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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, janeiro 06, 2014

Venda de maconha recreativa no Colorado ultrapassou US$ 1 milhão no primeiro dia



Venda de maconha recreativa no Colorado ultrapassou US$ 1 milhão no primeiro dia

“Quarta-feira verde”, assim foi chamado o primeiro dia das vendas da maconha legalizada para fins recreativos.
Donos de lojas de maconha no Colorado comunicaram que fizeram US$ 1 milhão em vendas por todo o estado, no primeiro dia da maconha legalizada para fins recreacional, de acordo com o Denver 9News. A nível nacional, na indústria da maconha legal é esperado trazer US$ 2.34 bilhões de dólares em 2014, incluindo tanto as vendas médicas e recreativas.
A maioria das 24 lojas que abriram na quarta-feira (01/01) foram em Denver. Proprietários da cidade expressaram preocupação sobre a grande quantidade de dinheiro, uma vez que os regulamentos bancários federais atualmente proíbem os bancos de trabalhar com a indústria da maconha enquanto a droga continue sendo classificada como ilegal pelo governo federal.
“Todos sabemos que isso precisa ser corrigido, porque não há uma boa razão para que essas empresas não sejam autorizadas a terem contas bancárias – os principais maus motivos: segurança e a preocupação na prestação de contas com a Receita”, disse Mike Elliott, diretor-executivo da associação comercial do Grupo Industrial de Maconha Medicinal.
A solução em breve poderá ser alcançada, mas enquanto a indústria lida com a forma de tratar o seu dinheiro, Colorado aposta na erva: com um oitavo de uma onça, o equivalente a 3.5 gramas, vendido atualmente entre US$ 35 e US$ 70 após os impostos, o estado estima que a indústria da maconha varejista trará um rendimento de US$ 67 milhões em receitas fiscais.
Os primeiro US$ 40 Milhões de dólares gerados pelo imposto de consumo no Estado será dedicado à construção de escolas, e o restante será direcionado a regulamentação da maconha.
*ColetivoDAR

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