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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 19, 2011

CTB afirma que Obama é Persona Non Grata no Brasil


Em nota publicada, desta sexta-feira (18), pelo jornal Folha de São Paulo é afirmada a inverdade de que a CTB recuou em relação a sua participação no ato que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, em repúdio a presença de Barack Obama no Brasil.
Diante disso, a CTB reitera sua participação no ato que acontecerá no próximo domingo (20), no Rio de janeiro e convoca os militantes cariocas e as estaduais que puderem fortalecer esta grande manifestação em nome da democracia, da liberdade e da paz.
A CTB não compactua com a administração Obama que é uma continuidade do pseudo programa de combate ao terrorismo, onde o imperialismo invade países e agride povos em nome de uma suposta paz.
O presidente americano prossegue com o embargo a Cuba, apoiou o golpe que retirou Manuel Zelaya da presidência de Honduras e continua com as atividades da Prisão de Guantánamo. O povo latino-americano sabe que a política Norte Americana não mudou, assim Barack Obama é persona non grata no Brasil.
“Nós da CTB repudiamos a vinda de Obama para o Brasil, pois ele é tão belicista e violento quanto o Bush. A diferença é que ele apenas se esconde sobre a anuência de ser o primeiro negro a governar os Estados Unidos, mas cultua a guerra e a mesma política opressora, assim como seu antecessor”, explica Wagner Gomes, presidente da CTB.
Esta é a luta classista da CTB que continua sempre atenta, mobilizada e atuante no combate às classes dominantes.

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