingir esse objetivo a
oposição recorre a métodos que foram utilizados com êxito no Chile da
Unidade Popular.
Nas últimas semanas alimentos
essenciais e outros produtos começaram a faltar. Como as cadeias de
supermercados pertencem a milionários da oposição, o desabastecimento e a
escassez são provocados artificialmente. A especulação e a campanha de
boatos promovida pelos media, hegemonicamente controlados pela direita,
contribuem para manter no país um clima de tensão permanente.
A
última iniciativa tomada no quadro dessa política desestabilizadora tem
aspetos inéditos e ridículos. De súbito o papel higiénico desapareceu
dos supermercados.
É significativo que o
presidente Barack Obama se associe a essa estratégia desestabilizadora
através de críticas ao governo de Maduro que configuram uma inadmissível
e grosseira ingerência nos assuntos internos do país.
É
transparente que o governo de Caracas enfrenta uma ofensiva da direita
fascizante que as forças progressistas definem como tentativa de «golpe
de estado permanente».
Daí a necessidade de um reforço da solidariedade com a Venezuela Bolivariana.
OS EDITORES DE ODIARIO.INFO
*GilsonSampaio
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