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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 23, 2011

Causas dos terramotos - 1. Falhas e placas e placas tectónicas

Terramotos: naturais ou artificiais?

É possível que os vários sismos dos últimos tempo (Japão, Nova Zelândia, mas também Haiti) tenham uma causa diferente da oficial?

Existe uma hipotése que circula com insistencia na internet: o terramoto do Japão foi provocado pelos Estados Unidos, com o sistema Haarp. Se assim for, estamos perante uma nova arma que pode ser determinante para o futuro da Humanidade.

Mas, na verdade, esta não é a única possibilidade, há outras. Pelo que, a coisa melhor parece ser analisar as hipótese disponíveis. Será pois o leitor a escolher a que considerar mais adequada. 

Em primeiro lugar, podemos afirmar que você não existe uma resposta certa: existem "palpites", o que é bem diferente. Ou seja, não há evidências que indique de forma absoluta a veridicidade duma teoria entre as apresentadas.

Há, no entanto, as quatro principais hipóteses que acreditamos serem dignas de investigação.
  1. Causas naturais dos sismos: falhas e placas tectónicas, a teoria tradicional 
  2. Causas artificias: explosões nucleares subterrâneas e correlação com os terremotos 
  3. Causas naturais: a gravidade e o sistema solar, a hipótese Bendandi 
  4. Causas artificiais: Haarp, Japão e tempo de guerra
Começamos com a primeira hipótese.


1. Causas dos terremotos: as falhas e as placas tectónicas,
a teoria tradicional
 

Os terramotos acontecem.  Não há nada para fazer.

Na visão do século XIX e mecanicista ainda domina a ciência hoje, a teoria dos terramotos é essencialmente o que é ensinado nas escolas básicas e tem origem na da teoria das placas tectônicas e da deriva continental.

A deriva continental

Na prática, observando a Terra pode ser visto que o perfil da América do Sul parece encaixar-se muito bem no perfil da África. E há evidências mais do que razoáveis do facto de que, na realidade, os dois continentes já foram um único continente.

No meio, em pleno Atlântico, há uma cordilheira vulcânica chamada de dorsal médio-oceânica, que é uma rachadura na crosta terrestre. A partir desta Cordilheira sai regularmente magma vulcânico.

Há 250 milhões de anos, África e América do Sul estiveram juntas no mesmo continente, chamado Pangea.



Ao longo do tempo, criaram-se uma fissuras vulcânicas (falhas) na Pangea: esta fissuras antes quebraram o único continente em diversas placas, em seguida separaram as placas e continuaram a afasta-las. 
Centímetro após centímetro, ano após ano, a África e a América do Sul (e os outros continentes também) foram separados, e ainda continuam o percursos em vários centímetros a cada ano.

Esta animação (de Wikipedia ) explica tudo.



Ora bem
O problema é que a Terra é um sistema fechado: um pouco como o cobertor da cama, ao puxar dum lado, descobrimos o outro.
Então, se empurramos dum lado, no outro deve acontecer alguma coisa.

E de facto é assim: empurrar um lado provoca consequências no outro lado.  
Dum lado criam-se novas terra (é esta, por exemplo, a função da Dorsal Médio-Atlântica, a cordilheira no meio do oceano), doutro lado formam-se montanha ou terreno deve desaparecer: em particular, a terra que desaparece é uma placa que, basicamente, desliza abaixo de outra.

E a placa que desaparece? O que acontece? 
Abaixo da crosta (onde vivemos), há magma, rochas quentes e fundidas. Ao desaparecer abaixo duma outra (fenómeno chamado subdução), a placa derrete, funde-se e...regressa em circulação. 
Isso mesmo: cedo ou tardem, a placa derretida reaparecerá na boa de qualquer vulcão, sob forma de magma, e formará novas terras. Pois o nosso planeta é como o porco: nada é deitado fora, tudo se aproveita.

Problema: mas as placas são rijas, como podem "deslizar" umas abaixo das outras? Pois, este é o problema: as placas são de facto rijas e por isso são criados pontos de tensão: uma placa "fadiga" a deslizar abaixo da outra e oferece resistência. 
Unam os vossos polegares, um em frente do outro mas com uma ponta um pouco mais alta da outra (parto do pressuposto que os leitores não tenham mais do que dois polegares) . E agora empurrem: eis criado um ponto de tensão. Ao continuar a empurrar, algo cedo ou tarde irá acontecer.  
Continuando a empurrar até o extremo, um dos polegares deslizará abaixo do outro ou ficará quebrado.
Já quebraram? Assim aprendem a ler Informação Incorrecta.
Ao empurrar a tensão aumenta e o deslize acontece de repente: eis o terramoto.
Tudo isso é uma óptima representação da realidade. A tensão acumula-se entre as placas, até que uma das duas cede.é mesmo este deslize improviso que provoca os terramotos.

Empurrar mais e mais cedo ou mais tarde algo vai vender com força (cuidado para não quebrar alguma coisa). Se em vez de seus dedos havia uma placa, você teria apenas causou um terremoto.
  
Não há dúvidas: é assim que funcionam os terramotos.

Todos os terramotos? Eis a dúvida.


Prós e Contras

Prós: 
É uma teoria amplamente creditada, também aprende-se na escola e não requer especiais capacidades para ser entendida, até eu percebo isso. Se o leitor não deseja ser olhado como um anormal, será melhor aceita-la.

Contras: 
De forma rápida e simples, esta teoria não explica tudo. 
Muitos animais percebem com boa antecedência quando chegará um sismo e abandonam a área afectada antes do acontecimento. Isso, claro, porque são animais e não sabem que os terramotos não podem ser previstos.  
Além disso, diversas pessoas foram capazes de prever com precisão terremotos de magnitude particularmente intensa, como os recentes casos do Japão e da Nova Zelândia. 
E, para acabar, começa a ser uma teoria bastante antiga e mereceria uma revisão à luz das inovações dos últimos 100 anos.
Ipse dixit.
Fontes: Informazione Scorretta, Wikipedia 
*informaçaoincorreta 

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