Desmatamento da Amazônia diminui 49% em 10 meses
Saudei no mês passado aqui, com base numa matéria do Estadão, que antecipava os números a serem divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente, a redução do desmatamento da Amazônia em 47% em 10 meses. Mas hoje, com os números oficiais do Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), sistema utilizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ficamos sabendo que de agosto de 2009 a junho de 2010, houve uma redução de 49% no desmatamento na região.
Embora a área desmatada ainda seja grande demais para o que desejaríamos, é preciso comemorar a melhora do resultado em 10 meses, que comprova um avanço nos mecanismos de controle da destruição. É significativa a redução da área desmatada de 3.536,68 km² entre agosto de 2008 e junho de 2009 para 1.808,55 km² entre agosto de 2009 e junho de 2010. A estimativa é que a redução do desmatamento em 2010 seja de 26% em relação a 2009, que já foi a menor registrada em 20 anos de monitoramento.
Uma das novidades no combate ao desmatamento na Amazônia foi a inclusão das pequenas e médias propriedades, além dos latifúndios. A ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, disse que as áreas menores começaram a ser significativas ao longo dos anos, o que exigiu o seu acompanhamento.
O presidente do Inpe, Gilberto Câmara, afirmou que o Brasil é líder mundial no uso de satélites para monitorar o desmatamento em florestas tropicais e que pretende exportar sua tecnologia para outros países da América Latina e da África. O sistema de monitoramento deve receber mais dois satélites em 2011 e 2012, melhorando ainda mais a sua cobertura.
A defesa da Amazônia é estratégica para o país e o resultado divulgado hoje é um recado direto aos países que nos acusam de não cuidar de nosso grande patrimônio. Com toda a complexidade que significa vigiar uma área de cinco milhões de quilômetros quadrados, o Brasil vem melhorando anualmente o combate ao desmatamento.
O Brasil deixou de ser um problema para o clima mundial e assumiu posição de vanguarda para soluções negociadas no mundo, como destacou Dilma Rousseff durante a Conferência Mundial do Clima, em Copenhague, em dezembro do ano passado. O país se comprometeu voluntariamente a reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia até 2020, em comparação com a década anterior, e deve superar a meta com folgas mantido o atual ritmo.
dotijolaço
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