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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 25, 2013

Banqueiro do propinoduto paulista vendeu apartamento a FHC


Do Jornal GGN - O dono do banco onde estava a conta “Marilia” – que abastecia o propinoduto da Siemens, no cartel dos trens de São Paulo – é a mesma pessoa que vendeu o apartamento adquirido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, logo que deixou a presidência. E é um veterano conselheiro de políticos. Trata-se do banqueiro Edmundo Safdié. Em 2006,  tornou-se réu, acusado de lavagem de dinheito do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, incurso na Ação Pena Pública no. 2004.61.81.004588-1, que tramita em segredo de Justiça. http://www.jfsp.jus.br/20061031celsopitta/
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Propinão tucano: seguindo o caminho do dinheiro, aparece apartamento de luxo de FHC

Siga o dinheiro, dizem os policiais e jornalistas investigativos quando aparece um escândalo como o propinão tucano da Siemens e Alstom.

Então vamos desenhar o que o jornalista Luis Nassif descobriu.

Licitações foram superfaturadas pelas multinacionais Siemens e Alstom em conluio com políticos tucanos. Não só nos governos do PSDB paulista, mas também no governo federal de Fernando Henrique Cardoso (FHC), como no caso do setor elétrico (o que confirma a existência do esquema da Lista de Furnas, aquele do caixa dois de campanhas tucanas financiadas com desvio de dinheiro público).

As multinacionais Siemens e Alstom depositaram as propinas na conta “Marília” do Leumi Private Bank da Suiça. Foram 20 milhões de Euros (R$ 64 milhões) depositados nesta conta entre 1998 e 2002 (período do segundo mandato de FHC).

O banco era controlado pelo banqueiro Edmundo Safdié na época.

Pois este banqueiro vendeu para FHC o apartamento de luxo onde ele mora, em preço e condições de pai para filho. O preço foi R$ 1,1 milhão e ainda parcelado, segundo noticiado na época. O valor foi considerado baixo para o padrão do apartamento de 470 metros quadrados e 5 vagas na garagem, em localização nobre e edifício tradicional de milionários (o apartamento foi residência do banqueiro durante anos).

O negócio do apartamento se deu no apagar das luzes do mandato de FHC.

O que FHC tem a dizer sobre esse fato?

E o Ministério Público tem que criar coragem e investigar essa tucanada até o fim, doa a quem doer. Tem muito dinheiro público para ser recuperado, se trabalhar direito. Se tiver que reaver apartamentos para ressarcir os cofres públicos, que faça e logo.

Curiosidade: Em 2006, o referido banqueiro tornou-se réu, acusado de lavagem de dinheiro do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, incurso na Ação Pena Pública no. 2004.61.81.004588-1, que tramita em segredo de Justiça.

(Com informações da matéria "Banqueiro do propinoduto paulista vendeu apartamento a FHC")

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