por Conceição Lemes
Primeiro, assista a este vídeo. São apenas 7 segundos.
Estarrecedor, mesmo!
Aconteceu na última sexta-feira, 7 de outubro de 2016, em plena luz do dia, no centro da cidade de São Paulo, mais precisamente numa rua perto da Praça da República.
Casualmente, Maicon Campos estava próximo. Gravou e postou na sua página, junto com esta mensagem:
Neste domingo, às 9h, Gerson Carneiro republicou na sua págima. Já tem mais de 62 mil compartilhamentos e 2,4 milhões de visualizações.
Indignado, ele me mandou o vídeo, conversamos a respeito.
“Pensei estar vendo cena de filme sobre o nazismo em alguma rua de Berlim, na década de 1940. Não. É São Paulo em 2016!”, compara.
“Certamente a causa é ódio, fomentado por reacionários via imprensa partidária, nestes tristes tempos”, opina.
“Esse sujeito não chuta apenas um morador de rua. Chuta também as políticas públicas capazes de melhorar a vida do morador de rua”, atenta.
Imediatamente, recorre a Ariano Suassuna, em O Auto da Compadecida, relembra um momento antológico: “Jesus às vezes se disfarça de mendigo para testar a bondade das pessoas”.
O post já tem 544 comentários. A esmagadora maioria condenando a atitude fascista.
Mas um particularmente chamou a atenção de Gerson. É este abaixo. Chocou-o, na verdade.
Felizmente, na sequência, Vanda Santos rebateu à altura.
Gerson foi atrás do perfil de Maria Lúcia Avils para tentar entender melhor a reação dessa senhora que, diante da cena, ignorou o fascismo do ataque e prejulgou o sem-teto.
“Não me surpreendi, ela é da ‘República de Curitiba’”, observa. “Tristes tempos, mesmo!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário