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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 22, 2014

Cristiano Ronaldo doa um milhão e meio de euros (quase cinco milhões de reais) para a reconstrução de escolas na Faixa de Gaza.


Foto: O jogador fabuloso não é o seu primeiro ato de solidariedade ... (DR)


A estrela do atacante do Real Madrid Cristiano Ronaldo doa € 1,5 milhões de crianças em Gaza. Um forte gesto que sinaliza uma consciência admirável. Em Gaza, as crianças pagaram o preço mais alto no último bombardeio israelense, muitos deles morreram sob as bombas. 
O atacante deu a Bota de Ouro em 2011 o Real Madrid Foundation, que por sua vez o vendeu em leilão, de acordo com várias fontes. Este montante vai para as crianças da escola de pequeno porte em Gaza presos em um bloqueio cruel. 
O jogador fabuloso não é o seu primeiro ato de solidariedade. No ano passado, ele vendeu a maior parte de seus sapatos durante um leilão Fundação Real Madrid, que também se dedicou a arrecadar dinheiro para as escolas na Faixa de Gaza, de acordo com muitos meios de comunicação.
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*CarlosMaia

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