Esperem sentados a mídia divulgar isso
Já se provou fartamente que não houve um real do Orçamento Público
nestas obras, embora tenha havido, sim, em obras associadas ao evento,
sobretudo na área de mobilidade urbana: corredores de transporte, metrô,
obras viárias em geral.
Ah, mas houve dinheiro do BNDES, dizem.
Sim, houve. E daí? O BNDES é um banco, que empresta dinheiro a juros.
Mais baixos que os bancos privados, é verdade, porque são empréstimos
de longo prazo, que banco privado no Brasil não faz, como todo mundo
sabe.
São empréstimos com taxa de risco, remuneração pela intermediação e
garantias líquidas, sobretudo o empenho das transferências federais aos
Estados e Municípios.
Tem limite de valor (até R$ 400 milhões) e de participação (75%).
Igualzinho a um financiamento imobiliário.
Isso é público e publicado.
Mas vamos aceitar isso e perguntar: ah, então tem financiamento para a Copa, mas não tem para outras coisas.
Não?
Sexta-feira mesmo, em meio à confusão toda, o BNDES aprovou um empréstimo de “apenas” R$ 2,3 bilhões
– ou se quiserem, seis estádios – para o Governador tucano Geraldo
Alckmin expandir o Metrô de São Paulo para Vila Prudente, São Lucas,
Água Rasa, Vila Formosa, Aricanduva, Cidade Líder, Sapopemba, São
Mateus, Parque do Carmo, São Rafael, Iguatemi, José Bonifácio,
Guaianazes e Cidade Tiradentes e também Orfanato, Água Rasa, Anália
Franco e Vila Formosa.
São, além das linhas, 71 trens. Um milhão e trezentos mil beneficiados.
Já são mais de 6,2 bi de grana para expandir o metrô paulista, entre Serra e Alckmin.
Mas o Governo Federal, estranhamente, é uma galinha que bota ovo e não cacareja.
É o contrário do que Millôr Fernandes dizia dos políticos, que cacarejam e não botam ovo.
Fica esperando que a nossa isenta e equilibrada mídia divulgue.
O Millor também dizia que”quem não anuncia, se esconde”.
Tomara que isso tenha mudado.
Fernando BritoNo Tijolaço
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