ECOS DO PRONUNCIAMENTO (II)
A grande imprensa tinha ciência de que a quase totalidade dos manifestantes, equivocadamente, julgava que os estádios para a Copa 2014 haviam sido reformados com dinheiro público, desfalcando o orçamento da União de recursos para educação, saúde, segurança etc.
Sabia, e não teve a mínima preocupação em esclarecer. Foram dias seguidos de silêncio quanto ao assunto, até o momento do pronunciamento.
Em seu discurso, Dilma Rousseff enfatizou: não foram utilizados recursos do orçamento público na reforma dos estádios.
Agora, a Folha de S.Paulo, inconformada, escarafuncha tudo o que é de obra e documento para ver se localiza algo que desqualifique a afirmação presidencial.
Ah, mas houve empréstimos do BNDES para os consórcios, a juros subsidiados! Não cola; as linhas de crédito do banco estatal referido estão abertas a todos, e a presunção é de que os consórcios se enquadraram nas condições previamente traçadas. Ademais, Dilma não disse que os empréstimos firmados previam juros não subsidiados, disse que os recursos utilizados na reforma dos estádios não foram sacados do orçamento da União.
Não fosse o esclarecimento da presidência, ainda hoje estaria o Brasil acreditando em uma ficção tratada com especial carinho pela grande imprensa.
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