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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 07, 2016

MARCO AURÉLIO DESTACA "CARTA EM BRANCO PARA A POLÍCIA INVADIR DOMICÍLIOS"


Castro J Joao compartilhou a publicação de Francisco Silva.
5 min
o ao hiper-sinistro PGR Geraldo Brindeiro?
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GILMAR MENDES ATRIBUI PODERES A POLÍCIA, RIVALIZANDO COM AQUELAS CONCEDIDAS POR "HITLER" À GESTAPO.
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MARCO AURÉLIO DESTACA "CARTA EM BRANCO PARA A POLÍCIA INVADIR DOMICÍLIOS"
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MARCO AURÉLIO ACREDITA QUE O VOTO DE GILMAR SERÁ "UMA CARTA EM BRANCO PARA A POLÍCIA INVADIR DOMICÍLIOS".
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Segundo o ministro, avaliando o caso concreto, “o Direito Penal se rege pelo princípio da legalidade estrita. Nós podemos aqui julgar como delito permanente? Poderiam os policiais não ter encontrado na residência qualquer indício do tráfico. Mas encontraram. O resultado justifica a invasão? Isso viola o artigo quinto da CF. Não se tem, no acórdão referido, uma linha quanto a um outro elemento probatório que levasse a conclusão da culpabilidade”.
“Não estou a dizer aqui que não cabe a PM invadir uma casa quando esteja sendo cometido, considerado o flagrante, um delito. Estou considerando as balizas objetivas do caso concreto. E a partir disso, provejo o recurso e o absolvo-o”. Por maioria, o recurso foi negado. Marco Aurélio teve seu voto vencido.
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O BRASIL PEDE, OU MELHOR IMPLORA SOCORRO AO MUNDO. ESTAMOS À BEIRA DE UMA "CATASTROFE"! NÃO HÁ MAIS CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA, CIDADANIA, TUDO FOI JOGADO NO "LIXO" PELOS GOLPISTAS QUE TOMARAM O PODER.

Para Marco Aurélio, trata-se de "uma carta em branco para a polícia invadir domicílios".
JUSTIFICANDO.COM

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