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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, janeiro 07, 2014

Cristiano Ronaldo, mesmo não sendo, é o melhor do mundo. Disparado

do Bourdoukan
Um exemplo a ser seguido
Cristiano Ronaldo envia para as crianças de Gaza um milhão e meio de euros

           Cristiano Ronaldo, um exemplo para os esportistas do mundo
1- O atacante do Real Madrid Cristiano Ronaldo doou sua bola de ouro de melhor jogador do mundo para ser leiloada em benefício das crianças de Gaza. O Leilão da bola rendeu um milhão e meio de euros.
Anteriormente ele havia doado suas chuteiras, meias e camisas do Real Madrid para serem leiloados também para as crianças palestinas.
Quem falou que no futebol só tem alienado?

                         O jogador Carrasco, número 11, ostentando dois mapas da Palestina
2- O Clube Palestino do Chile, onde já atuaram diversos jogadores brasileiros e o excepcional zagueiro Figueroa, estreou um uniforme novo ostentando em forma de números o mapa da Palestina.
Os torcedores chilenos adoraram, mas sionistas...
*GilsonSampaio

segunda-feira, janeiro 06, 2014

    Daniel Dantas é um dos investigados do Inquérito 2474

Maria Inês Nassif

O empresário Daniel Dantas é um dos investigados pelo Inquérito de número 2474, mantido em segredo de Justiça pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e relatado pelo presidente do tribunal, Joaquim Barbosa, paralelamente à Ação Penal de número 470, que condenou 38 réus do caso chamado de “Mensalão”. Em decisão monocrática datada de 14 de abril de 2011, em que os advogados de Dantas pedem vistas aos autos do inquérito secreto, Barbosa despacha favoravelmente, alegando que Dantas é parte do processo.

No mesmo documento, Barbosa informa que recebeu uma petição de Dantas para que seja instaurada uma “investigação criminal a fim de apurar a responsabilidade pelo vazamento do relatório do inquérito [2474]”, pedido pelo empresário, e dá um prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre esse pedido.

O documento foi encontrado pelo internauta Stanley Burburinho em pesquisa ao site do Supremo Tribunal Federal (STF), que acusa mais cinco decisões monocráticas de Barbosa (isto é, somente da sua responsabilidade) relativas ao Inquérito 2474.

No site do STF, existe apenas o despacho da decisão monocrática de Barbosa sobre a Petição Avulsa 21.350/2011, mas o documento do ministro é esclarecedor de que Daniel Dantas é parte envolvida no Inquérito secreto. E também informa que, naquela data (14 de abril de 2011), os volumes principais do inquérito secreto estavam com o Procurador-Geral da República. No Supremo, encontravam-se apenas os apensos, que foram liberados para as vistas do advogado do empresário.

Abaixo, a íntegra da decisão do ministro Joaquim Barbosa sobre a petição de Daniel Dantas:

“Despacho (Referente à Petição Avulsa 21.350/2011: Trata-se de pedido de vistas dos autos desse inquérito ([2474], formulado pelo Senhor Daniel Valente Dantas.

Os volumes principais estão sob análise do Procurador-Geral da República, para manifestação sobre as últimas diligências realizadas e o relatório apresentado pela Polícia Federal.

Por se encontrarem na secretaria deste Tribunal apenas os apensos do presente inquérito, e por haver menção ao nome do peticionário, defiro o pedido de vistas a todos os documentos atualmente localizados neste Supremo Tribunal Federal.

Encaminhe-se a petição à Procuradoria-Geral da República para que se manifeste, no prazo de 5 dias, sobre o pedido de ‘instauração de investigação criminal a fim de apurar a responsabilidade pelo vazamento do relatório do inquérito’, formulado pelo peticionário. Publique-se e Intime-se.

Relator”

Crime organizado em Minas Gerais é investigado pela Procuradoria Geral da República



 
PGR pede a quebra dos sigilos de Zezé Perrella

247 - Envolvido recentemente na polêmica do helicóptero que foi apreendido no Espírito Santo com 445 kg de pasta-base de cocaína, o senador Zezé Perrela (PDT-MG) terá mais problemas pela frente em 2014. A Procuradoria-Geral da República defende a quebra de sigilo bancário e fiscal do parlamentar para aprofundar investigação contra ele e seu irmão, Alvimar de Oliveira Costa, em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal
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Ex-presidentes do time mineiro Cruzeiro, os dois são investigados por suposta lavagem de dinheiro na venda do zagueiro Luisão ao Benfica, de Portugal. A negociação envolveu um clube uruguaio e é considerada suspeita pela Polícia Federal, que indiciou Perrella em 2010 pelo caso. O caso foi retomado agora, dez dias depois de a polícia encontrar cocaína no helicóptero da empresa do filho de Perrella.
O STF enviou o caso o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu que o ministro Ricardo Lewandowski reconsiderasse a decisão de não autorizar a quebra de sigilo bancário. Advogados do Cruzeiro, que também defendem o senador, alegam haver erros na petição do Ministério Público, e Lewandowski desautorizou parte da quebra do sigilo bancário e fiscal.
Em 2003, Luisão foi vendido por 2,5 milhões de dólares ao clube uruguaio Central Español e logo em seguida repassado por cerca de 1 milhão de dólares a menos ao Benfica. Investigadores suspeitam que parte do valor declarado na negociação com o time uruguaio voltou irregularmente ao Brasil e teria sido pulverizado em contas de empresas ligadas à Perrella e ao irmão dele.
Perrella assumiu a presidência do Cruzeiro em 1995. Ele já foi deputado por três vezes e era suplente do senador Itamar Franco. Ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Perrella informou ter R$ 490 mil em bens, mas adquiriu uma fazenda estimada em R$ 60 milhões. Sobre isso, o Ministério Público Eleitoral investiga a evolução patrimonial do parlamentar. 
Seu filho é o deputado estadual Gustavo Perrela, que, oficialmente, é mais rico que o pai. Declarou à Justiça Eleitoral ter patrimônio de R$ 1,9 milhão.

Já o helicóptero que foi apreendido pela PF, deverá ser confiscado. O governo do Espírito Santo e a própria PF manifestaram oficialmente, em juízo, interesse na utilização do helicóptero da família do senador. Em despacho do juiz federal Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa, antes do recesso de fim de ano do judiciário, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e o comando da Superintendência da PF daquele estado declararam que pretendem ficar com o helicóptero modelo Robinson 66, avaliado em R$ 3 milhões. Pela legislação, qualquer meio de transporte utilizado para o tráfico de drogas pode ser confiscado para uso do Estado, caso comprovado o interesse público e responsabilidade de conservação do bem.

A quem interessa “melar” a Copa? 


 

Por Caio Botelho*

Já se afirma que em 2014 duas coisas certamente irão acontecer: a Copa do Mundo de futebol e manifestações. Como uma vai influenciar a outra, se essas mobilizações serão maiores ou menores do que as do ano passado ou quais serão os seus resultados objetivos ainda são incógnitas que apenas o tempo e as movimentações que serão feitas irão responder.

Mas pelo menos de uma coisa podemos ter certeza: tal como em 2013, esses protestos estarão sob intensa disputa. Os setores conservadores mais uma vez tentarão dar o tom e direcionar as justas inquietações do nosso povo - em especial da juventude - para cumprir com seus objetivos. É uma disputa desigual: eles têm o controle da mídia e ainda contam com uma bela ajuda de correntes que se reivindicam de esquerda mas que, na prática, comportam-se como forças satélites da direita.

Uma das mais claras demonstrações de que a “disputa de rumos” já começou é pela palavra de ordem “não vai ter Copa!”, repercutida aos quatro cantos e que, se vacilar, corre um sério risco de se tornar o mote principal das jornadas que virão. Se alguém tem dúvidas sobre quem tem interesse nessa bandeira, basta dar uma olhada na edição do jornal “Folha de São Paulo” do dia 5 de janeiro: um dos principais artigos publicados tinha como título - adivinhem! - “Não vai ter Copa!”.

A Copa do Mundo é um evento privado, realizado pela Fifa que, por sua vez, está pouco se lixando para o povo brasileiro. É uma entidade corrupta que se movimenta a partir de lucros bilionários e, para ela, a Copa é apenas o mais rentável dos seus negócios.

Esse evento também possui suas contradições. Está claro que o modelo de Arenas tem encarecido assustadoramente o preço dos ingressos e afastado o povo desses espaços. Muitas obras de mobilidade urbana - a principal “herança” da Copa - estão atrasadas e em muitas cidades sequer serão realizadas, como em Salvador, onde seus quase três milhões de habitantes ainda não sabem o que é andar de metrô. Sem contar com inúmeras outras limitações que são bem conhecidas por todos nós.

Mas e aí? Considerando tudo isso parece que o mais correto a fazer é mesmo dar uma banana para a Fifa e melar esse evento. Seria uma bela demonstração de força do nosso povo. Certo?

Errado. Essa é uma visão simplista de um cenário que, por sua vez, é marcado pela complexidade. E ter a capacidade de compreender o contexto em que estamos inseridos e todos os interesses em jogo é fundamental para adotar um posicionamento justo. É preciso, como nos ensinou Lênin, “fazer a análise concreta da realidade concreta”.

Em primeiro lugar, o que deve decidir se devemos ou não apoiar uma causa não é a “beleza” de suas bandeiras, mas os interesses de fundo que ela representa. Uma greve de trabalhadores, por exemplo, parece ser uma coisa muito bacana e que deve impreterivelmente contar com o apoio dos setores que se identificam com as lutas populares, não é mesmo? Mas isso também valeria para aquela greve de caminhoneiros chilenos que, em 1973, ajudou a criar as condições para o fascista Augusto Pinochet dar um golpe em Salvador Allende e instaurar uma das mais sanguinárias ditaduras já conhecidas?

A greve pela greve, como a manifestação pela manifestação, não levará a lugar algum se seus resultados não produzirem avanços. Ou pior: levarão à retrocessos históricos.

Nesse sentido, vamos exercitar nossa imaginação e prever uma hipótese em que um verdadeiro caos se instala no Brasil, ao ponto da Copa ser cancelada ou ter sua organização seriamente prejudicada. O que emergeria desse cenário? Essa baita demonstração de força produziria avanços reais? Me parece que não.

Atualmente a presidenta Dilma Rousseff lidera todas as pesquisas de intenção de voto, com uma provável vitória em primeiro turno. Apenas um abalo sísmico de proporções catastróficas parece ter condições de mudar drasticamente esse cenário. Algo como um fracasso da Copa do Mundo, por exemplo. E uma derrota de Dilma não traria ao poder forças mais comprometidas com os interesses populares, muito pelo contrário.

Derrotar a Copa é de interesse do que há de mais conservador, reacionário e atrasado nesse país. É o objetivo da direita, que acalenta o sonho de ver seu candidato vencer as eleições presidenciais ou melhor (para eles): criar um clima que “justifique” uma intervenção, um golpe, tal como o que apeou João Goulart da presidência em 1964. Se há uma lição básica a quem quer construir lutas em defesa do povo é a de nunca subestimar a capacidade de fogo do inimigo. É preciso muita ingenuidade para acreditar que a direita brasileira possui qualquer compromisso com a democracia.

Isso não significa fechar os olhos para as contradições da Copa. Nesse cabo de guerra onde muitas vezes em lados opostos encontram-se interesses do povo versus interesses da Fifa, cabe à esquerda consequente fazer força ao lado do povo, construindo e participando de suas lutas e contribuindo para que elas resultem em avanços efetivos. Afinal, querer Hospitais e Escolas “padrão Fifa” é um direito dos brasileiros.

Mas é preciso, também, defender os pontos positivos desse evento e não cair no discurso fácil que a mídia tentará imprimir. Lutar contra as contradições e promover as críticas necessárias não se confunde com fazer coro ao campo conservador e ajudá-lo - conscientemente ou não - no seu intento de voltar ao poder.

Serão bilhões injetados em nossa economia e um mundo inteiro assistindo e conhecendo o nosso país. Realizar com sucesso a Copa é mostrar que o Brasil, ao contrário do que diz a turma do complexo de vira-lata, tem, sim, condições de realizar grandes eventos. É compreender também que não se faz luta com o povo se apartando das coisas que esse povo valoriza. E o futebol é parte inerente da identidade cultural dos brasileiros: está em nosso DNA.

O fato é que a disputa em 2014 será dura: tanto para a seleção dentro das quatro linhas quanto para os que nas ruas e avenidas lutam por um Brasil mais justo.

* Caio Botelho é diretor de Formação da União da Juventude Socialista (UJS) no estado da Bahia.

Como a Globo manipula gente simples para defender sua visão predadora de impostos




O JN falando da carga fiscal é de um cinismo impressionante.

por : 
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Paulo NogueiraA quem a Globos e amigos do Millenium enganam?
Uma reportagem do Jornal Nacional que está no canal do Millenium no YouTube é um clássico, desde já, do cinismo jornalístico.

O tema é impostos.


Brasileiros simples são usados pela Globo para provar uma mentira: que os impostos no Brasil são elevados.

Comparativamente, observada a carga tributária de outros países, não são. Estamos – lamentavelmente – mais para o México, nisto, do que para a Escandinávia.

Na Escandinávia, a carga tributária é de cerca de 50% do PIB. No Brasil, gira em torno de 35%. No México, o número é pouco acima de 20%. Queremos ser o que, Escandinávia ou México?

A verdadeira tragédia fiscal, no Brasil, é que grandes empresas como a Globo simplesmente levaram ao estado da arte a sonegação.

Ao mesmo tempo em que repórteres da emissora armavam a reportagem acima, corria na Receita um caso sonegação e trapaça da Globo que, em outros países, geraria vergonha pública e prisão.


É hoje amplamente conhecida, graças ao blog Cafezinho, que a Receita flagrou a Globo numa operação desonesta na compra dos direitos da Copa de 2002.

A Globo, contabilmente, afirmou que estava fazendo um investimento no exterior (aliás, num paraíso fiscal).

Apanhada em flagrante delito, foi multada pela Receita. A dívida total, em dinheiro de 2006, era de 615 milhões de reais, segundo documentos da Receita vazados para o blog.

A Globo, depois de tergiversar, admitiu o caso. Mas afirmou ter quitado a dívida. Jamais mostrou o darf, o recibo, e um novo vazamento da Receita afirmou que na verdade a dívida não fora paga.

Se não bastasse tudo isso, uma funcionária da Receita tentou fazer desaparecer a papelada do processo. Se fosse bem sucedida, isso significaria que a Globo, como que por mágica, estaria livre de uma dívida de 615 milhões de reais.


Numa pancada formidável no interesse público, a mídia não se animou a cobrir um escândalo de tal magnitude. A Folha ensaiou, com atraso, mas o rabo preso a deteve rapidamente.

Na reportagem que figura no canal do Millenium no YouTube, somos obrigados a ouvir que o dinheiro do imposto constrói escolas, hospitais etc.

É verdade. Mas para a Globo é bom que se construa tudo aquilo e muito mais – desde que não seja com seu dinheiro.

Apenas para lembrança, nem sobre o papel utilizado para fazer o Globo e as revistas da casa a emissora paga imposto.

É o chamado “papel imune”, do qual se beneficiam as empresas de mídia que tanto falam em impostos elevados.

Elas também gozam de uma abjeta reserva de mercado, o que as poupa da competição estrangeira. Um dos pilares do Millenium é a “economia de mercado”, mas para os outros. Competir com empresas internacionais não é para os valentes capitalistas aninhados no Millenium.

O Brasil vai ser melhor quando um comportamento como o da Globo simplesmente não for tolerado, como acontece na Escandinávia.

Uma predação fiscal de tal magnitude, entre os escandinavos, mata qualquer empresa.
Mas entre nós não. Ou, pelo menos, ainda não.

A Globo ainda se sente no direito de fazer extensas reportagens em que pessoas humildes são manipuladas.


A quem apelar?


Paulo Nogueira. Jornalista,  fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

do Blog do SARAIVA
O absurdo: Mercado Livre vende negros a R$ 1,00

por  Blogueiras Negras

Domingo 21:03 enquanto observo a brincadeira do meu filho com sua caixa de brinquedos dou de cara com a imagem de  2 crianças negras na minha time line no facebook. Me chama a atenção o fato da imagem aparecer no famoso site de compra e venda estilo faça você mesmo chamado Mercado Livre, seria uma foto, uma imagem um serviço? Meu choque me paralisa diante do produto disponível para lances de R$1,00. São negros a venda! Homens, mulheres ou crianças. Segundo o anuncio por apenas R$1,00 você adquire um negro, e eles possuem diversas funções com destaque para: carpinteiros, pedreiros, cozinheiros, seguranças de boate, vassoureiros, garis e faxineiros.
A naturalidade com que o racismo é tratado pela grande massa é tamanha que não houve até o momento por parte do Mercado Livre nenhum tipo de controle que pudesse barrar o ser humano como mercadoria, mesmo se tratando de uma piada de muito mal gosto o anuncio foi criado, aprovado, disponibilizado e a compra pode ocorrer normalmente.
mercadolivre
Este é o reflexo do que a sociedade entende como a piada possível, essa é a relação Negro  x  Mercadoria da qual falamos incansavelmente nos nossos escritos e somos rebatidas com o argumento de que se trata de exagero da nossa parte.
O negro não só é tratado como mercadoria, como ainda precisamos lidar com quem não enxerga os motivos pelos quais uma luta é necessária.
Ao contrario do que você pode estar pensando agora, este não é um item pontual, isto é a personificação do dia a dia da população negra.
Aguardamos um posicionamento do Mercado Livre sobre este absurdo uma vez que em seus termos e condições de uso encontramos o item abaixo:
5. Não é permitido anunciar produtos expressamente proibidos pela legislação vigente ou pelos Termos e condições de uso do site, que não possuam a devida autorização específica de órgãos reguladores competentes, ou que violem direitos de terceiros;
Aparentemente o comercio de escravos ainda é permitido segundo a lógica do Mercado Livre que acoberta desta maneira a face de um racista atrás do anonimato.

Esta é mais uma noite de muita tristeza e decepção, que me faz perder um pouquinho da fé na humanidade.
*Mariadapenhaneles

São Paulo terá delegacia especializada para pessoas com deficiência


São Paulo terá delegacia especializada para pessoas com deficiênciaUnidade no centro da capital contará com equipe especializada com psicólogos, assistentes sociais e intérprete de Libras
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou nesta sexta-feira, 3, o decreto que cria a primeira delegacia especializada para pessoas com deficiência. A unidade será instalada no Palácio da Polícia Civil, na região da Luz, centro da capital paulista, e começará a funcionar em 45 dias.
Segundo o governo do Estado, a unidade terá como diferencial uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, assistentes sociais, intérprete de Libras (língua de sinais), entre outros profissionais que vão auxiliar as pessoas com deficiência vítimas de algum crime.
Para Linamara Rizzo Battistella, secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a equipe multidisciplinar da nova delegacia será importante porque permitirá que a vítima denuncie um crime sem precisar do auxílio de parentes, muitas vezes os autores da violência. “Temos um estudo que mostra que, na maioria dos casos, o agressor é um familiar. Como podemos saber se aquele parente que está acompanhando a vítima não é o autor da violência? Queremos que, ao chegar à delegacia, ele sinta-se confortável e seguro para falar exatamente a verdade.”
Segundo dados do governo do Estado, os deficientes estão mais sujeitos a ocorrências como desaparecimento, maus-tratos e abuso sexual.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, a ideia é centralizar o atendimento a pessoas com deficiência nessa delegacia. No entanto, os demais distritos policiais continuarão registrando esse tipo de ocorrência. “O que nós queremos é ter um local em que ele seja atendido de maneira completa, com toda assistência, com acolhimento. Se ele não quiser ir até lá, o que nós queremos é que alguém da delegacia faça um contato. Ele pode ser atendido em Itaquera, em São Mateus, e o policial de lá vai ter a diretriz. Se tiver alguma dúvida, qualquer dificuldade, o policial entra em contato com a delegacia especializada para saber como agir”, disse.
*Deficienteciente

Venda de maconha recreativa no Colorado ultrapassou US$ 1 milhão no primeiro dia



Venda de maconha recreativa no Colorado ultrapassou US$ 1 milhão no primeiro dia

“Quarta-feira verde”, assim foi chamado o primeiro dia das vendas da maconha legalizada para fins recreativos.
Donos de lojas de maconha no Colorado comunicaram que fizeram US$ 1 milhão em vendas por todo o estado, no primeiro dia da maconha legalizada para fins recreacional, de acordo com o Denver 9News. A nível nacional, na indústria da maconha legal é esperado trazer US$ 2.34 bilhões de dólares em 2014, incluindo tanto as vendas médicas e recreativas.
A maioria das 24 lojas que abriram na quarta-feira (01/01) foram em Denver. Proprietários da cidade expressaram preocupação sobre a grande quantidade de dinheiro, uma vez que os regulamentos bancários federais atualmente proíbem os bancos de trabalhar com a indústria da maconha enquanto a droga continue sendo classificada como ilegal pelo governo federal.
“Todos sabemos que isso precisa ser corrigido, porque não há uma boa razão para que essas empresas não sejam autorizadas a terem contas bancárias – os principais maus motivos: segurança e a preocupação na prestação de contas com a Receita”, disse Mike Elliott, diretor-executivo da associação comercial do Grupo Industrial de Maconha Medicinal.
A solução em breve poderá ser alcançada, mas enquanto a indústria lida com a forma de tratar o seu dinheiro, Colorado aposta na erva: com um oitavo de uma onça, o equivalente a 3.5 gramas, vendido atualmente entre US$ 35 e US$ 70 após os impostos, o estado estima que a indústria da maconha varejista trará um rendimento de US$ 67 milhões em receitas fiscais.
Os primeiro US$ 40 Milhões de dólares gerados pelo imposto de consumo no Estado será dedicado à construção de escolas, e o restante será direcionado a regulamentação da maconha.
*ColetivoDAR

domingo, janeiro 05, 2014

Como a Veja se tornou uma olavete


Os discípulos tomaram a Veja

Bandeira de Mello fez uma das melhores definições de 2013, pela brevidade e pela acurácia: Joaquim Barbosa é um homem mau.

Poderia estar na lápide de Barbosa: “Foi um homem mau”. Seria justo. Finalmente Joaquim Barbosa e a justiça se encontrariam, e juntos permaneceriam per omnia seculae seculorum.

Existem coisas na mídia para as quais a definição de Bandeira de Mello sobre JB se aplicam perfeitamente.

São muitas, aliás. Mas nenhuma marca se equipara hoje, em maldade, à revista Veja. Sua alma é má. Os defeitos são inumeráveis, e as virtudes simplesmente desapareceram.

Se alguém acredita no céu ou no inferno das revistas, a Veja vai rumar direto para os braços de Lúcifer. É uma revista canalha. Já que falamos de lápides, poderia estar escrito isso na da Veja: “Foi uma revista canalha”.

Nos dias de hoje, a canalhice se traduz em coisas como a caça impiedosa, assassina e abjeta a Dirceu.

No último almoço de final de ano da Abril em que Roberto Civita estava vivo, um grupo de editores da Veja ria e vibrava, com o sadismo do celerado, com a perspectiva de ver Dirceu preso.

Ninguém estava ali discutindo como esticar a vida de uma revista que vende cada vez menos e capta cada vez menos anúncios na Era Digital, por razões óbvias.

Não, os cérebros estavam concentrados em antecipar o sofrimento de Zé Dirceu, e se regozijar com isso como era comum com oficiais nazistas nos fornos dos campos de concentração: a alegria na miséria alheia.

Onde a Veja se perdeu?

Ela não foi sempre esse horror, essa escória. Trabalhei lá em boa parte dos anos 1980, e era uma revista admirada pelos brasileiros. Conservadora, mas digna como é, por exemplo, a Economist.

Você pode fazer jornal ou revista de direita sem descer à ignomínia abissal. Você pode ser de direita sem ser um predador.

Burke, o grande liberal inglês, é uma pequena mostra disso. Num de seus grandes ensaios, Burke reprova a Revolução Francesa pela cavalheiresca razão de que homem nenhum acudiu Maria Antonieta quando o povo revoltoso a insultou em Versalhes.

Mas a Veja enveredou pelo direitismo predador. Não é Burke que a governa em seu conservadorismo, como acontece com a Economist. É Olavo de Carvalho, o mistificador que se autoproclamou filósofo depois de ler os astros como astrólogo.

A Veja é hoje uma olavete.

A presença de Olavo de Carvalho é visível a 10 mil quilômetros. Basta ver as contratações feitas nos últimos meses. Dois discípulos entusiasmados de Olavo de Carvalho foram incorporados aos quadros da revista: Rodrigo Constantino, o ‘reaça-econômico’, e Felipe Moura Brasil, o ‘reaça-engraçado’.

Isso para não falar em Lobão, o ‘reaça-iconoclasta’, outra aquisição recente da revista que repete bobagens de Olavo de Carvalho como se estivesse citando Platão.

Olavo de Carvalho ocupou a Veja. Por que não contratá-lo diretamente, em vez de povoar a revista com seguidores pedestres?

Por covardia.

A revista não quer correr o risco de colocar Olavo de Carvalho em pessoa em suas páginas, por ser um nome universalmente abominado e desprezado fora de um pequeno círculo de extrema direita – aquele para o qual a Veja fala hoje.

A Veja 2013 é uma olavete.

Repito: é uma olavete. E da pior espécie: a olavete envergonhada e covarde.

Paulo Nogueira No DCM
*comtextolivre