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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, abril 28, 2010
A Embraer informou que um contrato de venda de 20 jatos do modelo 190 para a Argentina foi efetivado nesta sexta-feira (9).
Os aviões serão destinados à Austral – subsidiária da Aerolíneas Argentinas – e começam a ser entregues em julho.
O contrato foi anunciado em maio de 2009, mas estava condicionado ao cumprimento de determinados requisitos, afirma a fabricante brasileira. O valor do negócio não foi informado.
Investigação
No final de março, escritórios da Aerolíneas Argentinas – controlada pelo governo – foram invadidos pela polícia argentina, como parte de uma investigação sobre suposto superfaturamento na compra dos jatos da Embraer.
Segundo a investigação, o preço de mercado de cada aeronave era de cerca de US$ 30 milhões, mas o governo argentino teria pago US$ 34,5 milhões. Suspeita-se que o montante da diferença teria sido usado para pagar propinas.
Na ocasião, a fabricante declarou que “refuta veementemente especulações sobre superfaturamento ou quaisquer irregularidades no processo de venda de aeronaves”.
Os jatos Embraer 190 encomendados pela Austral são do modelo AR (Advanced Range), de maior alcance, e podem voar 4.400 quilômetros sem escalas. A cabine comporta até 96 passageiros, divididos em duas classes, sendo oito na executiva e 88 na econômica.
A Austral utilizará as aeronaves principalmente para substituir jatos mais antigos em rotas domésticas, intensificar frequências de voos atuais e atender a novas cidades.
10/04/2010 lucasu Deixe um comentário Ir para os comentários
http://www.uala.org.ar/local/cache-vignettes/L681xH465/avion-6-21f7a.jpg
A Embraer informou que um contrato de venda de 20 jatos do modelo 190 para a Argentina foi efetivado nesta sexta-feira (9).
Os aviões serão destinados à Austral – subsidiária da Aerolíneas Argentinas – e começam a ser entregues em julho.
O contrato foi anunciado em maio de 2009, mas estava condicionado ao cumprimento de determinados requisitos, afirma a fabricante brasileira. O valor do negócio não foi informado.
Investigação
No final de março, escritórios da Aerolíneas Argentinas – controlada pelo governo – foram invadidos pela polícia argentina, como parte de uma investigação sobre suposto superfaturamento na compra dos jatos da Embraer.
Segundo a investigação, o preço de mercado de cada aeronave era de cerca de US$ 30 milhões, mas o governo argentino teria pago US$ 34,5 milhões. Suspeita-se que o montante da diferença teria sido usado para pagar propinas.
Na ocasião, a fabricante declarou que “refuta veementemente especulações sobre superfaturamento ou quaisquer irregularidades no processo de venda de aeronaves”.
Os jatos Embraer 190 encomendados pela Austral são do modelo AR (Advanced Range), de maior alcance, e podem voar 4.400 quilômetros sem escalas. A cabine comporta até 96 passageiros, divididos em duas classes, sendo oito na executiva e 88 na econômica.
A Austral utilizará as aeronaves principalmente para substituir jatos mais antigos em rotas domésticas, intensificar frequências de voos atuais e atender a novas cidades.
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