247 - Deve-se
ao fotógrafo Luiz Azevedo, do Estado de S. Paulo, o registro de uma
cena à qual se aplica o clichê: uma imagem vale por mil palavras.
A
cena em questão é do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa, numa galeria de luxo em Paris, onde desfilam grifes como Fendi,
Prada e Bottega Veneta.
Com
seu elegante chapéu e um terno bem cortado, risca de giz, Barbosa passa
pelo caixa. A vendedora parece espantada com a compra. E Barbosa a olha
com um certo ar de superioridade.
Como
se sabe, o chefe do Poder Judiciário está de férias em Paris. Lá,
recebe diárias de R$ 14 mil, só justificadas pelo Supremo Tribunal
Federal depois que o repórter Felipe Recondo, do Estado de S. Paulo, a
quem Barbosa mandou "chafurdar no lixo", revelou a mordomia.
Indagado
sobre o interesse público das diárias, Barbosa afirmou que o caso não
passa de uma "tremenda bobagem". Disse mais: "O interesse público é
esse que vocês estão vendo, eu sou o presidente de um dos poderes da
República".
Barbosa
se vê como uma espécie de rei do Brasil, ou, quem sabe, como uma versão
moderna do monarca Luís XIV, a quem se atribui a frase "L'état c'est
moi", "o estado sou eu".
Ele pode tudo. E talvez ele tenha razão: "o interesse público é esse que vocês estão vendo".
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/127855/A-imagem-de-Barbosa-em-Paris-o-diabo-veste-Prada.htm
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