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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 09, 2010

Seu reino por 1 copo de água











De Alexandre o Grande a Obama


Das “armas de destruição em massa” do Iraque ao “projeto atômico do Iran”


Quando o criminoso de guerra George W.Bush invadiu o Afeganistão e posteriormente voltou seus olhos genocidas contra o Iraque escrevi que ele estava querendo imitar Alexandre o Grande, mas que tal seria impossível pois Alexandre tivera como preceptor o filósofo Aristóteles, enquanto o preceptor de Bush era Johnny Walker.
Não deu outra.
Alexandre, por exemplo, assim que conquistou a Pérsia tratou os vencidos com tolerância casando-se, inclusive, com Státeira, filha do imperador Dario III.
O mesmo aconteceu quando ele conquistou o Afeganistão, casando-se com Roxane.
Foi a partir da miscigenação com os conquistados que surgiu a cultura helênica.
A Pérsia de Dario é o atual Iran de Ahmadinejad, que se prepara para ser invadido a qualquer momento.
Como sucedeu com o Iraque quando os Estados Unidos, com a cumplicidade da mídia, divulgaram a informação de que o pais possuía armas de destruição de massa.
Invadiram o pais, destruíram milhares de sítios arqueológicos, assassinaram mais de um milhão de seres humanos, introduziram novos tipos de tortura, estupros, inclusive de crianças, além de saques, roubos e muitos etc.
E o que os Estados Unidos ofereceram em troca?
A tal democracia.
A democracia do prendo e arrebento.
A democracia do atiro e depois pergunto.
A democracia onde todos são culpados até que provem o contrário.
Sempre com a cumplicidade da mídia .
Pois bem, agora quem está no governo é Obama.
Esperança que desvanece aos poucos.
A exemplo de seu antecessor, Obama continua ocupando o Iraque e o Afeganistão.
A exemplo de seu antecessor, Obama mantém os centros de tortura em Abu-Ghraib , Baghram e Guantánamo.
E a exemplo de seu antecessor, Obama não consegue dizer não ao genocida jr. o Estado de Israel.
E agora, se prepara para invadir o Iran(leiam no post abaixo a carta que lhe enviaram membros do serviço secreto dos EUA alertando-o sobre o perigo chamado Israel) utilizando as mesmas mentiras de seu antecessor.
Sempre com a cumplicidade da mídia.
Ontem, eram as “armas de destruição em massa” no Iraque.
Hoje, “o projeto atômico” do Iran.
Pobre humanidade.

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