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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 25, 2013

Constituinte: oposição sente o tiro no peito

“Soberania popular”? O Agripino foge mais disso que o Gilmar
Saiu na Folha:

Oposição acusa Dilma de atropelar o Congresso ao propor plebiscito da reforma política

Gabriela Guerreiro
“É uma competência exclusiva do Congresso convocar plebiscito. Para desviar atenção, ela transfere ao Congresso uma prerrogativa que já é do Legislativo e não responde aos anseios da população”, disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
A oposição diz ser favorável à consulta popular, mas discorda da convocação de Assembleia Constituinte específica para discutir a reforma política. “Nenhum de nós é contra consulta popular, mas fazer plebiscito sobre o que o Congresso precisa fazer? Não adianta querer entrar agora com manobra diversionista. A reforma é importante, mas vamos cuidá-la com o devido amparo legal”, atacou o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).
A Oposição perdeu o Golpe no Supremo.
Chora, Agripino, chora!
Em tempo: o jornal nacional gastou mais tempo com umas manifestações de araque do que com as decisões da Dilma. O jn continua a jogar no caos. O jn também sentiu no peito o plebiscito para convocar uma constituinte. Estrebuchou, com a rotineira ajuda de “juristas” de plantão. Não deixe de votar na enquete trepidante: você é a favor de uma constituinte para acabar com o Caixa Dois em campanha política (e o poder da Globo numa eleição) ?
Paulo Henrique Amorim

Dilma tira a Constituição do Gilmar e devolve ao povo!

O povo vai convocar a Constituinte e referendá-lo. Bye, bye Fux!
O passarinho pousou na janela lá de de casa e contou.
O ex-Ministro Franklin Martins trouxe na bandeja para a Presidenta Dilma a limonada feita com o limão das manifestações.
É uma ideia do deputado José Genoino, de 2008.
Foi quando fracassou mais uma tentativa de fazer uma reforma política.
Genoino desencavou um projeto de Luiz Carlos Santos, que previa exatamente a revisão constitucional, pontualmente.
Em abril deste ano, Genoino propôs de novo, com a dificuldade de se aprovar uma reforma política.
A ideia de Genoino é cristalina.
Primeiro, um plebiscito autorizativo para convocar uma Constituinte com a finalidade de fazer uma reforma política e eleitoral.
Ou seja, devolver o poder ao povo.
O povo convoca a Constituinte.
Foi o que a Dilma anunciou hoje e que o Fontana já elogiou.
Segundo, a Constituinte é unicameral.
Não tem distinção entre Senado e Câmara.
E decide por maioria absoluta.
A Constituinte tem que concluir seu trabalho num prazo de um ano.
Depois, a Constituinte é promulgada por um referendo popular.
Para, de novo, dar legitimidade.
O povo decide na entrada e na saída do processo.
O que significa isso, amigo navegante?
Que a Dilma estourou a bolha do Golpe da Big House.
A Dilma reestabeleceu o primado da Democracia: a fonte da legitimidade é o povo e, não, a Justiça.
Onde seria perpetrado o Golpe?
Na caverna que liga a Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, iluminada, apenas, pelos holofotes instalados nos helicópteros da Globo.
Começaria nas ruas, com as manifestações do Passe Livre embolsadas pelo Golpe mediático da Globo.
Morre um, morre outro, dá-se a anomia completa, a vivo e a cores, nas edições de quatro horas consecutivas do jornal nacional.
Instalado o caos, cria-se uma questiúncula jurídica qualquer, ela vai ao Supremo e o Supremo depõe a Presidenta.
Como no Paraguai.
Era o modelito da Direita.
Substituir a soberania popular pela Justiça, tal qual definida na caverna que liga a PGR ao Supremo.
Pluft!
A bolha explodiu.
Em tempo: por falar nisso, por onde andou o zé ministro da Justiça nesses dias todos ?
Em tempo2: e o Ministro Fux, acusado de plágio ? O ilustre Ministro não dá credito ao usar texto do advogado José Roberto Ferreira Gouvêa, que o acusa de “contrafação”. Amigo navegante, o que falta para o Supremo abrir o processo de impeachment deste juiz que se arvora a dizer o que é Constitucional ou não?
Paulo Henrique Amorim
*comtextolivre

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