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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 29, 2013

Executivos do HSBC não serão presos apesar de lavarem dinheiro do narcotráfico e terroristas


Tradução: Caminho Alternativo
(12-12-2012)
Num acordo inédito, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos fechou a investigação por lavagem de dinheiro contra o HSBC, após o banco aceitar pagar uma multa récord de $1.9 bilhões de dólares.
Em julho deste ano, um executivo declarou perante o Senado dos EUA que o HSBC ignorou por anos que violentos narcotraficantes mexicanos e sauditas vinculados à Al Qaeda tinham transferido grandes somas de dinheiro através do banco, fazendo vista grossa à transações suspeitas detectadas por suas próprias autoridades fiscalizadoras.
O caso lembrou a polêmica história do Banco Internacional de Crédito e Comércio (BCCI), utilizado por ditadores, narcotraficantes árabes, contrabandistas de armas e serviços de inteligência para lavar dinheiro. O BCCI quebrou após descobrirem sua participação em numerosas atividades criminosas, vinculadas à operação Irã-Contras e misteriosos movimentos de dinheiro no Chile e Argentina.
Por certo, HSBC possui históricos precedentes ligados ao lucrativo negócio dos narcóticos. Em seu livro Narcotráfico S.A., o autor Lyndon LaRouche assinala que o HSBC, antigamente chamado Corporação Bancária de Hong Kong e Shanghai em 1865, serviu como o “centro bancário para a guerra do ópio do império britânico”.
O general Augusto Pinochet, ligado à titãs do BCCI como Gaith Pharaon, Khalid Bin Mahfouz e Monzer Al Kassar, também foi conectado com as contas suíças do HSBC, nas quais existiriam 9 toneladas de ouro depositadas em seu nome. O escândalo dos lingotes voltou a emerger em 2009, quando o broker Alan Landry, descobridor da conta secreta, reclamou a falta de interesse das autoridades chilenas para resolver o caso.
Ao HSBC se somam outros bancos que “ignoraram” situações do mesmo calibre. Em 2006, se descobriu que a companhia de serviços financeiros Wachovia havia lavado milhares de milhões de dólares para o Cartel de Sinaloa. De maneira similar como ocorreu com o HSBC, Wachovia pagou uma multa de $160 milhões de dólares e nenhum executivo do banco foi preso.
Comentário do blog:
Volto a repetir, o narcotráfico jamais será eliminado, porque é a fonte de lucro dos banqueiros. Pelo contrário, o tráfico de drogas é administrado por organizações terroristas como a CIA, principalmente quando se fala do mercado de ópio no Afeganistão. A invasão à este país não foi apenas por petróleo e gás, mas sim pelo enorme interesse em reconstruir as plantações de papoula que os talibans haviam destruído.
Isto significa que toda a economia global possui como um de seus principais pilares, o narcotráfico! Agora o leitor pode perceber que  o tráfico de drogas nunca será eliminado, porque existem interesses da elite financeira que governa o mundo. Com isto, se deduz que a violência também nunca vai acabar na sociedade, porque a violência gera lucro, são mais armas vendidas, mais drogas vendidas, mais forças policiais são contratadas e mais aparato policial e de vigilância são adquiridos. Muito dinheiro está em jogo aqui, então esqueça o que os políticos dizem, pois eles trabalham para manter o esquema funcionando, já que são financiados pelos donos do capital.
Vivemos este inferno na Terra por causa do que foi exposto no artigo, para os banqueiros e corporações somos apenas “gado humano” que serve para pagar contas, consumir, trabalhar e pagar juros extorsivos aos bancos. Não querem que as massas descubram como funciona o “sistema financeiro”, que é na verdade, um sistema de exploração humana para manter esta elite no poder.
Já foi denunciado em outros artigos no blog sobre este assunto, mas as massas continuam alienadas, ainda possuem conta em banco, pagam juros para esses canalhas e consomem com cartão de crédito.
É hora de tomar vergonha na cara e perceber que quem possui qualquer relação com banco está financiando o narcotráfico, as guerras, o genocídio, e está perpetuando o poder desta elite perversa que escraviza a humanidade.
*NINA

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