Centrais sindicais e MST marcam ato unitário para 11 de julho em todo o país
Em reunião
com a presidenta Dilma Rousseff (foto acima), realizada nesta
quarta-feira (26) em Brasília (DF), centrais sindicais apresentaram as
pautas da mobilização nacional
Em
reunião realizada nessa terça-feira (25), as centrais sindicais e o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) marcaram para 11 de
julho o Dia Nacional de Lutas, com o lema “Pelas liberdades democráticas
e pelos direitos dos trabalhadores”. As paralisações, greves e
manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe
trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios, além
de construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações
realizadas em todo o país nos últimos dias.
Vão
participar da mobilização nacional a Central Única dos Trabalhadores
(CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a
Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central
Sindical e Popular (CSP) Conlutas, a Central Geral dos Trabalhadores do
Brasil (CGTB), a Central dos Sindicatos do Brasil (CSB) e a Nova Central
Sindical dos Trabalhadores (NCST), além do MST.
Na
reunião dessa terça-feira, as centrais sindicais e o MST estabeleceram
uma plataforma unitária de lutas, com os seguintes pontos: 1) Educação:
pelos 10% do PIB, melhoria da qualidade, ciranda infantil nas cidades,
etc.; 2) Saúde: garantia de investimentos conforme a Constituição,
melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS), apoio à vinda dos médicos
cubanos, etc.; 3) Redução da jornada de trabalho para 40 horas:
aprovação do projeto que está na Câmara; 4) Transporte público de
qualidade: proposta de tarifa zero em todas as grandes cidades; 5)
Contra a PEC 4330: projeto do governo que institucionaliza o trabalho
terceirizado sem nenhum direito, como Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) e férias; 6) Contra os leilões do petróleo; 7) Pela
Reforma Agrária: solução dos problemas dos acampados, desapropriações,
recursos para produção de alimentos sadios, legalização das áreas de
quilombolas, entre outras reivindicações; 8) Pelo fim do fator
previdenciário, que afeta a classe trabalhadora ao se aposentar.
Além
disso, os movimentos sociais defendem como bandeiras da mobilização a
reforma política e do plebiscito popular sobre o tema; a reforma urbana
para enfrentar a crise das grandes cidades e a especulação imobiliária; e
a democratização dos meios de comunicação, com o encaminhamento ao
Congresso Nacional do Projeto de Lei de Iniciativa Popular construído
pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC) e em fase de
coleta de assinaturas.
A
mobilização nacional também denunciará o genocídio da juventude negra e
dos povos indígenas; a repressão e a criminalização das lutas e dos
movimentos sociais; e a impunidade dos torturadores da ditadura
civil-militar. Além disso, as centrais sindicais e os movimentos
demonstrarão repúdio à aprovação do estatuto do nascituro e à redução da
maioridade penal.
Nesta
quarta-feira (26), os itens da pauta foram apresentados à presidenta
Dilma Roussef, em audiência realizada no Palácio do Planalto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário