Ecossocialismo é uma corrente do pensamento marxista que traz a discussão da produção capitalista em relação ao meio ambiente, tendo em vista que a utilização dos recursos naturais empregada sob a lógica capitalista, causa a destruição destes recursos e os concentra nas mãos de uma elite dominante.
O ecossocialismo tenta criar como corrente a discussão sob a ótica sócio-ambiental , onde a sociedade do consumo esgota as fontes de energia e recurso e ao mesmo tempo não redistribui esta riqueza .
Estabelece assim um movimento dialético onde o domínio das redes globais ,remonta os Espaços e o enxerga como fonte continua de renovação mercantil , juntamente com todo conjunto de agentes que se relacionam neste espaço.
A mundialização deste processo traz este movimento onde tudo relacionado nos espaços passa a ser mercantilizado , e o seu caráter de lugar e seus agentes antropológicos , também passam a ser parte desta produção ao consumo.
Nesta corrente destaca-se Michael Löwy, autor do livro Ecologia e Socialismo , que aborda este movimento e traz o manifesto ecossocialista internacional.
Podemos destacar alguns nomes que de certa maneira trazem a discussão do Marxismo e a Ecologia exemplo: Joel Kovel que juntamente com Löwy teoriza esta corrente; temos também Chico Mendes, que em toda sua história de luta sempre levantou as questões sócio-ambientais referente a Amazônia; Milton Santos que traz uma abordagem ampla sobre questões ambientais e o sistema Capitalista; o urbanista norte-americano Mike Davis, que traz as relações sócio-ambientais nas grandes cidades, entre outros. Podemos também destacar a capacidade epistemológica do pensamento ecossocilaista de dialogar de interagir com outras ciências, e em destaque a Geografia e a Economia, que em suma fazem o movimento de reflexão dos objetos que no cercam e criam essa interatividade de ações globais com escalas locais.
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
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