O repórter Mario Cesar Carvalho (um dos últimos repórteres vivos, em São Paulo), da Folha (*), faz grave denuncia na capa e na pág. C1:
“Estatístico do Estado vende dado sigiloso”
“Túlio Kahn, coordenador da Secretaria de Segurança de SP, disponibiliza informações criminais por meio de sua empresa”.
“Ele já forneceu dados como furtos a pedestres na região de Campinas e bens mais visados em roubos a condomínios.”
Ele atravessa três governos na função – Alckmin, Cerra, Alckmin.
O levantamento sobre roubos a condomínios foi feito para o sindicato das empresas imobiliários, SECOVI.
A empresa de Kahn, a Angra, oferece aos clientes informações que não oferece ao cidadão, com um argumento interessante:
“poderiam gerar alarmismo entre os moradores e desvalorizar a área” !!!
Estão aí ao vivo algumas características do tucanismo paulista.
Privatizar.Privatizar informações e beneficiar clientes poderosos, como o SECOVI.
Não desvalorizar áreas em que ocorra violência.
Manipular dados e “combater” a violência em São Paulo.
A própria Folha (*) já tentou obter os dados que o funcionário do Governo vende, através de sua própria empresa.
Corrupção no alto escalão do Governo não é privilégio de São Paulo.
Traço característico dos tucanos paulistas – Cerra e Alckmin à frente – é a privatização dos serviços públicos.
Outro é manipular informação para não “alarmar” a população.
Manipular para não atrapalhar a indústria imobiliária.
Como se sabe, um dos traços da “estatística” de violência em São Paulo é registrar “homicídio” como “óbito de causa desconhecida”.
É como fazia o regime militar e a Folha da Tarde confirmava.
Na Secretaria de Segurança do Rio acredita-se nas estatísticas de violência da Chuíça (**) tanto quanto na lista de livros mais vendidos da Veja.
Paulo Henrique Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário