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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 12, 2013

Submarino tripulado chinês Jiaolong faz novo teste no mar


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O navio "Xiang Yang Hong 09" partiu hoje (10) do porto internacional de Sunan, na cidade de Jiangyin, província de Jiangsu levando a bordo o submarino tripulado chinês Jiaolong, que vai fazer um novo teste no fundo do mar com duração de 103 dias. 
Em junho de 2012, o Jiaolong chegou a 7062 metros de profundidade na Fossa das Marianas. 
Isso significa que esse submarino chinês pode chegar ao fundo de 99,8% dos mares do mundo. 
De acordo com Associação de Pesquisa e Desenvolvimento de Recursos Oceânicos e Minerais da China sob a Administração Estatal dos Assuntos Marítimos (SOA, na sigla em inglês), atualmente, o submarino chinês ainda não possui condições para entrar em funcionamento oficial. 
Por isso, a entidade planeja realizar uma série de testes durante cinco anos, a fim de consolidar o desenvolvimento do submarino. 
Desta vez, os cientistas vão participar da tarefa, a fim de fazer observação submarina. 
De acordo com plano, a cada viagem, dois tripulantes serão acompanhados dentro do submarino por um cientista.
Fonte: CRI
por Alina Stewart
*cutucandodeleve

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