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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 19, 2013

Arábia Saudita: a feroz ditadura alimentada pelo império terrorista e silenciado na mídia vassala


 

A Arábia Saudita joga pesado.

Luiz Eça
A imprensa brasileira não deu muita importância, mas foi um verdadeiro escândalo a tentativa da Arábia Saudita subornar a Rússia.
Numa recente reunião com Putin, o príncipe Bandar, chefe do Conselho de Segurança Nacional do reino, ofereceu comprar 15 bilhões de dólares em armamentos russos. Mais uma série de concessões políticas e econômicas.
Em troca, Moscou deveria parar de apoiar Assad na ONU e de continuar lhe fornecendo armamentos.
E o príncipe Bandar acalmou os receios russos de que a Síria caísse nas mãos de radicais islâmicos: qualquer regime que viesse pós- Assad estaria completamente nas mãos de Ryad.
Putin recusou a proposta: não ia vender sua política externa. De fato, a Rússia é muito grande para poder ser comprada.
Aí, o príncipe Bandar declarou que, então, só restava a opção militar. E que era melhor esquecer a projetada reunião de paz em Genebra, pois os rebeldes jamais topariam participar.
Tudo isso foi informado à agência Reuters por diplomatas de vários países do Golfo e do Líbano e por líderes da oposição síria.
Não dá para negar que a oferta de businness saudita fosse um tanto anti- ética. Chocante até.
A Arábia Saudita pouco se preocupa com esses aspectos.
Ela joga pesado, mesmo.
Na Síria, é talvez a principal provedora de armamentos aos rebeldes, além de não perder chance de apelar para que o Ocidente deixe de figuração e entre na guerra pra valer.
A forte ajuda militar prestada à insurgência não discrimina os grupos islâmicos radicais,             também fartamente aquinhoados.
Daí sua grande influência até mesmo sobre essas facções, o que levou  Bandar a garantir a Putin que quem assumisse depois de uma eventual queda de Assad seria controlado pelo reinado saudita.
A Arábia Saudita já gastou centenas de milhões de dólares (ou mais) para derrubar Assad por ser ele o principal aliado do Irã, o grande inimigo do reino.
Eles temem o poder militar dos iranianos e a possibilidade deles virem a ter bombas nucleares.
Por fim, como aliada dos EUA, a Arábia Saudita tem mesmo de criar problemas para o Irã.
Tanto a Arábia Saudita quanto o Irã tem governos islâmicos porém de seitas opostas. Os sunitas wahabitas sauditas consideram os shiitas iranianos como hereges e inimigos irreconciliáveis.
A mão pesada do governo de Ryadh também se faz sentir em outros países da África do Norte e do Oriente Médio. O reino lhes oferece recursos financeiros e seus eficientes serviços de inteligência para reforçar dinastias autoritárias, destruir democracias nascentes e reprimir insurreições populares.
Ryad acusa Teerã de estimular movimentos de protesto dos xiitas na região leste do seu país e no Bahrein, seu satélite.
Defendeu o quanto pôde os ditadores Mubarak, no Egito, e Saleh, no Iemen.
No norte do Iemen, um movimento separatista shiita, apoiado pelo Irã, já enfrentou vários ataques do exército saudita.
No Bahrein, desde 2011, a maioria xiita promove protestos, exigindo igualdade de direitos com os sunitas. O governo acusa os iranianos de estar por trás dos manifestantes. Em 2012, o exercito saudita interveio, reprimindo as manifestações a ferro e fogo.
Na guerra da Líbia, Ryadh forneceu armas e dinheiro para os rebeldes.
Ali o adversário era o ditador Gadafi, com quem a casa real de Saud mantinha uma rixa há muitos anos.
Tanto na revolução da Síria, quanto na Líbia, os sauditas se apresentaram como defensores da democracia e dos direitos humanos, contra os regimes desses países que os desrespeitavam com violência.
Interessante que todos eles são muito parecidos.
A Arábia Saudita é uma monarquia absoluta. O rei concentra poderes totais: executivo, legislativo e mesmo judiciário.
Conforme informa o príncipe Kaled Farhan, exilado em Dusseldorf, Alemanha, ao site RT: “Não há judiciário independente já que a polícia e os procuradores prestam contas ao Ministério do Interior.”
Os partidos são proibidos e os oposicionistas, severamente perseguidos. Diz o príncipe Farhan:”Esse ministério (do Interior) investiga os “crimes” relacionados à liberdade de expressão. Eles fabricam evidências, não permitem que as pessoas tenham advogado.”
E prossegue: ”Mesmo se a corte judicial decide pela absolvição dos acusados, o Ministério os mantém na prisão.”
Aliás, segundo a “Associação de Direitos Políticos”, existem 30 mil prisioneiros políticos.
Eleições, só de conselhos civis, que tem apenas poderes consultivos.
Recentemente, o mais alto conselho religioso (muito poderoso) declarou as demonstrações de protesto categoricamente anti-islâmicas porque “criam divisões e causam conflitos civis.”
O Estado saudita está profundamente ligado à religião oficial- o wahabismo sunita, a mais conservadora versão do islamismo.
Os wahabitas sustentam que a sharia, conjunto de leis do Alcorão, deve ser obedecida ao pé da letra, apesar de ter surgido há 1.400 anos atrás.
É o que acontece na Arábia Saudita, por imperativo constitucional.
Lá, todas as religiões não islâmicas são banidas. Não há igrejas de outros cultos, embora a pequena minoria cristã possa realizar suas cerimônias em residências privadas.
As mulheres são discriminadas.
Não podem guiar carros, nem viajar para o exterior sem autorização do marido, nem mesmo sair à rua desacompanhadas.
Só recentemente puderam votar e assim mesmo apenas para os conselhos municipais.
Recentemente, várias ativistas de direitos humanos foram condenadas à 10 meses de prisão e 2 anos de proibição de viajar, por “incitarem uma esposa contra seu marido”. Na verdade, elas ajudarem uma mulher que fora fechada em casa, sem alimentos, enquanto o marido viajava.
Pior de tudo: a conversão de um wahabita para outra religião é punida com a pena de morte.
Com a Primavera Árabe, a pequena oposição interna se intensificou.
A monarquia saudita reagiu, abrindo a mão para conceder 10 bilhões de dólares para construção de habitações e medidas a favor do emprego.
Mas fechou a outra mão, para golpear com mais força os manifestantes xiitas, 10% da população, e os jovens que começavam a pedir democracia.
Apesar da repressão, os xiitas continuam saindo às ruas, pedindo igualdade de direitos com os sunitas wahabitas.
Impedidos de se manifestar em público, os jovens usam as mídias sociais para veicular seus comentários e críticas às violências do regime.
Comentando as punições que eles vem sofrendo, disse Joe Stork , vice-diretor do Human Rights Watch, Oriente Médio: “Colocar  pessoas na prisão devido a pacíficos posts no Facebook, prova  que não há onde expressar opinião, nem mesmo nas redes sociais.”.
Os EUA – firme defensor e proselitista da democracia no Oriente Médio, duro denunciante das ditaduras violadoras dos direitos humanos – teria todos os motivos para tratar a Arábia Saudita como um Estado pária.
Mas não, continua in love pelo reino dos Saud.
Afinal, depois de Israel, é seu maior e mais forte aliado no Oriente Médio, importante para complicar a vida do hostil Irã.
Além de ser o maior produtor mundial de petróleo e maior fornecedor dos EUA, ainda é um excelente mercado para as exportações americanas.
Só no ano passado, comprou 60 bilhões de dólares em armamentos, muito bem vindos num país assolado pela crise e pelo desemprego.
Por isso mesmo, para a Casa Branca, vale a pena esquecer que a Arábia Saudita foi um dos 3 únicos países do mundo que reconheceram o regime Talibã, antes da invasão.
Seus petrodólares financiam armas para movimentos radicais islâmicos próximos ao Wahabbi, na África e na Ásia, muitos deles inimigos do Ocidente.
Conforme relatório da então secretária de Estado, Hillary Clinton, revelado pelo Wikki Leaks em 2009: “Os doadores na Arábia Saudita representam a mais significativa fonte de financiamento dos grupos terroristas sunitas em todo o mundo.”
Quanto ao acordo que o príncipe saudita propôs, como se a política externa de um país fosse um negócio de compra e venda, o porta- voz do Kremlin negou tudo. Jamais teria acontecido.
Não poderia ser diferente.
Um governo que revelasse, publicamente, questões tratadas em off com outros  países ficaria sujo na comunidade internacional.
*GilsonSampaio

A inteligência em seu estado normal é flácida e desinteressante,

 
O que é fundamental aprender? O que é fundamental no ensino? A gente fala muito de Ensino Fundamental. Mas o que o senhor considera fundamental para um ser humano aprender?

Rubem Alves: Eu acho que a coisa mais importante é não ter medo, porque o medo paralisa a inteligência. Eu vou contar pra você uma coisa que o Gilberto Dimenstein sempre me provoca para repetir. É uma imagem que eu uso sempre. Eu digo que a inteligência é igual ao pênis. O pênis é um órgão flácido, ridículo, vertical, que aponta para a terra, mas se provocado ele sofre extraordinárias transformações hidráulicas e passa a apontar para cima e ganha o poder de dar prazer e de dar vida. A inteligência em seu estado normal é flácida e desinteressante, mas, se provocada, ela olha para cima. O Fernando Pessoa diz: tenho uma ereção na alma. Veja que coisa, ele percebeu isso. Então, tem uma ereção da inteligência, aí ela dá prazer, ela quer sentir prazer, ela quer criar vida. Agora, se você tem medo, o pênis e a inteligência não funcionam. Então, a primeira coisa que o aluno deveria sentir no olhar da professora é: olha, aqui é o campo da liberdade. A primeira coisa na educação não é ensinar uma coisa, é criar esse ambiente de liberdade, de curiosidade, no qual a inteligência da criança entre em ereção.

Rubem Alves, um dos entrevistados de "A escola e os desafios contemporâneos", provoca o fundamental, o gosto, a paixão pela vida. Ele é um poeta, um artista, um sedutor, mas não é um sonhador, sabe muito bem do que está falando. Conhecê-lo foi uma daquelas experiências que a gente nunca esquece.
*vivianemosé

Com pressa, Fux vê fim da AP 470 em 7 de setembro

Jamais haverá primavera árabe ou em qualquer país enquanto o sistema continuar com a última palavra

Na aurora do século passado, o Sr. Ulianov se perguntava: O que fazer?


Jamais haverá primavera árabe ou em qualquer país enquanto o sistema continuar com a última palavra

E esse sistema se mantém graças ao poderio bélico dos Estados Unidos e financeiro de Israel.

E, por favor, não confundam o povo americano e israelense com os senhores das trevas.

Estou falando do sistema e não do povo.

Um sistema brutal e cruel que não escolhe religião ou ideologia para se manter no poder a qualquer custo.

São humanos, apenas humanos esses criminosos que nem a assombrosa  quantidade de sangue derramado consegue saciar sua sede.

Esse também é o preço que a humanidade paga pela passividade.

Aos religiosos informo que não adianta buscar Deus, pois há muito Ele foi expulso das alturas.

E aos que não crêem, reafirmo que de nada adianta gritar aos quatro ventos, porque os ventos estão  aprisionados.

É preciso fazer algo antes que seja tarde.

O planeta está sendo destruído.

O que fazer?  Já se perguntava o Sr. Ulianov no início do século passado.

Ele descobriu e fez o bem feito.

Mas como sempre acontece nessas ocasiões, foi traído.

Estamos na aurora de um século novo, mas a pergunta do Sr. Ulianov continua mais atual do que nunca.

O que fazer?
*Bourdokan

Mais um triste capítulo na história da velha mídia e de seus donos

Mídia empenha-se de novo em desqualificar manifestações. E volta a pedir repressão

Por Zé Dirceu
Se fizemos uma rápida cronologia, o movimento dos orgãos de imprensa foi assim: no começo, pediam repressão contra os manifestantes que diariamente promovem concentrações em diversas cidades e capitais do país há dois meses; depois abraçaram as manifestações e tentaram cooptá-las, ignorando e em alguns casos estimulando os atos violentos; agora se posicionam de novo contrariamente aos atos públicos, justificando a reviravolta como decorrência da violência que encerra os protestos.

Em outras palavras, primeiro a mídia pediu repressão e depois tentou manipular e dirigir as manifestações. Agora quer repressão de novo. Alguns articulistas já invocam a ordem e um salvador da pátria. No fim de semana, direta ou veladamente na linha imprimida ao noticiário, a mídia pedia o fim das manifestações. Articulistas, editorialistas, comentaristas no rádio e TV, todos voltaram a essa postura.
A Veja, a Folha, o Estadão (e o Globo na 6ª feira) agora defendem o fim das manifestações. Na 6ª, O Globo tinha usado a manchete para criticar os manifestantes. Agora uma entrevista da ex-senadora e presidenciável Marina Silva, com uma única declaração em que ela afirma que a violência nos atos públicos extrapola limites, virou a principal manchete da Folha de S.Paulo no domingo.

Governo deu resposta às ruas; mídia esconde o fato
Dentro da volta dessa política, há uma matéria também na Folha de S.Paulo hoje - "Voz das ruas ainda não ecoa no Planalto" - na qual vão nessa linha, a pretexto de publicarem a agenda política e administrativa da Secretaria-Geral da Presidência da República. Deixam de lado os cinco pactos propostos pelo governo da presidenta Dilma Rousseff em resposta às reivindicações das ruas e as medidas, também em resposta, aprovadas pelo Congresso Nacional.
O fato é que a mídia ficou contra o plebiscito proposto inicialmente pelo governo em resposta às manifestações. Para ela povo só protestando; decidindo  não. Soberania só em palavra de ordem; já seu real exercício em um plebiscito para acabar com a corrupção via reforma politica, não. A proposta de plebiscito foi enterrada na Câmara dos Deputados com o apoio aberto da mídia. Já na página seguinte a essa matéria da "voz das ruas", a Folha dá uma materinha tipo pegadinha, sobre as viagens e acompanhantes do presidente Lula quando no governo.
Como vocês observam, o movimento de oscilação da mídia quanto às manifestações é aberto e direto. Para os jornalões, manifestações só contra o governo e o PT. Como não conseguiram converter os protestos das ruas em atos antipetistas, agora eles querem repressão de novo. Vale tudo. Volta a criminalização dos movimentos e a tentativa de desconstituição de lideranças. Sem contar a ofensiva contra o Mídia Ninja, o site que convocou os primeiros protestos e acompanha online as manifestações.
Mais um triste capítulo na história da velha mídia e de seus donos
Volta o jornalismo investigativo dirigido e os apelos ao Judiciário para punir os manifestantes. Tudo ao contrário de junho, quando os protestos se iniciaram e a mídia fechou os olhos. Foi conivente. Chegou a justificar a violência contra os partidos registrada em alguns atos e a agressão organizada pela repressão policial contra os manifestantes.
Nossa condenação feita desde a primeira hora contra violência e o vandalismo caiu no vazio. A velha mídia se limitou a separar em sua narrativa os manifestantes dos vândalos. Nada mais. E assim, com mais uma reviravolta na linha da cobertura, vive-se agora mais um triste capítulo na história da velha mídia e de seus donos.
*Ajusticeiradeesquerda

BARBOSA VIRA UNANIMIDADE NEGATIVA NA MÍDIA



Uma longa lista de jornalistas e colunistas dos principais jornais do País, aliados e críticos do presidente do STF, se posicionou nos últimos dias contra a atitude do ministro, que acusou o colega Ricardo Lewandowski de fazer "chicana" durante uma sessão da Ação Penal 470; Ricardo Noblat, Elio Gaspari, Eliane Cantanhêde, André Singer, Paulo Nogueira, Eduardo Guimarães... isso sem contar as associações de classe da magistratura, que divulgaram nota conjunta, além de críticas dos próprios ministros do Supremo; sob pressão, Joaquim Barbosa começa a próxima sessão do julgamento na quarta-feira tendo que se desculpar

19 DE AGOSTO DE 2013 

247 – Depois de protagonizar um bate-boca na última sessão da Ação Penal 470, no Supremo Tribunal Federal, o presidente da corte e relator do processo, Joaquim Barbosa, se encontra sob pressão máxima. Isso porque uma longa lista de jornalistas, que inclui colunistas dos maiores jornais brasileiros, associações de classe da magistratura e até ministros do próprio tribunal condenaram seu comportamento – entre críticos ferrenhos e aliados fiéis.

Barbosa começa a próxima sessão do julgamento do chamado 'mensalão', na quarta-feira 21, pressionado a pedir desculpas a Ricardo Lewandowski, a quem acusou de fazer "chicana". O colega já havia exigido, na semana passada, durante a discussão, que Barbosa se retratasse, mas este se recusou. E pior: como uma criança dona da bola, que acaba de brigar com os amigos, encerrou a sessão no mesmo instante.

Nomes como Ricardo Noblat e Elio Gaspari, do jornal O Globo, Eliane Cantanhêde e André Singer, da Folha de S.Paulo, que muitas vezes elogiaram a postura rígida de Barbosa, usaram o espaço de suas colunas desta vez para criticá-lo. Gaspari defende que o ministro peça desculpas a Lewandowski, Eliane cobra respeito e compostura, Noblat questiona: "Quem Barbosa pensa que é?". Singer avalia que o destempero foi revelador sobre a falta de capacidade institucional do relator.

O ex-diretor da revista Exame e editor do site Diário do Centro do Mundo, Paulo Nogueira, defendeu até que o ministro agredido processe o agressor, apontando a dificuldade do presidente do Supremo em lidar com o contraditório. Eduardo Guimarães, do Movimento dos Sem Mídia e do Blog da Cidadania, organizou um abaixo-assinado na web para demonstrar perplexidade e pedir compostura a Joaquim Barbosa.

Além das críticas da imprensa, há ainda uma nota das associações de classeda magistratura, assinada pelos presidentes da AMB, Ajufe e Anamatra, que pede para que os juízes do Supremo possam votar com independência, e opiniões negativas que vieram dos próprios colegas do STF – o ministro Marco Aurélio Mello disse que o embate não traz qualquer benefício à Corte ou ao julgamento. "É ruim em termo de credibilidade na instituição", declarou.

Leia abaixo alguns artigos que criticaram o comportamento de Barbosa:


Na próxima quarta-feira o ministro Joaquim Barbosa deveria pedir desculpas ao seu colega Ricardo Lewandowski, diante das câmeras, na Corte. Todo mundo ganhará com isso, sobretudo ele e sua posição, que é a de mandar alguns mensaleiros a regimes carcerários fechados. Barbosa desqualificou como "chicana" uma posição de Lewandowski e, instado a se desculpar, encerrou a sessão, como o jogador que leva a bola para casa. Ao perder uma votação, já disse que "cada país tem o modelo e tipo de Justiça que merece", como se fora um biólogo ucraniano. Já acusara Lewandowski de alimentar "um jogo de intrigas". Já chamou de "palhaço" um jornalista que lhe fizera uma pergunta, mandando-o "chafurdar no lixo" e, há poucas semanas, retomou a melodia, chamando-o de "personagem menor".

Meteu-se num debate com o ministro Dias Toffoli condenando o que supunha ser o voto do colega com um argumento dos oniscientes: "Eu sei aonde quer chegar." Não sabia. Toffoli lembrou-lhe que não tinha "capacidade premonitória" e provou: votava com ele.

Barbosa poderá vir a ser candidato a presidente da República. Mesmo que decida não entrar nessa briga, como presidente do Supremo, deve respeitar o dissenso, evitando desqualificar as posições alheias, com adjetivos despiciendos. Fazendo como faz, embaraça até mesmo quem o admira.

Há ministros que se detestam, mas todos procuram manter o nível do debate. As interpelações de Barbosa baixam-no, envenenando o ambiente. Seriam coisas da vida, mas pode-se remediá-las. Na Corte Suprema americana, antes que comecem os debates (fechados), o presidente John Roberts vai para a porta da sala e começa uma sessão de gentilezas, na qual todos os juízes se cumprimentam. Na saída, ele se apressa, volta ao lugar e recomeça o ritual. Boa ideia. Evitaria a cena de salão de sinuca ocorrida depois da sessão de quinta-feira.


"Você me acusa de fazer chicana? Peço que se retrate imediatamente."
Ricardo Lewandowski, do STF, para Joaquim Barbosa

Quem o ministro Joaquim Barbosa pensa que é? Que poderes acredita dispor só por estar sentado na cadeira de presidente do Supremo Tribunal Federal? Imagina que o país lhe será grato para sempre pelo modo como procedeu no caso do mensalão? Ora, se foi honesto e agiu orientado unicamente por sua consciência, nada mais fez do que deveria. A maioria dos brasileiros o admira por isso. Mas é só , ministro.

EM GERAL, admiração costuma ser um sentimento de vida curta. Apaga-se com a passagem do tempo. Mas, enquanto sobrevive, não autoriza ninguém a tratar mal seus semelhantes, a debochar deles, a humilhá-los, a agir como se a efêmera superioridade que o cargo lhe confere não fosse de fato efêmera. E não decorresse tão somente do cargo que se ocupa por obra e graça do sistema de revezamento.

JOAQUIM PRESIDE a mais alta Corte de justiça do país porque chegara sua hora de presidi-la. Porque antes dele outros dos atuais ministros a presidiram. E porque depois dele outros tantos a presidirão. O mandato é de dois anos. No momento em que uma estrela do mundo jurídico é nomeada ministro de tribunal superior, passa a ter suas virtudes e conhecimentos exaltados para muito além da conta. Ou do razoável.

COMPREENSÍVEL, pois não. Quem podendo se aproximar de um juiz e conquistar-lhe a simpatia, prefere se distanciar dele? Por mais inocente que seja, quem não receia ser alvo um dia de uma falsa acusação? Ao fim e ao cabo, quem não teme o que emana da autoridade da toga? Joaquim faz questão de exercê-la na fronteira do autoritarismo. E, por causa disso, vez por outra derrapa e ultrapassa a fronteira, provocando barulho.

NÃO É UMA questão de maus modos. Ou da educação que o berço lhe negou - longe disso. No caso dele, tem a ver com o entendimento jurássico de que, para fazer justiça, não se pode fazer qualquer concessão à afabilidade. Para entender melhor Joaquim acrescente-se a cor - sua cor . Há negros que padecem do complexo de inferioridade. Outros assumem uma postura radicalmente oposta para reagir à discriminação.

JOAQUIM É ASSIM se lhe parece. Sua promoção a ministro do STF em nada serviu para suavizar-lhe a soberba. Pelo contrário. Joaquim foi descoberto por um caça talentos de Lula, incumbido de caçar um jurista talentoso e... negro. "Jurista é pessoa versada nas ciências jurídicas, com grande conhecimento de assuntos de Direito", segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.

FALTA A JOAQUIM "grande conhecimento de assuntos de Direito", atesta a opinião quase unânime de juristas de primeira linha que preferem não se identificar . Mas ele é negro. Havia poucos negros que atendessem às exigências requeridas para vestir a toga de maior prestígio. E entre eles, disparado, Joaquim era o que tinha o melhor currículo. Não entrou no STF enganado. E não se incomodou por ter entrado como entrou.

QUANDO LULA bateu o martelo em torno do nome dele , falou meio de brincadeira, meio a sério: " Não vá sair por aí dizendo que deve sua promoção aos seus vastos conhecimentos . Você deve à sua cor". Joaquim não se sentiu ofendido. Orgulha-se de sua cor. E sentia- se apto a cumprir a nova função. Não faz um tipo ao se destacar por sua independência . É um ministro independente . Ninguém ousa cabalar-lhe o voto .

QUE NÃO PERCA a vida por excesso de elegância (Esse perigo ele não corre). Mas que também não ponha a perder tudo o que conseguiu até aqui. Julgue e deixe os outros julgarem.


O último destempero de Joaquim Barbosa, ao agredir de maneira ofensiva o ministro Ricardo Lewandowski em sessão sobre a ação penal 470 na última quinta-feira, pode vir a consolidar um diagnóstico (negativo) a respeito da personalidade pública do atual presidente do Supremo Tribunal Federal.

Se, como relator, ele já havia apresentado indícios de intolerância e autoritarismo, o uso do poder conferido pela presidência (rotativa) da Casa para tentar fazer calar com insultos um par que dele discordava denotou falta de capacidade institucional.

Não se trata, no caso, do mérito da questão em debate. É possível até que Barbosa estivesse certo quanto ao conteúdo, fiando-me na análise que Marcelo Coelho publicou ontem nesta Folha. Em resumo, Lewandowski teria de fato, como argumentava Barbosa, colocado em dúvida algo que já havia sido discutido e deliberado pelos juízes em 2012.

Lewandowski, porém, encontra-se no direito, e talvez até no dever, de apresentar as dúvidas que julgar pertinentes. O papel da presidência é, sobretudo, o de garantir que as regras do jogo sejam respeitadas, isto é, que cada membro do tribunal exerça plenamente o papel que lhe cabe.

Se o coordenador da sessão, em lugar de atuar como magistrado, isto é, aquele que arbitra com equilíbrio, resolve adotar um dos lados, o sentido de justiça fica prejudicado.

É evidente que em assunto de tamanho significado político, ou seja, relevante para o destino do conjunto da sociedade, não será um momento de descontrole que irá comprometer longo trabalho de investigação, reflexão jurídica e debates. Não serão também características psicológicas de determinado indivíduo que irão, espera-se, impedir um resultado final mais equilibrado.

O problema é que, com a entrada no STF de Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki, a linha preferida por Barbosa --a das penas exemplares e do furor punitivo-- poderá ter oposição reforçada. Nessas circunstâncias, a cólera demonstrada pelo relator anteontem vai encontrar diversas oportunidades de se manifestar.

Seja como for, a legitimidade de Barbosa está bamba. Em situação anterior, tendo insultado um jornalista de maneira intempestiva e gratuita, pediu desculpas por meio da assessoria de imprensa. Agora, precisaria retratar-se em plenário, diante do colega ofendido, de maneira clara e convincente.

Diz-se de pessoa de pavio curto que tem personalidade mercurial, viajando rapidamente, como o deus romano, em direção a inesperadas explosões de raiva. Vejamos como Mercúrio vai reagir nos próximos dias à pressão causada pelos próprios erros.


Há uma grande dúvida se o julgamento do mensalão pelo Supremo vai ou não ser encerrado em poucas semanas.

Depende de haver embargos dos embargos e da votação sobre acatar ou não os embargos infringentes, que são recursos de réus que tiveram pelos menos quatro votos a seu favor e tentam reformular suas penas.

Há 12 réus nesse caso, inclusive a estrela José Dirceu. Ele foi condenado também por formação de quadrilha, questão que, de fato, dividiu o plenário na primeira fase.

Dizem a história e o bom senso que não se adivinham de véspera os votos do Supremo, mas já há quem aposte que o tribunal vai recusar os embargos infringentes e encerrar logo os trabalhos, apesar de o ministro Dias Toffoli ter previsto até mais dois anos de julgamento.

O presidente Joaquim Barbosa e ministros como Gilmar Mendes já se declaram publicamente contra acatar esses recursos e representariam a tendência do plenário.

Se o tribunal resolver analisar os embargos infringentes, recomeça tudo de novo, quase do zero. E com dois ministros novos, Teori Zavascki e Luís Roberto --que tende a ser mais liberal tanto na compreensão sobre quadrilha quanto na dosimetria (os anos de prisão).

Na prática, um novo julgamento. E novas penas.

O prazo para a conclusão depende, também, do comportamento dos próprios ministros. Eles foram rápidos e quase consensuais ao recusar a maioria dos embargos de declaração (grosso modo, de forma). Mas, já no segundo dia, desandou de novo.

Barbosa voltou a se comportar como se fosse dono da casa e da causa, irritando-se e batendo boca com Ricardo Lewandowski como nos piores momentos da primeira fase. Se o ritmo for como no primeiro dia, vai acabar logo. Mas tudo indica que será como no segundo.

O presidente da corte não pode, ao vivo e em cores, acusar um colega de fazer "chicana". É preciso respeito e compostura.


Caso acredite na justiça brasileira, Lewandowski tem um só caminho depois da inacreditável ofensa desferida por Joaquim Barbosa: processá-lo.

O outro caminho, que quase se realizou segundo relatos de quem presenciou a continuação privada do bate-boca público, seria desferir-lhe uma bofetada.

JB avançou todos os limites da decência ao dizer que Lewandowski estava fazendo "chicana", um jargão baixo para designar expedientes que protelam a justiça.

Deixemos aos estudiosos da mente as razões da raiva ressentida que JB parece nutrir por Lewandowski, algo que dá a impressão de ir muito além das divergências sobre o Mensalão.

Do ponto de vista legal, Lewandowski não estava fazendo nada além do que deveria: rever um caso.

Barbosa queria rapidez, tanto quanto foi possível entender. Mas não estamos falando em velocidade, mas em justiça. De resto, ele próprio não se notabiliza pela lepidez: vem atrasando miseravelmente processos como o que pode ajudar a causa dos desprotegidos aposentados da Varig e da Transbrasil.

Pouco tempo atrás, um site de Santa Catarina noticiou uma palestra que JB deu a empresários locais. Nos comentários, um aposentado da Varig lembrou que o ministro tinha coisas mais importantes a fazer do que palestrar em Santa Catarina.

Outros embates entre os dois integrantes do STF ajudam a entender melhor este.

Um deles é exemplar.

Joaquim Barbosa, numa caipirice lancinante, anuncia que é leitor do New York Times e, em inglês duvidoso, usa uma expressão de um artigo do jornal para se referir à legislação brasileira: "laughable". Risível.

Instala-se um certo desconforto, e ele então fala nos "pruridos ultranacionalistas" de alguns integrantes do Supremo. Ele, um cosmopolita, pausa para risadas, parecia imaginar estar dando uma lição de direito internacional aos pares.

Risível é, já que estamos falando do direito americano, o julgamento de Bradley Manning. Ou a legislação que permite à Casa Branca espionar até o seu email ou o meu, como mostrou Snowden.

Para voltarmos ao STF, risível é citar o New York Times – e em inglês – naquelas circunstâncias.

Naquele entrevero, Barbosa criticava a legislação por ser, supostamente, leniente. Ele claramente queria muito tempo de prisão para os réus. Anos, talvez décadas.

Lembraram a ele que na Noruega Breitvik recebera uma pena de 21 anos – a máxima lá – por ter matado dezenas de jovens.

JB engrolou alguma coisa não compreensível – laughable – sobre as particularidades dos países nórdicos.

Num certo momento, Lewandowski dá um xeque mate. "Estamos aqui para interpretar as leis, não para fazer leis", diz ele.

Perfeito. Para fazer leis, você tem que receber votos e estar no Congresso.

JB parece não ter clareza nisso.

Na verdade, ele não parece ter clareza em quase nada. É, essencialmente, confuso. Acha que tudo bem empregar um filho na Globo, ser amigo de jornalistas, patrocinar viagem para repórteres exaltá-lo, criar uma empresa de araque para comprar apartamento em Miami, essas coisas todas.

E além de confuso pode ser agressivo, como se viu ontem no uso desvairado da palavra "chicana". E como já se vira antes em diversas ocasiões, como uma em que teceu críticas num tom professoral – e laughable — aos partidos políticos.

Joaquim Barbosa é, hoje, um problema nacional. O desafio do Supremo é minimizar este problema.

Veremos, nos próximos dias, como o Supremo se sai neste desafio.

Um bom primeiro passo seria Lewandowski processar JB pela calúnia de ontem



Em novembro do ano passado, quando o julgamento da Ação Penal 470 (vulgo julgamento do "mensalão") ia chegando ao fim, este Blog promoveu um abaixo-assinado contendo desagravo ao ministro do Supremo Tribunal Federal doutor Ricardo Lewandowski. A iniciativa se deveu ao sofrimento do ministro e de sua família ao longo daquele processo.

O referido sofrimento daquelas pessoas decorreu de campanha de desmoralização levantada contra Lewandowski pela conduta do então relator daquela Ação Penal, ministro Joaquim Barbosa, e dos maiores jornais, revistas, televisões, rádios e portais de internet, que praticamente transformaram o revisor do processo em mais um réu.

O "crime" de Lewandowski que gerou uma onda de difamações e agressões foi o de proferir votos contrários aos de Joaquim Barbosa em pontos específicos do processo, como, por exemplo, quando absolveu o ex-ministro José Dirceu da acusação de "formação de quadrilha".

No dia do segundo turno das eleições municipais de 2012, Lewandowski, por conta da difamação liderada por Barbosa, foi vaiado e xingado de "bandido, corrupto, ladrão e traidor" na saída da Escola Estadual Mario de Andrade, em Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, onde vota. O mesário da sessão em que votou chegou ao cúmulo da incivilidade ao lhe recusar a mão estendida em cumprimento.

O abaixo-assinado promovido pelo Blog auferiu a adesão de 4.837 leitores nesta página, que aqui postaram comentários de apoio a Lewandowski, e de mais 10.041 pessoas no Facebook. Alunos, familiares e amigos do ministro uniram-se no desagravo a ele. Os comentários de apoio foram impressos, encadernados e este blogueiro foi a Brasília entregá-los ao desagravado.

Pesquisa: 87% dos brasileiros acreditam que a mídia representa interesses dos próprios donos


Pesquisa revela que 87% dos brasileiros acreditam que a mídia representa os interesses dos próprios donos, dos que têm mais dinheiro e dos políticos
Pesquisa revela que 87% dos brasileiros acreditam que a mídia representa os interesses dos próprios donos, dos que têm mais dinheiro e dos políticos


Apenas 7,8% dos brasileiros acreditam que os meios de comunicação defendem os interesses da maioria da população.


A conclusão é de um levantamento feito pela Mark Sistemas de Pesquisas a pedido da Fundação Perseu Abramo. Segundo a pesquisa, 34,9% dos entrevistados acham que a mídia defende seus próprios donos, 31,5% acreditam que os meios de comunicação estão do lado de quem tem mais dinheiro e outros 20,6% disseram que os grandes veículos defendem os políticos.


A Mark, sob coordenação dos professores Gustavo Venturi e Vilma Bokani, entrevistou 2.400 pessoas em 120 municípios de pequeno, médio e grande porte. A margem de erro é de dois pontos percentuais.


De acordo com a sondagem, apenas 21,9% dos entrevistados concordam que a mídia noticia os fatos de maneira totalmente imparcial, 27,9% pensam que os meios de comunicação só defendem os interesses da elite e 18,6% acham que os jornalistas têm liberdade total para decidir o que é publicado. Para 45% dos entrevistados a liberdade dos jornalistas é parcial.


Ainda de acordo com o levantamento, a internet hoje é tão acessível quanto os jornais impressos. As duas plataformas estão presentes na vida de 43% dos entrevistados. A TV aberta continua na liderança com 94% de presença e o rádio em segundo lugar com 79%. A TV por assinatura é citada por 37% dos entrevistados e as revistas por 24%.

A pesquisa mostra que 29,8% das pessoas buscam os jornais para se informar sobre assuntos locais e 22,6% para ler notícias nacionais e internacionais. A situação se inverte quando a plataforma é a internet, usada por 25,9% para saber de temas nacionais e internacionais e por 22,5% para notícias locais.

O levantamento mostra ainda que a maioria absoluta da população, 60%, desconhece o fato de que as TVs são fruto de concessão pública e 49,5% acreditam que a programação é definida em parceria entre empresários e governo.

Ao serem informados que a maior parte dos meios de comunicação pertence a apenas 10 famílias, 39,8% consideram que isso é ruim para o país e 22,7% acham bom. 

De acordo com a pesquisa da FPA, 71% dos brasileiros defendem a criação de mais regras para regular a programação das TVs. Informações da Agência Estado
*Ajusticeiradeesquerda

Abrigo em SP permite que moradores de rua com animais sejam abrigados. Que tal ajudar um Abrigo diferente


ABRIGO ACEITA MORADORES EM SITUAÇÃO DE RUA COM SEUS ANIMAIS
Centro de Acolhida Especial - Abrigo Dom Bosco.

Abrigo em SP permite que moradores de rua com animais sejam abrigados.
Que tal ajudar um Abrigo diferente galera? Vamos separar umas roupas em bom estado para levar nesse abrigo aceita moradores de rua e seus dogs! SP/SP. Abrigo D.Bosco abriga carroceiros acompanhados de seus cachorros, que estão por diferentes motivos em situação de rua até que os mesmos consigam se organizar. Faz um acompanhamento dos mesmos ajudando-os, a conseguir por em ordem a documentação pessoal e suas vidas de forma a se integrarem novamente á sociedade. Todos trabalham durante o dia, na rua e voltam com o produto de seu trabalho para o abrigo onde podem guardar sua carroça e suas coisas.O abrigo oferece cama, local para banho, sala de tv, e podem cozinhar, lavar a roupa e fazer suas refeições. Está localizado na Alameda Dino Bueno 735 Campos Elíseos, São Paulo; tel para contato 11 33613161. No momento abriga 55 pessoas, 2 casais, sendo 4 mulheres e 51 homens e dois cachorros o BinLaden e a Pretinha. É conveniada com a prefeitura de São Paulo.Se você puder ajudar, o abrigo aceita doações de produtos de limpeza , higiene, roupas e alimentos assim como doações em dinheiro interessados entrar em contato com a coordenadora Regina Lopes, pelo tel 11 33613161"
Abrigo em SP permite que moradores de rua com animais sejam abrigados.
Que tal ajudar um Abrigo diferente galera? Vamos separar umas roupas em bom estado para levar nesse abrigo aceita moradores de rua e seus dogs! SP/SP. Abrigo D.Bosco abriga carroceiros acompanhados de seus cachorros, que estão por diferentes motivos em situação de rua até que os mesmos consigam se organizar. Faz um acompanhamento dos mesmos ajudando-os, a conseguir por em ordem a documentação pessoal e suas vidas de forma a se integrarem novamente á sociedade. Todos trabalham durante o dia, na rua e voltam com o produto de seu trabalho para o abrigo onde podem guardar sua carroça e suas coisas.O abrigo oferece cama, local para banho, sala de tv, e podem cozinhar, lavar a roupa e fazer suas refeições. Está localizado na Alameda Dino Bueno 735 Campos Elíseos, São Paulo; tel para contato 11 33613161. No momento abriga 55 pessoas, 2 casais, sendo 4 mulheres e 51 homens e dois cachorros o BinLaden e a Pretinha. É conveniada com a prefeitura de São Paulo.Se você puder ajudar, o abrigo aceita doações de produtos de limpeza , higiene, roupas e alimentos assim como doações em dinheiro interessados entrar em contato com a coordenadora Regina Lopes, pelo tel 11 33613161

*FláviaL.