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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 09, 2010

Dinheiro não tem carimbo







Dilma arrecada 63% mais do que Serra.
Dinheiro tem olfato



Gabeira: traição não compensa




Manchete da primeira página do Globo:

Governistas arrecadam 63% a mais que oposição

PT e aliados já tem R$ 29,3 milhões, contra R$ 18 milhões de PSDB e DEM



Navalha
O Vasco recomendou a leitura atenta desta manchete com pragmática observação: os ratos começam a abandonar o navio.

Igualmente pragmático, o Delfim Netto costuma dizer que dinheiro não tem carimbo.

Este ordinário blogueiro prefere imaginar que Dinheiro tem olfato.

E o Dinheiro já percebeu pra onde sopra o vento – clique aqui para ler “Sumiram com o dinheiro do Serra …”

O Gabeira sentiu no bolso quanto custa trair o PT e o PV.

Veio buscar dinheiro com o Serra e saiu com a mala cheia de trololó.

Paulo Henrique Amorim



Em tempo: por falar em traíra, pergunta-se: em nome de quê a Marina é candidata? Clique aqui para ler “Desmatamento caiu 49%”.

Oh! Destino cruel: o desmatamento caiu quando a Marina saiu.
doconversaafiada

Dantas quer Barbosa fora do Supremo.
Gilmar e o Estadão também

http://www.clicrbs.com.br/rbs/image/8740042.jpg

Guga e Hortência sabem o que é essa dor. A do Dantas dói mais

O Estadão decidiu expulsar Joaquim Barbosa do Supremo.

Ele, a OAB (que não tem nada que se meter nisso) e o Ministro (?) Marco Aurélio Mello, uma espécie de vice de Gilmar Dantas (*): Mello está sempre à disposição para dizer ao PiG (**) o que não cabe a Gilmar Dantas dizer.

Só agora o Ministro (?) Mello se preocupa com a lentidão da Justiça brasileira.

Formidável.

Entre o ex-Presidente Supremo do Supremo e Mello não se sabe quem mais gosta de holofote de televisão.

O Estadão é o house-organ do ex-Presidente Supremo do Supremo.

Portanto, trata-se de uma dedução inevitável acreditar que o Estadão tenha decidido derrubar o presidente Chávez da Venezuela e expulsar Barbosa do Supremo.

Este ordinário blogueiro não entende de nada.

Mas, entende de colonas (***) e colunas, porque tirou uma hérnia de disco da sua.

Ficar em pé é o melhor paliativo.

Quem não quer resolver o problema com uma cirurgia, tem que fazer longos tratamentos.

Aparentemente, o problema do Ministro Barbosa não é apenas lombar, mas, além disso, um trincamento muscular parecido com o do Guga e da Hortência.

(Este modesto blogueiro, corredor medíocre, já teve um, também.)

É o trincamento que obriga o Ministro a andar de um lado para outro com uma cadeira especial, e encontrar a melhor posição para se sentar.

O Estadão, house-organ de Gilmar Dantas (*), repita-se, mostra uma foto em que o Ministro Barbosa, DE PÉ, conversa com amigos num bar em Brasília.

Clique aqui para ir à pagina A6.

O titulo da foto é “Vida social”.

Clique aqui para ver o vídeo inesquecível em que Barbosa diz que Gilmar Dantas tem capangas.

Qui podest ?

A quem interessa tirar Barbosa do STF ?

Primeiro, ao pessoal que é contra as cotas, como já disse publicamente, o Gilmar Dantas (*).

E Barbosa é autor de um livro indispensável em defesa das cotas: “Ação Afirmativa & Principio Constitucional de Igualdade – O Direito como Instrumento de Transformação Social – A experiência dos Estados Unidos” – Editora Renovar, 2001.

Expulsar Barbosa interessa sobretudo ao Daniel Dantas, o passador de bola apanhado no ato de passar bola.

Dantas tem um encontro marcado com Barbosa.

Barbosa é o relator do mensalão mineiro e já indiciou Eduardo Azeredo, mui nobre presidente do PSDB nacional.

E Dantas é quem passava mel no Valerioduto, através de suas empresas mineiras.

Sempre com a intenção de recuperar no Governo Lula o tratamento especial que mereceu no Governo FHC/Serra.

Quando tratou do mensalão do PT, Barbosa se tornou num herói da Pátria.

Foi capa da Veja, amigo navegante.

Imagine !

Ser capa da Veja !

Agora, quando as algemas se aproximam dos pulsos do passador de bola apanhado no ato passar bola, aí o PiG (**) fica aflito.

Clique aqui para ler com o Nassif como a Veja e a Folha (****) protegem o Daniel Dantas, ao fabricar o 1001º. dossiê desta campanha.

(Este será o maior legado político do Serra: introduzir o dossiê nas campanhas eleitorais. Não é isso, Ministro Paulo Renato ?)

Faz parte do arsenal do Dantas escolher os juízes que o julgarão.

Clique aqui para ler “O cerco a De Sanctis – Dantas gosta de escolher o juiz que o julgará”.

Ao tratar desse encontro inevitável que Dantas travará com Barbosa, o Conversa Afiada se lembrou de Joe Louis.

Você pode correr, Dantas, mas você não pode se esconder.

Não adianta o Estadão querer.

O Chávez não cai.

E o Barbosa não vai embora tão cedo.

Paulo Henrique Amorim

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