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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 12, 2013

"As farmacêuticas bloqueiam medicamentos que curam, porque não são rentáveis"

O Prémio Nobel da Medicina Richard J. Roberts denuncia a forma como funcionam as grandes farmacêuticas dentro do sistema capitalista, preferindo os benefícios económicos à saúde, e detendo o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade.


Richard J. Roberts: "É habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores". Foto de Wally Hartshorn

Há poucos dias, foi revelado que as grandes empresas farmacêuticas dos EUA gastam centenas de milhões de dólares por ano em pagamentos a médicos que promovam os seus medicamentos. Para complementar, reproduzimos esta entrevista com o Prémio Nobel Richard J. Roberts, que diz que os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada. Isto, diz Roberts, faz também com que alguns medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que chega a assemelhar-se ao da máfia.
A investigação pode ser planeada?
Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pelas Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projectos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender.
Parece uma boa política.
Acredita-se que, para ir muito longe, temos de apoiar a pesquisa básica, mas se quisermos resultados mais imediatos e lucrativos, devemos apostar na aplicada ...
E não é assim?
Muitas vezes as descobertas mais rentáveis foram feitas a partir de perguntas muito básicas. Assim nasceu a gigantesca e bilionária indústria de biotecnologia dos EUA, para a qual eu trabalho.
Como nasceu?
A biotecnologia surgiu quando pessoas apaixonadas começaram a perguntar-se se poderiam clonar genes e começaram a estudá-los e a tentar purificá-los.
Uma aventura.
Sim, mas ninguém esperava ficar rico com essas questões. Foi difícil conseguir financiamento para investigar as respostas, até que Nixon lançou a guerra contra o cancro em 1971.
Foi cientificamente produtivo?
Permitiu, com uma enorme quantidade de fundos públicos, muita investigação, como a minha, que não trabalha directamente contra o cancro, mas que foi útil para compreender os mecanismos que permitem a vida.
O que descobriu?
Eu e o Phillip Allen Sharp fomos recompensados pela descoberta de introns no DNA eucariótico e o mecanismo de gen splicing (manipulação genética).
Para que serviu?
Essa descoberta ajudou a entender como funciona o DNA e, no entanto, tem apenas uma relação indirecta com o cancro.
Que modelo de investigação lhe parece mais eficaz, o norte-americano ou o europeu?
É óbvio que o dos EUA, em que o capital privado é activo, é muito mais eficiente. Tomemos por exemplo o progresso espectacular da indústria informática, em que o dinheiro privado financia a investigação básica e aplicada. Mas quanto à indústria de saúde... Eu tenho as minhas reservas.
Entendo.
A investigação sobre a saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas.
Explique.
A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais ...
Como qualquer outra indústria.
É que não é qualquer outra indústria: nós estamos a falar sobre a nossa saúde e as nossas vidas e as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.
Mas se eles são rentáveis investigarão melhor.
Se só pensar em lucros, deixa de se preocupar com servir os seres humanos.
Por exemplo...
Eu verifiquei a forma como, em alguns casos, os investigadores dependentes de fundos privados descobriram medicamentos muito eficazes que teriam acabado completamente com uma doença ...
E por que pararam de investigar?
Porque as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação.
É uma acusação grave.
Mas é habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em linhas de investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores muito mais rentáveis que os que curam de uma vez por todas. E não tem de fazer mais que seguir a análise financeira da indústria farmacêutica para comprovar o que eu digo.
Há dividendos que matam.
É por isso que lhe dizia que a saúde não pode ser um mercado nem pode ser vista apenas como um meio para ganhar dinheiro. E, por isso, acho que o modelo europeu misto de capitais públicos e privados dificulta esse tipo de abusos.
Um exemplo de tais abusos?
Deixou de se investigar antibióticos por serem demasiado eficazes e curarem completamente. Como não se têm desenvolvido novos antibióticos, os microorganismos infecciosos tornaram-se resistentes e hoje a tuberculose, que foi derrotada na minha infância, está a surgir novamente e, no ano passado, matou um milhão de pessoas.
Não fala sobre o Terceiro Mundo?
Esse é outro capítulo triste: quase não se investigam as doenças do Terceiro Mundo, porque os medicamentos que as combateriam não seriam rentáveis. Mas eu estou a falar sobre o nosso Primeiro Mundo: o medicamento que cura tudo não é rentável e, portanto, não é investigado.
Os políticos não intervêm?
Não tenho ilusões: no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos.
Há de tudo.
Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras…
18 de Junho, 2011
Publicado originalmente no La Vanguardia. Retirado de Outra Política
Tradução de Ana Bárbara Pedrosa para o Esquerda.net
*GilsonSampaio

EUA constroem sistema clandestino de vigilância mundial


Dia mundial contra o trabalho infantil – 12-06-2013

Dia mundial contra o trabalho infantil - 12-06-2013
Dia mundial contra o trabalho infantil – 12-06-2013
Trabalho infantil é toda forma de trabalho exercido por crianças e adolescentes, abaixo da idade mínima legal permitida para o trabalho, conforme a legislação de cada país.
O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei. Especificamente, as formas mais nocivas ou cruéis de trabalho infantil não apenas são proibidas, mas também constituem crime.
A exploração do trabalho infantil é comum em países subdesenvolvidos,e países emergentes como no Brasil, onde nas regiões mais pobres este trabalho é bastante comum. Na maioria das vezes isto ocorre devido à necessidade de ajudar financeiramente a família. Muitas destas famílias são geralmente de pessoas pobres que possuem muitos filhos.
Apesar de existir legislações que proíbam oficialmente este tipo de trabalho, é comum nas grandes cidades brasileiras a presença de menores em cruzamentos de vias de grande tráfego, vendendo bens de pequeno valor monetário.
Apesar de os pais serem oficialmente responsáveis pelos filhos, não é hábito dos juízes puni-los. A ação da justiça aplica-se mais a quem contrata menores, mesmo assim as penas não chegam a ser aplicadas.
Dia mundial contra o trabalho infantil
Organização Internacional do Trabalho
A Convenção nº 138 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1973, no artigo 2º, item 3,1 2 fixa como idade mínima recomendada para o trabalho em geral a idade de 16 anos.
No caso dos países-membros considerados muito pobres,3 a Convenção admite que seja fixada inicialmente uma idade mínima de 14 anos para o trabalho.
A mesma Convenção recomenda 4 uma idade mínima de 18 anos para os trabalhos que possam colocar em risco a saúde, a segurança ou a moralidade do menor, e sugere 5 uma idade mínima de 16 anos para o trabalho que não coloque em risco o jovem por qualquer destes motivos, desde que o jovem receba instrução adequada ou treino vocacional.
A Convenção admite ainda, por exceção, o trabalho leve na faixa etária entre os 13 e os 15 anos,6 desde que não prejudique a saúde ou desenvolvimento do jovem, a ida deste à escola ou a sua participação numa orientação vocacional ou programas de treino, devendo a autoridade competente especificar as atividades permitidas e o tempo máximo de trabalho diário.
UNICEF
Segundo a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o trabalho infantil é definido como toda a forma de trabalho abaixo dos 12 anos de idade, em quaisquer atividades econômicas; qualquer trabalho entre 12 e 14 anos que não seja trabalho leve; todo o tipo de trabalho abaixo dos 18 anos enquadrado pela OIT nas “piores formas de trabalho infantil”.
Para fins de pesquisa de campo, a UNICEF define o indicador de trabalho infantil como o percentual de crianças de 5 a 15 anos envolvido com trabalho infantil. A definição da UNICEF, para fins de pesquisa, encontra-se sob a seguinte classificação:
Trabalho de crianças de 5 a 11 anos: trabalho executado durante a semana anterior à pesquisa por pelo menos uma hora de atividade econômica ou 28 horas de empregado doméstico/trabalho doméstico naquela semana;
Trabalho de jovens de 12 a 14 anos por pelo menos 14 horas de atividade econômica ou 42 horas de atividade econômica e trabalho doméstico combinados naquela semana.
Piores formas de trabalho infantil
Embora o trabalho infantil, como um todo, seja visto como inadequado e impróprio para os menores abaixo da idade mínima legal, as Nações Unidas consideram algumas formas de trabalho infantil como especialmente nocivas e cruéis, devendo ser combatidas com prioridade.
A Convenção nº 182 da OIT,7 8 de 1999, aplicável neste caso a todos os menores de 18 anos, classifica como as piores formas de trabalho infantil: o trabalho escravo ou semi-escravo (em condição análoga à da escravidão), o trabalho decorrente da venda e tráfico de menores, a escravidão por dívida, o uso de crianças ou adolescentes em conflitos armados, a prostituição e a pornografia de menores; o uso de menores para atividades ilícitas, tais como a produção e o tráfico de drogas; e o trabalho que possa prejudicar a saúde, segurança ou moralidade do menor.
No Brasil, algumas das formas especialmente nocivas de trabalho infantil são: o trabalho em canaviais, em minas de carvão, em funilarias, em cutelarias (locais onde se fabricam instrumentos de corte), na metalurgia e junto a fornos quentes, entre outros.
Dia mundial contra o trabalho infantil – 12-06-2013
Legislação sobre o trabalho infantil
Brasil
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 (art. 7º, XXXIII)9 admite o trabalho, em geral, a partir dos 16 anos, exceto nos casos de trabalho noturno, perigoso ou insalubre, nos quais a idade mínima se dá aos 18 anos. A Constituição admite, também, o trabalho a partir dos 14 anos (art. 227, § 3º, I), mas somente na condição de aprendiz (art. 7º, XXXIII).
A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho 10 ), em acréscimo, garante ao trabalhador adolescente entre 14 e 18 anos uma série de proteções especiais, detalhadas em seu Capítulo IV (artigos 402 a 441).11 Entre elas, a proibição do trabalho em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social, e em horários e locais que não permitam a frequência à escola (art. 403, § único). A CLT concede, também, ao trabalhador estudante menor de 18 anos, o direito de fazer coincidir suas férias com as férias escolares (art. 136, § 2º).
Brasil
No Brasil, o trabalho infantil é considerado crime de acordo com previsão constitucional, havendo também outras formas mais nocivas de trabalho infantil que merecem um tratamento especial da lei. Entre estas, estão:
Trabalho infantil escravo – Reduzir o trabalhador à condição análoga à de escravo, por meio de trabalhos forçados, jornada exaustiva ou condições degradantes de trabalho artigo 149 do Código Penal,12 com a agravante de se tratar de criança ou adolescente (§ 2º, item I). A agravante foi introduzida pela lei 15.803, de 11 de Dezembro de 200313 e aumenta a pena em uma metade;
Maus-tratos artigo 650 do Código Pena),14 crime aplicável a menores – Expor a perigo a vida ou a saúde de criança ou adolescente, sob sua autoridade, guarda ou vigilância, sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado. Se a pessoa for menor de 14 anos, há ainda a agravante do § 3º, introduzida pelo ECA (lei 8.069/90),15 que aumenta a pena em mais um terço.
Exploração da prostituição de menores – A exploração da prostituição infantil, considerada pela OIT como uma das piores formas de trabalho infantil, é crime previsto no artigo 294-A16 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Pornografia de menores – Crime previsto nos artigos 260 e 241 do ECA.17
Venda ou tráfico de menores – Constitui crime previsto no artigo 239 do ECA.18
Portugal
Em Portugal, o trabalho infantil é considerado uma grave ofensa à integridade de uma criança e punido severamente, com prisão e multas altíssimas. O artigo 152 do Código Penal Português19 define os casos específicos em que actualmente o trabalho infantil é crime – maus tratos a menores implicando em trabalho em actividades perigosas, desumanas ou proibidas (item 2) ou trabalho excessivo (item 3).
Dados
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2005 divulgada pelo IBGE revelam que o avanço da ocupação infantil foi influenciado pelo aumento do trabalho para o próprio consumo e pelo trabalho não remunerado na atividade agrícola.
No meio agrícola, este fato aumenta principalmente devido a fatores como dificuldades financeiras geralmente geradas pela seca, obrigando os menores a trabalhar em diversas frentes de trabalho (hortas, pedreiras, comércio) em busca de melhorar a renda familiar.
Segundo a pesquisa, na faixa dos 5 a 17 anos de idade, o contingente dos que trabalhavam passou de 11,8% em 2004 para 12,2% em 2005, muito embora esses dados não alteram a tendência de declínio que vem sendo registrada de 1995 a 2005.
Mais de 5 milhões de jovens entre 5 e 17 anos de idade trabalham no Brasil, segundo pesquisa recente do IBGE, apesar de a lei estabelecer 16 anos como a idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho.
Na última década, o governo brasileiro ratificou convenções internacionais sobre o assunto e o combate ao trabalho infantil se tornou prioridade na agenda nacional.
Foram criados órgãos, alteradas leis e implantados programas de geração de renda para as famílias, jornada escolar ampliada e bolsas para estudantes, numa tentativa de dar melhores condições para que essas crianças não tivessem que sair de casa tão cedo para ajudar no sustento da família.
Tanto esforço vem dando resultado. O número de jovens trabalhando diminuiu de mais de 8 milhões em 1992, para os cerca de 5 milhões hoje[carece de fontes]. Mas especialistas afirmam[carece de fontes]: o momento de inércia ainda não foi vencido e, se o trabalho que está sendo feito for suspenso agora, vai ser como se nada tivesse acontecido. Sendo proibido por lei o trabalho infantil, ainda está em circulação pelo Brasil e o Mundo
*Anarquista/Anarquismo


Alckmin faz o que faz porque é apenas o Geraldo
(Foto: Marcelo Camargo/ABr)

O jornalista Roberto Lameirinhas usou o Facebook para expressar algo que muitos dos cidadãos paulistas, tenho certeza, gostariam de dizer, se tivessem a oportunidade de se encontrar com o governador Geraldo Alckmin. 
O que escreveu, com a veemência dos justos, é um verdadeiro manifesto que milhões de pessoas violentadas em seus direitos básicos de cidadãos gostariam de subscrever.
O governador, se fosse um homem público de verdade, um estadista, não perderia uma oportunidade dessas para defender a sua política, a política de seu partido, a sua própria dignidade.
Mas é claro que não fará nada disso.
Ele é apenas um Geraldo Alckmin. 
Abaixo, o depoimento do Lameirinhas:

Essas imagens, que vocês viram à exaustão hoje nos telejornais e programas sensacionalistas da TV nesta segunda-feira, eram de um vizinho meu, assassinado na pizzaria que ele transformou em sucesso há mais de dez anos. O dia e horário do assassinato, domingo, 23 da noite, eram exatamente o dia e horário em que eu costumava estar na pizzaria dele batendo papo, falando do Palmeiras, essas coisas. Neste domingo, eu e a Lu fomos ao bar do Justo. Não comemos pizza, optamos por um lanche de pernil. Na segunda pela manhã, descobri que o Reginaldo, da pizzaria tinha sido assassinado, junto com o sobrinho, Felipe - menino de 19 anos que eu conhecia desde os 10, mais ou menos, e brincava com meu filho, da mesma idade. Não, não sou um defensor ferrenho do olho por olho. Tenho sérias restrições ao discurso em favor da redução da maioridade penal. Mas quero, exijo, o direito de sair de casa sem ser assaltado ou assassinado. Eu tenho nojo do governo de um Estado que retira a polícia das ruas durante um evento, só porque ele é promovido por uma prefeitura, cuja liderança pertence a um partido diferente. Eu tenho nojo do governo de um Estado que aposta no quanto pior, melhor, por razões politiqueiras. Geraldo Alckmin, eu tenho um nojo profundo de você, politiqueiro, reacionário, incompetente, incapaz de resolver o problema da segurança na periferia de São Paulo. Eu, pagador de impostos escorchantes, responsabilizo você - safado, vagabundo, inepto - e sua polícia ineficaz por essas duas mortes.

COLLOR AO 247: "GURGEL É UM DÉSPOTA IGNORANTE"

Com sua agressão, Gurgel pode ter nomeado Deborah

: Dilma Rousseff, que havia decidido nomear Rodrigo Janot para o lugar do Procurador-Geral da República, pode rever a escolha em favor de Deborah, exonerada ontem por divergir publicamente com Gurgel 
247 – Deborah Duprat, exonerada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por divergir publicamente com ele, pode dar a volta por cima e assumir seu lugar. 
Além de decidir pela exoneração, Gurgel protocolou, nesta terça-feira, petição no Supremo Tribunal Federal na qual requer que os ministros desconsiderem a manifestação de Deborah no julgamento da ação contra a tramitação do projeto de lei que inibe a criação de partidos e a fusão entre legendas, informa o Conjur. 
O STF deverá retomar o julgamento do caso nesta quarta-feira. 
Leia a informações de Vera Magalhães, do Painel, da Folha: 
Reviravolta à vista? 
O rompimento entre Roberto Gurgel e Deborah Duprat, exonerada ontem pelo procurador-geral da República, pode mexer na sucessão no Ministério Público Federal. 
Observadores acham que Dilma Rousseff, que havia decidido nomear Rodrigo Janot para o lugar de Gurgel, pode rever a escolha em favor de Duprat, que passou a divergir publicamente do PGR. 
Janot virou favorito justamente por se apresentar como anti-Gurgel'', tratado pelo PT como inimigo desde o mensalão. 
Sem apito 
Colegas de Deborah Duprat observam que, em campanha, a ex-vice de Gurgel não cobrou o governo sobre os incidentes recentes com índios, tema caro a ela. 
Bipolar 
De um ministro do STF diante do vaivém da PGR no mandado de segurança sobre novos partidos, que será julgado hoje: 
"A independência não pode se sobrepor ao princípio da unidade. É preciso que mostrem que não são esquizofrênicos''. 
por René Amaral
*

Submarino tripulado chinês Jiaolong faz novo teste no mar


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCZFpvuktCcjtuZVwyYwamCzWIFpf2i6wavgPT61nKJV8mkQIdxjtN7Msof39RyyQoFrEVnn0HQBcYKbvWKexo-MebR6FZQ7-twMxCpdvZpxtgGiUH3qKJAWIEDg3D7jNm5Cipvv0EZI7D/s400/Jiaolong.jpg

O navio "Xiang Yang Hong 09" partiu hoje (10) do porto internacional de Sunan, na cidade de Jiangyin, província de Jiangsu levando a bordo o submarino tripulado chinês Jiaolong, que vai fazer um novo teste no fundo do mar com duração de 103 dias. 
Em junho de 2012, o Jiaolong chegou a 7062 metros de profundidade na Fossa das Marianas. 
Isso significa que esse submarino chinês pode chegar ao fundo de 99,8% dos mares do mundo. 
De acordo com Associação de Pesquisa e Desenvolvimento de Recursos Oceânicos e Minerais da China sob a Administração Estatal dos Assuntos Marítimos (SOA, na sigla em inglês), atualmente, o submarino chinês ainda não possui condições para entrar em funcionamento oficial. 
Por isso, a entidade planeja realizar uma série de testes durante cinco anos, a fim de consolidar o desenvolvimento do submarino. 
Desta vez, os cientistas vão participar da tarefa, a fim de fazer observação submarina. 
De acordo com plano, a cada viagem, dois tripulantes serão acompanhados dentro do submarino por um cientista.
Fonte: CRI
por Alina Stewart
*cutucandodeleve

O CASO DA LÂMPADA QUE NÃO PODE VIR À LUZ

Benito Muros e sua lâmpada infinita.
Espanhol é ameaçado de morte por criar lâmpada que não queima
Obsolescência programada. A bateria de um celular morre em dois anos, um computador em quatro, a geladeira está tendo problemas em oito anos e de repente, em um belo dia, a televisão lhe diz adeus.

“Não há nada para se fazer além de comprar outra.” É possível fazer produtos que durem mais do que isso? Quem sabe a vida toda? Benito Muros,  da SOP (Sem Obsolescência Programada), diz que é possível. Por isso está ameaçado de morte.

O conceito de obsolescência programada surgiu entre 1920 e 1930 com a intenção de criar um novo modelo de mercado, que visava a fabricação de produtos com curta durabilidade de maneira premeditada obrigando os consumidores a adquirir novos produtos de forma acelerada e sem uma necessidade real.

As lâmpadas e a luta de Benito Muros respondem a um novo conceito empresarial, baseado em desenvolver produtos que não caduquem, como aquelas geladeiras Frigidaire ou máquinas de lavar Westinghouse que duravam a vida toda.

Uma filosofia empresarial mais conforme com nossos tempos, graças à comercialização de produtos que não estejam programados para ter uma vida curta, senão que respeitem o meio ambiente e que não gerem resíduos que, por vezes, acabam desembocando em containers de lixo no terceiro mundo.

A seguir, trechos da entrevista onde ele fala sobre seu projeto:

Trata-se de um movimento que denuncia a obsolescência programada. Lutamos para que as coisas durem o que tenham de durar, porém os fabricantes de produtos eletrônicos os programam para que durem um tempo determinado e obrigam os usuários a comprar outros novos. A lei permite!

O consumo de nossa sociedade está baseado em produtos com data de validade. Mudar isso suporia mudar nosso modelo de produção e optar por um sistema mais sustentável. Os fabricantes devem ser conscientes de que as crises de endividamento como a que vivemos são inevitáveis e que podemos deter o crime ecológico.

Repórter: A lavadora de minha mãe durou 35 anos.
E agora aos seis já da problemas. Também, antes havia umas meias de náilon irrompíveis. Deixaram de fabricar, por isso, porque duravam demais.
Mas hoje, por exemplo, temos uma lâmpada que está acesa há 111 anos em um parque de bombeiros de Livermore (Califórnia). Foi então que surgiu a ideia de criar, junto com outros engenheiros, uma linha de iluminação que dure toda a vida.

Repórter: Não queima nunca?
Nunca! Dura mais de 100 anos, porém, como não veremos, oferecemos uma garantia de 25 anos.

Repórter: Não se vê isto nos grandes armazéns.
Não, porque as distribuidoras nos dizem que vivem das que se queimam. Inclusive recebemos ofertas de milhares de dólares para tirá-la do mercado.

Repórter: E quanto custa sua lâmpada?
Pode ser comprada online por uns €37,00. Aos fabricantes não lhes interessa.

Repórter: Um gênio ou um louco?
Nem um nem outro. Somente buscamos uma sociedade mais justa. Ainda que isto signifique estar ameaçado de morte. A lâmpada criada pela OEP Electrics responde à necessidade atual de um compromisso com o meio ambiente. Ao durar tanto tempo, não gera resíduos ao mesmo tempo em que permite uma poupança energética de até 92% e emite até 70% a menos de CO2.

Mas, ao que parece, a indústria de produtos elétricos não está muito contente com a descoberta. Benito Muros diz que está sendo ameaçado devido a seu invento e inclusive afirma ter recebido ofertas milionárias para retirar seu produto do mercado.

“Senhor Muros, você não pode colocar seus sistemas de iluminação no mercado. Você e sua família serão aniquilados”, reza a denúncia que Muros apresentou à Polícia, que apesar do medo não se acovardou.

Para realizar sua pesquisa, Muros viajou até o parque de bombeiros de Livermore (Califórnia), lugar no qual há uma lâmpada que permanece acesa de forma ininterrupta há mais de 111 anos. Ali conversou com descendentes e conhecidos dos criadores da lâmpada, já que não existia documentação a respeito.

Com esta informação conseguiu as bases para começar sua pesquisa, cujo achado supõe um novo conceito de modelo empresarial baseado na não Obsolescência Programada.

Uma pequena lista das vantagens prometidas por Benito Muros e OEP Electrics:

– Gasta 92% menos eletricidade que uma lâmpada incandescente, 85% em relação às halogênicas e 70% em relação às fluorescentes.
– Garante 25 anos funcionando 24 horas por dia, 365 dias por ano.
– Não se queima no caso de acender e pagar várias vezes. A empresa OEP Electrics garante 10 mil comutações (acender e apagar) diárias.
– Ela acende na hora. Não precisa esperar ela esquentar.
– Não emite ultravioleta e nem ultravermelho (evitando problemas de pele e nos olhos).
– Não faz zumbido.
– Consegue iluminar em temperaturas de até 45º abaixo de zero.
– Não contém tungstênio e nem mercúrio. Não possui metais pesados que demoram para desintegrar. São recicláveis e seguem todas as normas ambientais.
– Emite 70% a menos de CO2.
– Por ter mais tempo de vida, produz menos resíduos para a natureza.
– Praticamente não esquenta utilizando somente aquela energia que será necessária para iluminar, ao contrário das lâmpadas convencionais que gastam 95% da energia para produzir calor e 5% para iluminar.
– Por não esquentar e não produzir radiação evita deteriorar os materiais que estão perto.
– Evitam risco de incêndio.
– Não prejudicam o frio dentro de câmaras frigoríficas. (Fonte: aqui).
Esta é a manchete correta: Policiais vandalizam contra protesto pacífico em São Paulo
Policiais vandalizam contra protesto pacífico em São Paulo
Brasil de Fato
Pela redução das tarifas do transporte público, cerca de 12 mil pessoas fecharam as ruas da capital paulista; policiais usaram da violência excessiva para dispersar manifestantes

Eduardo Sales e José Francisco Neto
da Reportagem
Foto da capa: Mídia Ninja
Trabalhadores, estudantes, pessoas de diversas idades, partidárias ou não, saíram às ruas de São Paulo pelo terceiro dia para protestar contra o aumento das tarifas do transporte público. Nesta terça-feira (11), a capital paulista parou em meio ao ato que reuniu cerca de 12 mil manifestantes. 
Mas o destaque ficou mesmo com a ação violenta da polícia militar do Estado de São Paulo. A Tropa de Choque da PM disparou tiros de balas de borracha, bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo nas pessoas quando o protesto, que ocorria de modo pacífico, já havia terminado.
O primeiro ato de violência policial ocorreu no terminal Parque D. Pedro, por volta das 19h30. Cinco viaturas da PM impediram que os manifestantes ocupassem a avenida Rangel Pestana por meio de bombas e balas de borracha. Várias pessoas ficaram feridas. A reportagem do Brasil de Fato presenciou ainda o cerco de três policiais a um deficiente físico, agredido com golpes de cassetetes, próximo a região da rua 15 de Novembro.
Policiais atiraram bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo nos manifestantes. Tiros de balas de borracha também feiram dezenas de pessoas. Foto: Paulo Ianone
Com manifestações descentralizadas, grupos menores que tentavam seguir até a avenida Brigadeiro Luiz Antônio foram alvejados violentamente com uma sequência de tiros de armas com balas de borracha novamente. Exatamente no centro da cidade, bancas de jornal foram utilizadas para se proteger da selvageria dos policiais militares. 
Mesmo após a violência policial, diversos grupos conseguiram se reunir no início da Brigadeiro em direção à Paulista. A passeata seguiu pacificamente, até o Masp, quando a polícia, novamente de modo agressivo, lançou uma sequência de dez bombas de efeito moral, gás de pimenta, atingindo até mesmo outros trabalhadores que retornavam para suas casas.
Manifestante entrega flores a PMs da Tropa de Choque paulista. Logo em seguida, é atingido por tiros de balas de borracha disparados pelos mesmos policiais. Foto: Rodrigo Soares
Alguns manifestantes (na foto acima) chegaram a entregar flores para alguns policiais da Tropa de Choque. Logo em seguida, segundo o jornal Folha de S.Paulo, o que aparece em destaque na foto foi atingido por tiros de balas de borracha disparados pelos mesmos policias.
Sobrou até para um repórter do jornal Folha de S.Paulo. Leandro Machado foi detido durante o protesto na avenida Paulista. Mesmo apresentando o crachá da empresa em que trabalha, Machado foi levado para o 78º DP (Jardins) num carro da PM. No caminho, foi informado pelos policiais de que estava sendo detido por "atrapalhar a ação da polícia". Fora o repórter, mais 20 pessoas foram presas. 
Por sinal, outros dois repórteres sofreram consequências da ação policial. Apesar de estar identificado por um crachá, o jornalista Fernando Mellis levou um golpe de cassetete nas costas. Já o repórter do Brasil de Fato, José Francisco Neto foi atingido por uma bala de borracha no braço.
A campanha contra aumento da tarifa dos transportes púbicos em São Paulo começou na quinta-feira passada (6), com um protesto que fechou a 23 de Maio, a Paulista e a 9 de Julho. Nos dois dias também houve violência por parte da polícia militar
Outro ato pela redução das tarifas do transporte público, que é organizado pelo Movimento Passe Livre, está marcado para a próxima quinta-feira (13) no Anhangabaú.
*Mariadapenhaneles

O VANDALISMO E A BADERNA DO SR. GERALDO PINHEIRINHO ALCKMIN: TEATRO DE ÓPERA, EDUCAÇÃO E SAÚDE



Canetada contra o povo
Canetada contra o povo

Os protestos nas ruas de São Paulo são uma demonstração inequívoca da insatisfação popular da juventude. Não são os 20 centavos da passagem que geram tanta insatisfação no movimento Passe Livre.

Pela quantidade de pessoas presentes no protesto, não dá para afirmar que são simplesmente “baderneiros e vândalos”, como afirmou Geraldo Pinheirinho Alckmin.

É com certeza uma das mais novas rebeldias. Acabou a lua de mel com o PT, que deve colocar as barbas de molho, e é também o resultado de quase 20 anos de políticas de sustentação da desigualdade e da manutenção da pobreza por parte do PSDB e de Geraldo Pinheirinho Alckmin.

A mesma violência que o sr. Alckmin imprimiu na desocupação do Pinheirinho e outros terrenos estão agora nas ruas de São Paulo. Quem cresce na violência, também reproduz a violência. E essa violência inicial é do próprio Estado.

A violência pode não ser o cacetete de borracha, como querem os saudosos da ditadura, mas um simples ato administrativo como o que o sr. Alckmin fez recentemente ao liberar R$ 80 milhões (!!!!) para a construção de um teatro de ópera em Campinas, após um presente (de grego) de um escritório de arquitetura, que cedeu “gratuitamente” (kkk) o projeto para a cidade.

Assim como a péssima situação da educação e da saúde em São Paulo, o sr. Pinheirinho Alckmin comete esse vandalismo com o dinheiro público. O dinheiro que será torrado neste teatro, que é apenas um exemplo, daria para construir 80 teatros menores e mais pequenos centros de cultura por toda a cidade, principalmente na periferia. Isso é vandalismo e baderna.

*EducaçãoPolitica 

 

Para a Globo, très chic: Na França tem manifestantes, no Brasil tem vândalos



Na França ocorre protesto, no Brasil, vandalismo. A mídia e sua manipulação p/ silenciar e controlar o povo.

 *Mariadapenhaneles