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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 09, 2010

Vergonha de ser Estadunidense




A propósito de Robert Crumb - Dicas da Caia

Há zilhões de coisas pra ver, de R. Crumb, na Internet. Numa busca de um minuto, separei o que aqui vai:


“A short history of America”, Robert Crumb,



“Stoned again. Lost Souls”, Robert Crumb,


“O Laerte Braga pensando o mundo a partir dos jornais”,


“A Folha de S.Paulo, com editores brasileiros, na FLIP, tentando pregar Crumb na parede (Crumb sempre escapa)” em


“I’m the devil”, em
(especialmente dedicado ao pessoal ‘verde’ e metido a pacifista-de-livro, natureba eco-‘ético’ pró-ficha-limpa): "Mr. Natural"



Em
: pode-se assistir a um filminho (falado em inglês, mas não faz falta: vê-se tuuuuuuuuuuuuudo) dos anos 60s, da vida de R.Crumb por R.Crumb. Vejam-lá.

E continua em . Não sei se haverá nas nossas listas muita gente que também tenha feito aquela viagem. Vocês são muito velhos.

vergonha de ser estadunidense





Brasil -
- O afamado quadrinhista Robert Crumb afirmou hoje que sente vergonha de ser estadunidense, ao assegurar que seu país se tornou um estado corporativo fascista, "o pior do mundo".

070810_crumbCrumb, considerado o pai dos comics underground e um dos símbolos da contracultura das décadas de 1960 e 1970 do século passado, participa na oitava Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) -pequena cidade a uns 230 quilômetros do RIo de Janeiro, junto a mais de trinta escritores de 14 países.
Ao participar numa das oficinas da FLIP, Crumb asseverou que se Estados Unidos fosse uma de suas personagens, a ilustração não teria um aspecto muito agradável, segundo uma reportagem da estatal Agência Brasil.
"Teria uma cara feia, porque Estados Unidos tornou-se um estado corporativo fascista, o pior do mundo. Obama tem boas intenções, mas não acho que possa fazer muito para mudar as coisas por lá, devido a que os poderes e as potências que vêm governando aquele país desde faz tantos anos já são parte daquilo", sublinhou o afamado autor de histórias em quadrinhos.
Crumb, que vive em França com sua família faz quase vinte anos, qualificou como museu a exposição de suas ilustrações e indicou que "participar desta festa também é estranho. Ainda me vejo como um cartunista, que é sempre omitido pelo mundo literário, uma pessoa que não deve ser levada a sério".
Perguntei a um escritor brasileiro por que eles queriam minha presença aqui e me disse que era uma questão de negócio, já que as editoras estão vendo as histórias em quadrinhos como algo sério e viável, referiu Crumb, e acrescentou que apesar disso é difícil encontrar editoras que apostem nos quadrinhos.
Mesmo reconhecendo que atualmente exista um escopo comercial muito forte, Crumb -que levou às histórias em quadrinhos obras de Franz Kafka, Charles Bukowski e Philip K. Dick- estimou que algumas indústrias pequenas abrem espaço para os trabalhos independentes e originais.
Interrogado sobre a reprodução digital das histórias em quadrinhos, Crumb foi enfático: "sou um artista do século 20, uso caneta e gosto de papel. Não tenho nenhum interesse na tecnologia moderna".
A oitava FLIP, que homenageia o escritor Gilberto Freyre, concluirá no próximo domingo e além de Crumb destacam entre os convidados desta edição a chilena Isabel Allende, autora da reconhecida Casa dos espíritos, e seu esposo, o advogado estadunidense William Gordon, com The ugly awarf, sua última obra.
Não menos importante é a presença de Salman Rushdie, que apresentará seu livro Luka e o Fogo da Vida, inspirado no mundo dos videojogos.
dogrupobeatrice

Fique esperto...


Que palhaçada, héin!!! Acabei de tomar um susto porque não sabia onde tinha colocado meu título de eleitor. Há vários pleitos que voto somente com minha identidade e estava achando muito bom. O Tribunal Superior Eleitoral está cometendo mais uma grande irresponsabilidade ao impor, quase em cima do pleito, e sem a devida propaganda, a exigência de dois documentos, o título do eleitor e a carteira de identidade, na hora da votação.

Esse tipo de mudança onera o eleitor, sobretudo o mais pobre, que estava muito satisfeito de poder votar somente com sua identidade ou carteira de trabalho.

O presidente do Ibope, Carlos Montenegro, deu entrevista ao Merval Pereira dizendo que isso pode prejudicar muito Dilma Rousseff, por tirar votos dos mais pobres. Merval e Montenegro, naturalmente, nem se preocuparam com o óbvio: a medida não prejudica Dilma, prejudica os pobres. Além do mais, Montenegro, achando-se muito inteligente e cínico, disse outra estupidez inominável, porque os pobres também votam em Serra. Se os tucanos desistiram dos votos dos pobres, então eles já penduraram as chuteiras.

Esta medida é uma sabotagem à democracia.

Nos últimos anos, o TSE tem se comportado de forma absurdamente irresponsável, mudando regras para lá e para cá, como se a democracia brasileira fosse um ioiô.

A lei que obriga a levar dois documentos consta da minirreforma de 2009, ou seja, é recente demais para valer para as eleições deste ano. Deveria valer somente para 2012 ou 2014, para que o Estado tenha tempo de fazer a necessária publicidade. Antes disso, representará um armadilha eleitoral com cheiro de golpe.

Esperemos que os partidos se manifestem. Quero ver os tucanos terem o cinismo de defender uma lei que pode prejudicar o direito de milhões de brasileiros de exercerem o soberano direito do voto.

Não vejo nenhuma racionalidade em exigir dois documentos. Mas se fosse realmente necessária, teria que ser feito uma campanha na televisão com, no mínimo, dois anos de antecedência, com participação da sociedade civil, imprensa, OAB, canais de TV, Ana Maria Braga, Silvio Santos, novela das oito, todo mundo explicando sobre a mudança. E o poder público deveria dar gratuitamente um dos documentos para os mais pobres.
dogrupobeatrice

Desmatamento da Amazônia diminui 49% em 10 meses






Desmatamento da Amazônia diminui 49% em 10 meses


Clique na imagem para ampliar

Saudei no mês passado aqui, com base numa matéria do Estadão, que antecipava os números a serem divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente, a redução do desmatamento da Amazônia em 47% em 10 meses. Mas hoje, com os números oficiais do Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), sistema utilizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ficamos sabendo que de agosto de 2009 a junho de 2010, houve uma redução de 49% no desmatamento na região.

Embora a área desmatada ainda seja grande demais para o que desejaríamos, é preciso comemorar a melhora do resultado em 10 meses, que comprova um avanço nos mecanismos de controle da destruição. É significativa a redução da área desmatada de 3.536,68 km² entre agosto de 2008 e junho de 2009 para 1.808,55 km² entre agosto de 2009 e junho de 2010. A estimativa é que a redução do desmatamento em 2010 seja de 26% em relação a 2009, que já foi a menor registrada em 20 anos de monitoramento.

Uma das novidades no combate ao desmatamento na Amazônia foi a inclusão das pequenas e médias propriedades, além dos latifúndios. A ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, disse que as áreas menores começaram a ser significativas ao longo dos anos, o que exigiu o seu acompanhamento.

O presidente do Inpe, Gilberto Câmara, afirmou que o Brasil é líder mundial no uso de satélites para monitorar o desmatamento em florestas tropicais e que pretende exportar sua tecnologia para outros países da América Latina e da África. O sistema de monitoramento deve receber mais dois satélites em 2011 e 2012, melhorando ainda mais a sua cobertura.

A defesa da Amazônia é estratégica para o país e o resultado divulgado hoje é um recado direto aos países que nos acusam de não cuidar de nosso grande patrimônio. Com toda a complexidade que significa vigiar uma área de cinco milhões de quilômetros quadrados, o Brasil vem melhorando anualmente o combate ao desmatamento.

O Brasil deixou de ser um problema para o clima mundial e assumiu posição de vanguarda para soluções negociadas no mundo, como destacou Dilma Rousseff durante a Conferência Mundial do Clima, em Copenhague, em dezembro do ano passado. O país se comprometeu voluntariamente a reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia até 2020, em comparação com a década anterior, e deve superar a meta com folgas mantido o atual ritmo.

dotijolaço

Dinheiro não tem carimbo







Dilma arrecada 63% mais do que Serra.
Dinheiro tem olfato



Gabeira: traição não compensa




Manchete da primeira página do Globo:

Governistas arrecadam 63% a mais que oposição

PT e aliados já tem R$ 29,3 milhões, contra R$ 18 milhões de PSDB e DEM



Navalha
O Vasco recomendou a leitura atenta desta manchete com pragmática observação: os ratos começam a abandonar o navio.

Igualmente pragmático, o Delfim Netto costuma dizer que dinheiro não tem carimbo.

Este ordinário blogueiro prefere imaginar que Dinheiro tem olfato.

E o Dinheiro já percebeu pra onde sopra o vento – clique aqui para ler “Sumiram com o dinheiro do Serra …”

O Gabeira sentiu no bolso quanto custa trair o PT e o PV.

Veio buscar dinheiro com o Serra e saiu com a mala cheia de trololó.

Paulo Henrique Amorim



Em tempo: por falar em traíra, pergunta-se: em nome de quê a Marina é candidata? Clique aqui para ler “Desmatamento caiu 49%”.

Oh! Destino cruel: o desmatamento caiu quando a Marina saiu.
doconversaafiada

Dantas quer Barbosa fora do Supremo.
Gilmar e o Estadão também

http://www.clicrbs.com.br/rbs/image/8740042.jpg

Guga e Hortência sabem o que é essa dor. A do Dantas dói mais

O Estadão decidiu expulsar Joaquim Barbosa do Supremo.

Ele, a OAB (que não tem nada que se meter nisso) e o Ministro (?) Marco Aurélio Mello, uma espécie de vice de Gilmar Dantas (*): Mello está sempre à disposição para dizer ao PiG (**) o que não cabe a Gilmar Dantas dizer.

Só agora o Ministro (?) Mello se preocupa com a lentidão da Justiça brasileira.

Formidável.

Entre o ex-Presidente Supremo do Supremo e Mello não se sabe quem mais gosta de holofote de televisão.

O Estadão é o house-organ do ex-Presidente Supremo do Supremo.

Portanto, trata-se de uma dedução inevitável acreditar que o Estadão tenha decidido derrubar o presidente Chávez da Venezuela e expulsar Barbosa do Supremo.

Este ordinário blogueiro não entende de nada.

Mas, entende de colonas (***) e colunas, porque tirou uma hérnia de disco da sua.

Ficar em pé é o melhor paliativo.

Quem não quer resolver o problema com uma cirurgia, tem que fazer longos tratamentos.

Aparentemente, o problema do Ministro Barbosa não é apenas lombar, mas, além disso, um trincamento muscular parecido com o do Guga e da Hortência.

(Este modesto blogueiro, corredor medíocre, já teve um, também.)

É o trincamento que obriga o Ministro a andar de um lado para outro com uma cadeira especial, e encontrar a melhor posição para se sentar.

O Estadão, house-organ de Gilmar Dantas (*), repita-se, mostra uma foto em que o Ministro Barbosa, DE PÉ, conversa com amigos num bar em Brasília.

Clique aqui para ir à pagina A6.

O titulo da foto é “Vida social”.

Clique aqui para ver o vídeo inesquecível em que Barbosa diz que Gilmar Dantas tem capangas.

Qui podest ?

A quem interessa tirar Barbosa do STF ?

Primeiro, ao pessoal que é contra as cotas, como já disse publicamente, o Gilmar Dantas (*).

E Barbosa é autor de um livro indispensável em defesa das cotas: “Ação Afirmativa & Principio Constitucional de Igualdade – O Direito como Instrumento de Transformação Social – A experiência dos Estados Unidos” – Editora Renovar, 2001.

Expulsar Barbosa interessa sobretudo ao Daniel Dantas, o passador de bola apanhado no ato de passar bola.

Dantas tem um encontro marcado com Barbosa.

Barbosa é o relator do mensalão mineiro e já indiciou Eduardo Azeredo, mui nobre presidente do PSDB nacional.

E Dantas é quem passava mel no Valerioduto, através de suas empresas mineiras.

Sempre com a intenção de recuperar no Governo Lula o tratamento especial que mereceu no Governo FHC/Serra.

Quando tratou do mensalão do PT, Barbosa se tornou num herói da Pátria.

Foi capa da Veja, amigo navegante.

Imagine !

Ser capa da Veja !

Agora, quando as algemas se aproximam dos pulsos do passador de bola apanhado no ato passar bola, aí o PiG (**) fica aflito.

Clique aqui para ler com o Nassif como a Veja e a Folha (****) protegem o Daniel Dantas, ao fabricar o 1001º. dossiê desta campanha.

(Este será o maior legado político do Serra: introduzir o dossiê nas campanhas eleitorais. Não é isso, Ministro Paulo Renato ?)

Faz parte do arsenal do Dantas escolher os juízes que o julgarão.

Clique aqui para ler “O cerco a De Sanctis – Dantas gosta de escolher o juiz que o julgará”.

Ao tratar desse encontro inevitável que Dantas travará com Barbosa, o Conversa Afiada se lembrou de Joe Louis.

Você pode correr, Dantas, mas você não pode se esconder.

Não adianta o Estadão querer.

O Chávez não cai.

E o Barbosa não vai embora tão cedo.

Paulo Henrique Amorim





Mino Carta, imperdível, acerta o alvo. Datafalha e colonista do Globo são as vítimas



Na foto, o colonista (*) do Globo põe o bico na ferida



O Conversa Afiada recomenda enfaticamente que o amigo navegante comece a semana na companhia de Mino Carta.

Dessa vez, ele se diverte com o Datafalha e um colonista (*) do Globo, da ala de frente da Escola Serrista:

A escalada do muro, por Mino Cartahttp://www.blogger.com/img/blank.gif

Não me surpreenderei se o Datafolha começar uma operação de pouso em proveito de sua credibilidade. Pois é do -conhecimento até do mundo mineral que a candidatura de Dilma Rousseff continua em ascensão e a de José Serra em queda. As próximas pesquisas devem confirmar a tendência. Será possível que a discrepância entre o Datafolha e os demais institutos não comece a encolher?



Sintomático o texto de Merval Pereira, da ala de frente da Escola Serrista, publicado em O Globo de quarta-feira 4.
Registra-se ali a “percepção majoritária de que, ao fim e ao cabo”, Dilma derrotará Serra. Puro espanto de minha parte. Tu quoque, Merval? Logo, como outro pássaro, aquele do Cáucaso, vingador dos deuses do Olimpo traídos por Prometeu, o colega põe o bico na ferida: essa percepção baseia-se, sim, na popularidade do presidente, “mas, sobretudo, no jogo bruto que ele vem usando, não respeitando limites na faina para eleger a sua escolhida”. Excesso de gerúndios e de severidade.

Qualquer presidente, em qualquer canto do mundo democrático, e nem tanto, mergulha na faina (faina?) de, como se diz, “fazer seu sucessor”. Recentemente, para citar personagem do agrado da mídia nativa, o presidente colombiano Uribe esforçou-se bastante para levar à vitória seu ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, por ele ungido candidato à sucessão.

De Mino Carta, pioneiro na batalha para escarnecer do PiG (**) e seus leais servidores.

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
doconversaafiada


“Dossiê” da Veja e da Folha (*) é para proteger Dantas


Na foto, Dantas sai da PF com a proteção especial de um HC Canguru


Saiu no Blog do Nassif:


O novo lance de Daniel Dantas

A tapioca de transformar um email anônimo em dossiê fez parte do jogo eleitoral. Agora, não. Na semana passada, a Justiça norte-americana autorizou o desbloqueio das contas de Dantas. Ele tentará, agora, os mesmos subterfúgios que empregou nos processos italianos (**). Planta notícias aqui – especialmente através da dobradinha Veja-Folha. Depois, utiliza as matérias para tentar reforçar sua posição nos processos externos.

Fez isso inúmeras vezes ao longo da grande disputa com os fundos de pensão.
O tal dossiê que a Veja diz que a Previ teria montado em 2002, nada mais é do que o levantamento dos privilégios que o Opportunity teve nos acordos espúrios com fundos de pensão, no final dos anos 90. E que resultaram no maior escândalo corporativo da história econômica recente do país.

Cômico da história é que menciona uma relação de políticas que teriam sido alvo de investigações e passam completamente ao largo de Daniel Dantas e do Opportunity. Sequer mencionam seus nomes.

As tais empresas investigadas, nas quais os fundos tinham participação, eram a Brasil Telecom, Amazonia Celular e Telemig Celular – as três controladas por Dantas.

Os dados levantados serviram para instruir as ações que permitiram aos acionistas tirar o controle de Dantas.

E o nome do banqueiro sequer é tangenciado pela revista.

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Foi esse pseudo processo na Itália que um advogado de Dantas – o passador de bola apanhado no ato de passar bola – usou e se deu mal. Dantas provocou sua derrota na Justiça: clique aqui para ler na aba “Não me calarão”: “Machado de Campos leva Paulo Henrique a derrotar Nélio Machado” na Justiça”.

Anarquistas gregos detonam prefeitura da famosa ilha turística grega




Na madrugada desta quinta-feira (5), em plena alta temporada de verão e muita badalação, um grupo de anarquistas atacou com bombas de tinta a prefeitura da ilha de Santorini, um importante destino turístico na Grécia famoso no mundo todo pelas paisagens magníficas e os luxuosos iates que ficam ali ancorados.

Os anarquistas bombardearam outros imóveis estatais importantes da ilha, assim como bancos e butiques. Eles também realizaram pichações com frases anticapitalistas, antiautoritárias e irônicas. Ninguém foi preso.

Um site de notícias local escreveu: "A Prefeitura Municipal literalmente mudou de cor, quando desconhecidos vandalizaram o prédio com tintas e pichações durante a noite. Os slogans eram marcadamemente anarquistas; no local também foram espalhados panfletos com conteúdo anarquista (Sem piedade para os assassinos de Lambros Fountas e fogo nas prisões, etc.). Uma sucursal do Banco de Pireu Fira e outros estabelecimentos comerciais também sofreram com a ação dos malfeitores que ignoraram as câmeras de vigilância. Os acontecimentos desta noite do dia 5 de agosto, só podem ser qualificados como um autêntico assalto às instituições sob tutela do Estado grego."

A ilha de Santorini, além de ser conhecida como uma luxuosa estância de verão, é apontada como local - universo turístico - de trabalhos precários e de exploração de mão-de-obra barata grega e imigrante.

agência de notícias anarquistas-ana

Pássaros disputam ?

Parece tão saboroso

o mamão do vizinho.

Teruka Oda
domidiadosoprimidos

III Guerra Mundial a caminho






Preparando a III Guerra Mundial (I)



Irã - Direitos nacionais e imperialismo

Global Research - [Michel Chossudovsky] A humanidade está em uma encruzilhada perigosa. Os preparativos de guerra para atacar o Irã estão em “um estado avançado de preparação”. Sistemas de alta tecnologia, incluindo as armas nucleares, estão totalmente empregadas.

Esta aventura militar esteve no tabuleiro do Pentágono desde meados da década de 1990. Primeiro o Iraque, logo o Irã, segundo documentos desclassificados de 1995 do Comando Central dos EUA.

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A escalada é parte da agenda militar. Enquanto que o Irã é o próximo objetivo junto com a Síria e o Líbano, este desenvolvimento militar estratégico também ameaça a Coreia do Norte, China e Rússia.

Desde 2006, os EUA e seus aliados, incluídos os interlocutores dos Estados Unidos na OTAN e Israel, estiveram envolvidos no amplo desenvolvimento e armazenamento dos sistemas de armas avançadas.

Os sistemas de defesa aérea dos EUA, dos países membros da OTAN e de Israel, estão totalmente integrados.

Trata-se de uma tarefa coordenada pelo Pentágono, a OTAN, a Força de Defesa de Israel (FID), com participação ativa de militares de vários países da OTAN e não-sócios, incluindo os estados árabes de primeira linha (os membros da OTAN do Diálogo Mediterrâneo e a Iniciativa de Cooperação de Istambul), Arábia Saudita, Japão, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Singapura, Austrália, entre outros. (A OTAN é composta de 28 estados membros). Outros 21 países são membros do Conselho da Aliança Euro-Atlântica (EAPC); o Diálogo Mediterrâneo e a Iniciativa de Cooperação de Istambul conta com dez países árabes e Israel.

O papel do Egito, dos Estados do Golfo e da Arábia Saudita (dentro da aliança militar ampliada) é de particular relevância. O Egito controla o trânsito de barcos de guerra e barcos petroleiros pelo Canal de Suez. A Arábia Saudita e os Estados do Golfo ocupam a costa ocidental do sul do Golfo Pérsico, o estreito de Ormuz e o Golfo de Omán.

Em princípios de junho, “informa o Egito, que permitiu a onze barcos dos EUA e de Israel passar pelo Canal de Suez, em um aparente sinal ... ao Irã ... No dia 12 de junho, estabelecimentos da imprensa regional informaram que os sauditas haviam concedido a Israel a autorização para sobrevoar seu espaço aéreo...” (Mirak Weissbach Muriel, Israel’s Insane War on Iran Must Be Prevented, Global Research, 31 de julho de 2010) Na doutrina militar posterior ao 11 de Setembro, o desenvolvimento massivo de armamento militar definiu-se como parte da chamada “Guerra Global contra o Terrorismo”, apontando a organizações terroristas “não estatais” como a Al Qaeda e os chamados “Estados patrocinadores do terrorismo”, entre eles o Irã, a Síria, o Líbano e o Sudão.

A criação de novas bases militares dos EUA, o armazenamento dos sistemas de armas avançadas, incluindo as armas nucleares táticas, etc., foram levadas a cabo como pare da preventiva ‘doutrina militar defensiva’ sob o guarda-chuva da “Guerra Global contra o Terrorismo”.


Guerra e crise econômica

As consequências de um ataque mais amplo dos Estados Unidos e da OTAN e Israel contra o Irã são de longo alcance.

A guerra e a crise econômica estão intimamente relacionadas. A economia de guerra é financiada por Wall Street, que erige-se no credor da administração dos EUA.

Os produtores de armas dos EUA são os destinatários dos bilhões de dólares do Departamento de Defesa dos EUA pelos contratos de aquisição de sistema de armas avançadas.

Por sua vez, “a batalha pelo petróleo” no Oriente Médio e na Ásia Central serve diretamente aos interesses dos gigantes do petróleo anglo-estadunidense. Os EUA e seus aliados estão “batendo os tambores da guerra” na altura de uma depressão econômica mundial, para não mencionar a catástrofe ambiental mais grave da história mundial. Em um giro amargo, um dos grandes jogadores (British Petroleum) no tabuleiro de xadrez geopolítico da Ásia Centra no Oriente Médio, antigamente conhecido como a Petróleos Anglo-Persa foi o instigador da catástrofe ecológica no Golfo do México.

Meios de desinformação

A opinião pública, influída pela tambor dos meios de comunicação, oferece apoio tácito, indiferente ou ignorante dos possíveis impactos do que se mantém com um ad hoc “punitivo” da operação dirigida contra as instalações nucleares do Irã em lugar de uma guerra total.

Os preparativos de guerra incluem o desenvolvimento dos fabricantes de armas nucleares dos EUA e Israel.

Neste contexto, as consequências devastadoras de uma guerra nuclear se trivializam ou simplesmente não se mencionam.

A crise “real” que ameaça a humanidade é o “aquecimento global”, segundo os meios de comunicação e o Governo, e não a guerra.

A guerra contra o Irã é apresentada à opinião pública como um tema entre outros. Não é oferecido como uma ameaça à “Mãe Terra”, como no caso do aquecimento global. Não é notícia de primeira chamada. O fato de que um ataque contra o Irã possa levar a uma potencial escalada e desencadear uma “guerra global” não é motivo de preocupação.

Culto à morte e à destruição

A máquina global de matar também é sustentada pelo culto à morte e à destruição que impregna os filmes de Hollywood, para não mencionar as guerras em prime time e as séries de televisão sobre delinquência.

Este culto à matança está respaldado pela CIA e pelo Pentágono, que também apoiou (financiou) produções de Hollywood como instrumento de propaganda de guerra:

O ex-agente da CIA, Bob Baer, disse: “Há uma simbiose entre a CIA e Hollywood” e revelou que o ex-diretor da CIA, George Tenet, encontra-se atualmente em Hollywood, falando com os estúdios. (Matthew Alford and Robbie Graham, Lights, Camera… Covert Action: The Deep Politics of Hollywood, Global Research, 31 de janeiro de 2009). A máquina de matar é empregada em nível global dentro do marco da estrutura de comando de combate unificada. E é mantida habitualmente pelas instituições de governo, meios corporativos, e mandarins e intelectuais às ordens da Nova Ordem Mundial, e desde os think tanks de Washington e os institutos de investigação de estudos estratégicos, como instrumento indiscutível da paz e da prosperidade mundial. A cultura da morte e da violência foi gravada na consciência humana.

A guerra é amplamente aceita como parte de um processo social: a Pátria tem que ser “defendida” e protegida.

A “violência legitimada” e as execuções extrajudiciais contra os “terroristas” são mantidas nas democracias ocidentais como instrumentos necessários de segurança nacional.

Uma “guerra humanitária” é sustentada pela chamada comunidade internacional. Não condena-se como um ato criminoso. Os arquitetos principais são recompensados por suas contribuições à paz mundial. Quanto ao Irã, o que está se desenvolvendo é a legitimação direta da guerra em nome de uma ideia ilusória de segurança mundial.

Um ataque aéreo “preventino” contra o Irã levaria a uma escalada.

Na atualidade há três teatros de guerra separados no Oriente Médio e Ásia Central. Iraque, Afeganistão-Paquistão e Palestina.

Se o Irã for objeto de um ataque aéreo “preventivo” pelas forças aliadas, toda a região, desde o Mediterrâneo Oriental até a fronteira ocidental da China com o Afeganistão e o Paquistão poderia estalar, o que nos conduz potencialmente a um cenário de Terceira Guerra Mundial.

A guerra também estenderia-se ao Líbano e à Síria. É muito pouco provável que os atentados, se se aplicarem, ficassem circunscritos às instalações nucleares do Irã, como afirmam as declarações oficiais dos EUA e da OTAN. O mais provável é um ataque aéreo tanto a infraestruturas militares como civis, sistemas de transporte, fábricas e edifícios públicos.

O Irã, com cerca de 10% do petróleo mundial, ocupa o terceiro lugar mundial de reservas de gás, depois da Arábia Saudita (25%) e do Iraque (11%) no tamanho de suas reservas. Em comparação, os EUA tem menos de 2,8% das reservas mundiais de petróleo. (Ver Eric Waddell, The Battle for Oil, Global Research, dezembro de 2004).

É de muita importância o recente descobrimento no Irã, em Soumar e Halgan, das segundas maiores reservas mundiais conhecidas que estimam-se em 12,4 bilhões de pés cúbicos. Apontar o Irã não só consiste em recuperar o controle anglo-estadunidense sobre o petróleo e a economia do gás, incluindo rotas de oleodutos, mas também questiona a presença e influência da China e da Rússia na região.

O ataque planificado contra o Irã forma parte de um mapa global coordenado de orientação militar. É parte da “longa guerra do Pentágono”, uma proveitosa guerra sem fronteiras, um projeto de dominação mundial, uma sequencia de operações militares.

Os planejadores militares dos EUA e da OTAN previram diversos cenários de escalada militar. Também são muito conscientes das implicações geopolíticas, a saber, que a guerra poderia estender-se para além da região do Oriente Médio e da Ásia Central. Os efeitos econômicos sobre os mercados do petróleo, etc., também foram analisados. Enquanto que o Irã, a Síria e o Líbano são os objetivos imediatos, a China, a Rússia e a Coreia do Norte, para não falar da Venezuela e de Cuba, são também objeto de ameaças dos EUA.

Está em jogo a estrutura das alianças militares. Os desenvolvimentos militares da OTAN-EUA-Israel, incluindo as manobras militares e exercícios realizados na Rússia e suas fronteiras próximas à China tem uma relação direta com a guerra proposta contra o Irã.

Estas ameaças veladas, incluindo seu calendário, constituem um claro aviso aos antigos poderes da era da Guerra Fria, para evitar que possam interferir em um ataque dos Estados Unidos contra o Irã.

Guerra Mundial

O objetivo estratégio de meio prazo é chegar ao Irã e neutralizar seus aliados através da diplomacia dos canhões. O objetivo militar de longo prazo é se dirigir diretamente à China e à Rússia.

Ainda que o Irã seja o objetivo imediato, a militarização não se limita ao Oriente Médio e à Ásia Central. Uma agenda militar global foi formulada.

O emprego de tropas da coalizão e os sistemas de armas avançadas dos EUA, da OTAN e seus sócios estão sendo feitas de forma simultânea em todas as principais regiões do mundo.

As ações recentes dos militares dos EUA frente às costas da Coreia do Norte em forma de manobras são parte de um desenho global.

Os exercícios militares, simulacros de guerra, o desenvolvimento de armas, etc... dos EUA, da OTAN e seus aliados que estão sendo levados a cabo simultaneamente nos principais pontos geopolíticos, vão dirigidos principalmente contra a Rússia e a China.

- A Península da Coreia, o Mar do Japão, o estreito de Taiwan, o Mar Meridional da China, ameaça a China.

- O emprego de mísseis Patriot na Polônia, o centro de alerta na República Tcheca, ameaça a Rússia.

- Desenvolvimentos navais na Bulgária, Romênia, no Mar Negro, ameaçando a Rússia.

- Emprego de tropas da OTAN e dos EUA na Geórgia.

- Um desenvolvimento naval formidável no Golfo Pérsico, incluídos os submarinos israelenses dirigidos contra o Irã.

Simultaneamente, o Mediterrâneo Oriental, o Mar Negro, o Caribe, a América Central e a região andina da América do Sul, são as zonas da militarização em curso. Na América Latina e no Caribe as ameaças dirigem-se contra a Venezuela e Cuba.

“Ajuda militar” dos EUA

Por sua vez, as transferências de armas em grande escalaram foram levadas a cabo sob a bandeira dos EUA como “ajuda militar” a países selecionados, incluindo 5 bilhões de dólares em um acordo de armamento com a Índia, que detina-se para melhorar as capacidades da Índia contra a China. (Huge U.S.-India Arms Deal To Contain China, Global Times, 13 de julio de 2010).

“[A venda de armas] significará melhorar as relações entre Washington e Nova Delhi, e, de forma deliberada ou não, terá o efeito de conter a influência da Chia na região.” (Citado em Rick Rozoff, Confronting both China and Russia: U.S. Risks Military Clash With China In Yellow Sea, Global Research, 16 de julho de 2010).

Os EUA alcançaram acordos de cooperação militar com alguns países do sul da Ásia Oriental, como Singapura, Vietnã e Indonésia, incluindo sua “ajuda militar”, bem como a participação em manobras militares dirigidas pelos Estados Unidos na Bacia do Pacífico (julho-agosto de 2010). Estes acordos são de apoio às implementações das armas dirigidas contra a República Popular da China. (Ver Rick Rozoff, Confronting both China and Russia: U.S. Risks Military Clash With China In Yellow Sea, Global Research, 16 de julho de 2010).

Do mesmo modo, e mais diretamente relacionado com o ataque planificado contra o Irã, os EUA estão armando os Estados do Golfo (Bahrein, Kuwait, Qatar e os Emirados Árabes Unidos) com o interceptor de mísseis terra-ar, Patriot Advanced Capability-3 e a Terminal High Altitude Area Defense (THAAD), bem como os baseados no padrão de mísseis MAR-3, interceptores instalados em barcos de guerra de classe Aegis no Golfo Pérsico. (Ver Rozoff Rick, NATO’s Role In The Military Encirclement Of Iran, 10 de fevereiro de 2010).


Calendário de armazenamento militar e de implementação

O que é crucial no que diz respeito às transferências de armas dos EUA aos países sócios e aliados é o momento real da entregue e do emprego. O lançamento de uma operação militar patrocinada pelos EUA normalmente ocorreria uma vez que estes sistemas de armas estejam em seu lugar, após o desenvolvimento efetivo da aplicação da capacitação de pessoal. (Por exemplo, a Índia).

O que estamos tratando é um desenho militar mundial cuidadosamente coordenado e controlado pelo Pentágono com a participação das forças armadas combinadas de mais de quarenta países. Este desenvolvimento multinacional mundial é, com muito, o maior desenvolvimento de sistema de armas avançadas da história.

Por sua vez, os EUA e seus aliados estabeleceram novas bases militares em diferentes partes do mundo. “A superfície da Terra está estruturada como um enorme campo de batalha”. (Ver Jules Dufour, The Worldwide Network of US Military Bases, Investigación Global, 01 de julio 2007).

O Comando Unificado da estrutura geográfica dividida nos comandos de combate baseiam-se em uma estratégia de militarização em nível global. “Os militares dos EUA tem bases em 63 países. Marcas de novas bases foram construídas a partir do dia 11 de setembro de 2001 em sete país. No total, há 255.065 militares empregados pelos EUA em todo o mundo.” (Ver Jules Dufour, The Worldwide Network of US Military Bases, Investigación Global, 1º de julho 2007)

Cenário da III Guerra Mundial

Este desenvolvimento militar produz-se em várias regiões ao mesmo tempo sob a coordenaçao dos comandos regionais dos EUA, com a participação no armazenamento dos arsenais dos EUA pelos aliados dos Estados Unidos, alguns dos quais são antigos inimigos, incluindo o Vietnã e o Japão.

No contexto atual caracteriza-se por uma acumulação militar global controlada por uma superpotência mundial que está utilizando seus aliados para desencadear numerosas guerras regionais.

A diferença com a Segunda Guerra Mundial, que foi também uma conjunção de distintas salas de uma guerra regional, é que com a tecnologia de comunicações e sistema de armas da década de 1940, não havia estratégia em “tempo real” para coordenação nas ações militares entre grandes regiões geográfias.

A guerra mundial baseia-se no desenvolvimento coordenado de uma só potência militar dominante, que supervisa as ações de seus aliados e sócios.

Com a exceção de Hiroshima e Nagasaki, a Segunda Guerra Mundial caracterizou-se pelo uso de armas convencionais. O planejamento de uma guerra mundial baseia-se na militarização do espaço ultra-terrestre.

Se uma guerra contra o Irã inicia-se, não só o uso de armas nucleares, mas toda uma gama de novos sistemas de armas avançadas, inclusive armas eletrométricas e as técnicas de modificação ambiental (ENMOD) seriam utilizadas.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas

O Conselho de Segurança aprovou no início de junho uma quarta rodada de sanções de amplo alcance contra a República Islâmica do Irã, que incluem o embargo de armas e o “controles financeiros mais estritos”.

Em uma amarga ironia, esta resolução foi aprovada poucos dias depois da negativa pura e dura do Conselho de Segurança das Nações Unidas para adotar uma moção de condenação a Israel por seu ataque à Flotilha pela Liberdade de Gaza em águas internacionais.

Tanto a China como a Rússia, pressionados pelos EUA, apoiaram o regime de sanções do CS da ONU, em seu próprio prejuízo. Sua decisão no Conselho de Segurança contribui para debilitar sua própria aliança militar, a organização de Cooperação de Xangai (OCS, em sua sigla inglesa), na qual o Irã tem estatuto de observador. A resolução do Conselho de Segurança congela os respectivos acordos de cooperação militar e econômica da China e da Rússia com o Irã. Isto tem repercussões graves no sistema de defesa aérea do Irã que, em parte, depende da tecnologia e da experiência da Rússia.

A Resolução do Conselho de Segurança outorga, de fato, uma “luz verde” para levar uma guerra preventiva contra o Irã.

A inquisição estadunidense: a construção de um consenso político para a guerra

Em coro, os meios ocidentais qualificaram o Irã como uma ameaça à segurança mundial em vista de seu suposto (inexistente) programa de armas nucleares. Fazendo-se eco das declarações oficiais, os meios de comunicação agora estão exigindo a aplicação dos bombardeios punitivos dirigidos contra o Irã a fim de salvaguardar a segurança de Israel.

Os meios de comunicação ocidentais fazem soar os tambores de guerra. O propósito é inculcar tacitamente na consciência interna das pessoas, através da repetição de informes nos meios até a saciedade, a ideia de que a ameaça iraniana é real e que a república islâmica deve ser “expulsa”.

O processo de criação do consenso para fazer a guerra é semelhante à Inquisição espanhola. Requer-se e exige-se a submissão à ideia de que a guerra é um trabalho humanitário.

Conhecida e documentada, a verdadeira à segurança global emana da aliança dos Estados Unidos-OTAN-Israel; entretanto, a realidade em um ambiente inquisitório é ao revés: os belicistas comprometidos com a paz, as vítimas da guerra são apresentadas como os protagonistas da guerra.

Considerando que em 2006 quase dois terços dos estadunidenses opunham-se à ação militar contra o Irã, segundo uma recente enquete da Reuter-Zogby de fevereiro de 2010 56% dos estadunidenses estão a favor de uma ação militar da OTAN contra o Irã.

A construção de um consenso político que baseia-se em uma mentira não pode, entretanto, confiar unicamente na posição oficial daqueles que são a fonte da mentira.

Os movimentos contra a guerra nos EUA, que em parte foram infiltrados e cooptados, assumiram uma posição débil em relação ao Irã. O movimento contra a guerra está dividido. A ênfase é posta em guerras que já foram feitas (Afeganistão e Iraque) ao invés de se opor com força as guerras que estão sendo preparadas e que encontram atualmente no tabuleiro de desenhos do Pentágono.

Desde a inauguração da administração Obama, o movimento contra a guerra perdeu parte de seu ímpeto.

De outra parte, aqueles que se opõem ativamente às guerras no Afeganistão e o Iraque não necessariamente opõem-se à realização de “bombardeios punitivos”, dirigidos ao Irã, nem entram na categoria destes atentados como um ato de guerra, a qual poderia ser o prelúdio da Terceira Guerra Mundial.

A escala de protestos contra a guerra em relação ao Irã foi mínima em comparação com as manifestações massivas que precederam os bombardeios de 2003 e a invasão do Iraque.

A verdadeira ameaça à segurança global emana da aliança dos Estados Unidos-OTAN-Israel.

A operação Irã não foi oposta no âmbito diplomático por parte da China e Rússia, mas conta com o apoio dos governos dos estados árabes de primeira fileira que estão integrados no diálogo OTAN-Mediterrâneo. Também conta com o apoio tácito da opinião pública ocidental.

Façamos uma chamada as pessoas de todos os países, na América, Europa Ocidental, Israel, Turquia e em todo o mundo, a se levantar contra este projeto militar, contra seus governos que apoiam a ação militar contra o Irã, contra os meios de comunicação que servem para camuflar as devastadoras consequências de uma guerra contra o Irã.

Esta guerra é uma loucura.

A III Guerra Mundial é terminal. Albert Einstein entendia os perigos da guerra nuclear e a extinção da vida na Terra, que já começou com a contaminação radioativa resultante de urânio empobecido. “Não sei com que armas lutará-se na III Guerra Mundial, mas na IV Guerra Mundial lutará-se com paus e pedras”.

Os meios de comunicação, os intelectuais, os cientistas e os políticos, em coro, ofuscam a verdade não contada, a saber, que a guerra que utilza ogivas nucleares destrói a humanidade, e que este complexo processo de destruição gradual já começou.

Quando a mentira se converte em verdade, já não há volta atrás.

Quando a guerra mantém-se como um trabalho humanitário, a justiça e todo o sistema jurídico internacional são todo o contrário: o pacifismo e o movimento contra a guerra são criminalizados. Opor-se à guerra converte-se em um ato criminoso.

A mentira deve ser exposta como é e como faz.

Sanciona a matança indiscriminada de homens, mulheres e crianças.

Destrói famílias e pessoas. Destrói o compromisso das pessoas aos seus semelhantes.

Impede às pessoas expressar sua solidariedade pelos que sofrem. Defende a guerra e o estado policial como a via única.

Destrói o internacionalismo.

Romper a mentira significa romper um projeto criminoso de destruição global, nela a busca do benefício é a força primordial.

Este lucro impulsionado pela agenda militar destrói os valores humanos e transforma as pessoas em zumbis inconscientes.

Vamos inverter a maré.

Desafiemos aos criminosos de guerra nos altos cargos e às poderosas corporações e grupos de pressão que os apoiam.

Fim da inquisição estadunidense.

Fim da cruzada militar dos Estados Unidos-OTAN-Israel.

Fechamento das fábricas de armas e das bases militares.

Retirada das tropas.

Os membros das Forças Armadas devem desobedecer as ordens e se negar a participar em uma guerra criminosa.


Michel Chossudovsky é um laureado autor, professor (emérito) da Economia da Universidade de Ottawa e diretor do Centro para a Investigação sobre a Globalização (CRG), Montreal. É autor de A Globalização da Pobreza e a Nova Ordem Mundial (2003) e de A Guerra da América contra o Terrorismo (2005). Também é colaborador da Enciclopédia Britânica. Seus escritos foram publicados em mais de vinte idiomas.


Fonte: Global Reserach e Rebelión
Traduzido do inglês para o espanhol por Ziberán en Huelga General
Traduzido do espanhol para o português por Lucas Morais (@luckaz) para o Diário Liberdade

extraído do diárioLiberdade

Postado por GilsonSampaio

Fidel está certo, tem cheiro de guerra no ar


Fidel Castro reapareceu neste último sábado no parlamento cubano e fez um discurso com o grave alerta para o perigo de uma nova guerra mundial. Claro que a mídia hype não deu a mínima para o conteúdo. Mas o velho comandante entende do que diz. Sugiro uma lida em recente texto do professor Michel Chossudovsky, onde ele diz que um ataque ao Irã é o próximo passo para uma estratégia de guerra mundial, com o perigo de uso de armas nucleares. Alguns pontos para entendermos o war game:

Os EUA precisam dominar a Eurásia, o supercontinente que abarca a Europa e a Ásia. Dominação significa ter controle político sobre povos, governos e principalmente seus recursos. Quem explicou (ou confessou) o objetivo foi Zbigniew Brzezinski, ex-secretário de defesa de Carter, Reagan e Bush pai.

"É imperativo que nenhuma força eurasiana apareça, capaz de exercer alguma dominação na região e desta forma desafiar os EUA", diz Brzezinski em seu livro, "The Gran Chessboard", de 1998. Sabemos que a médio ou longo prazo inevitavelmente a China poderá ser esta ameaça. Ou mesmo a Russia, como aponta Chossudovsky. Com economias crescentes, precisarão de mais mercados e fundamentais recursos.

Petróleo é hoje o mais disputado recurso do planeta. Todas as economias são sedentas do ouro negro. Um carro, antes de consumir combustível, gastou vários barris em plásticos, borrachas, tintas, químicas e em máquinas para a produção e transporte. E o petróleo é recurso finito, já atingiu seu pico máximo de extração nos anos 70.

Para os EUA, que produzem 11.7% do petróleo mundial e consomem 25.3%, é questão delicada para o futuro de sua economia. A China cresce aceleradamente em consumo, já tendo passado o Japão e ficado agora como o segundo maior consumidor planetário.

Não há ainda nenhuma outra fonte de energia que substitua o petróleo em pouco tempo. Todas as possibilidades pensadas aumentam consideravelmente os custos da produção hoje baseada no óleo.

Os EUA, fundamentalmente, e todas as economias dele dependente, enfrentam uma grave crise financeira. Uma bolha está perto de explodir. A sistema financeiro mundial está montado em uma mentira, não existe lastro para o dinheiro que circula. O menor descuido, como aconteceu recentemente, coloca em risco todo o sistema.

Nada melhor, como sempre foi, que uma guerra para resolver os impasses. A indústria de guerra aquece a economia. A de reconstrução, também. E povos ficam unidos quando se vende bem a idéia da necessidade de enfrentar um inimigo externo. Esquecem suas reinvindicações, aceitam mais impostos, é a guerra.

A mídia internacional faz aqui o seu papel, como já feito em outras vezes. Inventa ou alardeia motivações. Para o Iran, o motivo é o perigo nuclear. Não importa que o país tenha objetivos de uso pacífico, e seja os EUA, sim, como Israel e até os aliados Paquistão e Índia que tenham bombas nucleares. Para avançar sobre o Iraque, inventaram que Saddam tinha armas químicas. Mentira. Para o Afeganistão. é que ele escondia Osama Bin Laden e as mulheres usavam burcas. Mentira, os EUA nunca estiveram preocupados com Bin Laden, a Al-Quaeda é uma farsa e até hoje as mulheres usam a mesma burca. O que mudou é que o Afeganistão produz hoje mais de 90% do ópio mundial. E é produto repleto de interesses americanos.

E para finalizar, uma reflexão do nosso ponto planetário. EUA, seus aliados, que ameaçam a paz mundial, tem aqui nas próximas eleições o candidato José Serra como seu representante. O tucano fez questão de marcar posição para que isso ficasse claro. Discursou contra todos os que de alguma forma estão em oposição aos interesses imperialistas americanos, como Ahmadinejad, Evo e Chávez.

Neste caso, reflitam, votar em Dilma Rousseff é darmos uma chance a paz.

Postado por Jurandir Paulo

Colombia novo estado de tio sam






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Seu reino por 1 copo de água











De Alexandre o Grande a Obama


Das “armas de destruição em massa” do Iraque ao “projeto atômico do Iran”


Quando o criminoso de guerra George W.Bush invadiu o Afeganistão e posteriormente voltou seus olhos genocidas contra o Iraque escrevi que ele estava querendo imitar Alexandre o Grande, mas que tal seria impossível pois Alexandre tivera como preceptor o filósofo Aristóteles, enquanto o preceptor de Bush era Johnny Walker.
Não deu outra.
Alexandre, por exemplo, assim que conquistou a Pérsia tratou os vencidos com tolerância casando-se, inclusive, com Státeira, filha do imperador Dario III.
O mesmo aconteceu quando ele conquistou o Afeganistão, casando-se com Roxane.
Foi a partir da miscigenação com os conquistados que surgiu a cultura helênica.
A Pérsia de Dario é o atual Iran de Ahmadinejad, que se prepara para ser invadido a qualquer momento.
Como sucedeu com o Iraque quando os Estados Unidos, com a cumplicidade da mídia, divulgaram a informação de que o pais possuía armas de destruição de massa.
Invadiram o pais, destruíram milhares de sítios arqueológicos, assassinaram mais de um milhão de seres humanos, introduziram novos tipos de tortura, estupros, inclusive de crianças, além de saques, roubos e muitos etc.
E o que os Estados Unidos ofereceram em troca?
A tal democracia.
A democracia do prendo e arrebento.
A democracia do atiro e depois pergunto.
A democracia onde todos são culpados até que provem o contrário.
Sempre com a cumplicidade da mídia .
Pois bem, agora quem está no governo é Obama.
Esperança que desvanece aos poucos.
A exemplo de seu antecessor, Obama continua ocupando o Iraque e o Afeganistão.
A exemplo de seu antecessor, Obama mantém os centros de tortura em Abu-Ghraib , Baghram e Guantánamo.
E a exemplo de seu antecessor, Obama não consegue dizer não ao genocida jr. o Estado de Israel.
E agora, se prepara para invadir o Iran(leiam no post abaixo a carta que lhe enviaram membros do serviço secreto dos EUA alertando-o sobre o perigo chamado Israel) utilizando as mesmas mentiras de seu antecessor.
Sempre com a cumplicidade da mídia.
Ontem, eram as “armas de destruição em massa” no Iraque.
Hoje, “o projeto atômico” do Iran.
Pobre humanidade.