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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 28, 2013

Militares e policiais israelenses estão prendendo e estuprando crianças palestinas

Será que essa gente não se cansa?


Militares e policiais israelenses estão prendendo e estuprando crianças palestinas

                   Reparem que a criança está urinando nas calças

A denúncia é das ONGs Defesa da Criança Internacional (DCI), e de duas entidades de Direitos Humanos de Israel, a Associação para  os Direitos Civis e  Yesh Din.


As ONGs afirmam que  mais de uma centena de  crianças palestinas sofreram abusos.

Geralmente essas crianças são detidas quando atiram pedras nos tanques e carros de combate israelenses.

Assim que são presas, são encaminhadas e um dos inúmeros porões de tortura Israelense, onde sofrem todo tipo de violência.

A Associação para os Direitos Civis de Israel e a Yesh Din, afirmam que as leis militares jogam um papel principal nos abusos contra os menores palestinos encarcerados.

Ambos grupos enviaram uma carta em junho deste ano ao comandante militar general de brigada Avichai Mendelblit, para que mude a lei que fecha os olhos à brutalidade contra crianças.

Nada mudou.

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