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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 19, 2013

Jamais haverá primavera árabe ou em qualquer país enquanto o sistema continuar com a última palavra

Na aurora do século passado, o Sr. Ulianov se perguntava: O que fazer?


Jamais haverá primavera árabe ou em qualquer país enquanto o sistema continuar com a última palavra

E esse sistema se mantém graças ao poderio bélico dos Estados Unidos e financeiro de Israel.

E, por favor, não confundam o povo americano e israelense com os senhores das trevas.

Estou falando do sistema e não do povo.

Um sistema brutal e cruel que não escolhe religião ou ideologia para se manter no poder a qualquer custo.

São humanos, apenas humanos esses criminosos que nem a assombrosa  quantidade de sangue derramado consegue saciar sua sede.

Esse também é o preço que a humanidade paga pela passividade.

Aos religiosos informo que não adianta buscar Deus, pois há muito Ele foi expulso das alturas.

E aos que não crêem, reafirmo que de nada adianta gritar aos quatro ventos, porque os ventos estão  aprisionados.

É preciso fazer algo antes que seja tarde.

O planeta está sendo destruído.

O que fazer?  Já se perguntava o Sr. Ulianov no início do século passado.

Ele descobriu e fez o bem feito.

Mas como sempre acontece nessas ocasiões, foi traído.

Estamos na aurora de um século novo, mas a pergunta do Sr. Ulianov continua mais atual do que nunca.

O que fazer?
*Bourdokan

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