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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 12, 2013

O VANDALISMO E A BADERNA DO SR. GERALDO PINHEIRINHO ALCKMIN: TEATRO DE ÓPERA, EDUCAÇÃO E SAÚDE



Canetada contra o povo
Canetada contra o povo

Os protestos nas ruas de São Paulo são uma demonstração inequívoca da insatisfação popular da juventude. Não são os 20 centavos da passagem que geram tanta insatisfação no movimento Passe Livre.

Pela quantidade de pessoas presentes no protesto, não dá para afirmar que são simplesmente “baderneiros e vândalos”, como afirmou Geraldo Pinheirinho Alckmin.

É com certeza uma das mais novas rebeldias. Acabou a lua de mel com o PT, que deve colocar as barbas de molho, e é também o resultado de quase 20 anos de políticas de sustentação da desigualdade e da manutenção da pobreza por parte do PSDB e de Geraldo Pinheirinho Alckmin.

A mesma violência que o sr. Alckmin imprimiu na desocupação do Pinheirinho e outros terrenos estão agora nas ruas de São Paulo. Quem cresce na violência, também reproduz a violência. E essa violência inicial é do próprio Estado.

A violência pode não ser o cacetete de borracha, como querem os saudosos da ditadura, mas um simples ato administrativo como o que o sr. Alckmin fez recentemente ao liberar R$ 80 milhões (!!!!) para a construção de um teatro de ópera em Campinas, após um presente (de grego) de um escritório de arquitetura, que cedeu “gratuitamente” (kkk) o projeto para a cidade.

Assim como a péssima situação da educação e da saúde em São Paulo, o sr. Pinheirinho Alckmin comete esse vandalismo com o dinheiro público. O dinheiro que será torrado neste teatro, que é apenas um exemplo, daria para construir 80 teatros menores e mais pequenos centros de cultura por toda a cidade, principalmente na periferia. Isso é vandalismo e baderna.

*EducaçãoPolitica 

 

Para a Globo, très chic: Na França tem manifestantes, no Brasil tem vândalos



Na França ocorre protesto, no Brasil, vandalismo. A mídia e sua manipulação p/ silenciar e controlar o povo.

 *Mariadapenhaneles

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