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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 23, 2011

Partido Novo: Erike Bati$ta cria um novo partido

Com apoio de empresários do Rio de Janeiro, Erike Batista começou campanha para criar o Partido Novo e deverá lançar um candidato à prefeitura do Rio nas próximas eleições
Primeiro ele tentou uma campanha para despoluir a Lagoa Rodrigo de Freitas, agora, Eike Batista entra definitivamente para o mundo da política.
O empresário, dono da EBX, holding que atua em setores como petróleo, logística e mineração, está fundando o seu próprio partido político, com a parceria de outros empresários cariocas.
Época NEGÓCIOS apurou que a campanha para a criação da legenda já começou. Mas, para que o Partido Novo (como será chamada a legenda) seja realmente criado, são necessárias 500 mil assinaturas e, pelo menos, 101 fundadores. O manifesto do Partido Novo está pronto e já conta com a assinatura de figurões do mundo empresarial.
A ideia é criar um partido que tenha somente bons gestores como candidatos. Até mesmo o meio publicitário começa a se mexer para divulgar o partido e angariar o maior número de assinaturas para oficializar a sigla. A primeira ação do Partido Novo será lançar um candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. Especula-se que Eike não seria o candidato, mas o articulador da campanha.
Na internet, no entanto, há uma legião de admiradores que gostaria de ver o empresário na política. No Facebook, por exemplo, há um grupo chamado Eike Batista para Prefeito da Cidade Maravilhosa.
Eleito o oitavo homem mais rico do mundo pela revista americana Forbes, Eike costuma dizer que quer recuperar o glamour da cidade maravilhosa. Para isso, está apostando na revitalização do centro do Rio, adquiriu o hotel Glória, um dos mais cultuados da cidade, e investiu R$ 147 milhões para a restauração do empreendimento. Em 2009, comprou o controle da Marina da Glória, um dos cartões-postais do Rio, e pretende investir R$ 105 milhões para transformá-la em um centro cultural e turístico.
O Grupo EBX foi um dos principais patrocionadores da campanha pela candidatura do Rio de Janeiro à Olimpíada de 2016. O empresário chegou a doar mais R$ 23 milhões. "O projeto é importante para a cidade", afirmou o empresário na ocasião.
 
Com Darcio Oliveira

2 comentários:

  1. Prezados, a informacao aqui divulgada nao esta correta. Ela baseia-se numa nota emitida pela revista Epoca e desmentida no dia seguinte pelo Sr. Eike Batista. A divulgacao ocorreu em 15/12/2010. Eike Batista não teve ou tem nenhuma participacao na formacao do NOVO, como inclusive pode ser atestado no website do NOVO (novo.org.br). Grato Joao Dionisio Amoedo -presidente do Diretorio Nacional do NOVO.

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