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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 25, 2013

Malgrado o folclore, maconha não deixa ninguém lesado. Nem nunca deixou. Ao contrário, ela cura e reverte lesões cerebrais

Novo Estudo: maconha pode ajudar a curar o cérebro após lesão

Um novo estudo publicado na revista Cerebral Cortex encontrou evidências de que a ativação dos receptores canabinóides do corpo pode resultar em benefícios neuroprotetoras que podem ajudar a curar o cérebro após uma lesão traumática.



De acordo com os pesquisadores  para o estudo, "Os resultados forneceram a primeira evidência para o envolvimento da ECS [sistema endocanabinóide] na ação neuroprotetora de minociclina em edema cerebral, comprometimento neurológico, lesão axonal difusa e ativação da microglia, uma vez que todos estes efeitos foram impedidos pelos antagonistas dos receptores CB1 e CB2. "

A ativação de receptores canabinóides do corpo (como o consumo de cannabis) é vital em trazer os efeitos neuroprotetores da minociclina drogas. Os resultados indicam que a activação do sistema canabinóide podem aumentar os efeitos benéficos  de um número de medicamentos, e pode, por si só, têm vastas capacidades neuroprotectoras.

Estes resultados, embora não diretamente relacionados, ajudam a validar um estudo divulgado no início deste ano , que concluiu que mesmo quantidades minúsculas de canabinóides (neste caso, THC) pode proteger o cérebro após acidentes de coisas, tais como convulsões, exposição à droga tóxica ou uma falta de oxigênio.

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