Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 23, 2013

Praias no Nordeste se tornam acessíveis a deficientes

Praia de Ponta Negra, em Natal (RN),  beneficiada com o projeto OrtoRio. Foto: Ricardo, CC BY
Praia de Ponta Negra, em Natal (RN), beneficiada com o projeto OrtoRio. Foto: Ricardo, CC BY
A praia de Ponta Negra, em Natal (RN), foi beneficiada com o projeto OrtoRio, da  Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico. A iniciativa tem como objetivo proporcionar a possibilidade de programação turística acessível a quem possui limitações de mobilidade.
Esteiras de acesso ao mar, cadeiras de rodas anfíbias e profissionais qualificados para o banho assistido fazem parte das iniciativas para assegurar o direito e o acesso do cidadão com algum tipo de restrição física aos roteiros turísticos.
Praias em Olinda e Fernando de Noronha, Porto de Galinhas e Boa Viagem, todas em Pernambuco, também oferecem apoio para entrar no mar com apoio do projeto Praia Sem Barreiras, da Secretaria de Turismo de Pernambuco.
Nesse aspecto, o MTur tem um programa chamado Turismo Acessível, que oferece um pacote de incentivos à estrutura e promoção acessibilidade. A ação reservou investimento de R$ 100 milhões para promover a inclusão social e o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida à atividade turística.
*Deficienteciente

Nenhum comentário:

Postar um comentário